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História Os Livros em Branco - Lendo Harry Potter - A Preparação


Escrita por: Armyoconnell

Notas do Autor


*Olá, voltei com mais um capítulo.
*Essa é a segunda parte, a terceira e última deve sair segunda.
*O GIF é da personagem Celeste Malarkey. Representada pela Adelaide Kane, ela é uma estudante/assistente/pupila de Hestia.

*Boa leitura ✌️

Capítulo 6 - A Preparação


Fanfic / Fanfiction Os Livros em Branco - Lendo Harry Potter - A Preparação

06 – Preparação


Sexta feira - 24 de junho de 1995


- Iremos levá-lo – disse Cornélio.

- Mas ele é inocente! – exclamou Hermione.

- Calma, Hermione – disse Héstia. Ela virou-se para Amélia. – Srta. Bones, eu quero um habeas corpus para Sirius Black.

- Sabe que só no Ministério para conseguir.

Héstia assentiu e olhou para Sirius.

- Sirius, mantenha a calma – ela colocou as mãos nos ombros do velho amigo. – Eles vão te levar, mas eu vou tirar você de lá, tá bom? Não vou deixar você preso por muito tempo.

Sirius assentiu.

- Confio em você, Hés – ele falou. Ela o olhou e se afastou.

Kinsgley, com um aceno de varinha, pôs algemas duras e apertadas nos pulsos de Sirius. E então, apertou um pouco mais a corda que prendia Bartô Crouch Jr.

- Tonks e Shacklebolt, peço que levem os dois para as celas do ministério – disse Amélia. – Queremos resolver isso o mais rápido possível, não é mesmo ministro?

- Sim, sim – disse Cornélio Fudge colocando seu chapéu coco verde limão. – Vamos tentar marcar o julgamento para segunda.

- Até porque precisamos de todos os convidados para a leitura, ou o livro fica em branco – revelou Teddy e todos ali ficaram surpresos.

- Tudo bem, iremos marcar e mandamos te avisar, Jones – Amélia falou.

- Peço que leve a Penseira especial – falou Héstia. – Nós iremos precisar dela.

Amélia Bones assentiu em concordância.

- Podemos usar sua lareira, Dumbledore? – pediu o ministro.

- Mas é claro, ministro, fiquem a vontade.

Aos poucos, eles iam indo embora. Tonks ficou encarregada de levar Bartô Crouch Jr consigo enquanto Kinsgley levava Sirius.

- Ah, Merlin, levaram Sirius – Murmurou Hermione.

- Você precisa manter a calma, Hermione – falou Héstia. – Principalmente pelo fato de que você vai ser testemunha de defesa.

- Falando em testemunhar, alguém tem que chamar seus pais, Hermione – disse Rony. – Ou se esqueceu de que precisamos da autorização pois somos de menor?

- Verdade – ela falou. – E agora?

- Não se preocupe com isso, Hermione, amanhã eles estarão aqui - disse Héstia.

- Tudo bem – a garota falou. – E agora, o que faremos?

- Vocês irão voltar para a Sala Precisa – disse Héstia olhando para Lupin, Teddy e o casal Weasley. – Eu vou até o ministério para conseguir um habeas corpus. Eu tenho alguns recém formados que estão começando comigo. Um desses estudantes me auxiliará no caso. Tem um pedaço de pergaminho e uma pena aí, professor?

- Aqui – ele lhe estendeu os objetos. Ela rabiscou rapidamente e em seguida amassou o papel. Estendeu a varinha e murmurou um feitiço de olhos fechados. O pergaminho começou a fumegar na mãos dela é então desapareceu.

- Uau – a maioria murmurou.

- É uma magia antiga, aprendi quando estive em Salem em 1987 – Héstia balançou a cabeça. – Olha, aqui estão as instruções: Rony e Hermione vão para o Salão Comunal da Grifinória e esperem lá. Melhor, durmam. Sim, eu sei que estão nervosos e ansiosos e sei que estão preocupados. Mas ninguém quer que vocês tenham colapsos nervosos durante o julgamento. Descansem, se for necessário e quando for, nós iremos chamar vocês, entenderam?

- Sim – Hermione respondeu.

Héstia começou a fazer movimentos com sua varinha

- Se for o caso de, por acaso, vocês serem chamados na madrugada, aqui estão – então ela estendeu três cartões para eles. – Apresentem a qualquer um que encontrar vocês e irão te deixar passar. E este é de Harry. Entregue a ele, por favor.

Eles olharam para o cartão que tinha um foto indicando a quem pertencia, o nome da pessoa, o nome de Héstia Jones e uma frase que dizia: “Este aluno é testemunha de um julgamento. Passe livre.”

- Muito obrigada, Senhorita Jones – Hermione falou.

- Harry também vai ser testemunha? – Rony perguntou.

- Ah, sem dúvida. O júri vai querer saber cada letra da opinião de Harry – a advobruxa respondeu.

- Já acharam ele? – Hermione perguntou.

- Espera, Potter está perdido? – Minerva perguntou.

- Potter só quis ficar um minuto sozinho, depois ele aparece – Héstia falou. – Rony e Hermione, vão, já está tarde. E lembre-se: O que acontece aqui é segredo até que saia nos jornais. Ninguém pode saber. Quando perguntarem e vão perguntar falem a mesma coisa: Que não lhes foram revelado muito e o que falou vocês não podem falar.

- Mesmo para os meus irmãos? – Perguntou Rony.

- Mesmo para os seus irmãos – Héstia falou. – Agora vão, descansem.

Os dois adolescentes saíram do escritório e Héstia suspirou.

- Okay, assim como eles, por favor, não deem informações para ninguém – ela pediu aos outros. – Me esperem na sala precisa, quando os Granger chegar, a recém formada que eu escolhi vai estar aqui e ajudará vocês enquanto eu estiver fora.

- Tudo bem – Remus falou.

- Alguém precisa falar com os tios do Harry – disse Teddy. – E é bom que seja alguém que saiba se vestir muito bem de modo trouxa, eles são um tanto... Preconceituosos em relação ao mundo mágico.

- Minha assistente pode fazer isso, se você me deixar contar a ela- disse Hestia.

- Ela é de confiança?

- Totalmente.

- Certo – Teddy ergueu a varinha na direção de Hestia e murmurou um feitiço. Uma fina luz envolveu o corpo da advobruxa e então desapareceu. – Pronto, você pode contar a ela.

- Ótimo, então vamos todos – disse Dumbledore e todos saíram.

Remus, Teddy, Arthur e Molly voltaram para a Sala Precisa, já Dumbledore, Minerva e Héstia foram para a saída e então aparataram, Dumbledore e Minerva para a casa dos Grangers e Héstia para sua própria casa.

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Héstia desaparatou no seu jardim. Rapidamente entrou em casa correndo para o andar de cima. Precisava tomar um banho e de um bom café.

Assim que saiu do banheiro e e colocou um bom pijama, ela lembrou-se de sua assistente. Teria que falar com ela, mas era sexta feira, Celeste não estaria disponível para trabalho e sim para festas e bebidas trouxas. No entanto, já havia deixado o bilhete na casa dela, ela veria quando chegasse.

Hestia suspirou descendo as escadas para preparar seu café. Sabia que passaria a noite acordada preparando a defesa para seu velho amigo. Falaria com a sua pupila mais tarde.

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A lareira do ministério encheu de chamas verdes quando o ministro chegou por ela, em seguida Emmeline Vance. Mas o que surpreendeu aos funcionários que ainda estavam ali foi quando dois aurores apareceram.

Todos reconheceram na hora o prisioneiro que Kingsley trazia e ficaram chocados. Finalmente capturaram Black! Mas quem era o outro homem? O de olhar maldoso e sorriso de escárnio? Será que era parceiro de Black? Era o que a maioria se perguntava.

Então, um funcionário mais antigo o reconheceu, e ofegou.

- Mas você deveria está morto! – o funcionário olhou de olhos arregalados para ele.

Walden Macnair que tinha acabado de fazer um serviço como carrasco e estava pronto para ir para casa, paralisou branco de choque.

“Como pode ser?! Como você ainda pode estar vivo?!” ele pensou enquanto acompanha o prisioneiro sendo levado. “Onde você esteve esse tempo todo... Bartô Crouch Jr.?

Como se Macnair tivesse dito o nome dele em voz alta, Bartô Crouch Jr. Olhou para ele. Seu sorriso maligno aumentou ainda mais ao ver o velho colega. No entanto, antes que Crouch pudesse dizer algo, Tonks o puxou para dentro de um elevador.

- Sirius, você ficará na prisão no quartel general dos aurores – disse Kingsley. Então olhou para Bartô com o cenho franzido. – Já você...

- Jogue-o na prisão das masmorras – disse Amélia. Ela tinha a mandíbula apertado de tanto trincar os dentes. Sua varinha estava em sua mão e seus olhos cintilavam de ódio. - Deixe-o apodrecer lá.

- Senhorita Bones? – murmurou Tonks cautelosa e assustada.

Bartô Crouch Jr. Sorriu de lado se virando para olhar para Amélia.

- Ah, sim, Amélia Bones – ele murmurou. – Eu me lembro bem de você. Lembro-me também de sua prima, Alice. Ambas pela escola com suas panelinha de amigas. Mas minha melhor memória de sua prima foi dela gritando, implorando pra eu parar enquanto eu a torturava com a Cruciatus. Como está sua prima e o marido dela? Espero que estejam tão bem quanto eu estou, mas eu duvido muito disso – e ele sorriu maldoso quando viu o rosto da mulher ficar vermelho de raiva. - Lembro também do seu irmão, afinal, eu estava lá quando mataram seu querido irmão Edgar também.

- Seu desgraçado! – ela gritou e tentou avançar. Foi confuso, no entanto, Sirius e Kingsley conseguiram segurá-la.

- Amy, não! – exclamou Sirius. – Não faça o jogo dele, Amy.

- Me solta, eu vou matá-lo!

- Senhorita Bones, por favor, se acalme – pediu Cornélio Fudge. – Sei que deve estar sendo difícil para a senhorita, mas não vale a pena fazer justiça com as próprias mãos. Deixe que o ministério vai resolver isso.

- Vai resolver? – ela murmurou. – Da mesma forma que resolveu 13 anos atrás? – então, ela olhou afiada para o prisioneiro. – Como você pode está vivo, aliás? Você deveria ter morrido, foi a notícia que correu pelos jornais.

O homem deu de ombros.

- Ah, minha querida Amélia, nem tudo é preto no branco ou branco no preto.

- Senhorita Amélia, por favor, se acalme – Tonks pediu. – Tudo será esclarecido e sua prima e o seu irmão terão a justiça que merecem.

Amélia respirou fundo e se recompôs. Então, todos ficaram em um silêncio ainda mais tenso e constrangedor que há alguns minutos.


Sábado - 26 de junho de 1996


Sirius Black é capturado!

Depois de mais de dois de busca, Sirius Black é detido e vai a julgamento.

Esse sábado amanheceu com uma bomba. Sirius Black, o primeiro preso a fugir de Azkaban, vai ser levado a julgamento na segunda, dia 28 de junho. Mas, além da surpresa de Black ser levado a julgamento assim tão rápido (sendo que a ordem era que Black fosse entregue aos Dementadores), é o fato de que ele foi pego dentro de Hogwarts e, segundo as fontes, ele estava sendo protegido por Harry Potter – que para a surpresa de todos, é afilhado de Black – e alguns amigos que confessaram que ajudou Black a fugir uma vez.

Eles alegam que Sirius Black é inocente e que ele deve ter um julgamento digno, já que, quando foi preso, Black não foi levado ao tribunal e acusam o ministério de deixar um homem inocente sofrer por doze anos nas mãos dos terríveis dementadores.

Pra quem não sabe, Black foi preso por ter explodido uma rua matando treze trouxas, além de um velho amigo chamado Peter Pettigrew que tentou pará-lo, no entanto, tudo que lhe restou foi um dedo.

Mas será que foi realmente assim?

O que sabemos é que quando Black foi pego ele estava dando gargalhadas. Mas Harry Potter e seus, pelo o que parece, melhores amigos, Ronald Weasley e Hermione Granger, parecem convictos de que Sirius Black é inocente, e Potter, Weasley e Granger se comprometeram a testemunhar a favor de Black sob o uso da poção Veritaserum, a poção da verdade mais poderosa do mundo.

O que leva a três adolescentes a se colocarem em uma posição de vulnerabilidade com uma poção da verdade para defender um famoso assassino fugitivo. Será que três crianças de 15 e 14 anos estão certas? Será que existe uma remota chance de Sirius Black ser inocente?

Estaremos acompanhando passo a passo desse julgamento que vai dar muito o que falar.

Cristina Vane para o Profeta Diário.


- Já estão em todos os jornais! – disse Hermione mesa da Grifinória. Todos comentavam em voz alta ou aos cochichos a mesma coisa: O julgamento de Sirius Black.

- A notícia correu pelo mundo todo – disse Angelina Johnson que estava sentada perto deles. – Romilda Vane disse que a tia dela, essa que fez a matéria da capa, falou que tem repórteres do mundo inteiro chegando cada vez mais. Ninguém quer perder isso.

- Cadê o Harry? – disse Gina.

- Ainda não apareceu – Hermione respondeu. – Mas a Srta. Jones não está preocupada.

- Ela achou melhor a gente ficar lá na Sala Precisa, Mione – lembrou Rony.

- Eu sei, mas se eu ficasse mais tempo lá eu iria surtar! – a garota falou. Katie Bell chegou e sentou-se ao lado de Rony.

- Bom dia, gente! – ela parecia levemente satisfeita.

- O que manda, Katie? – Aline perguntou.

- Eu nada, e vocês? – ela olhou para Hermione. – É hoje o julgamento?

- Na verdade, ficou para segunda – Hermione revelou. – Hoje e amanhã vão ser a preparação.

- Ah, sei – a quintanista falou. – Preparar as defesas, argumentos, as testemunhas de defesa, principalmente o fato destas serem menores de idade, o que quer dizer que precisam dos pais ou responsáveis no julgamento, o que torna um pouco complicado já que dois dos três pais/responsáveis são trouxas, ou seja, além de preparar as testemunhas, vão ter preparar também os pais delas, o que leva a um certo tempo para conversar e explicar tudo.

A garota falou tudo num fôlego só, fazendo todos perto dela a encararem boquiabertos. Ela olhou ao redor e piscou confusa.

- O que foi?

- Como você sabe tudo isso? – Perguntou Hermione espantada.

- Hã? Ah, isso? Minha mãe é advobruxa. E também eu pretendo seguir essa área quando sair daqui.

- Uau! – Hermione estava embasbacada. Ela nunca imaginaria que Katie, com suas saias mais curtas que o indicado, decote um tanto quanto constrangedor e seu inseparável batom vermelho, poderia querer seguir uma profissão um tanto quanto... Bem, Hermione estava surpresa.

- Você não imaginava que por trás de uma artilheira de Quadribol e da famosa “vadia dos leões” estaria uma futura advobruxa, imaginou? – ela perguntou tranquila e quando Hermione não respondeu ela sorriu um tanto amarga. – É, Imaginei que não. As pessoas levam a aparência muito a sério.

Hermione estava profundamente arrependida. Ela não tinha muita intimidade com a Katie, só a conhecia como a artilheira talentosa da Grifinória e a menina que tinha uma liberdade sexual um tanto quanto... Aflorada.

- Me desculpe, Katie, eu não fazia ideia – ela falou sincera.

Katie Bell sorriu de lado enquanto colocava bebia um café e comia u pedaço de bolo.

- Tudo bem, deixa pra lá. Você não vai ser a primeira e nem a última a me julgar pelas roupas que uso e o fato de transar com os caras sem me importar com que os outros falam. Quero dizer, se a maioria deles soubessem o poder de um orgasmo, nossa! Não me julgaria tanto. Não acha?

Hermione ficou um tanto constrangida com o rumo que a conversa levou e pigarreou nervosa sob o olhar divertido e o sorriso malicioso de Katie.

- Err...

- Tá vendo, Katie, deixou a menina constrangida! – Brigou Angelina. – Não liga não, Hermione, essa doida é assim mesmo.

- Que foi? Só fiz um comentário, ué – ela deu de ombros.

- Nem todas consegue falar abertamente sobre isso, Katherine – Alicia revirou os olhos.

- Pois devia! – ela exclamou aumentando a voz e batendo o punho com força na mesa, chamando sem querer atenção para a conversa. – Homens falam sobre sexo e ninguém fala nada! Mas quando é uma mulher, noooosaa, é um Deus nos acuda tremendo! Mulher gosta de transar tanto quanto homem, sabia?! E não tem problema nenhum falar ou fazer!

Assim que terminou, ela percebeu que todos olhavam pra ela. Os professores e visitantes estavam assustados, a maioria das garotas ficaram constrangidas e outras concordaram com as cabeças. A maioria dos meninos tinham sorrisos idiotas e maliciosos estampados na face. Mas a maioria que já conhecia o posicionamento da garota simplesmente ignoraram.

- Ops, acho que falei alto demais – ela falou e então deu de ombros, não se importando. – E então, Ang, espero de coração que você seja a próxima capitã da Grifinória.

E então, Katie, Alicia e Angelina começaram a falar sobre quadribol o que foi a deixa pra Hermione e Rony voltarem para a Sala Precisa, afinal, tinham que se preparar para o tribunal.

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Harry despertou com a luz do sol em seu rosto. Atordoado, ele olhou ao redor notando que havia dormido na torre de astronomia. Deitado em cima de um colchonete velho, enrolado em um lençol fino, ele notou que estava vestido. Então, em flashes, ele se lembrou da noite passada.

Viajantes do tempo, leitura sobre sua vida, o segredo de Sirius sendo revelado, Sirius sendo levado pelo ministro e os aurores, e... Katie Bell vindo vê-lo.

“Ai, droga” ele pensou. “Será que ela está bem?"

Perdido em seus devaneios, ele tomou um susto quando viu um patrono em forma de lobo aparecer na sua frente, abrir a boca e a voz de Teddy ecoar.

- Harry, onde quer que você esteja, venha rapidamente para o sétimo andar – então, a voz de Teddy falou algo sobre uma sala misteriosa que a pessoa deveria andar na frente dela três vezes. Harry ficou um pouco confuso, mas antes de poder falar ou fazer algo, o patrono desapareceu.

Ainda confuso, ele se levantou e fez o colchonete e o lençol sumir. Harry encarou por alguns segundos o lugar onde o colchonete estava, então, deu de ombros e saiu da torre.

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- Então, todos já estão aqui? – perguntou Héstia entrando na sala. Seus olhos verdes varreu o lugar e percebeu quem estava faltando. – Ué, cadê o Harry?

- Não vimos ele desde ontem – disse Rony, então Harry entrou na sala. – Finalmente! Onde você estava?

- Por aí – disse Harry vagamente e Hermione franziu a testa. – Mas e quanto ao Sirius? Ele já pode ser solto?

- Ainda não – disse Hestia mexendo em uns pergaminhos. – Por favor, queiram se sentar. Temos que preparar vocês três para serem testemunhas de defesa.

- Espera, nós vamos testemunhar? – Harry perguntou surpreso.

- Sim – a advobruxa respondeu, então se aproximou do trio e entregou para cada um pergaminho. – Isso aí é um documento onde você e seus responsáveis assinarão permitindo o uso de Veritaserum na hora do julgamento.

- Espera – disse Harry novamente -, vão usar a poção da verdade mais poderosa do mundo na gente.

- Sim – Hestia deu de ombros. – A menos que você queira que seu padrinho apodreça na cadeia, esse é a única maneira.

- Certo, mas... – Potter parecia nervoso. – Eles não irão perguntar nada de muito pessoal não, né?

Hestia sorriu compreensiva.

- Não se preocupe – ela respondeu. – Eles só vão fazer perguntas relacionadas ao Sirius: como vocês o conheceram, o que eles contou a vocês e etc. Eles vão analisar, se a história bater, eles vão fazer outra coisa, que também é algo que vocês vão ter que assinar concordando que eles façam.

Hermione que estava lendo os documentos, exclamou.

- Vão pegar nossas memória! – ela não estava surpresa, afinal, aquilo já havia sido discutido na noite anterior.

- O que?! – Exclamaram Rony e Harry.

- Se acalmem – disse Hestia. – Novamente, não será nada de mais. Só vão pegar as Memórias do momento que encontraram Sirius e da conversa. Além das memórias, do testemunho dos três, Sirius e Remus também irão testemunhar.

- E por que Remus não está aqui? – Rony perguntou.

- Eu já conversei com ele ontem, sem contar que ele é adulto, então eu não preciso ficar explicando a ele passo a passo.

- Falando assim parece até que somos burros, doutora Jones – Hermione resmungou.

Hestia sorriu divertida.

- Não precise chamar de doutora, e não acho que vocês são burros, especialmente você, Hermione. É só um protocolo que devo seguir quando as testemunhas são menores de idade.

Harry que também será uma lida no pergaminho, falou.

- Então, Hestia – ele começou. – Aqui diz que devemos comparecer ao tribunal acompanhados dos nossos responsáveis.

- Sim.

- Os pais da Hermione são trouxas, então eles podem comparecer ao Ministério?

- Sim – Hestia respondeu novamente. – Levando em conta que são pais de uma bruxa ou seja, já sabe do segredo, não tem problema algum. E ah Hermione, seus pais vão chegar pela parte da tarde. Achei melhor trazê-los para cá para que possamos prepará-los juntos.

- Certo – Hermione falou e então sorriu. – Eles vão adorar conhecer Hogwarts! Posso levá-los para um tour no castelo?

- Quando todos os alunos estiverem em aula, sim. Quanto mais discreto formos, melhor.

- Err... Os pais da Hermione são de boas com a magia, mas meu tio e a minha tia não são – disse Harry. – Como vão convencê-los a vir para cá, assinar esse documento e fazê-los me acompanhar ao tribunal.

- Isso eu estou deixando nas mãos da Celeste, minha assistente – disse Hestia. – Ela é mestiça, sabe como falar com eles e, para a surpresa deles e sua, eles a conhecem.

- Espera – disse Harry franzindo as sobrancelhas. – Até meus sete anos tinha uma moça com esse nome lá na rua. É a mesma Celeste?!

- Sim, Harry, é a mesma Celeste – ela respondeu. – Sua mãe é nascida trouxa, e a criou longe do mundo bruxo já que Voldemort estava perseguindo nascidos trouxas. Por isso eu a mandei nessa missão.

- Certo – Harry respondeu. Ele pegou uma pena e assinou o documento, Rony e Hermione fizeram o mesmo.

- Agora deixe-me explicar o que vocês vão fazer – disse Hestia que passou a orientá-los passo a passo.

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A mulher de 22 anos suspirou quando parou na porta da família Dursley. Sorte a dela que volta e meia ela estava dando uma volta pelo mundo trouxa (seja indo ao cinema, shoppings, boates, etc.), então suas roupas estavam na moda (que consistia em uma calça e blazer azul risca de giz e uma blusa branca). Passou a mão pelo seus cabelos curtos e castanho escuro e tocou a campainha.

Ela ouviu passos e então a porta foi aberta. Petúnia Dursley era uma mulher magra e loira. Tinha dentes cavalares e expressão arrogante. Celeste desejava que fosse só a expressão que fosse assim, mas sabia como aquela mulher era, assim como o resto da vizinhança invejosa e fofoqueira. Celeste definitivamente não sentia falta de morar ali.

- Olá, posso ajudar? – A mulher perguntou.

- Olá, Sra. Dursley, acho que não se lembra de mim, mas meu nome é Celeste Malarkey – a jovem bruxa se apresentou. – Eu morava com a minha mãe, Carrie Malarkey, no final da rua.

- Minha nossa, você é a pequena Celeste?! – Petúnia exclamou surpresa. Sempre achara a menina uma criança muito educada e uma adolescente gentil. – Por favor, entre. Duda e Valter foram em uma viagem de pai e filho e só voltam terça feira.

- Faz tanto tempo desde que estive por essas bandas – disse a morena no hall tirando seu blazer.

- Sim, lembro de você vindo me visitar – a mulher loira respondeu. – Nunca havia encontrado uma adolescente tão tranquila, se bem que o meu Dudinha tá indo pelo mesmo caminho.

Celeste tinha sérias dúvidas quanto a isso, mas nada comentou. Como também não comentou que suas visitas aos Dursley era somente para verificar como Harry Potter estava.

- Venha tomar uma chá – chamou a senhora Dursley. – Você simplesmente sumiu, menina.

- É que eu continuo morando em Londres – a morena respondeu. – Além de ser mais perto do meu trabalho.

- Você tá trabalhando com o que?

- Tô concluindo meu curso de Direito e trabalhando com uma advogada.

- Uau, meu parabéns. A sua mãe deve está orgulhosa.

Celeste sorriu gentil.

- Senhora Dursley, minha mãe morreu há quatro anos - ele revelou. Petúnia pôs a mão no peito chocada.

- Carrie morreu? - ela perguntou estarrecida. - Meu Deus, como?

- Ela estava lutando contra o câncer por três anos e, infelizmente, não resistiu.

- Minha nossa, eu não fazia ideia - Petúnia murmurou. - Querida, eu sinto muito pela sua perda. Carrie era uma mulher fantástica e elegante.

- Obrigada pelas condolências e sim, ela era incrível, mas senhora Dursley, eu não quero tomar seu tempo – Celeste falou enquanto Petúnia servia novamente o chá de camomila. – Não vim aqui a toa, estou em uma missão importante.

- Missão? – Petúnia questionou.

- Eu estou aqui por causa de Harry Potter.

Petúnia parecia que tinha levado um tapa.

- Harry? – ela perguntou um tanto aturdida. – Querida, Harry não está no momento, ele... Hã... Ele está fora.

- Sim, eu sei – Celeste falou calmamente. – Ele está na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.

Petúnia olhou para a outra completamente horrorizada. Como ela poderia saber? Será que o segredo que ela tanto se esforçou para guardar finalmente viera a tona de todos? Quantos já deveria saber sobre o lado obscuro da família?

- V-v-v-você – ela gaguejou. - C-como você sabe?

- Porque eu sou como ele – Celeste revelou. – Senhora Dursley, eu sou uma bruxa.

PLAF!

A xícara de Petúnia bateu no chão e cacos e chá de espalharam pelo tapete da sala. Celeste observou Petúnia se encolher com as mãos na boca em completo pavor. Da bolsa ela tirou sua varinha de mogno, 24 centímetros, fio de pelo de esfinge. Petúnia gritou, mas Celeste calmamente apontou pra xícara que de refez e a colocou novamente em cima da mesa de centro, e em seguida secou o chá derramado.

Petúnia observou tudo com os olhos arregalados, então, olhou pela janela temerosa de que algum dos seus vizinhos tenha visto o que se passava ali.

- Não se preocupe com os vizinhos – disse Celeste. – Antes d bater, lancei no casa um feitiço de privacidade. Eles não verão nada demais.

- C-como você pode... Desde quando você é uma....

- Desde quando eu sou uma bruxa? – a morena deu de ombros. – Pra ser sincera, desde que eu nasci. Mas o assunto não é sobre mim, é sobre seu sobrinho, Harry.

- Harry?

- Sim, digamos que Harry vai precisar de uma contribuição sua – disse ela.

- Contribuição? – Petúnia murmurou, em seguida se levantou e falou um tanto furiosa. – Já não basta o tanto que meu marido e eu contribuímos ao longo dos anos?! Nós o acolhemos, o alimentamos, demos a ele o segundo quarto do Duda e mesmo quando ele se mandou para aquela escola de aberrações, continuamos aceitando de volta a nossa casa em todos os verões! E você ainda quer que eu ajude-o ainda mais? Isso está fora de cogitação!

- Senhora Dursley, já imaginou se ver livre de Harry? – Celeste perguntou. – Alguém finalmente vir e tirar o menino daqui pra finalmente você poder viver com sua família e fingir que os bruxos não existem?

- Claro que já! – a mulher exclamou. – Seria um alívio me ver longe daquela aberração!

- Pois essa vai ser a única chance que você, seu marido e seu filho terão – Celeste revelou e Petúnia a estreitou os olhos. – Por favor, sente-se, é uma história longa.

Ainda desconfiada, Petúnia se sentou. Celeste guardou novamente sua varinha na bolsa. Em seguida, foi contando tudo o que sabia. A traição de Peter Pettigrew aos Potter, a história de Sirius e de como ele era inocente. Falou que a única chance de Sirius ser livre era com o testemunho de Harry e seus amigos, e como Petúnia deveria autorizar e acompanhar Harry ao julgamento.

- Então, se não fosse por esse tal de Pettigrew, nós não teríamos que lidar com Harry? – Petúnia perguntou, mas Celeste era uma mulher esperta. Ela conseguiu captar o que a mulher loira realmente queria dizer: Se não fosse por Pettigrew, Lily, sua irmã caçula, ainda estaria viva.

- Sim, Harry estaria com os pais agora.

- E por que eu deveria fazer isso? – ela perguntou soberba. – O que tenho a ver se o padrinho do Harry vai ou não ficar preso? Por que daria ao meu detestável sobrinho o que ele quer?

- Porque assim você poderia se ver livre de vez de Harry Potter – Celeste de ombros. – Como padrinho de Harry, a guarda dele deveria ter ficado com Sirius, como foi de desejo de Lily e James. Com a inocência provada, não demoraria muito pra Sirius providenciar a saída de Harry dessa casa.

Petúnia Dursley ficou pensativa. Deixar Harry ficar sem seu padrinho, ou finalmente se ver livre do moleque cujo os olhos eram iguais aos da mãe? Pensou, pensou e pensou. Levou uns cinco minutos até ela olhar novamente para a bruxa sentada a sua frente.

- O que eu tenho que fazer?

Celeste sorriu de lado. Conseguira. Héstia ficaria satisfeita.

- Primeiro, peço que faça uma pequena mala – Celeste pediu. – Nós vamos para Hogwarts.


Notas Finais


*E aí, gostaram????
* Gente, eu juro que eu ia postar quarta feira, só faltava alguns detalhes, mas meu tio faleceu, então eu não tive cabeça pra nada. Por isso o capítulo só tá saindo hoje. Ou seja, o julgamento que deveria sair hoje só vai sair semana que vem.

*A roupa que Celeste estava usando: https://www.justlia.com.br/wp-content/uploads/2017/08/comousar-terno-770x513.jpg

*Até o próximo capítulo 😊


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