História Os Malefícios de um Acordo (SasuSaku) - Entorpecida

As mãos de Sasuke corriam livres por meu corpo tornando-me cada instante mais estremecida. 

Ele de fato sabe o poder que tem sobre mim e principalmente as consequências de suas ações. Incrível como esse garoto se transforma em uma máquina de perversidade logo que estamos à sós ou a beira de sermos notados por terceiros, suas atitudes nada cristãs acabaram moldando também as minhas vontades de explorar o inadequado e enfrentar o perigo cara a cara sem medo do que possa acontecer. 
Fui mais uma vez enfeitiçada por Sasuke justo quando prometi que jamais voltaria a vê-lo, sei que estou indo contra a minha própria palavra mas eu não posso simplesmente fugir de seus braços no momento em que nossos beijos e toques se tornam tão sedentos e eróticos. 
Vergonha na cara? Não temos! 
Tenho ciência do quão condenada eu estaria caso essa pegação tão safada fosse a tona ou chegasse até Yuno e mesmo se fôssemos descobertos eu jamais me arrependeria de ter provado o tão descabido gosto do perigo. 

Recostado na parede dos fundos da biblioteca entre dois grandes armários repletos de livros, Sasuke acolhia meu corpo com segurança quando decidi tomar o controle da situação. Seus olhos dividiam-se entre vigiar a porta para assegurar que ninguém nos visse e em minhas ações obstinadas de provocá-lo com tudo o que posso. Estudei seu corpo em cada momento nos quais estávamos juntos para que um pouco mais tarde eu pudesse me aproveitar disso o tirando da rota com provocações indecentes, seu corpo reage perfeitamente bem as tais provocações e a prova de tamanha satisfação com elas, são os leves apertões em minhas costas enquanto minhas mãos massageam suavemente o seu íntimo. 
O toque sutil dos seus lábios em minha testa tentava disfarçar os gemidos que saiam frequentemente de sua boca, eu conseguia notá-los ainda que serrassem entre os dentes e saber que sou responsável por toda essa bagunça infla meu ego. Por estar sempre tão entregue aos charmes de Sasuke, eu nunca tive a grande oportunidade de tocá-lo deste modo, conhecer seus pontos fracos e admirar seu lindo rosto se tornando erótico. 

As borboletas em meu estômago se tornam cada instante mais eufóricas quando meus olhos vão de encontro com as feições marrentas dele sendo moldadas tão facilmente, revirava seus olhos e mordia os lábios todas as vezes em que eu intensificava meu tato em seu íntimo. 
Independentemente de estar me deliciando com o moreno derrentendo-se em meus braços, a sensação de culpa por estar me entregando tão loucamente para ele mesmo quando Yuno ordenou que nos afastássemos e o medo de acabarmos ultrapassando os limites permitidos não se esvaem de meu peito, estou sedenta por mais e essa sede infernal torna tudo mais perigoso. 
Arqueei meu corpo para tentar alcançar seus lábios e num piscar de olhos fui fisgada por uma pegada bruta que acendeu diabolicamente o meu fogo. Estou mais alterada que o normal, a vontade de ser completamente preenchida por ele nublou meus sentidos deixando-me alucinada, mal posso me sustentar em pé devido as pernas trêmulas e a respiração que até minutos atrás esteve tão bem controlada agora despirocou de vez mostrando-o o baque de sua autoridade sobre mim. 

— Já chega disso, não acha rosada? Por um momento me vi como uma marionete em suas mãos, estando inteiramente derrubado aos teus pés. Sua capacidade de me ter na palma da sua mão é assustadora Sakura, de fato me deliciei com todas essas provocações e por ser tão bem tratado acabei tendo aquele Sasuke autoritário despertado, me diga amor... – virou-me de costas para ele firmando sua mão esquerda em meu pescoço, usando a direita para disparar um tapa estalado em minha bunda —... não é desse Sasuke que você gosta? 

— Sasuke, p-por favor... seremos notados, pare com isso. – supliquei ofegante 

— Parar? Quem que a poucos instantes não esteve pensando em parar, ãn? – sussurrava em meu ouvido com gentileza, enquanto sua mão ia de encontro ao meu íntimo 

— S-sasuke, n-não... aí n-não. – tentei apartar seu toque lascivo mas fui rapidamente impedida por Sasuke que imobilizou meus dois braços com uma pegada segura 

— Ah, cerejeira... que injusto. Você me tocou deliciosamente minutos atrás e agora eu não posso retribuir uma atitude tão... – mordeu o lóbulo da minha orelha e sussurrou quente —... soberana? Isso não se faz, rosada. 

— É embaraçoso, sasuke. Não podemos, estamos na escola. 

— Você mesma quem me pediu para falar menos e fazê-la implorar por mim, aqui e agora. Lembra que você também disse que não havia tempo a perder e que precisava urgentemente me sentir pela última vez. Não vai fugir disso agora, vai? 

— E-eu não estava falando disso... 

— Eu não vou fazer nada que você não queira Sakura, você sabe disso. Mas seu corpo mostra-me o contrário, ele é tão verdadeiro quanto você. Até agora eu não fiz nada que você não quisesse e isso aqui é a prova disso tudo. – correu rapidamente seus dedos para meu íntimo úmido deslizando-os facilmente. 

Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram quando Sasuke me tocou de forma devassa,  isso está mesmo acabando com todas as minhas defesas e levando para longe a minha vontade de fugir daqui por medo. Tomei seus lábios em um beijo repleto de desejo e auxiliei seus movimentos dançando minha cintura num rebolado instigante, minha atitude inesperada levou Sasuke ao limite da ira, aplicou mais agressividade em seus toques fazendo meus gemidos ganharem os ares. Me abraçou fortemente e  de modo autoritário ordenou que meus gemidos fossem loucamente disparados próximo ao seu ouvido, a cada som sensual que eu deixava escapar mais castigada eu seria e tendo conhecimento disso, tratei de gemer cada vez mais manhoso. 

Enquanto cobiçavamos um ao outro num embalo frenético fomos pegos de surpresa pelo diretor que vinha entrando na biblioteca distraído com alguns livros na mão, o desespero se fez presente e mesmo estando com cara a cara com o perigo Sasuke não desistiu de suas provocações e continuou a me tocar, abafou meus gemidos com a mão e com os olhos atentos seguindo cada passada do diretor, tornou seus toques gentis em estocadas brutais. Havia pouca luz na biblioteca e onde estávamos não havia nenhuma, ou seja, ele só poderá nos notar se fizermos barulho. Chupões intensos e mordidas impiedosas começaram a marcar minha pele como se eu fosse uma tela em branco a ser pintada, estava quase implorando para ser pega de jeito ali mesmo enquanto o diretor buscava inquietamente mais alguns dicionários. 

— Uau... tão molhada. Quer dizer que a adrenalina a deixou mais excitada? – sussurrou em meu ouvido tapando minha boca com pulso forte 

Acenei com a cabeça confirmando sua pergunta e voltei meus olhos assustados para o diretor que ia saindo da biblioteca segurando vários livros. 
Sasuke me empurrou ferozmente na parede e laçou seus lábios nos meus ainda estocando intensamente seus dedos em meu íntimo, um arrepio quente correu por todo o meu corpo quando por várias vezes o ouvia dizer que me amava. Minhas unhas se aferravam agressivamente em suas costas riscando vários arranhões. 

— Não importa qual distância você queira ter de mim, Sakura. Você sempre será minha, não é obsessão e tampouco uma ameaça, é a mais pura verdade. 

— Eu nunca neguei ou negarei isto Sasuke. Você fez de mim tua e que assim seja, para sempre. – o beijei apaixonada rancando-lhe um sorriso verdadeiro. 

Sasuke ajoelhou-se em minha frente e levantou minha saia educadamente deixando minhas coxas expostas, cheguei ao limite da minha loucura quando seus lábios molhados iniciaram uma sessão de beijos incandescentes por minhas coxas e região pélvica, revirei os olhos como se estivesse sendo exorcizada deixando escapar um gemido nítido. Estava prestes a sentir seus lábios tocarem meu íntimo se não fosse meu celular se esgoelar de tanto tocar e acabar com toda a minha alegria, infelizmente eu não tenho 1 dia de paz nesse caralho. 
Nos afastamos rapidamente para que eu pudesse atender a tão desesperada chamada de voz.

— Alô, p-pai?! – disse ainda ofegante 

— Filhota, parabéns por ter passado na prova. – cantarolou ele 

— Ah, obrigada pai. 

— Eu sabia que conseguiria meu doce. – gritou minha mãe do outro lado da linha 

— NÃO GRITA PERTO DO MEU OUVIDO MULHER, VAI ME DEIXAR SURDO – rebateu ele emputecida 

— VAI PRO INFERNO HOMEM MAL HUMORADO. – gritou minha mãe estando ainda mais furiosa 

— Querida, venha para casa sim? Eu sei que você iria passar a tarde na casa dos seus amigos, mas por favor volte para cá e os traga, eles estão convidados também. Precisamos conversar, certo? Te vejo logo! 

— Oh, tudo bem pai. Eu irei! Até logo! – desliguei a chamada voltando minha atenção para o aplicativo de mensagens. — Preciso ir! 

— AF, mas já? – formou um biquinho junto a um semblante triste 

Sasuke se aproximou sorrateiramente dando um beijo suave no topo da minha cabeça, me abraçou por trás e encostou seu queixo em meu ombro estando também atento ao que eu fazia no meu telefone. 

— Ei, que merda é essa? – tomou meu celular de minhas mãos tornando seus olhos assustadores assim que levou sua atenção para a tela. — Por que tem tantas mensagens do Neji no seu telefone? 

— O quê? D-do que você tá faland...

— "Meu doce, como foi a prova? Já teve resultados?" "Por que a demora, meu amor? Precisamos nos apressar para ir até a minha casa!" "Kakashi está te prendendo?, já estou com ciúmes" "Vamos lá Kakashi, solte a minha menina". Que porra é essa aqui? 

— Sasuke, isso não é o que você está pensando, deve haver um engano. – ergui as mãos para tentar recuperar meu aparelho 

— Engano, Sakura? Um cara se dirige a você tão intimamente a chamando de amor e você me diz que isso é um engano? Você estão saindo, por acaso? É por conta dele que você me deixou? 

— O QUÊ? NÃO, NÃO É ISSO. NÓS NÃO ESTAMOS SAINDO, EU MAL O CONHEÇO. 

— AAAAAAAAAH, ESTOU VENDO QUE VOCÊS MAL SE CONHECEM. "MEU AMOR", "MEU DOCE", "MINHA MENINA", TODOS HONORÍFICO USADOS QUANDO DUAS PESSOAS PROVAVELMENTE ESTÃO SAINDO. – alterou seu tom de voz para mim 

— SASUKE, ACREDITE EM MIM! EU NÃO ESTOU SAINDO COM ELE, ISSO É UM ENGANO! Por favor, me dê ao menos a chance de explicar 

— Você mesmo quem me disse que sabia que eu não a traí e sabendo disso você me deu a chance para explicar? – seus olhos se encheram d'água e sua voz tornou-se trêmula 

— N-não... – respondi desapontada comigo mesma 

— Pois é, Sakura... Não tem o que explicar, assim como você entendeu tudo naquela noite, eu também entendi tudo nesse exato momento. Acabou! – entregou meu celular e saiu da biblioteca furioso 

Parece que esse é mesmo o fim, não sei o que dizer e nem o que pensar. Sinto meu interior se quebrar de tanta dor, isso está mesmo me matando. Pensei de estar preparada para esse momento desde o dia que fui intimada por Yuno no baile, mas me espanta vê-lo partir dessa forma. Eu sei que é o melhor a se fazer, mas dói tanto que parece que irei morrer.
Por que tudo teve que dar tão errado? 
Por que é tão proibido amá-lo? 
Por que não podemos viver esse amor mesmo quando há tanto sentimento em nossos peitos? 
Ah, Sasuke... Me desculpe por ter quebrado seu coração dessa forma, nunca foi minha intenção. 
Ainda desolada, sai da biblioteca aos prantos indo de encontro a Hinata que me esperava no refeitório. A mesma felicitou a minha saída vindo até mim alegremente para me abraçar, logo quando nos aproximamos Hinata espantou-se ao me ver chorando desesperadamente, notando meu estado Neji também correu até mim para me amparar. 

— Amiga, o que aconteceu? Por que você está chorando? – dizia ela me abraçando enquanto meu corpo desabava 

— Não passou nas provas? – perguntou neji sentando ao meu lado no chão 

— Acabou, está tudo acabado. Ele se foi para sempre. 

— Do que você está falando, cerejeira? – perguntou neji trocando olhares com sua prima 

— Aconteceu alguma entre você e o sasuke? Ele passou por nós furioso com os olhos perdidos em lágrimas, logo em seguida Naruto o seguiu deixando o ar misterioso. 

— Ele viu as mensagens que o Neji me mandou e entendeu tudo errado, acabou pensando que estávamos saindo. 

— Eu mandei? Mas eu n-na...

— ARRRGGGGGHHHHH, que inferno. Não foi o neji quem mandou, fui eu. Estou sem internet e por estar preocupada com sua demora, mandei mensagem pelo celular do Neji-san. Ah, amiga... Me perdoe por favor, eu não sabia que vocês estavam juntos. Por favor, eu não quis fazer isso. 

— Tudo bem, Hina. Você não tem culpa alguma, f-foi até melhor assim... Desse modo ele estará livre para Yuno e fora de perigo. Não me importo de sofrer mais com isso, contanto que Kakashi não seja exposto, tudo ficará bem. – enxuguei minhas lágrimas e me levantei do chão. — Meus pais me pediram para voltar para casa essa tarde e levá-los para lá comigo, eles têm algo para me dizer. Vocês vêm? 

— Claro, não a deixaremos sozinha num momento tão delicado como este. – afirmou neji usando seu dedo polegar para enxugar minhas lágrimas. 

— Iremos com toda certeza, não importa a situação, a ocasião e a gravidade do assunto, estarei sempre ao seu lado Sakura. 

Não importa o que aconteça!