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História Marceline Scott e a era da Serpente - Saudosismo


Escrita por: BellaB666

Notas do Autor


Hoje foi curto, mas um grandão ta próximo.

Capítulo 116 - Saudosismo


Fanfic / Fanfiction Marceline Scott e a era da Serpente - Saudosismo

A sala onde Marceline estava era quente, porém as pessoas a sua volta eram frias e detestáveis, mais uma vez lá estava ela na suas diárias aulas no ministério. A alguns segundos antes, todos na sala, os três herdeiros e o professor, estavam a encara-la surpresos e humilhados, pois como sempre o professor fez questão de humilhar a garota, só que agora ela revidou a altura, pois de todas as dez perguntas sobre diferentes tópicos da aula, Marceline respondeu cada e sem um único erro, fazendo com que o professor se calasse e os colegas se irritassem. Após a aula, cuja a morena decidiu pegar outro caminho para evitar conflitos com certa loira Gryffindor, Marceline acabou encontrando Alastor Moody, chefe dos aurores que a muito tempo a ajudou com a revelação de sua linhagem. O velho e despedaçado homem a cumprimentou aparentemente feliz em vê-la.

- Espero que esteja tudo bem com se pai! - fala o homem.

- Ele está, falei com ele semana passada, está um pouco triste com minha saída de Carvalho Branco, mas ele sempre que pode vai me visitar em Sonserina, quando não almoçamos juntos em Hogsmead! - a garota responde sorridente.

- Que maravilha, e como vai as aulas aqui no ministério? Falta pouco para você ser coroada assim como os outros! 

- Estou mais que nervosa com isso, estou ansiosa, minhas notas melhoraram muito aqui, mas no início era um show de humilhação! 

- É sei que seu mentor está aliado aos Gryffindor, mas saiba que tem total apoio de mim e minha equipe de aurores, o que precisar estaremos mais que dispostos a ajudar, afinal amiga de Dumbledore é amiga minha! - ambos sorriram.

- Faz um tempo que não falo com o professor, imagino que ele esteja bem!

- Sim ele está, falei com ele antes de ontem, ele e Eliphas Doge estavam no Beco Diagonal, parece que Doge será seu novo professor de Defesa contra artes das trevas, e professor Dumbledore estava o ajudando a comprar os materiais necessários.

- Ele pareceu uma boa pessoa, tomara que seja assim em aula!

- Ele será, se quiser agradar a Albus como sempre, ele será! - o auror deu uma leve piscadela com seu olho bom como se insinuasse algo sobre Doge, mas Marceline interpretou como uma mera piscada de olho já que o outro olho do mais velho não fazia o mesmo jesto. - A senhoria está a carruagem?

- Ah não, eu estou a pé apenas, por que? - questionou a mesma.

- Está fazendo um temporal lá fora, o tempo anda muito instável estes últimos dias e não é adequado vossa majestade andando sola por aí, um homem morreu esses dias, obra de você-sabe-quem! - Marceline sente um calafrio subir a espinha.

- Não tenho medo dele! - ela fala séria e confiante.

- Sei que não, Albus me avisou sobre está sua coragem considerada por muitos loucura, mas por favor permita-me arranjar uma carruagem para levar vossa majestade para casa, creio que as passagens a pó de flúor, não dão acesso a velha mansão Sonserina! 

- Posso muito bem apartar senhor, não quero que se incomode! - ela responde com um leve sorriso.

- Ora eu insisto, não acho seguro que vá sozinha, vou arranjar alguém descente para acompanhar a senhorita, espere apenas um tempo que lhe encontro na entrada do ministério, sim? - o auror da seu melhor sorriso.

- Se o senhor insiste, não farei descaso!

- Pois insisto e muito, um segundo e já estarei de volta!

Marceline então observou o homem se afastar, sorriu com a boa vontade do mais velho e ficou satisfeita com uma gentileza que fazia tempo que não a ofereciam. Desceu pelo elevador e aguardou no primeiro andar observando os que vinham e iam, Angelic a olhou torto ao sair com sua capa de chuva cor de rosa, Marceline se perguntava se não foi em Angelic que os trouxas se inspiraram para fazer a boneca Barbie, mas negou tal teoria quando recordo que a boneca era muito divertida e amigável, quanto a Angelic ela já não era tudo isso, podia se vestir como uma boneca e aparentar doçura, graça e delicadeza, mas era astuta e uma ótima espadachim.

A morena saiu de seus pensamentos quando ouviu seu nome ser chamado, aparentemente era Alastor que era seguido por dois rostos muito familiares, principalmente os olhos de um que vinha logo atrás.

- Encontrei sua cavalaria senhorita Scott, o Sr Lestrange e o Sr Black vão acompanhar a senhorita até em casa na carruagem do senhor Régulos Black! - Marceline encarou o loiro, mal podia acreditar que estava vendo-o outra vez, mas ele pareceu não querer vê-la, pois no segundo que seus olhos tristes encontraram os olhos vermelhos de Marceline o olhar do loiro baixou para o chão. - Lhe deixo agora, até mais ver majestade!

- Até! - ela tentou possuir o tom mais calmo e normal que conseguia. Estava diante não só do seu ainda grande amor, mas de um membro dos comensais também.

- Como vai majestade Scott? - perguntou Lestrange cordial, sendo cuidadoso com a prima de seu grande lorde.

- Bem Lestrange, e você? - ela pergunta desviando rapidamente o olhar do mais velho para Régulos ainda cabisbaixo.

- Fantástico, soube da grande nova? - ele pareceu alegre, uma característica rara entre os comensais. Marceline negou com a cabeça - Bela está grávida, nós vamos ter um filho!

- Nossa, mas isso é uma grande notícia! - Marceline franzil o cenho realmente surpresa, nunca imaginou a louca Belatrix sendo mãe - meus parabéns!

- Obrigada! - ele sorriu e logo olhou para Régulos e voltou a olhar para Marceline - Vamos?

Os três saíram do ministério e em silêncio adentraram na carruagem, e da mesma forma seguiram viajem. O silêncio era incômodo para Régulos e Marceline, mas isso não era evidente para Rodolfo. O comensal sentou-se sozinho a frente de Régulos e Marceline que se sentaram juntos, por obra do destino travesso que pôs caixas de mais ao lado de Rodolfo que sabia exatamente para quem era todas, sua esposa teria de gostar de ao menos um dos inúmeros presentes ali. A chuva era forte, estava sendo admirada pela morena Scott que lutava para manter seus olhos no exterior da carruagem, pois sabia que seu desejo de encarar seu antigo amante até que ele revidase com seu olhar apaixonado não seria possível com Lestrange ali presente.

A chuva deixou a estrada esburacada, dúzias foram as vezes em que as caixas caíram sobre os passageiros, mas apenas uma única vez foi que a mão de Marceline caiu sobre a de Régulos, no banco entre as pernas de ambos. Mas na mesma velocidade em que se encontraram, elas tornaram a se separar. Depois de mais alguns minutos Marceline chegou a sua residência, saiu da carruagem e se despediu dos cavalheiros, suspirando de alívio por em fim sair daquele minúsculo lugar, onde se sentiu tão próxima ao seu amor ainda não esquecido. Ao entrar na mansão, nem se quer notou o frio que lá se fazia, estava tão acalentada pela aproximação e pelo toque de Régulos que isso supria todo o frio ao seu redor. 

Subiu a escadaria da sua silenciosa casa e se dirigiu aos próprios aposentos, para desfrutar de um banho que acalmasse seus nervos. Mergulhada na água quente e cheirosa da banheira, Marceline fechou os olhos e se permitiu sentir, sentir os braços dele rodearem seu corpo em um abraço carinhoso, sentir o cheiro de jasmins se transformar no cheiro dele, um cheiro tranquilizante e estimulante. Se permitiu visualizar aquele olhos, tão belos olhos, os anjos deveriam ter se inspirado nos mares ou no céu ao criar tão belos, tais estes que encantariam a qualquer dama se as olhassem tão apaixonados, e pensar que daqueles lindos olhos, lágrimas escorreram por conta de um coração partido, como gostaria de ver amor em tão belos olhos novamente. E então Marceline se permitiu sentir arrependimentos e a sentir saudades.

- Dia cansativo? - a voz familiar de um certo bruxo a fez despertar de seus pensamentos.

- A quanto tempo está ai? - ela olha para a entrada do banheiro e rapidamente seca a lágrima que escorria de seu olho direito.

- Tempo para não ter visto o inapropriado se é o que pergunta! - Tom sorri de lado enquanto se aproxima e senta a beirada da banheira - Como foi sua aula hoje?

- Bem, graças a você, suas aulas me favorecem! - afirmou Marceline. A algum tempo que Tom se dispôs a ajudar a prima com os saberes necessários antes da coroação, sempre que ela tinha aula o mais velho a visitava antes e depois para ensinar uma matéria ou outra.

- Você se fez uma ótima aluna! - Tom retira um fio de cabelo escuro da testa da morena que o observa atenta. - Espero que Angelic Gryffindor esteja ficando para trás de você! - Ele sorri perverso.

- Darei um jeito nela! - Seu sorriso foi agora de orelha a orelha, Marceline deduziu que seu senhor planejava algo, mas logo o sorriso se detelhorou e seu olhar caiu para as águas já com pouco sabão na banheira, começando a mergulhar a ponta de um de seus dedos, o guiando para um lado e para o outro.

- Eu soube que você veio acompanhada pelo Sr Lestrange e o Sr Black, soube também que este possui certo afeto por você! 

- Possuía, já não possui mais, talvez desprezo, creio que combine mais com tal!

- Entendo - Tom se levanta e vai em direção as toalhas para secar seu indicador - É uma pena, mas não posso deixar de gostar de uma boa história de amores perdidos, principalmente quando um dos mocinhos morre!

- O que? - Marceline vira seu rosto para o rapaz já de saída.

- Não demore, continuaremos nossa conversa na biblioteca! - o mais velho se retira, mas mesmo que não visse, Marceline ouvia o lorde demorar um tempo no quarto da herdeira, se perguntou se ele não procurava por algo, mas logo ele se retirou de lá também.

Já vestida, Marceline vai ao encontro do lorde e o encontra analisando cada livro do local.

- Procurando algo em especifico? - questiona a anfitriã curiosa com as ações do primo.

- De certa forma! - ele responde devolvendo um dos livros pegos para o lugar.

- E qual seria? - ela se aproxima e para ao estar a uma distância descente do outro.

- Nada que importe por agora, mas o assunto que vim tratar é outro! - Ele se aproxima mais quebrando a distância estabelecida pela mais nova. - Quero que realize um baile aqui!

- Um baile? Para que? - ela ergue uma sobrancelha demonstrando seu interesse ao cruzar os braços em seguida.

- Quero que convide todos os nobres, que os encante com sua mente, talento e beleza. Faça-os admirarem você, que estejam ao seu lado, os impressione para que quando necessário, estejam dispostos a fortalecer seu reinado!

- E como será este baile? - ela pergunta sabendo que não terá como recusar o pedido do primo.

- Você o realizará da forma que a convém, mas pesso que seja criativa e cautelosa quanto a certos convidados!

- Suponho eu que após isso meu querido primo vá fazer o feitiço que me prometeu! - o lembrou com impaciência.

- Paciência minha cara, paciência, você ainda terá de fazer muito mais antes que eu faça o que combinamos!

Enquanto Marceline planejava o baile com seu primo, Régulos tinha seus pensamentos invadidos pelo acontecimento desta manhã. O jovem Black estava em seus aposentos, admirava a chuva do lado de fora que molhava as vidraças de sua janela. Estava recostado à poltrona a frente de tal, enquanto desenhava o que se passava em sua conturbada e jovem mente. A imagem dela era realista, os olhos, cabelos e traços, sem dúvida era ela que se formava em linhas negras no pergaminho.

Ainda conseguia sentir seu sedutor aroma, ainda sentia sua presença, ao fechar os olhos, mesmo que vagamente, era sua imagem que surgiria. Estava tão perto, tão próxima de si, não conseguiu em momento algum ignorar o calor que lhe subiu a cabeça só por estar junto a ela daquela forma tão incômoda por ser tão descente. Gostaria de ter lhe dirigido à palavra, a olhar ao menos, mas a presença de Rodolfo o impediu de realizar tal anseio, aquele silêncio ao lado dela durante a viajem fora o cúmulo para ele, estava sem a presença da garota em sua vida a meses e quando estivera tão perto não pode nem ao menos falar com ela sobre o tópico que desejava. Se ela ainda o amava!

Que asqueroso momento aquele, pelos céus amaldiçoou a Lestrange pela sua incômoda existência, se martinalizava a cada segundo que passava pensando como se arrependida de não ter lhe olhado como devido, de não ter falado como queria. Mas será que teria válido a pena? Ou se despedaçaria ao descobrir que ela já não o amava mais? 

Por que não se arriscou? - se questionou admirando o desenho de sua amada antes de coloca-lo de lado.

Passou a mão pelos seus louros cabelos enquanto fitava o teto, recordando o breve toque de mãos que tiveram durante a viajem, como queria ter mais daquilo. Como queria que suas mãos tocassem seu fino rosto, como queria enredar seus dedos nos castanhos cabelos da jovem, sentir seu cheiro, atrair seu corpo para mais perto de si, beija-la como antes. Fechou os olhos e recordou das inúmeras vezes em que possuiu aquele corpo de maneira carnal, de como foram bons os momentos juntos, onde ela lia no parapeito da janela junto a sua serpente Dagon que se enrroscava nas cortinas, enquanto Régulos desenhava a mesma posição em que sua amada se encontrava.

Se soubesse que tais momentos teriam um fim, teria os aproveitado mais, desfrutado e amado aquela ao seu lado, mas agora tudo que tinha eram os inúmeros desenhos feitos por ele, dela. Rolos e mais rolos de pergaminho, todos com o mesmo rosto, mesmo olhar, mesmo sorriso, mesmos traços, mesmas curvas, lá estava ela, em diferentes posses, mas sempre era ela, aquela que ele seguia amando. Não se sentia mais idiota por isso, não se condenava por ainda ama-la, mas sofria por não saber se ela ainda o amava. Ele observou com saudosismo cada desenho que relatava a bela juventude da amada perdida.




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