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História Os Melhores Momentos dos Nossos Sete Anos em Hogwarts - Carreira e Pais - Quinto Ano


Escrita por: amarlisias

Notas do Autor


Se vocês virem qualquer erro, pode me dizer, eu não fico ofendida!
Obrigada por quem vem comentando.


Boa leitura!

Capítulo 6 - Carreira e Pais - Quinto Ano


O outono em Hogwarts estava assustadoramente frio. Nem durante o inverno do ano anterior havia ventado nesse nível. Não havia neve, contudo. Trelawney, a professora louca de Adivinhação responsável por quatro dos sete anos (mas, felizmente, não o Quinto) da escola, dizia que aquilo representava um imenso perigo. Firenze, responsável pelos outros três anos, apenas dizia que os ventos representavam uma mudança no caótico universo em que estavam inseridos.

Para Scorpius, o vento estava sendo apenas uma desculpa agradável para não se corresponder com o pai. Ele observou algumas corujas corajosas e sofredoras adentrarem o Salão Principal enquanto todos os alunos tomavam café da manhã para mais uma sexta-feira de estudos cansativos. Ele agradeceu a Merlin por nenhuma carta de Draco estar chegando.

Não que ele não amasse o pai; amava-o demais, era sua única família (bem, estritamente falando, era mentira, haviam sua avó e seu avô). Só que, desde a semana anterior, quando ele começou a se envolver com Alvo de uma maneira mais profunda (e sem nome), ele tinha a sensação de que estaria mentindo para Draco se não contasse tudo que acontecera com ele. E ele não sabia como explicar que ele também gostava de garotos para o pai. Não sabia explicar nem para si, na verdade.

Nunca havia parado para pensar muito nisso. É claro que reparava na beleza de outros garotos; ele não era aquele tipo de menino que se sentia inseguro de admitir que a aparência de outro menino podia ser bonita. Mas como ele sempre reparava na beleza das garotas e já estivera a fim de uma (a prima de Alvo, inclusive), nunca havia cogitado que talvez sentisse atração por homens. Muito menos pelo melhor amigo.

Bom, aquilo não era problema para ele. Gostava de Alvo, de estar com ele, de conversar, de rir. O relacionamento indefinido dos dois era apenas a mesma amizade de sempre com alguns "benefícios" adicionados.

Por falar em Alvo, o garoto comia, bastante alheio aos pensamentos do outro, uma fatia grossa de torta de maçã. A mão esquerda dele pendia discretamente ao lado do corpo. Os dois haviam combinado de manter em segredo por dois motivos: não sabiam como os respectivos pais reagiriam, e não sabiam o que os colegas falariam. Mas ver a mão do garoto ali fez Scorpius, que havia terminado seu café, por a mão suavemente sobre a de Alvo. Este parou de comer e virou a mão, entrelaçando rapidamente os dedos, dando um aperto e soltando.

Era ao mesmo tempo delicioso e frustrante ter um relacionamento secreto. A sensação de se estar correndo risco enchia o peito de Scorpius de uma adrenalina totalmente nova e bem-vinda. Mas ao mesmo tempo, não poder andar de mãos dadas em público com Alvo, como via James fazendo com a namoradinha da Grifinória dele, por exemplo, era incômodo.

Alvo terminou de comer e os dois seguiram para a aula mais chata da história da bruxidade: História da Magia. Em defesa da matéria, os acontecimentos bruxos eram incríveis. Scorpius sabia que, com um pouco de prática, um professor realmente poderia dar aulas interessantíssimas sobre assuntos como a Revolta dos Duendes, a Guerra dos Gigantes, ou a Caça às Bruxas. Até mesmo ele conseguiria...

Um pensamento novo invadiu a sua cabeça. O Quinto Ano era o ano em que você escolhia sua carreira. Alvo nem cogitara a dele ainda, mas Scorpius vinha matutando consigo sobre o que fazer. Trabalhar em Gringotes? No Ministério? Tornar-se Curandeiro? Eram carreiras interessantes, de fato. Mas a ideia de ser professor parecia bastante boa. Infelizmente, ele não poderia ser o professor de História da Magia, pois o Binns estaria lá para sempre; não tem como demitir um fantasma. Mas ainda assim, quando fosse falar com o diretor da Sonserina sobre carreiras, ele comentaria a possibilidade.

- No que você está pensando? - Alvo perguntou, quando os dois se sentaram na última carteira para passar cinquenta minutos ouvindo a voz monótona repetir sem pausa tudo sobre a Primeira Confederação dos Bruxos. Os outros alunos já se preparavam para dormir; sem excessão. E essa aula era composta por alunos da Sonserina e da Corvinal.

- Em ser professor - ele respondeu, arrancando um sorriso sacana de Alvo. Previu algo ruim chegando.

- Você quer que o fantasma camarada ali perca o emprego? Ou seria outra matéria? - ele perguntou, puxando a mão de Scorpius e entrelaçando os dedos por debaixo da mesa. Essa aula era a ocasião perfeita para isso, claro. Ninguém, nem mesmo o professor etéreo, prestaria atenção neles.

- Seria essa, mas não quero que ele perca o emprego; só quero que as pessoas se interessem por história.

- Pareceu a minha tia falando agora, quando ela manda a gente ler Hogwarts: Uma História - Alvo comentou, e Scorpius se lembrou que a tia de que ele falava era a ministra da Magia, Hermione Granger-Weasley. - Bom, é legal você já ter uma ideia de sua carreira.

- E você? - Scorp questionou, curiosos. Alvo deu de ombros e soltou um bocejo.

- Talvez eu simplesmente não tenha nascido para seguir qualquer tipo de carreira. Não sou bom em nada. - ele comentou, não com um tom auto-depreciativo, e sim o tom mais casual possível.

- Cale a boca, você é excelente em Poções. Podia trabalhar como freelancer, ou fornecer Poções para o St. Mungus...

- Dar aula aqui com você - ele sussurrou bem baixinho. Scorpius deu um meio sorriso.

- Você estaria seguindo a carreira de uma das pessoas que inspirou seu nome - ele lembrou. Alvo soltou un suspiro.

- É, o pior dos dois nomes. Que criança chama "Severo"? - ele brincou, bocejando de novo. O ambiente da aula de Binns era perfeito para dormir, de fato. Alvo deitou a cabeça sobre o braço direito, que estava livre. Scorpius sorriu e fez o mesmo; ele não conseguia prestar atenção no fantasma, de qualquer jeito. Ele leria a matéria por conta própria depois.

Ao final da aula, os dois levantaram com dificuldade, assim como o resto da turma. Sonserina teria um horário de Trato com Criaturas Mágicas (ou, se você tivesse escolhido outra matéria, Runas Antigas). Os dois seguiram para a aula, que era em companhia dos Grifinórios.

Rose lançou um olhar de desdém ao olhar para os dois. Scorpius queria saber por que, já que fazia dois anos que ele desistira dela. Alvo sorriu ironicamente para a prima e acenou. Ela virou a cara para comentar com duas colegas. Uma riu ao olhar para os dois. A outra levantou e foi se sentar longe das duas.

- Alvo - Scorpius começou, lembrando de um comentário antigo do... amigo? Essa ainda era a palavra? Enfim: - Lembra dos boatos que você mencionou?

- Ah... - ele respondeu, corado. Scorp sorriu, era sempre estranho causar essa reação ao outro garoto. - Por que você quer saber?

- Quais eram os boatos? - ele perguntou sem rodeios. A única coisa que ele sabia era que os únicos que estavam envolvidos nisso eram os alunos da Grifinória (até onde ele sabia; nenhum aluno da Sonserina sabia de nada, e ele não conversava com ninguém da Lufa-Lufa nem da Corvinal).

- Bem... os alunos da Grifinória espalharam entre si que o filho mais novo do famoso Harry Potter gosta de meninos.

- Ah. - Scorp deu de ombros - E estão errados?

- Não, né, idiota - ele disse, rindo. Mas então baixou o tom de voz - Mas muito deles são bem babacas sobre isso. Meu irmão, por exemplo. E a minha prima. Eu venho me esforçando para os boatos não chegarem nos meus pais.

- Os boatos me envolvem? - Scorpius questionou. Alvo baixou os olhos e assentiu. - Ah. Hum, ótimo. Cadê o professor Hagrid?

- Você não se importa com os boatos? - Alvo perguntou. Scorpius negou. O outro levantou uma sobrancelha - Tem certeza? E se chegar ao seu pai?

Scorpius olhou para Alvo. Estava tentando evitar esse pensamento.

- Não vai chegar. - ele disse categórico. Alvo continuou olhando para ele. - Bem, por enquanto, pelo menos. Quando eu sair de casa, quem sabe?

O professor idoso chegou com uma caixa bem grande que parecia lotada de pequenas bolas de espinho. Atrás dele, vinha os monitores das duas Casas com caixas de leite.

- Vamos prestar atenção nessa aula; elas caem no NOM de Tratos de Criaturas Mágicas. - ele disse. Scorpius sabia que teria de contar para o pai um dia; mas para que apressar as coisa? Ele ainda precisava descobrir como tudo se desenrolaria.

- Tudo bem - Alvo concordou. Mas ele sussurrou. - Eu estou planejando contar para os meus pais no Natal. - ele disse, enquanto observava Hagrid por dois pequenos animais quase idênticos no chão.

- Jura? - Scorpius perguntou. Alvo assentiu.

- Só não sei se vou falar de você. Não estamos namorando, afinal.

Scorpius sentiu uma pontada. Aquilo era uma indireta? O professor mandou os alunos prestarem atenção e ele decidiu pensar nisso depois. Não queria se precipitar, afinal.



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