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História Os meus, os seus e os nossos filhos - Tentar


Escrita por: inNicks

Notas do Autor


Olá pessoal! Me superei dessa vez demorei menos do que esperava pra terminar o capítulo kkkkk -q
Como sempre, não está revisado eu trabalho agora de manhã e só posso revisar de noite então se encontrarem erros queiram me desculpar sim?

Enfim, lhes desejo uma boa leitura!

*Créditos ao autor da imagem

Capítulo 9 - Tentar


Fanfic / Fanfiction Os meus, os seus e os nossos filhos - Tentar

Quente.

Às pessoas comentam que quando se está preso em um beijo realmente bom, um beijo cheio de sentimentos, você consegue ter a sensação mágica de estar se unido ao corpo de outra pessoa e se entregando de vez aquele beijo. Sentirá os pelos arrepiados, o coração vai acelerar, o corpo inteiro vai esquentar e o prazer será tão bom que é quase impossível não soltar um gemido de satisfação durante o ato. Sua maior lamentação vai ser quando tiverem que se afastar pela falta de ar que os consumir. Sasuke poderia dizer com toda a certeza que aquele simples selar de lábios, em um selinho demorado, acabou de causar todas essas sensações nele.

De longe esperava ser beijado, ainda mais depois de um momento tão tenso quanto o de horas atrás, e a surpresa fora tanta que não conseguiu reagir de primeira. Seu cérebro acabou tendo um raciocínio lento para processar que Uzumaki Naruto estava naquele momento o beijando da forma mais carinhosa que ele já foi beijado na vida. Os olhos do loiro se mantinham fechados durante todo o ato, assim como ele lentamente se afastou com a respiração calma e encostou sua testa na curva do pescoço de Sasuke soltando um gemido baixo, parecia tão satisfeito pelo ato quanto o Uchiha.

— Porque me sinto tão malditamente bem agora? Eu deveria estar chorando.. — Sussurrou o loiro ainda inerte nas próprias palavras. Assim como Sasuke que parecia estar em um estado de dormência pelo acontecimento. — É só com você, Sasuke.

O Uchiha iria responder se não tivesse escutado logo em seguida um pequeno murmuro, seguido de um ronco baixo. Naruto desmaiou em cima de si. Possivelmente o corpo exausto pelo stress passado o venceu.

Enquanto o loiro dormia finalmente a ficha foi caindo e o Uchiha pode arregalar tanto seus olhos que chegou a doer. Eles se beijaram. Certo que foi um selinho mas ainda poderia ser considerado um beijo e ele se sentia tão bem com isso que assustava. A idéia que martelava em sua cabeça era o fato de que Naruto foi quem o beijou primeiro, não o contrário como ele planejava, o que significava que o loiro também tinha algum interesse romântico nele.

Sua cabeça doía só de tentar entender tudo aquilo.

O murmuro baixo em seu ombro o fez sorrir minimamente. Naruto continuava com a cabeça agora apoiada no seu ombro e ressonava baixinho perdido no mundo dos sonhos. Ele teve certa dificuldade em conseguir tirá-lo de cima de si e mais ainda para carrega-lo direto para o quarto de hóspedes de sua casa. Por um momento enquanto observava o loiro dormir se lembrou que ambos já haviam dormido na mesma cama. Por mais que ele ainda colocasse a culpa no álcool e na fragilidade do loiro em relembrar o passado.

E aquilo estava se repetindo mais uma vez? Quem sabe.

Achou melhor deixar o Uzumaki ali mesmo e se dirigiu até o próprio quarto deixando a porta encostada. Sua cabeça já estava cheia de coisas para se pensar e Naruto com certeza não se lembrará do beijo que tiveram, talvez tenha feito aquilo de forma inconsciente pelo cansaço. Sim, era isso que Sasuke acreditava.

Mas quando se jogou na cama tentando descansar não conseguiu pegar no sono enquanto relembrava, em câmera lenta, o momento em que os olhos azuis se fecharam e seus lábios foram selados.

•••

Batidas insistentes na porta de seu apartamento foram o motivo da loira acordar do cochilo que tirava no sofá com uma visível irritação no rosto. Tinha acabado de voltar da reunião dos administradores e demorou um bom tempo para conseguir fazer todos eles se acalmarem e Ino definitivamente só queria descansar. Levantou do sofá dolorida e estalou o pescoço. Antes de atender a pessoa na porta passou pelo quarto onde as crianças estavam, para ter certeza que ainda dormiam. Sarada continuava respirando calmamente enquanto dormia assim como Hiroto que ressonava baixinho em seu berço. Resolveu fechar a porta do quarto caso fosse algum amigo seu querendo conversar e realmente não queria acordar as crianças com suas conversas. Voltou para a sala coçando a cabeça sonolenta.

Nem ao menos tinha trocado de roupa e precisava de um banho então quem quer que fosse mandaria embora o mais rápido possível. Foi pensando nisso que abriu a porta coçando os olhos sonolentos.

— Olha eu estou exausta então o qu–

Sua voz morreu. O rosto sonolento se distorceu e os olhos antes embaçados foram focando a imagem daquela mulher que antes fora sua melhor amiga bem na sua frente. Sakura respirava com dificuldade e as bochechas estavam molhadas pelas lágrimas derramadas e ainda sim ela conseguiu sorrir ao colocar seus olhos na loira.

— In–

Não teve nem tempo de saudar a loira pois seu rosto foi virado para o lado rapidamente, tamanha fora a força do tapa que levou. Sakura arregalou os olhos surpresa e a dor em sua bochecha dolorida a fez gemer baixo. Ela merecia sim, merecia muito mais que aquele tapa.

E Ino sabia bem disso.

A Yamanaka empurrou ela para longe de sua entrada e fechou a porta. Nunca que iria permitir que aquela mulher entrasse em seu apartamento.

— Ino p–

Outro tapa. Agora na bochecha esquerda. Sakura suspirou e ergueu o rosto marcado por ambas as mãos da amiga em cada bochecha, os dedos ficaram marcados na pele avermelhada.

— Não ouse dizer o meu nome como se fosse minha amiga. — O tom de voz de Ino demonstrava que realmente não estava brincando. Ela não queria ouvir seu nome saindo da boca daquela mulher. — E você ainda tem coragem de aparecer na minha frente?

Sakura iria tentar falar novamente mas levou outro tapa de Ino. Este fora tão forte que a rosada cambaleou para trás se apoiando na parede do corredor, a mão instintivamente foi para sua barriga e só agora Ino notou aquele detalhe.

“Grávida. Ah, que piada.” Pensou a Yamanaka.

— Ótimo! E como se já não bastasse o abandono ainda abriu as pernas para algum vagabundo e agora tá prenha. — Ino riu ironicamente erguendo uma sobrancelha em desdém. — Você só me dá nojo, Sakura.

— Ino por favor... Eu! — Sakura gritou de susto ao sentir a loira se aproximar de repente e agarrar com força os fios de seu cabelo, raspando as unhas no couro cabeludo. Gemeu de dor. — Por favor! Está me machucando!

— Isso ainda é muito pouco perto do que você merece! — Brandiu a loira puxando com força o cabelo de Sakura que gritou. A força fora tanta que alguns fios de cabelo foram arrancados. — Foi atrás dele, não foi? Sasuke pode não ter feito nada por causa desse bebê e por conta de você ser uma mulher. Mas eu faço! Tô pouco me fudendo pra isso! — Como se para provar o que dizia a Yamanaka puxou com mais força os cabelos da rosada que continuava chorando, de dor, de arrependimento, de compreensão e de medo.

Era a primeira vez na vida que Ino era tão fria com uma pessoa e Sakura estava ainda mais assustada em conhecer esse lado dela.

— Dinda, Ino? — A voz sonolenta da criança que aos poucos abria a porta do apartamento fez ambas as mulheres ficarem pálidas.

Sarada estava agora em frente as duas segurando a porta com uma expressão assustada no rosto. O pijama rosa e cheio de babados estava levemente amassado e os cabelos da pequena Uchiha totalmente bagunçados. No canto inferior dos lábios uma pequena baba estava presente e os olhos antes sonolentos estavam carregados de medo e incompreensão pela cena presente.

Ino serrou os dentes nervosa. Tinha esquecido que Sarada tem um sono leve e geralmente acordava para ir ao banheiro ou pegar um copo d'água.

— Sarada por favor volta pro quarto! — Mandou irritada pois a menina a olhava nervosa. Sakura tinha os olhos pregados nela.

— Minha filha.. — O rosto da Haruno se iluminou esquecendo totalmente a dor que sentia na cabeça. Sarada arregalou os olhos ainda mais assustada e resolveu obedecer Ino. Fechou a porta com força e as duas ouviram o barulho da chave sendo usada. Ela trancou a porta.

— Desgraçada! — Sakura voltou a gemer de dor ao sentir o novo puxão em seu cabelo. — Você não tem mais direito nem um de chamá-la de filha!

— Ino, me solte! — Sakura usou toda sua força para fugir  do aperto da loira. Sua cabeça doía muito e ela se afastou minimamente para observar o quanto o ódio borbulhava nos olhos azuis da ex-melhor amiga. Às mãos de Ino estavam agora fechadas em punhos contento alguns fios rosados entre seus dedos e o rosto tão bonito da Yamanaka estava totalmente distorcido em uma expressão assustadora de irá.

Sakura foi estúpida. Estava sentindo dores por todo o corpo, talvez por conta do medo que sentiu na casa de Sasuke, mas em vez de procurar o hospital a primeira pessoa que decidiu procurar foi a amiga. Mas foi apenas chegando lá que se lembrou que não era mais uma adolescente cheia de sonhos e que ela e Ino não eram mais a dupla inseparável de melhores amigas para sempre.

Elas cresceram, elas amadureceram e elas se afastaram. E de quem era a culpa? A culpa era toda de Sakura.

Mas ela não aguentava mais ser humilhada daquele jeito.

— Eu sei que só fiz merda nessa vida mas ela ainda é minha filha! — Sakura desejou não ter dito isso no momento em que sentiu os braços da loira em seus ombros e na força em que ela a derrubou no chão caindo por cima de si. Gemeu de dor nas costas e na barriga assim como a loira que acabou batendo a testa com força no chão do corredor.

Mesmo ainda meio grogue a Yamanaka segurou ambos os pulsos da rosada e os prendeu no chão se sentando nas pernas da mulher. Sakura ficou totalmente imobilizada.

— Cala a porra da boca! — Berrou a loira conseguindo ficar mais irritada que antes. Sakura tentou se soltar mas Ino apertou mais firme seus pulsos. — Eu consegui ser mais presente na vida daquelas crianças do que você foi no tempo em que esteve com elas!

Aquilo ofendeu a Haruno que ergueu a cabeça firme. — Você não sabe de nada! Eu tive motivos para ter feito tudo que fiz! Você não sabe pelo que eu passei! — Sakura gritou mais uma vez ao receber outro tapa forte em seu rosto. Aproveitou que a loira tinha soltando um de seus braços e tentou a empurrar pra longe para conseguir levantar mas Ino era muito mais forte que ela.

— Para de bancar a porra da vítima pra cima de mim! A única culpada de tudo aqui é você, sua vadia! — Outro tapa, seguido de outro e mais um. Ino estava com tanto ódio, chegava a respirar com certa pressa enquanto prendia com as pernas a mulher abaixo de si com o próprio peso e descontava toda a dor que ela sentia. Era horrível sentir aquilo que ela sentia agora, aquele gosto amargo da decepção.

Estar alí batendo na pessoa que ela mais confiou no mundo, naquela sua melhor amiga da época de escola, naquela que ela confiava os seus mais profundos segredos, naquela que a convidou para ser madrinha de seus filhos, naquela que disse que nunca iria abandonar sua família.

E olhe no que aquela doce Sakura se tornou hoje: Uma miserável mentirosa.

— Você, você sua maldita! — Mais um tapa e Sakura já tinha o rosto inteiro marcado e avermelhado. Ino segurou com força a bochecha direita dela, obrigando Sakura a olha-la nos olhos. — Você não faz idéia do quanto o Sasuke ficou desesperado! Ele não sabia nem trocar uma fralda e você jogou tudo pra cima dele no momento auge de sua carreira! Ele largou tudo pelos filhos e conseguiu ser mais mãe do que você que nunca foi e nunca será! Ele se esforçou tanto, tanto Sakura!

Os olhos da loira se enchiam de lágrimas mas a Yamanaka não chorava. Ela prometeu a si mesma que jamais iria derramar uma lágrima sequer por Sakura. Não mais.

— Vai embora — Sussurrou a loira baixinho enquanto se erguia com cuidado pois Sakura se mantinha encolhida embaixo dela. Lágrimas ainda rolavam pelo rosto da rosada. — Não volte mais.

— Ino.. — A Haruno ofegou assustada em ver a expressão de desgosto da amiga. — Me ajude..

A Yamanaka agora em pé encarava a ex-amiga com nojo mas mesmo que a contragosto tirou do bolso e jogou um cartão de um hospital próximo ao qual sabia que atendia, em principal, mulheres grávidas em cima dela. Sakura pegou o cartão e nem teve a chance de agradecer pois a Yamanaka tirou uma chave extra do bolso para destrancar a porta e entrou sem olhar para trás.

Sakura, com o rosto avermelhado pelos tapas, e tanto as costas quanto as pernas doendo se levantou com dificuldade mas não reclamou mais. Não tinha nem direito de reclamar de alguma coisa. Agora em pé a Haruno caminhou pelo corredor dos apartamentos até o elevador do lugar.

Enquanto que dentro do apartamento Ino andava de um lado para o outro ninando a pequena Sarada que chorava baixinho com medo que sua dinda tivesse se machucado. Mesmo que estivesse preocupada com a menina a loira ficou feliz por Sarada ter esquecido que Sakura a chamou de filha e tudo que a pequena Uchiha disse quando entrou em casa foi:

“ Aquela mulher má já foi embora?” 

E Ino estava muito, muito aliviada por isso.

•••

Quando acordou naquela manhã sentiu todas as sensações que alguém sentiria por uma noite mau dormida. Ficou horas e horas tentando esquecer o beijo de ontem mas sua mente parecia gostar de brincar com aquela memória, repassando minimamente cada momento aconchegante que teve sentindo os lábios quentes de Naruto sobre os seus.

Ele não conseguia esquecer por mais inocente que o beijo tenha sido, foi tão bom.

— Tsc, droga. — Suspirou incomodado estalando o pescoço e preguiçosamente saindo da cama. Tinha dormido com as mesmas roupas que usava ontem por ficar com preguiça demais de se trocar. Primeiro passou no banheiro para lavar o rosto e fazer sua higiene matinal e logo depois resolveu verificar se o seu ilustre convidado estava acordado. Lembrou que certa vez Naruto lhe disse que tinha um sono muito pesado e se deixarem ele poderia dormir um dia inteiro. Por isso já esperava encontrá-lo dormindo mas para sua surpresa assim que entrou no quarto encontrou Naruto bem desperto sentado na beirada da cama. Distraído, o loiro tinha o olhar fixo na paisagem do lado de fora da janela e só notou a presença de Sasuke quando o mesmo deu leves batidinhas na porta.

— Oh, bom dia Sasuke. — Apesar do jeito animado e descontraído podia se notar o tom meio sem graça de sua voz. — Você hum.. eh... Me carregou até aqui?

— Carreguei. — O moreno sorriu de canto cruzando os braços e se encostando na porta. — Já é a segunda vez que te carrego pra um quarto. Da próxima vez será quando estivermos em lua de mel, é?

Sasuke não prestou atenção no que disse e só se tocou nas palavras no momento em que viu o rosto de Naruto corar violentamente.

— Eu... Eu.. — Sasuke sentiu o próprio rosto corar e suspirou levemente. Passou tanto tempo convivendo com Naruto que acabou pegando uma de suas piores manias: falar sem pensar.

— Sasuke.

O loiro lentamente se levantou e caminhou até ficar frente a frente com Sasuke, apenas alguns passos de distância. Aquilo fez o Uchiha engolir em seco.

— Aquele beijo. O que você achou dele? — Sasuke teve que olha-lo seriamente pois tudo que se passou por sua cabeça foi “O quê?”.

— Naruto eu.. — Bufou meio nervoso. — Sinceramente eu pensei que você estava abalado demais com todo o ocorrido de ontem e que tinha me beijado de maneira inconsciente.

Naruto sorriu de canto ao ouvir aquilo.

— Sasuke você quer dizer que eu saio beijando as pessoas assim, do nada? — Dando mais alguns passos o loiro foi se aproximando quando percebeu que o Uchiha iria responder. Sasuke estava encostado na porta e com a aproximação acabou sendo totalmente prensado na madeira gelada da mesma. A diferença de altura deles também era mínima, Sasuke era apenas dois centímetros mais alto. Nada que impedisse Naruto de olha-lo nos olhos. — Quer que eu prove que está certo?

Ouve um momento de silêncio até o moreno responder.

— Prove.

E não importava mais nada no momento. Sakura, a morte de Hinata, as frustrações de trabalhos perdidos e as noites mal dormidas, porque os lábios de Naruto eram tão macios que o Uchiha não excitou nem um pouco em corresponder aquele beijo. Aquilo não era diferente das sensações que sentiu na primeira vez em que seus lábios se tocaram porém estava muito mais intenso e excitante que antes. Talvez porque ambos estavam no limite e Sasuke parecia querer tanto aquilo quanto o próprio Naruto – este que se ocupava em explorar o corpo do outro – enquanto Sasuke tinha uma das mãos na nuca do loiro aprofundando o beijo e usando a outra mão que estava na cintura dele para puxa-lo ainda mais pra perto, colando seus corpos. Naruto inclinou a cabeça para o lado e Sasuke entreabriu os lábios, as línguas se tocando provocativamente agora.

O calor e a excitação dos lábios se acariciando, das línguas se tocando, das mãos quentes de Naruto que adentravam a camiseta de Sasuke explorando as costas largas do Uchiha enquanto o aperto firme do moreno em sua cintura o fazia gemer arrastado durante o beijo. Aquilo estava enlouquecendo os dois. Aquele beijo estava os viciando no gosto um do outro.

— Ah... hmm — Naruto resmungou frustado pela bendita falta de ar os fazer encerrar o beijo mas logo gemeu satisfeito pelos selinhos que Sasuke lhe dava, assim como o Uchiha também puxou seu lábio inferior levemente antes de se afastar.

— Opa — Soltou de repente recebendo um olhar confuso de Naruto. — Ah, desculpe. Não sabia o que falar depois disso então saiu isso mesmo.

Naruto riu encostando sua testa na dele. — Opa! — Imitou o Uchiha e ambos riram pela idiotice da palavra. — Sabe as pessoas geralmente falam coisas fofinhas ou meio maliciosas depois de um beijo desses.

Sasuke deu de ombros.

— Sempre soube que não era normal. — Naruto riu e teve que concordar até receber um tapa forte em sua bunda que o fez ofegar de surpresa dando a deixa que Sasuke queria para beija-lo de novo. E de novo, de novo e mais uma vez. Estavam tão entretidos em seus beijos que só pararam quando o celular de Sasuke começou a tocar, assim como o de Naruto vibrou no seu bolso.

— Ah, que estraga prazeres. — Resmungou o Uzumaki tirando o aparelho do bolso e verificando a mensagem. Era Konan avisando que já tinha levado às crianças a escola e avisando para ele não perder tempo se agarrando com Sasuke pois já estava atrasado pro trabalho.

Naruto fez um biquinho emburrado. Não estava com cabeça para o trabalho. A idéia de ficar alí com Sasuke era muito mais tentadora.

— Era a Ino. — Disse o moreno voltando a se aproximar, tinha ficado um pouco afastado para atender a ligação. — Avisou que já tinha deixado Sarada na escola e Hiroto na creche e que queria falar algo sério comigo hoje a noite quando fosse buscá-los.

— Ah, então você deixou seus filhos com a Ino. — Naruto sorriu guardando seu celular. — Por que fez isso?

— Eu não sei — Sasuke franziu as sobrancelhas meio inquieto. — Eu senti ontem que não deveria levá-los pra casa. Estava certo afinal.

— E você acha que... Ela.. vai.. — Imediatamente o Uchiha o puxou para um abraço percebendo o tom de voz magoado que Naruto usava. — Eu estou bem, Sasuke. Mas só acho que ela deveria ser punida, sabe? A Hinata..

— Eu não conheci a Hinata mas acha mesmo que ela iria querer o mal de outra pessoa? — Naruto fechou os olhos meio contraído antes de negar com a cabeça. — Isso porque ela era uma boa pessoa. Vamos esquecer isso.

— Mas se ela aparecer de no–!

— Se ela aparecer de novo eu te prometo que procuramos a polícia, ok? — O loiro assentiu, mesmo que meio incomodado por ter sido cortado. Sasuke sorriu deixando um beijo na bochecha do Uzumaki que corou com o ato.

— Bom eu tenho que ir trabalhar e você também. — Alertou mesmo desanimado com a idéia. — Itachi vai me matar se eu não ir hoje.

— Jiraiya no mínimo teria um infarto. — Naruto riu do olhar espantado do outro. — Eu não costumo faltar o trabalho, sabe? Ele já devia ter enjoado da minha cara!

— Impossível eu diria.

Os dois se olharam meio incertos sobre o que falar ou fazer naquele momento. Estavam aos beijos minutos atrás e agora fingiam que nada tinha acontecido e isso começou a incomodar os dois.

— Falando sério agora — Naruto bufou irritado. — Para de me olhar assim! Eu tô falando sério mesmo!

— Desculpe. — Riu o outro.

— Idiota. — Suspirou voltando a ficar sério. — Eu te beijei ontem porque eu queria Sasuke, e eu te beijei agora porque eu também queria. Nada disso foi de maneira inconsciente como você falou antes. — Naruto juntou ambas as palmas das mãos meio suadas pelo nervosismo. — Eu acho que poderia dar certo, sabe? Esse lance da gente poderia dar certo. Já nos conhecemos a um bom tempo e eu sei que o sentimento é recíproco.

Sasuke sorriu concordando com a cabeça e se aproximou segurando uma das mãos do loiro, que ainda estavam meio suadas. Ele riu de leve por notar isso.

— Podemos tentar. — Disse apertando forte a mão do Uzumaki, passando confiança, e sentiu o mesmo retribuir com outro aperto. — Sabe do que eu mais gosto disso tudo? O fato de não sermos nem um pouco românticos.

Naruto gargalhou alto ao ouvir aquilo.

— Podemos ser esses casais melosos também, sabe? Com apelidos e tudo! — O loiro pensou um pouco até sorrir malicioso em direção ao Uchiha. — Né meu Suke? Meu Sukezinho mais lindo!

— Puta que pariu, não!

Agora Sasuke acabou rindo junto de Naruto. Os dois ainda trocaram alguns beijos antes de decidirem tomar logo o café da manhã e correrem para o trabalho. Sasuke já estava devidamente pronto e Naruto pediu para Konan deixar suas roupas no restaurante. Aceitando a carona que lhe foi oferecida ele e Sasuke continuaram conversando distraídos pelo caminho, discutindo sobre esse novo relacionamento. Não estavam namorado – não ainda – mas pretendiam, porém prefeririam se conhecer melhor antes, ter alguns encontros e essas coisas. De qualquer forma também existia outra dúvida rondando suas mentes.

Como contariam às crianças?


Notas Finais


Himawari não vai ser nem um problema assim como o Hiroto mas como será que a Sarada e o Boruto vão reagir a isso? Só saberemos no próximo capítulo tatataaaa :v


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