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História Os mortos caminham - Humanidade Vs Humanidade


Escrita por: Our__Mirage

Capítulo 5 - Humanidade Vs Humanidade


Atualmente 

— Pronto, não foi tão difícil assim. Agora ta menos largado, ficou bonitinho. - Ângie riu enquanto me olhava com aqueles olhos orgulhosos do próprio trabalho. 

Eu realmente estou cagando para aparência, nunca me importei com esse tipo de coisa, agora que estamos nesse inferno me importo muito menos. A luz da lua iluminou o pequeno espelho rachado entre os dedos finos do azulado...Passei a mão nos cabelos agora curtos o bastante para pararem em um topete largado jogado de lado. pelo menos agora minha visão ficará limpa, os fios finos não cairão mais nos olhos

— Okay, talvez eu tenha gostado. - Disse com um leve sorriso no lábio. 

Meu melhor amigo sorriu satisfeito antes de guardar as coisas. Esse panaca sempre teve vocação pra cabelos, quando éramos menores ele costumava pegar uma graninha fazendo estágios pelos salões de beleza da cidade, isso garantia nossa diversão depois no fim do mês com nossos amigos nas ruas, a grana permitia comprar bolas de futebol e muitos doces....Ângie realmente cuidava da gente como conseguia. Sempre cuidávamos um do outro na verdade, saudades dessa época. Levantei do chão com extremo cuidado para não chamar atenção dos bichos que estavam perambulando na rua a alguns metros de nós 

A noite eles parecem ficar mais burros do que de costume, precisamos nos aproximar muito para eles notarem a gente, ao contrário de dia. Quando o sol esta no céu, esses nojentos ficam mais espertos, mais ativos pra falar a real. Fomos ate meus irmãos que dormiam tranquilamente perto da fogueira, sentei-me ao lado de Daniel e o azulado travou quando foi pegar Gi. 

— Lucas.....- A voz esganiçada dele deixou-me em alerta. 

— Que foi caralho ? - Minha voz tremula anunciou o nervosismo. 

— Cade o Giovanni ? - Quando olhei para o chão senti meu sangue ferver. 

Meu corpo entrou em transe. Saquei minha faca da cintura com força e velocidade o bastante para já saca-la com a lamina para trás. Joguei o braço na frente do rosto enquanto curvava o corpo, entrando assim em modo de defesa. meus olhos correram ate pararem em um rapaz moreno segurando uma criança, ele parecia tentar correr, mas foi barrado pelos bichos que perambulavam do outro lado da rua. O rapaz moreno girou nos calcanhares desviando do primeiro bicho, mas antes de conseguir desviar do segundo, Ângie lançou uma flecha que passou zunindo pela orelha dele e acertou o errante bem no meio da testa 

Aproveitei a brecha para correr a toda velocidade ate o moreno. Não dei tempo do mesmo reagir, pulei em cima das costas dele encaixando minhas pernas na cintura dele e as entrelaçando ali. Minha faca já foi para o pescoço dele enquanto meu braço livre pegava Gi pelo bracinho. 

— ÂNGIE, SEGURA!!!! - Assim que gritei puxei o braço do baixinho para cima, tirando o nanico dos braços finos do desconhecido. 

Joguei Gi para trás o mandando pelos ares ate meu melhor amigo. O Smith jogou seu arco para o lado e pulou com força para frente, impedindo assim que meu irmão mais novo caísse no chão. Suspirei aliviado, mas logo notei que estava imobilizando o sequestrador. Joguei o corpo para trás conseguindo assim encaixar a gravata no sequestrador desconhecido 

— Quem é você ? Pegar uma criança não é nada legal. 

— Desculpa, desculpa, por favor, eu achei que ele estava sozinho, não consegui ver vocês por perto !!!! 

Apenas fiquei segurando ele com a faca em seu pescoço. Se eu solta-lo, ele vai correr ? E se esse cara tiver companheiros ? Ele sabe como somos, pode vir atrás da gente depois com o grupo inteiro....Se eu solta-lo, posso estar matando Ângie e meus irmãos, mas se eu mata-lo aqui, estarei acabando com o que resta da minha humanidade......Quando fui cortar a garganta do rapaz os errantes começaram a vir. Acho que meu grito agora a pouco chamou a atenção desses nojentos.

— Qualé cara, me solta, eu posso ajudar com os mortos. Já disse que não peguei a criança por maldade....Eu vi a fogueira de vocês, quando cheguei perto só vi a criança, Pensei que haviam ido embora e largado ele. 

— Você esta prestes a morrer, qualquer pessoa tentaria mentir para salvar a própria pele. 

— Se for me matar, mate logo. Prefiro morrer com a garganta cortada do que ser morto por esses filhos da puta nojentos. 

Esbugalhei um pouco os olhos com a fala do garoto. Pelo porte físico leve, a voz meio fina, mas ao mesmo tempo grave...Deve ter uns 18 anos pra baixo, não passa dos 18. A pele escura do menino deixava evidente os cortes finos nos braços, provavelmente foram feitos pelos galhos...Deve ter passado alguns dias na floresta ao redor da cidade. 

— LUCK, ANDA LOGO, MINHAS FLECHAS ESTÃO ACABANDO!!! - uma voz cortou o ar. 

Joguei a cabeça para trás e vi o azulado atirando flechas feito louco. Os errantes caíam ao nosso redor um por um, se não sairmos daqui vamos ser enterrados pelos corpos. Tirei a faca do pescoço do rapaz juntamente de minhas pernas. O menino me ajudou a levantar e saímos correndo dali, mas antes precisei fincar minha faca em alguns crânios mortos, pelo menos cheguei onde meu melhor amigo estava com meu irmão mais novo. 

                                                                                               ___________________

Acabei presenciando tudo. Larissa permanecia agarrada ao meu pescoço, enquanto Naiara mantinha ambos os garotos na mira de sua arma. Essa dupla é perigosa, o loirinho parece saber sobre lutas enquanto o azulado consegue manusear um arco e flecha de um jeito quase impecável, são o complemento um do outro. Mexer com esses moleques foi burrice da parte do moreno. 

Nós ajudamos ou não ? 

— Vamos ajudar. Eles tem uma criança também. 

Assim que dei permissão, Naiara saiu atirando na cabeça dos errantes dando cobertura para o menino de cabelos castanhos. 

CONTINUA.... 



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