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História Os mutantes 3: consequências inesperadas parte 2 - 64. Sonhos podem ser avisos do universo...


Escrita por: Sombra_da_Noite_666 e FPS1997

Capítulo 65 - 64. Sonhos podem ser avisos do universo...


Fanfic / Fanfiction Os mutantes 3: consequências inesperadas parte 2 - 64. Sonhos podem ser avisos do universo...

|ILHA DO ARRAIAL: COFRE SECRETO DO LABORATÓRIO SUBTERRÂNEO DA DOUTORA JÚLIA ZACCARIAS|

  Olhando para Zelofeade inconsciente em cima de uma espécie de leito hospitalar, Yoolie começava a se lembrar de Etram 7, também conhecido como o planeta de sangue. Ele era um planeta irmão de Marte, só que muito mais sombrio do que o mesmo, que era conhecido no passado, e ainda era no presente, como o planeta vermelho, mesmo não tendo mais vida nele. Quando os reptilianos mais precisaram, os marcianos se negaram a ajuda - los, e Etram 7 acabou perecendo e uma boa parte dos reptilianos foi exterminada, e justamente por isso, o planeta vermelho acabou sendo um dos primeiros a serem destruídos pelo povo de Etram 7. Os reptilianos do planeta de sangue. Mas voltando ao presente, Yoolie observava seu próprio filho sem conseguir nada por ele, ela não o amava, e o via apenas como uma arma para atingir Cronos, e nada além disso. Ainda mais sabendo o quão traiçoeiro ele poderia ser, caso lhe desse na veneta. Por isso todo cuidado era pouco com Zelofeade, e justamente por esse motivo, Yoolie o transformou temporariamente em um humano, como fez com Kidor há alguns meses. Aliás, Yoolie apreciou muito a morte de Kidor, mesmo ele sendo seu irmão, já que ela o considerava um traidor, e um dos seus maiores inimigos.

  Zelofeade acabou acordando e percebendo que além de muito bem preso a uma cama, ele também estava sem os seus poderes, temporariamente. A primeira e única pessoa, ou melhor dizendo, ser que ele viu foi a nova persona de sua mãe, e logo entendeu tudo, ela o havia deixado sem os seus pideres, como fez com Kidor há vários dias. Ele então esperou que os seus olhos se acostumassem com a luz do ambiente onde estava, para os focar em sua raptora, e mãe, Yoolie Petrova.

- Sabia que era só uma questão de tempo, até que você me trouxesse até aqui, "mamãe" - Ele estava sendo propositalmente cínico com Yoolie, naquele momento - Aposto que vai querer me usar como moeda de troca, ou quiçá como uma arma.

- Você é mais irritante do que o seu pai, e não - Ela o mira bem nos olhos, cínica como sempre - Isso não é um elogio, Zelofeade, de modo que, não comece a pensar que é um, algo que eu não duvide que acabe acontecendo, sendo você filho do seu pai.

- Nem por um segundo eu pensei que pudesse ser um, portanto nem queira subestimar a minha inteligência, aqui e agora, mesmo porque - No rosto dele havia uma máscara de cinismo e deboche - Seria o pior erro de toda a sua vida, "mãezinha", pode acreditar, ou não, já que pra mim, dá na mesma, ou seja, tanto faz.

- Você é bem petulante, e isso para não dizer o mínimo desse seu comportamento mais do que, insuportável, meu caro - Ela usava uma máscara descartável, e todo o seu EPI de cientista, já pronta para fazer experiências com Zelofeade, mesmo ele sendo seu filho - E acho que o Rowan não soube mesmo te educar, e muito menos te dar disciplina mais do que necessária, evidentemente.

- Suponho que você pensa que pode me controlar, como o Rowan jamais conseguiu - Ele então começa a recuperar todos os seus poderes, antes do previsto, e seus olhos ficam escuros com detalhes em vermelho, e então acaba se soltando, para o espanto completo de Yoolie - Mas você não poderia estar mais enganada do que está agora, "mamãe", e isso, eu te garanto, minha cara.

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|EM ALGUM LUGAR, ENTRE AS DIMENSÕES MAIS LONGÍNQUAS DO UNIVERSO|

Sammy se sentia mais confusa do que nunca, e os seus hormônios estavam a flor da pele, a impedindo de agir de cordo com a sua razão, em muitos momentos. A sua gravidez não havia sido planejada, e isso meio que a preocupava bastante, de muitas maneiras, que nem mesmo ela entendia, já que a mesma só queria ser uma boa mãe para os seus filhos, e acima de tudo, os manter seguros. Só que isso lhe parecia mais difícil, a cada dia, já que ao que tudo indicava, os inimigos deles, que claramente estavam do lado do mal, eles pareciam mais poderosos a cada dia, e isso era uma constante preocupação para Sammy e João Miguel. Isso sem contar os pesadelos dos doisn com relação ao fim do universo em si, que mesmo não sendo muito claros, eram mais que um aviso do que estava por vir, na realidade.

João Miguel também tinha os seus próprios medos, mas se mantinha tranquilo pelo bem de sua esposa e dos seus filhos, que ainda nem nasceram. Ele sabia que previsava ser forte por eles, e assim estava sendo pelo bem de todos.

- O treinamento de hoje até que foi bom, Sammy - Diz João como quem não quer nada, mas do que preocupado com ela, naquele exato momento - Mas mesmo assim, sinto que algo te preocupa, e até imagino o que seja, minha baixinha linda.

- Tudo me preocupa ultimamente, João, você sabe disso - Suspira - Em especial os nossos filhos, que ainda nem nasceram, mas já correm um sério perigo de vida, e isso não é nem um pouco justo com eles.

- E nem tão pouco com a gente, sim eu sei, Sammy - Diz ele - Mas pelo menos estamos juntos, e assim ficaremos para sempre, eu prometo, meu amor.

- Espero que seja assim mesmo e aue nada de mal aconteça com os nossos filhos, João - Ela faz uma pequena pausa antes de continuar com aquela conversa toda deles dois. Conversa essa que não era nada fácil para nenhum deles - Mas mesmo sabendo que o bem sempre vence no final, eu tenho medo. Medo de que algo aconteça com você, ou pior, com os nossos filhos, eu não ia suportar isso, pois seria demais pra mim.

- Não se preocupe com nada - A envolve no calor dos seus braços, a abraçando - Eu estou aqui com você, do seu lado, e sempre estarei contigo, espero que saiba disso.

- Eu sei disso, João - Ela se sente protegida nos braços dele, já sentindo aue faltava muito pouco, para o nascimento dos seus filhos, Ricardo e Eduardo - E te digo o mesmo, e que nada nesse mundo nos separe, nem mesmo a morte.

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|ILHA DO ARRAIAL: COFRE SECRETO DO LABORATÓRIO SUBTERRÂNEO DA DOUTORA JÚLIA ZACCARIAS|

Ano 1983...

Fazia muito tempo que, Mariana estava presa, e longe das suas filhas, e ela nem fazia ideia de que tinha tido mais um filho. Ela era torturada constantemente pela sua pior inimiga, Júlia Zaccarias, que roubou dela os seus filhos, e que fazia da sua vida um verdadeiro inferno. Mariana odiava Júlia mais do que tudo, e não só porque a loira era amante do seu marido, mas principalmente pelo fato de que, a mesma havia tirado suas filhas dela, e isso Mariana não perdoaria jamais. Se não fossem os livros na sua cela, Mariana se sentiria completamente sozinha, mas mesmo assim, ela sentia falta das suas filhas, que ela mal conheceu, e do seu marido, que ela ainda amava, apesar de tudo. Só que a mesma sabia que dificilmente conseguiria escapar daquele inferno, não com vida, pelo menos, assim como aconteceu com Valentim Montenegro, e tantos outros que foram presos naquelas celas escuras e solitárias.

Mariana nem contava mais os dias, e justamente por isso, nem sabia mais há quanto tempo estava naquela cela, sendo torturada pela sádica da Júlia, a mando de uma chefia oculta, que a mesma nem sabia quem era. Mariana só queria sair dali e reencontrar as suas filhas e o seu marido, nem que fosse a última coisa que ela fizesse em sua vida. Júlia sempre que podia falava das filhas de Mariana para ela, em especial da Samira, somente para provocar a sua rival, como a mesma adorava tanto fazer, sempre que tinha uma oportunidade para isso. Imersa em seus próprios pensamentos, Mariana quase não notou a presença de Júlia, em sua cela.

- Você está péssima, Mariana - Diz Júlia, cínica - Se bem que você nunca foi lá essas coisas, e eu nem imagino o que o Sócrates viu em você, uma mulherzinha tão abjeta e comum.

- Não me importo com o que você pensa de mim - Ela queria atacar Júlia, como já fez antes, mas não podia se arriscar de novo, sabendo dos castigos que a loira iria lhe infringir depois - Já que para mim, você não passa de uma invejosa, e traiçoeira, afinal o Sócrates e eu confiamos em você, que pagou toda a nossa confiança com uma traição sem tamanho, sua cobra venenosa.

- Me "toca", o modo como você me descreve - usa o seu tase para dar choques em Mariana - Só não abuse sa minha paciência, sua mosca morta, mesmo porque, eu poderia muito bem te matar agora.

- Eu não tenho medo da morte, e você sabe disso - Ela estava sentindo muita dor, naquele momento - Porque eu sei que tudo vai passar, e isso inclui o meu sofrimento, também, mesmo que você me diga o contrário disso, aqui e agora, Júlia.

- Você não passa de uma tola, isso sim, Mariana - A empurra e a mesma acaba caindo no chão - Mas infelizmente não posso te matar ainda, já que as ordens da chefia oculta, são para te manter viva, pelo menos, por enauanto, infelizmente.

- Mas, o que? - Ela ainda sentia muita dor em todo o seu corpo - Quem é essa tal chefia oculta, de quem você tanto fala, Júlia? Me diga, por favor...

- Para o seu próprio bem - Diz ela sorrindo sarcasticamente - Acho melhor você nunca saber de quem se trata, Mariana.

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|ILHA DO ARRAIAL: LABORATÓRIO SUBTERRÂNEO DA DOUTORA JÚLIA ZACCARIAS, NOVA CONCENTRAÇÃO|

Dias atuais...

  Janete se sentia muito mal, longe de todos que ela amava, ainda mais depois de tantas perdas em sua vida, e tudo por causa do Valente da realidade paralela, dos reptilianos e dos mutantes da liga bandida, em especial, os renascidos. Tudo parecia complexo demais, e pouco a pouco, ela estava perdendo as poucas esperanças que ainda tinha. A mente dela girava como um carrossel quebrado, e isso não lhe fazia nem um pouco bem. Nada mais lhe fazia bem, e ela sabia disso, já que o mundo inteiro lhe parecia perturbador, estranho, e assusrador, de todas as maneiras imagináveis e inimagináveis, também.

  Tudo parecia um tanto quanto nublado, e apocalíptico, as visões de Janete, mesmo turvas, a avisavam, que tudo ficaria ainda pior, ainda mais se os novos bebês da profecia caíssem em mãos erradas. E isso sem falar das chaves do tempo, Ana e Mariana, que seriam mais do que essenciais naquela batalha, que parecia sem fim, sobretudo para o que havia sobrado da liga do bem. Janete se sentia enojada, já que o futuro lhe parecia mais obscuro do que nunca, em todos os sentidos.

- Eu te disse, que você iria pagar muito caro, pelo que fez - Diz Valente ficando de frente para Janete, com um ar petulante - Mas você não acreditou em mim, não é mesmo?

- Não tenho medo nenhum das suas ameaças, Valente - Ela ergue o seu queixo orgulhosamente - Portanto, nem pense que pode me intimidar, mesmo porque você não vai conseguir, por mais que tente.

- Bem que o Lucifer disse que você seria difícil - Diz ele - E sendo o seu pai, ele deve saber disso muito mais do que eu, naturalmente.

- Como assim? - Ela pergunta sem entender nada - Do que você está falando, afinal?

- Ah é, você não sabe - Sorri cínico para a mesma - Você nunca se perguntou o porquê de ser tão resistente e poderosa? Pois bem, você não é uma mutante, como pensava que era, mas sim a única filha de Lucifer, até mesmo ele já chegou a se apaixonar por uma humana, a sua mãe, a Cassandra, e dessa paixão louca, nasceu você.

- Mas a Zacarita funciona comigo, a menos é claro - Seus olhos logo ficam violeta - Que não seja a Zacarita que esteja bloqueando os meus poderes, mas sim outra coisa, ou melhor dizendo alguém, no caso você, já que eu sinto que - Ela então engole em seco, nervosa, e tensa - Eu sinto que você está me dizendo a verdade, bem na verdade, sei disso.

- Sim, eu estou te dizendo a verdade. Mas não estou bloqueando os seus poderes, Janete - Dá de ombros mais que indiferente - E bem na verdade, nem tenho motivos para mentir, e respondendo a sua quase pergunta, sim tem alguém bloqueando os seus poderes, e esse alguém é o seu pai biológico, e não, o Lucas não era filho do Lucifer, assim como você, o pai dele era o finado Josias Martinelli.

- Eu não posso ser filha dele, isso não faz sentido - Nisso os olhos dela mudam de violeta para vermelho, num estalar de dedos - Eu não quero ser filha dele... Eu não quero... E não aceito isso... Eu não posso aceitar isso... Não posso... E não vou...

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|EM ALGUM LUGAR ENTRE O CONTINENTE E A ILHA, NAVE REPTILIANA|

  Tártaros estava se sentindo muito entediado, ele queria matar mais e destruir também, se sentir um pouco mais útil, por assim dizer. Só que pelo menos por enquanto, ele tinha de ficar na nave de olho em Zoé, para que a mesma não fugisse dele, algo que ele detestava bastante. Principalmente pelo simples fato de que ela o desafiava e humilhaba sempre que tinha uma oportunidade para isso. Zoé sabia muito bem como tirar Tártaros do sério, e se divertia em demasiado, quando conseguia o fazer explodir de raiva. Apesar disso, Tártaros ainda tolerava Zoé, porque sabia que não tinha a menor chance contra a mesma. O caos ainda reinava em todo o universo, e Zoé sentia que o seu irmão estava muito feliz, conhecendo o mesmo, como ela conhecia. Mas apesar disso, Zoé não se deixava abalar, mesmo amando o seu irmão, como ela amava, e sempre amaria, apesar das maldades dele, e de tantas outras coisas acontecendo naquele universo, em tantos outros, pelo multiverso. As coisas não estavam nada fáceis para ninguém, mesmo assim Zoé estava determinada a se manter firme e forte, tal qual, uma verdadeira rocha.

  Na frente de Zoé, Tártaros se sentia mais poderoso do que ela, já que a mesma estava acorrentada, e a sua mercê, apesar de saber que a realidade entre ambos não era exatamente aquela. Zoé por sua vez, pouco, ou quase nada, se importava com os pensamentos de Tártaros, que para ela, eram mais do que irrelevantes. Os dois eram mais do que inimigos, no entanto, Tártaros estava começando a se apaixonar por ela, e isso não fazia parte dos seus planos. Já que Zoé era muito mais que uma inimiga, ela era a irmã gêmea do seu mestre, Lucifer.

- Sei bem o que se passa nessa sua mente suja - Diz Zoé - E lhe digo desde já, que entre você e eu não vai acontecer nada, não te acho nem um pouco atraente, por assim dizer.

- Você se acha demais, e não sabe de nada ao meu respeito - Diz ele cheio se ira em sua voz - Você só pensa que sabe tudo. Mas na verdade não sabe de nada, Zoé.

- Você não passa mesmo de uma marionete do meu irmão - Ela revira os seus olhos - Deve ser por isso, que é tão frustrado e amargurado, como é, e sempre será, Tártaros.

- Seu irmão e você são exatamente iguais, usam e abusam de criaturas mais fracas que vocês, e mesmo que você me diga, exatamente, o contrário, aqui e agora - Cruza seus braços atrás de suas costas - Você sabe muito bem, que o que estou te dizendo é verdade, assim como o fato de que o bem e o mal, na verdade, não passam de ilusões, e que são bem mais complexos, do que se supõe que eles sejam, minha cara Zoé.

- Pode ser que sim... Mas também pode ser que não - Diz ela enigmaticamente - Mas o mais provável, é talvez, ou quem sabe, meu caro e tolo, Tártaros.

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|ILHA DO ARRAIAL: SUPERFÍCIE|

  Maria não gostava nem um pouco dos últimos acontecimentos, ainda mais levando em conta os assassinatos do Marcelo e do Beto, ambos mortos pela mesma criatura. Ou seja, as coisas não estavam nada fáceis para a liga do bem, ou melhor dizendo, do que havia sobrado da mesma. Ana e Mariana estavam com ela, no entanto, João Miguel, Mabel, e Sammy estavam longe, e eles corriam perigo, assim como a Tatiana e o Eugênio. O tempo corria rápido demais, e não estava a favor da liga do bem, e isso era mais do que preocupante para todos eles.

  Tudo estava mais do que confuso, incluindo todas as batalhas entre o bem e o mal, e nada mais fazia sentindo. As coisas se complicavam a cada dia, além de ficarem deveras confusas, em todos os sentidos da palavra, Ana e Mariana tentavam se manterem fortes, sobretudo pela sua mãe, que precisava, e muito, delas, naquele exato momento, em questão, e as mesmas não estavam dispostas decepciona - lá de nenhuma maneira, já que elas não queriam perder a Maria, como perderam o Marcelo e o Beto, e temiam muito isso.

- Sei que vocês estão com medo, sinto isso, na verdade, sei - Olha para as suas duas filhas - Não temam, já que ter medo é normal. E a coragem em si não significa a ausência do medo, mas sim, a capacidade de controla - lo, apesar das circunstâncias.

- Eu sei - Diz Mariana - Só que, veja bem, não estou com medo - Ela mente para a sua mãe, mesmo sabendo que nunca conseguiu fazer isso antes, e menos ainda agora - Eu só quero me vingar de quem matou o papai e o tio Beto, só isso, e nada mais, mamãe.

- A Mari pode não estar com medo, mas eu estou - Diz Ana, meio apreensiva, e tensa - Principalmente por causa dos pesadelos, que venho tendo com o fim do universo e tudo mais, eles são apavorantes demais.

- Ana, você precisa aprender a controlar os seus medos, não digo que isso seja fácil, mesmo porque há mais de dez anos, foi muito difícil controlar o meu medo de lobisomens - Agora volta a sua atenção para a Mariana, muito séria - E quanto a você Mariana reconhecer, os próprios medos não te torna mais fraca, muito pelo contrário, te torna ainda mais forte, e você sabe disso, Mari.

- É, eu sei, mãe - Suspira - É que eu meio que aprendi a me proteger, espondendo os meus medos, cada um deles, e tenho receio de os expor, e me tornar vulnerável por isso, e bem, eu tenho que ser forte, não só por mim, mas por você e a Ana também, mesmo não sendo essa a minha função.

- Ah Mari - Ana abraça Ana, muito emocionada - Você não precisa fazer isso por mim, afinal de contas, eu também tenho que aprender a ser forte, como você.

- Minhas meninas - Diz Maria, mal contendo sua emoção - Vocês são mais fortes do que imaginam, além de serem tudo para mim, assim como o seu irmão também, o é.

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|CONTINENTE: CENTRO DE SÃO PAULO, ANTIGA SEDE DO DEPECOM|

  Ricardo havia sido destruído, e Cronos sabia muito bem disso, perder um aliado a essa altura do campeonato, não lhe parecia nada promissor, já que sem Ricardo ao seu lado, Cronos precisaria ainda mais de Damon e Dylan. E isso meio que não fazia parte dos seus planos, já que ele não confiava nem um pouco em Dylan e Damon. Mas por sorte, ele ainda podia contar com os irmãos Figueroa, que tinham novas personas, e pareciam mais fortes do que nunca. Outro em quem Cronos não confiava nem um pouco, era Adam, algo nele, não lhe inspirava a menor confiança, e o mesmo só não sabia o que era exatamente. Cronos também sabia que Zelofeade havia sido capturada por Yoolie, mas não pretendia fazer absolutamente nada para o salvar, para que assim quem sabe mais para a frente o seu filho rebelde e irresponsável, finalmente criasse alguma espécie de juízo. Algo que ele duvidava, e muito, que viesse a acontecer um dia, naturalmente. Ele sabia que Yoolie usaria Zelofeade para o atingir de alguma maneira, já que ele conhecia a loira, como ninguém.

  Cronos sentia que o seu tempo estava acabando de alguma forma, quase como se tudo pelo que ele tantou lutou para ter, meio que estivesse perdendo o sentido, diante da magnitude do universo, ou algo do tipo. Não que ele se importasse com o universo, nem nada disso, só que o mesmo sentia, que o tempo estava correndo, e sem a menor sombra de dúvidas, não era a seu favor, e de todas as maneiras possíveis, ele, de fato, sabia, e muito bem disso.

- O Ricardo foi mesmo destruído, Cronos - Diz Adam aparecendo para o seu superior - E muito provavelmente, ele foi destruído por Tártaros.

- Isso não é nenhuma novidade para mim, Adam - Diz ele - Então, trate apenas de me dizer algo que eu ainda não saiba, se é que isso é possível.

- Pelo que entendi, você sempre sabe de tudo, Cronos - Cruza seus braços na frente do próprio peito - De modo que não sei mais o que posso lhe dizer agora, se me permite a franqueza.

- Você não passa de um inútil na maioria das vezes - Ele então revira os seus olhos, entediado - No entanto, eu ainda te mantenho vivo, e ao meu lado, uma grande ironia da minha parte, diga - se de passagem.

- Tanto faz, eu não me importo - Adam parecia farto de muitas coisas, mesmo assim tolerava tudo - Contanto que você não me culpe pelos seus próprios fracassos, que por certo, não são poucos, que eu sei bem, Cronos.

- A cada dia que passa, você fica mais petulante e arrogante - Estreita os seus olhos, desconfiado - Mas tudo bem, desde que você nunca, em hipótese alguma, se esqueça do seu real lugar nisso tudo.

- Disso, Cronos - Diz ele com os seus olhos ficando prateados - Eu nunca me esqueço, acredite você, ou não, por mim, tanto faz.

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|ILHA DO ARRAIAL: COFRE SECRETO DO LABORATÓRIO SUBTERRÂNEO DA  DOUTORA JÚLIA ZACCARIAS|

  Tati e Eugênio continuavam tendo sonhos com o fim do universo, e suspeitavam de que não eram os únicos. Já que ao que tudo indicava os seus sonhos eram muito mais do que aparentavam ser, isso para não dizer o mínimo deles, pois, suspeitavam de que eles fossem uma espécie de aviso do próprio universo, mas que por enquanto, isso não passava de uma mera toria, e nada além disso.

  As coisas estavam saindo de controle rápido demais, e eles não gostavam nem um pouco disso, Eugênio também não parava de pensar em Mabel e nos demais que haviam sobrevivido. Já que aquela guerra entre o bem e o mal estava apenas começando, e muito provavelmente, iria demorar a acabar.

- Eu sinto que o pior ainda está por vir, Geninho - Eles estavam na cela dele, deitados no chão, haviam acabado de fazer amor, e ela estava deitada sobre o peito dele, se sentindo segura e amada, junto dele - E eu não gosto nem um pouco disso, você sabe.

- Também não gosto disso - Acaricia as costas nuas dela - Mas infelizmente, é a nossa atual realidade, minha linda.

- É, eu sei - Suspira - Os nossos sonhos são um aviso, eu sinto isso, na verdade, eu sei, e nem adianta tentar me enganar, me dizendo o contrário disso, mesmo porque, eu não vou acreditar nas suas palavras - Se senta abruptamente - Eu não queria que tudo acabasse, mas acho que não podemos evitar isso, por mais que a gente queira muito, Geninho.

- Calma, Tati - Também se senta, a envolvendo no calor dos seus braços fortes - Calma, que se depender de mim, nada de mal vai te acontecer, eu te prometo isso, meu amor.

- Não estou preocupada comigo, mas sim com você - Diz ela o mirando bem nos olhos - Eu não quero te perder nunca, será que você não consegue entender isso?

- Eu também não quero te perder jamais, Tati - Beija os cabelos de Tati, e seugura o rosto dela com ambas as suas mãos - Já que eu te amo mais do que tudo, e você sabe disso.

- Também te amo, só que - Os seus lábios começam a tremer e seus olhos ficam marejados - Só que, bem, eu tenho muito medo dos nossos pesadelos, desses sonhos ruins, que podem, muito bem, ser um aviso do universo, pra gente, Eugênio.

Continua...



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