História Os Olhos de Hinata - Guerra a Konoha - O Homem que vendeu Konoha

- Senhor?

Alguém chamou Pain do outro lado da tenda. Eles conversaram e Pain voltou com um sorriso no rosto.

- Adivinha o que temos aqui?

Naruto ficou nervoso com a resposta que passava por sua cabeça.

- Quero ver se haverá sangue de Uchiha, Haruno, Uzumaki ou Hyuuga no chão. Isso vai depender de você, Naruto.

A presença de Pain já era intimidadora por natureza, mas quando ele possuía alguma vantagem, sua presença se tornava angustiante e irritante se puder colocar assim. Ele estendeu sua mão e agarrou o braço de Naruto puxando-o para fora da tenda. O Uzumaki não tinha forças para resistir. A recém havia costurado seu amigo que estava por ser pai e recebera um embague de que todos, que ele não queria por nada nesse mundo que estivessem lá, estavam de pé naquela avenida cercada de Ōtsutsukis.

Ele sentiu o pôr-do-sol pintando o cenário a seguir. Uma avenida de duas pistas de mão dupla, de setor domiciliário, com carros de tudo que é cor e fabricante estacionados de qualquer jeito em qualquer espaço que houvesse e, a enorme barraca que ele estava há pouco no meio de todo aquele amontoado. Naruto cerrou o olhar. A sua frente estavam três pessoas com sacolas de mercado a cabeça e alguns outros segurando uma arma logo atrás. Pain permaneceu ao lado do Uzumaki; acenou para aquela cena e contemplou o que estava por acontecer.

- Talvez eu pudesse me dar o luxo de ser ganancioso. Não é Naruto?

Pain caminhou até a Hyuuga.

- Eu ganharia uma gorda recompensa se levasse essa garotinha aqui para aquele lunático junto com os dois traidores que sequestraram ela dá sua casa. – Ele se referia a Sasuke e Menma.

Ele se aproximou da Haruno.

- Hum... Mas essa daqui não tem nenhuma utilidade para mim.

Pain sacou a arma e pressionou contra a testa da Haruno.

- Isso não fará mal a ninguém, não é?

Silêncio total.

Naruto estava nervoso e extremamente tenso. A veia em sua testa estava muito dilatada por causa da tensão, mas ele procurava se manter o mais calmo. Seus olhos azuis dançavam nervosamente na direção de cada um dos seus amigos.

- Vamos Naruto! Diga algo. Diga algo para me impedir de fazer isso.

Naruto olhou com desgosto para o olhar mórbido, porém, vitorioso de Pain. Ele permaneceu quieto. Seus olhos falavam muito mais do que sua voz. Eles transpassavam... Esperança.

- DIGA! – Pain se descontrolou.

- Pensei que você fosse frio a todo o tempo. – Alguma voz se manifestou, mas ninguém percebera aonde.

Pain olhou ao seu redor sem compreender o que se passara.

- Sabe, as vezes desejar muito acaba te levando a nada. – Disse o Uzumaki com um sorriso de canto – E cantar vitória com antecedência é uma vergonha das grandes.

De repente, a Akatsuki surgiu em meio aos Ōtsutsukis, disfarçados entre eles sem nem chamar atenção. Com armas a mão apontadas todas para a cabeça de Pain. Os Ōtsutsukis se assustaram com o que viram e logo levaram as armas para os membros da Akatsuki. A situação ficou bizarra. Ninguém sabia como proceder.

- Diga pra largarem as armas! – Ordenou Itachi a Pain – DIGA!

Pain olhou para o Uchiha com aquele olhar morto e riu. Ordenou com um gesto e os demais obedeceram.

- Então você realmente se tornou o novo líder deles.

Naruto franziu o cenho. Pain o encarou sem hesitar.

- Vamos ver qual líder se sobressai sobre o outro.

Pain tinha uma expressão estranha no rosto. Aquelas últimas palavras eram como veneno sendo cuspido pela pior das víboras.

- ATIREM....! – Pain gritou com todo o ar dos seus pulmões.

A Akatsuki foi pega de surpresa. Até mesmo os Ōtsutsukis também foram. A cena só se desenrolou após Pain correr em direção a Itachi e atirar inúmeras vezes em seu abdômen. Então os Ōtsutsukis e a Akatsuki abriu fogo. Inúmeros disparos penetraram e rasgaram o corpo de Pain enquanto ele sorria e atirava contra qualquer um. Naruto não teve dúvidas, correu em direção a Hinata, que já estava curvada após os primeiros disparos, e se jogou em cima dela. Ambos caíram ao chão sem ver a chacina que acontecia.

Kisame atirava em um que estava com uma metralhadora a mãos e era baleado por outro às costas com duas pistolas; esse fora morto por Zetsu Negro que era rápido o suficiente para matar com apenas um tiro antes de receber um em sua coluna e cair de joelhos; Hidan atirava com uma escopeta em duplas de inimigos que atiravam em seus companheiros, ele levou muitos outros consigo antes de ser baleado na cabeça; Sasori atirava na mesma quantidade que recebia outros disparos, o desgraçado não caia nunca; Konan tentou fugir dos disparos, mas eram tantos... Ela não deixou barato para aqueles que lhe acertaram; Zetsu Branco foi o mais massacrado, ele ficou a frente das costas de Itachi para protegê-lo.

Após os disparos cessarem, Naruto rangia os dentes com tamanha força. Seus ouvidos estavam muito sensíveis, mas ele apenas queria certificar que Hinata estava bem. Retirou a sacola de seu rosto e viu o rosto da Hyuuga quase roxo por não conseguir respirar. Ela chorava de soluçar e estava com tanto medo que era nítido o pavor em seu rosto. Naruto sentia receio em tentar levantar-se e ver o estrago que havia acontecido. Não queria nem encarar o fato dele mesmo poder estar baleado naquele momento, ou, todos os seus amigos poderiam estar mortos.

Ele se levantou. Ficou de joelhos ao chão com Hinata deitada a sua frente. Tateou seu corpo e ficou soltou um respiro de alivio por não haver recebido nenhum aranhão. Olhou para Hinata e ela estava intacta também. Diferente de todo aquele cenário de buracos de bala e sangue. De relance ele viu seus companheiros ao chão ou atirado ao capo de um carro; nenhum se mexia mais. Deveras, a pior dor e pior sensação invadia seu peito. O Uzumaki sentia-se culpado por aquilo. Em nenhum momento passou aquela cena em sua cabeça. Sim, ele acreditava que o pior poderia acontecer, mas ele ainda estava agarrado àquela sua ingenuidade que tardava em ir embora. Lágrimas de culpa jorravam devagar enquanto ele mencionava o nome de seus companheiros para si mesmo. Porém, em meio àquele massacre, um ríspido barulho de algo arrastando pelo chão captou sua atenção. Naruto olhou para a direção e viu o seu algoz apontando uma arma para seu rosto. Com a mão tremendo e cuspindo sangue, Pain esforçou-se em cuspir suas últimas palavras.

- Sabe, Naruto... até que a dor não é tão rui...

BOOOM!

O Uzumaki não esperava por aquilo. Em meio ao discurso de Pain, Hinata havia puxado uma pistola que estava jogada ao chão e finalizado o causador de todas as desgraças em sua vida. O culpado por tudo aquilo; o Homem que vendeu Konoha.

Hinata respirava intensamente enquanto permanecia com aquela arma à mão. Sua expressão no rosto era de fúria. Naruto encarava-a e se lembrava de como ela era na época da escola. Aquela cena era o resumo do quanto ela havia amadurecido após tantos problemas e dificuldades, que ele mesmo sabia que era culpa sua.

Em ritmo lento, Sakura e Menma também se levantavam. Menma havia feito o mesmo que o primo, salvando a Haruno. A expressão em seus rostos era de espanto total. Sakura queria gritar de desespero, mas Menma abafou seu rosto. Eles deviam sair dali rapidamente antes que mais viessem. Naruto colocou a mão na arma que Hinata estava segurando; seus olhares se encontraram e ela, enfim, sentiu-se aliviada. Largou a arma e abraçou o Uzumaki. No entanto, outro barulho captou a atenção deles.

- Mas? Como é possível? – Disse Naruto surpreso.

- Não vou morrer assim tão fácil Naruto.

- Nem eu.

Disseram Itachi e Konan, ambos vivos e o máximo sorridentes que poderiam estar naquela situação.