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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Seventeen



Notas do Autor


VOLTEEEEEEEEEEEEEi

gente, nas notas finais terão dois links!

O PRIMEIRO vai ser a música que deu origem ao nome do cap ( e a tradução está no meio)
O SEGUNDO vai ser o desenho (leiam e entendam)

Capítulo 20 - Seventeen


Fechei os olhos. Filho da puta, ele sabia que eu arrepiava com sussurros. Na verdade, arrepiava com sua voz.

O que eu vim fazer aqui mesmo?

Ah, é. Não sei.

  - Para com isso - falei e me virei para ele.

  - Para com o que? - ele colocou as mãos na cintura, se fingindo de bobo e sorrindo.

Idiota.

  - Com isso. De agir assim.

  - Assim como?! - ele soltou uma risada e eu cruzei os braços e levantei o nariz.

  - Você sabe do que eu estou falando.

  - Ah... então... é pra eu parar com isso - ele chegou perto de mim, se inclinou e roçou os lábios em minha orelha - Isso? - sussurrou com as mãos em minha cintura. - Ou isso... - beijou meu pescoço.

  - Para - desviei o rosto - Para, Gabriel. - saí de seus braços e ele me olhou sem entender.

  - Por que veio aqui? - ele perguntou quando já estava a uma distância segura.

  - Eu... Não sei! - suspirei - Eu estava em casa... E lembrei de quando vinha aqui com você - engoli em seco - Sabe... fiquei com...

  - Saudades? - ele perguntou baixo e eu o olhei. Seus olhos brilharam.

Sorri fraco e olhei para o chão. Sim. Saudades. Eu sentia saudades dele, acho que mais do que tudo. Para que negar?

Assenti devagar e o olhei. Ele tinha um sorriso torto nos lábios. Sorri quando percebi que ele vinha devagar até mim. Ai, meu Deus.

Meus braços estavam cruzados e eu nem lembrava quando eu os havia cruzado, mas não importava, pois quando Gabriel chegou perto de mim, ele pegou minha mão, os descruzando. Fazia isso com naturalidade, mas lentamente, pedindo seus atos. Ele segurou minhas duas mãos com as suas, e então eu vi um brilho a mais nos seus olhos. Me recusava a acreditar que era uma lágrima. Um sorriso sem graça surgiu em seu rosto, e no meu também. 

Meu coração batia forte. Fazia dez anos que eu esperava por isso, e eu sabia o que ele ia fazer.

Com um só movimento, ele me puxou para seu peito, e eu encaixei o rosto ali. Seu perfume não havia mudado. 212 Sexy Men. Como era possível? Ou era só coisa da minha cabeça?

Gabriel me rodeou por seus braços, me apertou contra si e encaixou o queixo em minha cabeça, como ele sempre fazia.

Um abraço? Sim, um abraço. Simples? Sim também. Mas esse era o gesto mais puro de todos. Eu me sentia segura em seus braços, então fechei os olhos.

E novamente tínhamos 17 anos. Novamente éramos insanos. Novamente éramos bombas-relógio.

Ou talvez nunca tenhamos deixado de ser.

Dezessete anos, dezessete anos
Dezessete anos, dezessete anos

Ele estava trabalhando na loja de discos
Eu o beijava no estacionamento

Com gosto de cigarros e refrigerantes

Dezessete anos

Ele me dizia que eu era linda
Se infiltrava na piscina dos vizinhos
Sim, ele me ensinou a quebrar as regras

Dezessete anos

Ei, esse tempo já passou

E quando eu ouço essa canção
Ela me leva de volta

Estávamos no topo do mundo
Quando eu era sua namorada

Vivíamos de uma forma tão extravagante e livre

 

Agindo como estúpidos para se divertir

Tudo o que eu precisava era de amor

Esse é o jeito que deveria ser

Dezessete anos

Roubando cervejas fora de um estacionamento

Acendendo os isqueiros só para lutar contra a escuridão

Meu lugar favorito era sentar no carro dele

Dezessete anos

Coloquei um cobertor em cima do telhado

Naquela época eu sabia que eu não o faria parar

As noites eram frias, mas nós a deixávamos quente

Dezessete anos

Ei, esse tempo já passou

E quando eu ouço essa canção

Ela me leva de volta

Estávamos no topo do mundo

Quando eu era sua namorada

Vivíamos de uma forma tão extravagante e livre

Agindo como estúpidos para se divertir

Tudo o que eu precisava era de amor

Esse é o jeito que deveria ser

Estávamos correndo no sinal vermelho
Nós corríamos a noite toda
Não nos importávamos com nada

Era eu e você
Porque nós estávamos vivendo o nosso sonho

E nós tínhamos dezessete anos

Oh oh oh oh oh oh (dezessete anos)

Oh oh oh

Oh oh oh oh oh oh

Oh oh (dezessete anos)

Eu me lembro como era

Uma vida típica de cidade pequena

Se eu pudesse voltar no tempo

Dezessete anos

Estávamos no topo do mundo

Quando eu era sua namorada

Vivíamos de uma forma tão extravagante e livre

Agindo como estúpidos para se divertir

Tudo o que eu precisava era de amor

Esse é o jeito que deveria ser

Estávamos correndo no sinal vermelho

Nós corríamos a noite toda

Não nos importávamos com nada

Era eu e você

Porque nós estávamos vivendo o nosso sonho

E nós tínhamos dezessete anos

Dezessete anos

Dezessete anos

Dezessete anos

 

Era tão bom ter 17 anos novamente...

  - Gabriel... - falei baixo. - e levantei a cabeça. Ele me olhou por cima, sem sair de perto de mim.

  - Fala...

  - Eu preciso... 

  - Não - ele me interrompeu - Não fala que tem que ir. Por favor.

  - Mas eu tenho que ir.

  - Você acabou de chegar! Por favor, Mel, fica...

Ele havia me chamado de Mel... Ele nunca me chamava de Mel.

Suspirei.

  - Tudo bem... eu só... não posso demorar, ok?

Ele sorriu.

  - Tudo bem. Vem, quero fazer uma coisa. - ele me deu as costas e subiu as escadas.

Que davam para os quartos.

  - Vem ou eu vou ter que te carregar?

  - Nem pense! - eu ri, mas era tarde demais. Ele desceu, me pegou no colo e me levou escada acima. Entramos no quarto e ele deixou a porta aberta.

  - Não quero que pense coisas erradas. O que eu quero fazer é outra coisa - ele disse ao meu colocar no chão. Foi até a cama e pegou seu caderno preto. Ele ainda tinha! - Faz um favor para mim...

Ele disse, mas ficou quieto. Me analisou por alguns minutos, e não tirava os olhos da minha blusa. Era daquelas que um ombro era caído e o outro era normal. Quando desfiz o coque, ele disse:

  - Não! 

  - O que foi?!

  - Refaz isso!

  - Nossa, ok. Calma - eu ri e refiz o coque. Fazia anos e mais anos que eu o fazia e adorava, pois era bem prático e não precisava de elástico.  Com o tempo, fui aprendendo umas técnicas para deixá-lo perfeito.

Sorri, pois sabia que Gabriel gostava dele. Sempre gostou.

  - Ótimo, agora... vire de costas - eu fiz o que ele pediu e ele ficou atrás de mim e me tocou no ombro. - Um pouquinho mais... Isso. Vire a cabeça para a esquerda. NÃO MUITO.

Eu ri do seu desespero e fiz o que ele pediu.

  - Isso... hummm. Okay, agora deixe seus lábios entreabertos e olhe para o chão. Perfeito. Agora, a última coisa.

Seus dedos tocaram minha blusa, e a abaixou até o meio das costas, apenas a parte de trás. A parte da frente continuava intacta. 

Ao sentir seus dedos deslizando por minha pele, mais um arrepio me percorreu.

  - Perfeito... - ele disse em meu ouvido. - Agora não se mexa até eu dizer.

  - Tudo bem.

Ouvi ele arrastando alguma coisa e rabiscando. Ai, meu Deus. Ele está me desenhando!

Cinco, dez, quinze, vinte minutos se passaram e eu estava imóvel. O único ruído presente no quarto era o do atrito do lápis com o papel e logo em seguida, Gabriel começou a cantarolar.

Everlong...

Apertei os olhos. Fazia anos que eu não ouvia aquela música.

Perdida em meus devaneios, nem notei quando ele parou de desenhar e parou atrás de mim.

  - Melissa... - ele disse baixo e eu me virei - Quer ver?

Assenti.

  - Não ouvi - brincou.

  - Quero, idiota.

Ele sorriu e virou o caderno para mim.

Oh. Meu. Deus.

Era o desenho mais perfeito que eu já havia visto. Como ele conseguia...?

  - Gostou?

  - Tá brincando? Gabriel, está perfeito! - eu não conseguia desgrudar os olhos do papel.

  - É seu. - ele disse simplesmente. 

  - Não - eu o olhei - Foi você quem fez, eu não posso...

  - Porra, Melissa, é um presente. - ele inclinou a cabeça tipo "vai aceitar?"

   - Tá. Tá, tudo bem... - corei - Ahn... obrigada.

  - Deixa eu... - ele se aproximou e arrumou minha blusa no lugar.

Suas mãos... Chega. Chega!

  - Obrigada de novo - falei.

  Ele sorriu.

Quando vi que o clima estava meio estranho, saí de seu quarto e desci as escadas, sabendo que ele estava atrás de mim enquanto eu ia para perto da porta.

  - Melissa?!

  - Oi? - me virei.

  - Não mereço um tchau?

Sorri e fui até ele, que encaixou o rosto em meu pescoço. Fechei os olhos.

  - Bom, acho que agora eu tenho que ir. Já escureceu.

  - Não quer que eu te leve?

  - Não, obrigada.

  - Será que... eu poderia, então, te levar para jantar um dia desses? - ele coçou sua nuca, com vergonha.

  - Almoçar. - falei.

  - Fechado. - ele sorriu. - Tchau de novo.

  - Até mais...

Saí e fechei a porta atrás de mim e durante o trajeto até a casa de Erick, eu tentei entender como nós havíamos passado pela parte das brigas depois beijos, pegação, briga de novo, abraços, desenhos e sorrisos em menos de 12 horas.


Notas Finais




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