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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - Jail



Capítulo 35 - Jail


A primeira coisa que eu queria fazer era ir até lá de uma vez e dar uns bons tapas em Gabriel por essa extrema criancice, e gritar com ele, como quase sempre acontece, mas também queria ir até lá para beija-lo. Os dois lados do meu cérebro discutiam silenciosamente para ver quem ganharia a batalha, e por fim, o lado esquerdo ganhou. Não vou fazer o papelão de me agarrar a ele no meio dessa lugar, ainda mais por não saber como vai ser sua reação.

Pela virada de rosto que ele deu quando me viu, duvido que será boa.

– Oi, gente! – Brunna disse alegre. Ou, pelo menos, tentando parecer alegre.

– Oi – disseram os meninos em uníssono.

Ela foi até Nathan e o cumprimentou com um beijo rápido, enquanto se sentava ao seu lado, eu ao lado dela e Bia do meu outro lado, ficando entre Gabriel e e eu. A mesa era circular, e eu achei até bom não ficar muito perto dele.

Pensei que o clima estaria ruim. Quer dizer, bem ruim, mas me enganei.

Estava horrível.

O celular de Gabriel apitou, e ele desbloqueou a tela e respondeu a pessoa. Uma corrente de raiva me percorreu quando pensei em quem poderia ser, e tive vontade de quebrar o celular quando percebi que as chances de eu estar certa eram grandes.

– Por que não avisou que ela vinha? – Nathan perguntou à Brunna, olhando em direção à Bia.

– Por que não avisou que ela vinha? – Gabriel também perguntou à Brunna, mas olhando em minha direção.

– Não era óbvio? – ela respondeu.

– Não. – eles falaram juntos.

– Vocês dois querem parar de ser crianças, por favor?! – falei – Tudo pode ocorrer bem hoje se todos cooperarem, mas que coisa!

Eles me olharam.

– O problema, Melissa, é que com você, quase nada dá para ocorrer bem – falou Gabriel.

– Tipo o que? Só porque você é temperamental e não admite, coloca a culpa em mim?

– Não fui eu que agi como uma criança porque fiquei sabendo de uma ex namorada.

– Que estava se jogando pra cima de você bem na minha frente.

– E o que você tem com isso? Não temos nada.

"Não temos nada". Essa doeu.

Ele quer baixar o nível? Vamos baixar.

– Porque é impossível ter alguma coisa com você. Em um dia está tudo bem, e é a coisa mais fácil do mundo te encontrar 5 minutos depois bêbado em qualquer lugar, sem motivo.

Gabriel engoliu em seco. Estava ficando com raiva.

Nathan pressionou os lábios. Eu havia pegado pesado.

– Se tivesse metade dos problemas que eu tenho, não falaria isso. Mas sua vidinha de princesa não permite – ele falou frio.

– Vidinha de princesa?! Eu fico 8 horas por dia rodeada de paredes e roupas brancas, vendo coisas dentro dos corpos das pessoas, quase não tenho tempo para a minha filha, que alguém colocou em mim quando eu tinha 16 anos, e agora tenho que ver ela emburrada em casa com saudades do pai!

Todos da mesa olharam para ele para ver a resposta. Era como um jogo de ping pong. E até agora, nós dois havíamos acertado a bolinha. Um deslize e o jogo acaba.

– Um filho se faz a dois. – ele disse simplesmente.

– Que pena. – dei um sorriso sarcástico e olhei para Brunna. Percebi pela expressão em seu rosto e em suas mãos cerradas em punho que ela estava ficando irritada. Mais uma gota e ela iria explodir. E como a noite já estava ferrada mesmo, falei: – Estou indo embora.

Me levantei e caminhei para a porta, assim que saí, trombei com alguém e quase fui para o chão.

– Me desc... – comecei, mas parei de fala quando vi quem era.

Ruiva. Óculos. Saia. Blazer. Salto. Ella.

Ela deu um sorriso falso.

– Você costuma fugir quando não tem mais respostas, ahn?

Ela estava nos espiando do lado de fora?! Como sabia que estávamos lá?

A mensagem. Gabriel deve ter dito. É claro que ela não ia perder tempo para vir até aqui.

Dois caras altos e fortes apareceram ao seu lado e pararam atrás dela. Quem eram eles?

Não sei se queria saber a resposta, só sei que um arrepio me percorreu. O pesadelo estava voltando.

Calma. Não são nada demais. Não vai acontecer nada. Está tudo bem.

– Não, eu costumo sair quando vejo que não vale mais a pena perder tempo com determinada pessoa. – respondi – Isso inclui você. Dá licença.

Dei alguns passos em direção ao carro, mas os homens pararam na minha frente.

Calma, Melissa. Tá tudo bem.

Eu queria sair correndo dali. Mas me contive. Não poderia dar esse gostinho a ela.

– Mas o que é isso... – ela veio sorrindo até mim – Por que toda essa raiva? Gabriel não iria gostar de nada disso...

– Caguei para o que Gabriel gosta ou não. Por que me importaria? – cruzei os braços.

– Porque você gosta dele ainda. E sabe que ele nem liga para você. Acha que não vi a cara dele na reunião? Ele estava achando um saco ficar lá, talvez nem goste tanto assim da filha, talvez não se importe com ela. Nem com você.

Assim que essas palavras saíram de sua boca, lancei minha mão para frente e dei um tapa em seu rosto tão forte, que não precisou de mais do que alguns segundos para que a marca de todos os meus dedos ficasse estampada em sua bochecha.

Foi o tempo de ela olhar para mim de novo, e rapidamente os dois caras andaram até mim.

Estou perdida, pensei.

Estava escuro, a rua até que era movimentada, mas pela sorte que eu tenho, naquele segundo parou de passar tantos carros. Essas coisas só aconteciam comigo.

Fechei os olhos por um segundo e ouvi um baque surdo. Gabriel estava ali junto com todos que estavam na mesa. Ele havia acabado de dar um soco em um dos caras e Nathan foi para cima do outro.

Como chegaram tão rápido?

O tempo e a lógica já não faziam mais sentido em minha cabeça. A noção de horas havia sumido de repente quando percebi que não sabia mais quanto tempo fazia que eu estava ali fora.

Algumas pessoas que estavam no restaurante saíram para ver a briga e várias delas pegaram seus celulares.

Gabriel e Nathan tomaram alguns socos, mas imobilizaram os caras no chão com as pernas.

Ella olhava boquiaberta e lançou um olhar estranho para Gabriel.

– Foi para isso que quis saber onde eu estava? – ele gritou.

– Você não enxerga, Gabriel? Qual é, o que ela pode dar pra você? Com uma filha de dez anos, não vai te usar a não ser para jogar todo o peso para cima de você. Acorda, garoto!

Ela havia dito aquilo mesmo? Eu estava a questão de segundos para voar no pescoço dela, mas quando dei um passo para frente, Brunna me segurou.

– Esse fósforo já encheu minha paciência. Fica aí.

Dois segundos depois, as duas estavam saindo no tapa, rolando no chão com puxão de cabelos e tudo o que uma briga de duas mulheres têm direito.

Bia até que quis se prontificar para ajudar, mas Brunna sabia o que estava fazendo, e sinceramente, eu estava gostando.

Mas a graça toda acabou quando ouvimos sirenes de polícia e dois policiais se puseram ao nosso lado, com duas viaturas.

  – Todo mundo para a delegacia agora.


Notas Finais


EU SEI QUE DEMOREI E COLOQUEI UM CAPÍTULO GIGANTE PRA COMPENSAR

AMO TRETAS
OQ ACHARAM?

(OBS: vai voltar ao mesmo esquema que era antes das férias tá? Capítulos só no fim de semana. Se houver uma brecha, eu posto na hora!)

Beijinhos


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