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História "Os opostos se atraem?" - Livro 2 - My little sister



Capítulo 41 - My little sister


~Brunna~

(Noite anterior, no estacionamento do restaurante)

– Mel, você quer... – eu ia oferecer carona, mas Gabriel apareceu.

– Eu levo ela. – disse.

Mel pressionou os lábios e deu de ombros. Eles precisavam conversar, eu sabia disso.

Quando os dois foram embora, Bia entrou no carro comigo, e Nathan montou na moto.

– Não quer ir pra casa? – perguntei a ele.

Ele olhou para mim, depois para Bia e suspirou. Por fim, fez um "não" com a cabeça e deu partida.

– Isso vai ser mais difícil do que pensei... – Bia disse.

– Ou não... Ele vai falar com você.

– Como sabe?

– Nathan é cabeça dura, mas ele sabe pensar. Você está aqui, e ele sabe que não vai ter outra oportunidade. Relaxa, ele vai falar.

– E se ele não fizer isso?

– Eu serei obrigada a voar no pescoço dele. – dei uma piscadela para ela, que riu.

Ao chegarmos em casa, eu estava quase fechando o portão, quando ouço o barulho de uma moto se aproximando.

Nathan estacionou e desceu dela e eu olhei para Bia sem entender, mas com um sorriso no rosto. Eu disse que ele viria!

Ele estava um pouco sem graça, mas parou na porta, como se pedisse permissão para entrar. Eu assenti e ele o fez.

O clima estava meio tenso, admito, mas algo me dizia que logo mudaria.

– Eu posso... – comecei e fiz um gesto para o andar de cima – Subir...

– Não – ele falou e pegou minha mão – Fica.

Fiquei ao seu lado e fechei a porta. Todos nós nos sentamos no sofá, Nathan no meio de nós duas apertando minha mão forte. Ao ver a expressão em seu rosto, percebi que ele estava prestes a chorar.


~Nathan~

– Nat... – Bia começou. Só ela me chamava assim desde quando eu tinha 2 anos e ela 4 – Você vai me ouvir?

Era meio estranho ver ela ali, na minha frente. Nem eu sabia o motivo de ter feito a rotatória, mudado de rumo e vindo até aqui, mas ela era minha irmã... Eu precisava no mínimo ouvir.

Sem coragem para dizer nada, caso contrário eu poderia desabar, apenas assenti.

– Desde o dia em que coloquei os olhos em você, segurando o corpo de Amanda, eu soube que não foi você quem fez aquilo – ela disse – Eu sei que não acredita, mas... Você conhece o papai e a mamãe. Acreditam puramente em tudo o que veem na TV e no veredicto dos policiais...

Umedeci os lábios.

– Lembra quando eu fui chamava para fazer parte da investigação? Tive que usar o luminol, e vi suas digitais, mas isso ainda não provava nada para mim. Papai e mamãe ficaram sabendo e eles... Me proibiram de falar com você, ameaçaram me colocar pra fora de casa se isso acontecesse, porque queriam que você ficasse sozinho. Em uma dessas noites, eu conversei com a mamãe, e ela disse que sentia algo, como se você fosse inocente. Ela sempre foi boa nisso, você sabe. Mas também disse que, se você fosse inocente, não teria sido preso, então ela não tinha mais nada em quê acreditar.

Uma lágrima teimosa começou a se formar em meu olho esquerdo.

– Se dependesse de mim, eu nunca iria te deixar sozinho, Nat, você sabe... – sua voz começou a tremer – Nós nunca brigamos quando pequenos, e de repente começamos a agir como se odiássemos um ao outro... Os irmãos deviam ficar unidos para tudo, não é isso que todos falam?

– Se você pudesse voltar no tempo agora, desafiaria mamãe e papai?

Eu perguntei do nada. Tinha que saber.

– Sim. Meu Deus, sim! Você é meu maninho, Nat, eu devia ser a pessoa pra quem você corre quando algo errado acontece e não a pessoa de quem você corre. Eu errei, sei que fiz uma merda enorme... Mas eu vim me desculpar. Quero voltar a ser sua irmã de novo, pode me irritar, pode bagunçar meu cabelo, pode colocar cola na minha maquiagem – ela riu, nervosa, e eu soltei uma risada abafada – eu não ligo, mas, por favor, volta a falar comigo...

Ela estava se segurando demais para não chorar, mas algumas lágrimas já estavam escapando.

– Vem cá – falei e a abracei. Ela agarrou forte meu pescoço e a partir daí, não consegui mais ficar na pode de durão. Eu e ela desabamos juntos.

Me lembrei da última vez que a abracei, ela tinha um corpo tão pequeno, e ainda tem, mas tem uma força que nem se compara. Essa é minha maninha.

– Me desculpa, Nat... – ela falou em meio aos soluços – Eu te amo.

– Eu te amo, Bia. – falei baixo, só para ela ouvir.

Ficamos uns 5 minutos abraçados, e nos soltamos devagar quando ouvimos um soluço alto atrás de nós.

Brunna tinha traços pretos nas bochechas, obra das lágrimas que caíram enquanto havia rímel e lápis em seis olhos. Seu nariz estava vermelho e ela estava com as mãos na boca, segurando o choro, se é que tinha como piorar.

Eu sequei as lágrimas e soltei uma risada. Era fofinha a cena. Estendi o braço e ela se juntou a nós, damos um abraço triplo e voltamos a chorar de novo.

Já chorei hoje o equivalente a uma vida. Odeio chorar.

No meu relógio de pulso marcavam 00:38.

– Dorme aqui? – Brunna perguntou – Vocês têm muito o que conversar.

Olhei para Bia, que sorriu. E assenti, eu poderia ir embora no outro dia de manhã.

– Então, vou subir. Boa noite para vocês – Brunna disse, me deu um selinho e subiu.

~Brunna~

Tomei um banho e me deitei na cama, com um sentimento de missão cumprida emanando de mim.

Não demorei para dormir, mas no meio da noite, senti alguém se deitar do meu lado.

Só podia ser Nathan...

– Que horas são...? – perguntei meio sonolenta.

– São 4:56. – beijou minha cabeça – Desculpa se te acordei.

– Tudo bem... – sorri, mas deve ter parecido mais uma careta.

– Quer que eu te chame quando for embora?

– Aham...

– OK. Boa noite. E.. obrigado. Por tudo.

Ele beijou minha cabeça de novo e se deitou.

No outro dia, Bia recebeu o telefonema do delegado, e Nathan teve que ir. Ele se despediu de nós duas e se foi.

Bia saiu logo depois, e claro, eu não poderia perder a oportunidade de contar o que aconteceu para Melissa. Ela iria surtar!

E se eu não contasse, meu nome não era Brunna. Hehehehe


Notas Finais


VOLTEEEEEEEEEEEEEEEEEEEI


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