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História Os pais do noivo - OPN - Quarto.


Escrita por: parkenchigou

Notas do Autor


Ai gente, OPN chegou ao final e eu espero mesmo que vcs tenham curtido a fanfic ❤
Mais um finalzinho top, tanto que chamarei de park jimin 😁

Capítulo 4 - OPN - Quarto.


Jeongguk arregalou os olhos, encarando Jimin antes de olhar as janelas e ver a chuva castigando os vidros limpos e brilhantes. Estava mesmo forte, era perigoso transitar nela de qualquer forma, mas mais ainda era perigoso ficar naquela casa com todos aqueles sentimentos que o importunavam aquele dia.


— Tudo bem, essa chuva não ia deixar a gente ir mesmo. — suspirou, recostando-se no sofá. — Ao menos comemos muito no Namjoon. — riu, tombando a cabeça para trás.


Jimin sorriu de lado, lembrando da caixa que havia trazido da loja. Encarou a janela, a chuva estava forte, mas mesmo assim ainda conseguiria sair e buscar a caixa sem riscos.


Tirou o blazer caro, jogando sobre o sofá e seguindo até a porta sob o olhar desconfiado de Jeongguk. Assim que abriu a porta, uma rajada de vento o atingiu, o fazendo arrepiar com o frio que aquela tempestade trazia. Correu até o carro, os pingos fortes e gelados molhando seu corpo ao passo que puxava a caixa para fora do carro.


Assim que fechou e acionou o alarme, correu de volta a casa, fechando a porta e grunhindo quando um arrepio gelado percorreu seu corpo. Estava completamente molhado, mas ao menos tinha pegado a caixa.


— Temos vinho. — disse, deixando as bebidas sobre o tapete enquanto usava um dos lençóis que havia ainda num dos móveis para enxugar o cabelo.


Jeongguk assentiu, abrindo a caixa e franzindo o cenho quando viu duas taças e mais uma caixinha. A abriu, vendo alguns pedaços de bolo e um garfo apenas.


— Aquele garoto. — murmurou balançando a cabeça, mas sorrindo de canto. — Temos bolo também, mas um só garfo. — disse, deixando a caixa com os doces ao lado das bebidas.


Jimin soltou uma risada, mas logo grunhiu sentindo a camisa grudar no corpo. Não viu outra alternativa a não ser tirá-la. Jeongguk desviou os olhos do que fazia e engoliu em seco quando viu o mais velho sem a camisa, sentindo o estômago esfriar e revirar no mesmo segundo.


Tentou não olhar demais, afinal acabaria tendo problemas que não gostaria que Jimin percebesse. Focou nos doces, comendo um pouco enquanto esperava Jimin terminar de se secar.


— Será que ainda tem roupas nossas aqui? — Jimin questionou, deixando a camisa de lado.


— Não, tudo o que tinha aqui foi levado embora. — Jeon disse, a boca cheia de bolo enquanto abria um vinho. — Você pode usar minha jaqueta.


Jimin sacudiu a cabeça, pegando o blazer e vestindo. Suspirou quando fechou os botões, sentindo-se desconfortável sem a camisa por baixo.


— Me sinto um stripper em Las Vegas. — murmurou, fazendo Jeongguk rir alto.


— Então dança pra mim, garotão. — brincou, vendo o mais velho rir e revirar os olhos.


— A casa está fechada hoje, senhor. — debochou, observando Jeon fazer bico.


— Mas por que não tem? Eu te pago uma bebida. — riu, servindo vinho para Jimin enquanto o chamava com a mão.


Jimin sentou em frente a ele, aceitando a taça e dando um gole longo.


— Um homem mau partiu meu coração. — sorriu, tomando o garfo de Jeongguk e comendo um pouco do bolo.


Jeongguk revirou os olhos, mas sorriu de canto. Fazia tempo que não tinha um momento de paz como aquele com Jimin, queria que durasse mais tempo.


— Eu prometo ser bom com você. — piscou, rindo junto ao Park.


— Assim eu posso pensar. — sorriu, abrindo um botão do blazer e rindo logo depois. — Quanto tempo eu não ria assim.


Jeongguk assentiu, bebendo mais um pouco. Ele tinha razão, fazia tempo que jaó sentava e só conversava besteira um com o outro, tanto que nem lembrava quando foi a última vez. Sentia-se muito bem, leve e confortável de novo ao lado de Jimin, do jeito que nunca mais havia se sentido.


E aquele sentimento estava ali de novo, cutucando seu peito enquanto tentava desabrochar mais uma vez.


— Desde que nos afastamos por causa do seu trabalho, quer dizer, por causa da Mina. — disse, vendo o Park suspirar e deixar a taça de lado.


— Mina? Você sabe que ela e eu não tivemos nada, não temos nada, é tudo coisa da sua cabeça. — grunhiu, observando Jeongguk. — Não sei como ainda acha que ela e eu estamos juntos.


Jeon revirou os olhos, bebendo tudo que tinha na taça. Encarou Jimin.


— Olha aqui, eu não sou maluco, eu sei que vocês tinham alguma coisa sim! — apontou para o rosto de Jimin. — Você sempre chegava tarde, e quando eu ligava era ela quem atendia seu celular. Era tão idiota, que parecia um dorama clichê. — suspirou, não dando tempo para que Jimin dissesse algo. — E então você não parecia mais interessado em mim, como se já estivesse satisfeito todos os dias, não me procurava… Eu pensei que estava cansado,  que seu trabalho o cansava demais e então eu me toquei. — encarou Jimin. — O problema é que você não precisava mais de mim, que já tinha alguém que te desse tesão e qualquer porcaria que fosse.


Jimin suspirou, puxando os cabelos pra trás enquanto respirava fundo para não surtar ali mesmo.


— Não, Jeongguk. — grunhiu. — Nunca tive nada com a minha secretária. Respeito Mina, respeitei nosso casamento até o fim dele e eu não admito que você faça isso comigo de novo! — exclamou, suspirando ao fim. — Eu nunca machucaria você dessa forma, eu nunca trairia você com quem quer que fosse, eu…


— Então por quê? — sussurrou, sentindo os olhos arderem bem como a garganta. — A gente estava bem e de repente brigávamos por qualquer coisa.


— Eu sei. — suspirou, encarando a taça vazia. — Mas era meu trabalho me sugando, eu não conseguia deixar nada de lado. Você sabe o quanto eu fico obcecado pela perfeição e isso acabava comigo sempre. — ergueu os olhos, vendo o olhar de Jeongguk tremer. — Eu nunca deixei de desejar você, por mais cansado que eu estivesse, ainda o achava o homem mais bonito e atraente do mundo. Ainda acho.


Jeongguk arregalou os olhos, encarando Jimin enquanto sentia o coração disparar no peito.


— Então por que me deixou pensar nisso esse tempo todos? — indagou incrédulo, batendo as mãos contra o próprio peito. — Eu sofri, eu sofro todos os dias por causa disso e você nem sequer se importou em me dizer que—


— Eu disse, Jeongguk! — praticamente gritou, venda Jeongguk encolher os ombros. Suspirou, novamente puxando os cabelos pra trás. — Eu disse, afirmei tantas vezes que uma hora eu cansei. Eu não queria mais explicar, estava farto do meu marido olhar para mim com desconfiança no olhar, os mesmos olhos que costumavam me encarar com amor agora não acreditavam mais nas minhas palavras.


De repente um soluço cortou a sala, Jeongguk sentiu o nó na garganta se desfazer ao passo que deixava o choro barulhento sair.


— Eu não pude. — choramingou, abraçando o próprio corpo enquanto tentava encarar Jimin através das lágrimas. — Eu me sentia tão mal, tão rejeitado que não conseguia acreditar em mais nada, em ninguém. — fungou, limpando o rosto com a manga da jaqueta. — Achava que você não me amava mais, que eu não era atraente o suficiente pra você. Pensei tantas coisas, que por um tempo eu acreditei de verdade que merecia todas as traições.


— Que nunca existiram. — Jimin reafirmou. — Nunca sentamos para conversar, nenhuma vez sequer. Eu deveria ter dito mais vezes que o amava enquanto brigávamos, deveria ter insistido que nunca beijei outra boca que não fosse a sua por anos, que nunca amei outro corpo que não fosse o seu, Jeongguk. — tocou o rosto do Jeon, vendo os lábios do mesmo tremer em por conta do choro. — Eu nunca magoaria você, por que eu te amo demais e machucar você é como me machucar a mim mesmo.


O mais novo sequer conseguia formular uma palavra, estava se sentindo tão mal consigo mesmo que não conseguia encarar Jimin. A vergonha o cercava, como se fosse o esmagar por completo e aquilo o fez fugir do toque de Jimin.


— Não faz isso, não de novo. — Jimin murmurou, fazendo Jeongguk levantar os olhos novamente. — A gente tem essa chance, eu sei que ainda sente algo por mim e—


— Eu te amo. — Jeon disse rápido, lambendo os lábios e balançando a cabeça. — Eu te amo como sempre amei, e esse sentimento nunca esmoreceu dentro de mim, Jimin. — deixou um sorriso escapar, vendo o Park sorrir de volta. — Me sinto idiota agora, até por que fiz parecer que eu e um funcionário meu tínhamos algo… — murmurou, venda a face do Park se contorcer de leve. — Mas nunca tivemos nada, até por que ele é hétero e eu nunca faria isso com você. Mesmo que eu achasse que você fazia comigo.


Jimin soltou uma risada baixa, balançando a cabeça enquanto encarava Jeongguk.


— Ainda tenho certa raiva daquele rapaz, se quer saber. — disse, fazendo Jeon soltar uma risadinha. — Mas agora está tudo bem e a única coisa que quero fazer é beijar você.


Jeon engoliu em seco antes de descer os olhos e encarar a boca do Park. Sempre foi apaixonado por ela, os lábios eram macios e o mais velho conseguia fazer um estrago tão grande com aquela parte do corpo que sentia o corpo estremecer só de imaginar.


Fechou os olhos quando sentiu as mãos de Jimin em seu rosto novamente, esperando pelo toque dos lábios do Park sobre os seus. Porém, tudo o que veio foi um barulho alto seguido por raios e por fim a luz desaparecendo no ambiente.


Jeongguk soltou um grito, se agarrando a Jimin enquanto olhava em volta e apenas enxergava a escuridão. Jimin por sua vez, soltou uma risada baixa e abraçou Jeongguk enquanto puxava o celular e ascendia a lanterna.


— Ei, está tudo bem. — murmurou, encarando o rosto assustado do mais novo. — Eu tô aqui com você. — disse, fazendo carinha na cintura do Jeon.


— Sim, certo. — assentiu, engolindo em seco. — Será que ainda tem lenha no porão? Me sentiria melhor se—


Nas Jimin não deu brecha para Jeongguk continuar, o beijou enquanto via mais medo nascer nos olhos do mais novo.


Jeon sentiu cada parte do corpo tremer quando os lábios de Jimin se chocaram contra os seus. Sentia tanta falta, que quando se deu conta, já estava enfiando a língua na boca alheia e puxando os cabelos do Park. Soltava grunhidos e gemidos baixos, as mãos apertando os fios alheio ao passo que sentia as mãos de Jimin apertarem sua cintura.


— Senti falta disso. — Jimin grunhiu, afastando-se um pouco para encarar Jeongguk nos olhos. Sorriu, mordendo o lábio ao passo que via o rosto do mais novo corar. — E disso também.


— Ya, cale a boca e vá ver se ainda tem lenha lá embaixo. — grunhiu Jeongguk, se afastando do Park e cruzando os braços.


Jimin riu baixo e pegou o celular, seguindo para a cozinha onde ficava a porta do porão. Desceu devagar, reparando que até ali havia sido limpo e algumas caixas colocadas em ordem. Passou a luz da lanterna por todo o ambiente e suspirou aliviado quando viu o monte pequeno de lenha mais ao fundo.


Carregando algumas nos braços e o celular na destra, Park voltou a sala e colocou a madeira cortada na lareira e suspirou, olhando para Jeon em seguida.


— Preciso do meu isqueiro, mas está no carro. — disse, vendo Jeongguk assentir.


— Eu vou lá. — disse firme, tirando a jaqueta e respirando fundo. — Espera um pouco.


Park balançou a cabeça, voltando ao porão enquanto Jeongguk corria pela chuva na direção do carro. Procurou o esqueiro pelo porta-luva e sorriu quando o achou escondido no fundo. Correu de volta, encontrando o mais velho junto a lareira com algumas trouxinhas de galhos finos usados para facilitar o fogo a pegar na lenha.


— Aqui está. — estendeu o objeto preto para o outro, servindo mais um pouco de vinho e puxando um lençol para enxugar os cabelos como Jimin havia feito antes.


Jimin rapidamente acendeu a lareira, balançando o isqueiro e sorrindo.


— Vício idiota, objeto precioso. — disse, observando Jeongguk se enrolando com o lençol na tentativa de expulsar toda a água da chuva que o tinha molhado. — Ei, por que está tentando se enxugar agora?


Jeon franziu o cenho, abaixando o tecido branco e encarando Jimin.


— Por que não quero ficar doente e muito menos molhado? — indagou, achando a pergunta de Jimin um tanto idiota.


Park balançou a cabeça, mordendo o lábio enquanto se aproximava sorrateiramente.


— Mas por quê? — voltou a questionar, afastando de vez o lençol de perto do mais novo enquanto beijava o pescoço úmido dele. — Por que se enxugar com isso se eu mesmo vou cuidar para que seu corpo fique mais molhado ainda? — sussurrou rente ao pescoço alheio, fazendo cada pelinho do corpo de Jeongguk eriçar.


— Vai? — indagou, a voz baixa e mansa. Jimin assentiu, beijando o pescoço do Jeon ao passo que trazia o mesmo para seu colo. — Eu gosto disso. — murmurou, revirando os olhos quando os dentes do Park rasparam por sua pele, deixando uma trilha de beijos e mordidas por onde passavam. — Tão bom…


Jimin sorriu contra a pele alheia, sugando uma última vez antes de se afastar e tomar a boca de Jeongguk novamente. Desta vez foi ele mesmo que enfiou a língua na boca de Jeon, acariciando a alheia com a sua enquanto apertava a cintura do mais novo e ia o deitando no tapete macio e fofo.


Mordeu o lábio alheio quando findou o beijo, encarando o rosto de Jeongguk e sorrindo.


— Senti saudades de momentos assim, em que eu só amava você a noite inteira. — sussurrou, sentindo o calor que vinha da lareira abraçar os corpos que esquentavam um contra o outro.


Jeon soltou um suspiro, fechando os olhos e sorrindo de canto.


— Eu também senti. — murmurou, abrindo os olhos e observando o rosto de Jimin e as sombras que o fogo criava na face alheia. Era tão bonito, Jeongguk se sentia tão sortudo de tê-lo de volta. — Senti saudades do seu corpo colado no meu, era tão gostoso quando me levava no meu limite. — resmungou, apertando o blazer do Park. — Faz de novo. — pediu, tentando não soar desesperado.


Jimin sorriu, tirando as mãos de Jeongguk de seu blazer para poder retirá-lo do corpo. Jogou de canto, notando os olhos de Jeon caírem sobre seu peito.


— Andei me exercitando. — brincou, tomando as mãos do mais novo e as colocando sobre sua pele nua. — Me toque de novo, sabe que tudo sempre foi só seu. — sussurrou, sentindo os dedos finos do Jeon acariciarem sua pele.


Nunca imaginou que fosse tocá-lo assim novamente, mas quando deu por si estava arranhando as costas do Park enquanto o mesmo beijava cada parte de seu rosto e pescoço. Gemia, não se importava de soltar os sons de prazer que Jimin fazia seu corpo sentir.


Park não demorou em despir Jeongguk, observando o corpo alheio por um momento. As linhas pareciam ainda mais desenhadas sob aquela luz quente e ondulante. Era sensual, poderia pintar o marido numa obra milionária e ainda assim não conseguiria captar tudo o que via naquele segundo.


— Você é lindo demais. — acabou soltando, ouvindo um riso baixo vindo de Jeongguk, que logo foi substituído por um gemido surpreso quando agarrou as coxas grossas do mesmo e se enfiou entre elas, deixando as belas pernas separadas. — Não sabe quantas noites eu fui dormir imaginando estar assim com você de novo, por isso mal conseguia ficar perto, não aguentava sentir seu cheiro e não poder te tocar como agora.


Jeon sentia vontade de chorar, Jimin não poderia ser romântico enquanto estava de pernas abertas daquela forma, era injusto demais.


— Vamos, cale a boca e faça de uma vez. — grunhiu, mordendo o inferior ao passo que via Jimin sorrir e o penetrar devagar. Soltou um gemido longo, seguido de um soluço baixo e logo depois um suspiro satisfeito. — Eu sou seu de novo. — murmurou baixinho, fechando os olhos e sentindo os lábios do Park contra sua bochecha.


— Você sempre foi meu. — Jimin grunhiu, movendo o corpo sobre o de Jeongguk enquanto apoiava uma das mãos no tapete e a outra na cintura alheia. — Nunca deixou de ser.


E era a mais pura verdade. Mesmo depois de todas as brigas, da separação e rancor, Jeongguk ainda era de Jimin como o Park pertencia ao Jeon. Eram um só, e não por que tinham um filho, mas por que se amavam de verdade e sabiam que mais nada poderia abalar o que sentiam um pelo outro.


Jeon agarrava-se contra o corpo de Jimin, o próprio estava em chamas pelos toques e investidas, tonto e ofegante, estava em seu limite como todas as outras vezes.


— Oh Jimin! — exclamou, sentindo seu interior alargar e receber o Park completo e inteiro.


Jimin grunhiu, investindo cada vez mais duro, sentindo Jeongguk contrair e o puxar mais e mais para a beira de um orgasmo que não tinha havia tempos.


— Vem pra mim. — sussurrou contra o pescoço de Jeongguk, lambendo o mesmo antes de se afastar e encarar Jeon nos olhos. — Goza pra mim de novo. — sussurrou, encostando a testa na de Jeongguk.


E como em uma cena clichê, vieram juntos aquela noite, as testas unidas e os corpos suados. Jimin provou mais uma vez do corpo de Jeongguk, da mesma forma que Jeongguk entregou tudo de si e recebeu tudo de volta como se deve ser.


Acabaram dormindo ali mesmo, agarrados e nus. O calor da lareira sendo suficiente para aquecer ambos os corpos e espantar o frio que vinha do lado de fora.


💌


Na manhã seguinte, Jeongguk acordou com os raios de sol irrompendo pela janela. Suspirou, sentando-se no tapete e esfregando os olhos.


— Acordou finalmente? — Jimin indagou, sorrindo de lado quando viu o mais novo dar um pulo quando ouviu sua voz. Riu baixinho, balançando a cabeça. — Sou só eu, não precisa se assustar.


Jeon bufou, cobrindo sua nudez com uma camisa e levantando.


— Não se fala assim do nada, poderia me matar. — suspirou, esticando o corpo. — A gente precisa voltar, os meninos devem estar preocupados.


— Acabei de ligar, disse que estávamos indo. — Jimin disse, terminando de se vestir. Porém, sorriu de lado ao ver as pernas do Jeon expostas. — Mas eu não ligaria de ficar mais um pouco…


Jeongguk revirou os olhos, mas sorriu sem jeito enquanto buscava a calça.


— Você ainda continua o mesmo pervertido de sempre. — acusou, vestindo-se rapidamente e seguindo até o mais velho. O abraçou pelo pescoço, mordeu o inferior e sorriu. — Pra sua sorte eu adoro você todo pervertido.


Jimin sorriu, encarando Jeongguk enquanto mordia o lábio dele.


— Isso é você quem desperta em mim. — disse, apertando a cintura alheia e sorrindo. — Vamos embora antes que eu tire sua roupa de novo.


Jeongguk assentiu rindo. Os dois organizaram tudo de novo, colocaram as cinzas na parte de trás da casa, limparam o tapete e fecharam tudo.


No caminho de volta pareciam dois adolescentes, trocavam beijos nos sinais vermelhos e Jeongguk provocava Jimin o percurso todo até que chegassem. Mas assim que pararam em frente a casa de Jeongguk, Jimin suspirou.


— Acha que é uma boa contar aos dois? — questionou, vendo Caleb e Calum pela janela.


— Não. — Jeon balançou a cabeça. — O casamento deles está bem aí, deixa os dois curtirem isso como os protagonistas do próprio filme. — sorriu. — A gente conta depois.


Jimin assentiu, logo depois saindo do carro com Jeongguk do lado e a caixa com os vinhos — menos um deles, e os bolos — e champanhes no braço. Jeon foi o primeiro a entrar, vendo o filho e genro o encarando com algum tipo de brilho de expectativa nos olhos.


Armação, era isso que a árvore bloqueando a via principal cheirava.


— Essa noite foi longa demais. — grunhiu, fingindo chateação, e logo tendo Jimin bufando atrás de si.


— Nem me diga, parecia que nunca iria acabar. — resmungou, deixando a caixa na mesa de centro. — Aqui Calum, você pode experimentar isso e escolher o que vai ser servido no casamento?


O Choi assentiu, abrindo a caixa e pegando as taças que Jeongguk trouxe para ele.


— Mas apenas uma? Caleb não vai provar também?


— Não gosto que Caleb beba. — Jimin disse, cruzando os braços.


— Mas é só para experimentar. — Calum murmurou confuso.


— Já disse, não gosto e acabou, bebe você. — disse firme, vendo o mais novo assentir rápido e sentar com a caixa próximo de si. Viu Caleb estreitar os olhos, e sorriu fazendo um gesto com as mãos, como se segurasse uma barriga grande. O filho revirou os olhos e sentou ao lado do noivo, mas viu quando Jeongguk mordeu o lábio para não rir e acabou sorrindo.



A semana seguinte correu às pressas, os preparativos pro casamento pareciam não acabar mais. Jeongguk buscou os convites enquanto Jimin supervisionava o buffet e agradecia a Jinhwan por não desistir deles dois tão fácil, mesmo não os conhecendo.


Vez ou outra tiravam um tempo para namorar, trocar uns beijos as escondidas atrás de caixas ou em banheiros vazios enquanto o pessoal cuidava dos arranjos. Sentiam-se como jove namorados, e como eram separados, era basicamente o que estavam se tornando de novo.


Faltando um dia até a cerimônia, voltaram a casa junto às mãos e Taehyung, que cuidava da tenda e a decoração da casa.


— Então os convidados entram pela casa, passam por essa trilha decorada no corredor e desembocam na entrada da tenda no quintal. — explicou. — A cerimônia vai ser no centro da tenda, as mesas vão estar em volta e a banda nos fundos. Também preparei jogos de luzes simples, pra não acabar com os míopes anfitriões. — riu, vendo Jeongguk mostrar a língua e Jimin rir.


— Vai ser a cerimônia mais bonita que já fui, e ainda por cima é do meu netinho. — a senhora Park disse, sentindo os olhos arderem com as lágrimas. Jimin sorriu, agarrando a mão da mãe e a beijando.


— E metade de tudo foi feito por você, Caleb tem mesmo sorte de tê-la por perto. — sorriu.


A senhora Park sorriu grande, beijou a bochecha do filho e assentiu. Jeongguk escondia o sorriso orgulhoso, sentindo que tudo estava se encaixando novamente em seu devido lugar.


A noite fez questão de dormir maia o filho, deixando Calum e Jimin com o outro quarto enquanto abraçava o filho contra o peito.


— Você casa amanhã, eu não sei se isso é mesmo uma boa ideia. — resmungou, ouvindo o mais novo rir baixo.


— É o homem que eu amo, acho melhor agarrar antes que fuja. — brincou, fazendo Jeongguk rir. — Uma hora eu tinha que crescer, mesmo que tenha sido assustador pra mim. Agora sou um adulto prestes a casar e grávido, um combo melhor do que nos video games.


Jeon sorriu e assentiu. Fez carinho nos cabelos de Caleb enquanto pensava no dia em que se casou. Lembrava estar nervoso, mas quando viu Jimin o esperando no final daquele corredor, sabia que estaria seguro pelo resto da vida. Acreditava que Calum seria assim com seu menino, por isso o entregava com tranquilidade.


— Amanhã vai passar o dia comigo, vamos nos arrumar juntos e eu tenho uma surpresa pra você.


O mais novo sorriu, abraçando Jeongguk enquanto sentia os olhos pesarem pelo sono, não demorando muito a dormir.


Do outro lado do corredor, Jimin encarava o teto do quarto enquanto Calum abraçava um travesseiro que Caleb costumava abraçar quando dormia. Ainda tinha o cheirinho dele ali.


— Então vocês casam amanhã. — Jimin murmurou.


— É, amanhã é o casamento. — Calum disse, sentindo-se ficar nervoso.


— Você sabe que ele é meu bebê, certo? — questionou, olhando para o Choi com os olhos cerrados.


— Sim, eu sei sim, senhor Park. — disse, engolindo em seco.


— Acho bom. — suspirou, fechando os olhos. — Sei que vai cuidar bem dele, só queria deixar isso de incentivo.


Calum sorriu de lado, virando as costas e pensando no noivo. Amanhã seriam oficialmente casados, e isso o enchia de alegria.


💌


Na manhã do casamento, Jeongguk raptou o filho durante o dia inteiro. Foram ao cabeleireiro, fizeram as unhas e até mesmo sessão de massagem. Estavam se divertindo, como um dia de pai e filho normal, e não como um tratamento pós-casamento.


Depois de saírem da massagem, Jeongguk dirigiu até a antiga casa, onde o terno de Caleb o esperava. Parou numa vaga, ajudou o filho a descer e caminhou junto dele até o interior decorado.


Estava mesmo tudo perfeito, luzes ainda não acesas espalhadas pelo chão, pétalas de camélias e flores do campo espalhadas pelo tapete perolado; verdadeiramente uma trilha dos sonhos.


Jeon levou o filho para o andar de cima, sorrindo para as poucas pessoas que estavam fazendo os últimos ajustes enquanto empurrava o mais novo para dentro do quarto.


— Tudo bem, a gente tem uma hora pra se preparar. — disse, estendendo o terno que Caleb vai usar e depois sorrindo. — Eu tenho uma coisa pra você, que eu usei faz anos e eu gostaria que você usasse também. — falou, estendendo um par de abotoaduras do Homem de Ferro.


Caleb sorriu, conhecia elas demais, Jeongguk havia as usado em seu casamento com Jimin.


— Você tem razão, Ca. — murmurou, colocando os dois objetos dourados nas mãos do filho e as apertando. — Um amor intenso não se acaba assim, num estalar de dedos. Por mais que Jimin tenha usado as do Capitão América, ainda foi o segundo dia mais importante da minha vida. — sorriu, ajudando o filho a se vestir, logo depois colocando as abotoaduras e arrumando a lapela do terno. — E eu sei que esse vai ser o seu também. — continuou, acariciando a barriga do filho. — Por que o primeiro vai ser quando tiver essa criaturinha nos seus braços pela primeira vez.


Caleb suspirou, tentando não chorar e borrar a maquiagem que havia feito no salão. Sorriu, colocando as mãos sobre as de Jeongguk.


— Vai ser uma longa lista de coisas mais importantes. — riu baixinho. — Estou tão nervoso, acho que preciso fazer xixi.


Jeongguk riu, abrindo espaço para que o filho fosse ao banheiro. Aproveitou para se vestir logo, usando as abotoaduras dos Vingadores e guardando as do Homem-Aranha para Calum e talvez mais um par para Jimin.


Quando Caleb voltou, tentou acalmar o filho enquanto via os convidados encher e a casa e logo a tenda. Ligou para Taehyung, confirmando o momento que deveria entregar Caleb ao Park e se juntar a Calum no altar.


— Fica calmo, ou eu vou começar a surtar também! — Jeongguk exclamou, abanando o rosto do filho com uma toalhinha.


— Não dá, papai! — exclamou de volta, respirando fundo. — Tô nervoso demais pra pensar em me acalmar.


— Então é melhor tentar, por que todos estão esperando você lá fora. — Jimin disse, sorrindo enquanto encarava os dois.


Caleb negou, tomando a toalhinha das mãos de Jeongguk e abanando o próprio rosto. Jimin balançou a cabeça, sentando-se ao lado do filho e alisando as costas dele.


— Quando casei com seu pai, foi um dia muito tenso pra mim também. — disse, vendo Jeongguk os observando enquanto pegava a toalhinha de volta. — Eu me senti nervoso, pensei em fugir e correr o mais rápido pra longe. — riu, encarando Jeongguk e o vendo revirar os olhos enquanto Caleb ria. — Mas então eu respirei fundo e fui, esperei seu pai no altar e quando eu o vi, nossa! Eu não quis mais fugir, eu quis correr e puxar ele pra perto de mim logo, porque eu não me vi mais sem ter ele do meu lado.


Jeongguk sorriu enquanto Caleb assentia e tentava não chorar de novo.


— Certo, eu tô legal agora, vamos nessa. — disse, respirando fundo mais algumas vezes antes de levantar. — Leva o Calum, papai, eu vou me casar agora.


Jeongguk assentiu rápido, abraçando Caleb forte antes de seguir até o quarto da frente e encarar Calum.


— Pronto? — indagou, vendo o Choi respirar fundo e assentir. — Então vamos.


Se perguntassem a Calum qual a imagem mais bonita que já viu na vida, antes ele responderia que era uma explosão de uma supernova, afinal ver uma estrela morrer para dar lugar a uma nova “galáxia” era deveras emocionante e lindo.


Porém, ver uma supernova não se comparava a ver Caleb caminhar em sua direção com os olhos levemente arregalados e brilhantes, era como se ele mesmo explodisse em um novo ser naquele segundo.


Esticou a mão, tomando a do amado e beijando seus dedos finos e longos. Nunca se sentiu tão bem antes, como se agora tudo estivesse encaixado nos cantos certos, agora tudo fazia sentido, cada sensação e cada frio no estômago.


— Eu amo você. — sussurrou, tocando as bochechas do noivo e o vendo sorrir.


— Eu amo você. — Caleb sussurrou, encostando a testa na do Choi.


A cerimônia começou segundos depois, mas o casal mal prestava atenção nas palavras que o cerimonialista proferia, estavam perdidos demais nos olhos um do outro, que transbordavam amor imenso e terno, Caleb se sentia finalmente calmo e em paz.


A troca de alianças foi a parte mais emocionante, ainda mais para os pais de Caleb, que tinham as mãos unidas nas costas enquanto assistiam Calum vestir o anelar de Caleb com a aliança.


— Você sempre foi minha luz, Ca, você sabe. — disse, encarando os olhos do mais novo enquanto deslizava a aliança pelo dedo alheio. — Não sabia qual rumo tomar na minha vida até você chegar e colocar tudo em ordem, claro, da forma mais bagunçada que conseguia. — riu, ganhando um tapa no peito. — E eu amei sua bagunça, mesmo ela batendo de frente com a minha arrumação exagerada. Amei como nossos jantares se tornaram campos de batalha e como no final dançamos na sala depois de dividir uma pizza. Amei como você trouxe vida a tudo que já parecia bom pra mim, em como a luz pareceu me rodear por mais tempo, mesmo quando estava escuro.


Beijou a aliança, logo depois a mão de Caleb e por fim o rosto, esperando o momento certo para beijá-lo de verdade.


Caleb suspirou, sorrindo pequeno enquanto pegava a aliança e colocava no anelar do Choi.


— Eu nunca fui bom falando, ainda mais porque sempre gaguejo. — riu baixinho, observando Calum concordar. — Mas eu nunca fui tão bom em dizer o quanto amo você, Ca. — sorriu, sentindo os olhos marejarem. — Nunca gaguejei, porque eu sempre tive a certeza do meu amor por você. E quando a gente esbarrou naquela rua, quando meu café espirrou na sua camisa e você riu ao invés de me xingar, senti cada pedaço do meu coração ascender. — beijou a aliança, depois a mão de Calum e sorriu. — Então amor é isso não é? Eu fico feliz que encontrei ele em você, nós ficamos. — tomou as mãos do choi, as colocando sobre sua barriga e sorrindo.


Calum arregalou os olhos e logo um sorriso enorme pintou seu rosto. Os convidados gritaram e bateram palmas, Hoseok fez questão de começar tudo, fazendo os noivos sorrirem entre o beijo.


— Enfim ele é meu! — Calum gritou, vendo Jimin estreitar os olhos em sua direção. Riu nervoso, coçando a nuca. — Nosso.


Caleb riu, puxando o marido para mais um beijo antes de correrem pelo corredor até a post de dança.


— Me concede a primeira dança, marido? — sorriu.


— Mas é claro, marido. — Calum sorriu de volta, ouvindo a melodia da música os cercar.


Jeongguk sorria num canto da tenda, vendo o filho dançar com o — agora — marido. Estava tão feliz, nem conseguia expressar o quanto estava contente com o casamento do filho com Calum. Sabia que o Choi cuidaria bem do seu menino, afinal ele já cuidava desde a faculdade.


— Ele cresceu rápido demais. — Jimin disse, entregando uma taça de champanhe a Jeongguk e sorrindo. — Não faz tanto tempo assim que ele corria por esse quintal, né?


— A gente tá velho. — Jeongguk suspirou, bebendo um longo gole e olhando para Jimin de esguelha. — Um mais que o outro.


Jimin riu e balançou a cabeça.


— Pra um coroa, até que eu tô bem. — piscou, fazendo o mais novo revirar os olhos e corar. — E você continua o mesmo, não igual, mas seu corpo… Uau.


Jeongguk mordeu o lábio, olhando  volta antes de encarar Jimin.


— Você ainda consegue me cansar. — riu baixinho, bebendo mais um pouco. Viu Jimin descer os olhos pra sua boca, e não sabia se era toda a saudade acumulada, mas se sentia como um adolescente cheio de hormônios de novo. — Você quer…? — apontou para uma saída, vendo o Park assentir.


Os dois saíram furtivos pela saída lateral, achando que ninguém havia os visto. Porém, do outro lado do salão um baixinho sorria grande enquanto um mais alto balançava a cabeça.


— Eu sabia, eles ainda se amam. — Junhwan disse, vendo Namjoon suspirar. — O amor é tão lindo, né chefe?


— É sim, agora vá cuidar das mesas que hoje você é garçom. — Namjoon mandou, fazendo o Kim mais baixa revirar os olhos e sair.


Do lado de fora, Jimin puxou Jeongguk para uma das árvores decorada com luzes, abraçando a cintura dele enquanto o beijava. Jeon sorria entre o beijo, tentando não deixar o Park bagunçar sua roupa ou seu cabelo.


Apertou os ombros do mais velho e foi deslizando as mãos até o cabelo do Park, apertando enquanto sentia a língua dele fazer carinho na sua. Gemeu baixinho quando a mão de Jimin apertou sua bunda devagarinho, massageando ao passou que rompia o beijo e mordia seu inferior.


— Ya, tira a mão daí seu safado. — sussurrou, mordendo o lábio enquanto via Jimin sorrir e negar.


— Deixa eu curtir você. — murmurou, beijando Jeongguk rapidamente. — A gente já transou, agora vai me negar isso? — indagou, apertando com força, fazendo Jeongguk fechar os olhos e suspirar.


— A gente transa uma vez e já quer se aproveita de mim? — indagou risonho, encarando Jimin. — Não, não safadinho, só namorando.


Jimin riu, assentindo.


— Então namora comigo? — questionou, vendo Jeongguk arregalar os olhos levemente e depois sorrir.


— Namoro, eu namoro sim. — murmurou, alisando a nuca de Jimin e sorrindo.


Jimin soltou uma risada baixa antes de beijar Jeongguk de novo, e de novo e mais uma vez. Enquanto isso, Caleb espiava ao lado de Calum da mesma saída que usaram para fugirem da festa.


O, agora, Choi sorria grande, sentindo o coração tão quente e feliz ao ver os pais daquela forma de novo. Era como antigamente, sorrisos e beijos e abraços.


— É, acho que esse é mesmo o segundo dia mais importante da minha vida. — murmurou, abraçando o Choi e deixando que ele o envolvesse com seus braços.



Notas Finais


Fim!
Eu não deixaria esses dois separados, amo finais felizes gente kkkkKKK
Becca, desculpa demorar tanto pra finalozar ela, mas vc sabe que foi difícil pra mim esse ano e espero que tenha gostado ❤

Link da thread das fotinhas do casamento pra ilustrar melhor: Confira o Tweet de @PKTTOO: https://twitter.com/PKTTOO/status/1077655575884980224?s=09


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