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História Os segredos da Ópera Garnier - O Fantasma da Ópera - Capítulo 40 - Uma perda irreparável


Escrita por: Lady_Rosalinda

Notas do Autor


Boa tarde gente, tudo bem?

Hoje vou postar dois capítulos em um só.

AVISO!!!!!!
Só avisando que vai ser um pouco bad, bad mesmo e pode ativar gatilhos. Não é nada com violência e a forma que abordei o fato que vocês vão ler é como eu sei por amigas conhecidas. Se eu estiver errada, por favor, me corrijam. E chega de suspense, vamos ver se o fantasma consegue se entender com sua amada Emma, depois do que ela descobriu sobre o passado.

E enviou para vocês um link de uma música que acho que combina com o sentimento que Emma está sentindo, já tem naquela lista de músicas que passei faz um tempão, em um dos primeiros capítulos dessa história.
link: https://www.youtube.com/watch?v=f12SjETW4eU

Capítulo 40 - Capítulo 40 - Uma perda irreparável


Então me diga, você pode guardar um segredo? Eu acho que me perdi
Tentando encontrar um significado escondido em todas as mentiras que você conta
Quando você acha que eu já disse o suficiente, me diga, eu vou morder minha língua
Mas você não acha que não vou me lembrar

Bad Omens, Burning Out (música do link da nota)

 

- Ele fez isso? – perguntou Emma, sentindo seu coração de apertar – Ele a deixou para morrer?

Caleb assente. Helene o olhou, repreendendo.

- Bem, ele não queria que ela morresse. Mas ao meu ver, isso já é bastante ruim – Caleb tenta justificar.

- Eu não consigo acreditar nisso ainda - digo, atônita - Eu não me vejo como ela. Parece algo distante de mim.

Caleb me fita, com compreensão.

- Eu sei que é difícil. E por isso havia pedido para ficar longe dele. Nada de bom poderia vir disso.

- Caleb - repreende Helene - Deixe que Emma decida o que é melhor para ela.

- Tudo bem, Helene - eu dou de ombros - Não posso acreditar nisso ainda. Penso agora que Erik tenha se aproximado de mim para ter seu perdão.

Caleb e Helene ficam quietos diante do que disse.

- Querida, ele realmente ficou arrependido do que fez - Helene diz, com um tom conciliatório - Tente entende-lo...

Caleb permanece calado, com um olhar sério.

- Eu acho que é demais para assimilar - digo, tentando ficar de pé. Sinto-me tonta e abalada pelos últimos acontecimentos. Caleb me segura - Poderia me levar para o quarto?

Ele assente e me despeço de Helene. Sua expressão é de dor. Ela sofre pelo amigo e eu por mal conhecê-lo. Sinto-me traída, como se Erik ao omitir aquilo tivesse pensado em me usar para se livrar da sua maldição. Mas, logo vem a imagem dele dizendo que me ama e fico confusa.

Caleb me deixa no quarto de visita e diz que passara mais tarde para ver como estou.

- Obrigada - sussurro.

Ele sorri para mim, da porta.

- Eu sempre vou estar aqui, Emma. Sempre que precisar - ele diz e fecha a porta.

Sinto meu peito doer. Por que não poderia amar um homem como ele? Menos complicado e sem segredos? Tento dormir, mas penso somente no que de fato descobri. Todos os meus os sonhos foram com Erik, todos os meus pesadelos, na verdade. Aquele homem era o cruel fantasma que todos falavam. Será que realmente ele estava arrependido? Será que realmente me amava como dizia? Seu coração realmente me pertencia ou ele só estava me usando todo aquele tempo? Sinto a dor invadir meu peito e choro. Choro até não ter mais lágrimas. Adormeço e fico assim por um tempo. Acordo e escuto a porta se abrindo. Helene está me fitando com ar preocupado. Caleb está atrás dela, também como a mesma expressão. Eles fecham a porta e olho para a parede. Não sei o que fazer agora. Não sei como lidar com aquelas informações. Durmo mais uma vez e deixo que inconsciência me leve.

Acordo com dores insuportáveis. Sinto meu ventre dolorido e algo úmido escorre por minhas pernas. Entro em pânico e afasto os cobertores. Dou um grito de dor. Há sangue impregnando os lençóis. Choro sem parar, pois sei que perdi meu primeiro filho. A porta se abre e Caleb entra. Ele se assusta ao ver aquilo. Ele para no lugar, sem saber o que fazer.

- Eu perdi meu filho - tento dizer, mas sei que minha voz sai incompreensível.

Ele se aproxima e me abraça. Choro em seu ombro e ele permite. Passa a mão sobre meus cabelos, com ternura. Murmura palavras de conforto em meu ouvido, mas não escuto. Apenas me sinto entorpecer pelo seu toque calmante. Helene entra no quarto e nos vê assim e não consegue esconder as lágrimas em seus olhos.

***

Os dias passam e ainda estou sem sair do meu quarto, depois do que houve. Não visitei Erik uma vez sequer e somente sei dele, porque Roan vem me ver e diz que Erik ainda não acordou. Não me importo com nada e não falo com ninguém. Roan segura minha mão todos os dias e ora em uma língua estranha. Vejo o quanto ele está triste por mim, mas não quero sua piedade. Toda minha vida é um desastre. Desde de que tive aqueles pesadelos. Todo aquele tempo convivia com um monstro. Apesar de Helene tentar amenizar as ações de Erik, ela não consegue entender que vi a dor de Elise ao ser trancada e usada pelo fantasma. Como posso confiar naquele homem que diz me amar? E há o fato de ter perdido meu único filho. Aquilo me corroía a alma e chorava constantemente. Saí somente uma vez, acompanhada de Helene. Havia feito um ultrassom em um hospital de Paris e foi constatado que sofri um aborto. Não havia esperanças e não queria viver. Fiquei na mansão de Roan, mas precisava seguir meu caminho, uma hora ou outra.

Caleb resolveu todos os problemas burocráticos. Ele vinha conversar comigo e pedi a ele que se desfizesse da casa na Califórnia. E ele fez isso, sem reclamar. Ele também já havia conversado com meu pai e dito que eu estava em um mochilão pela Europa. Já havia dito isso a muito tempo. Contudo, eu deveria ligar para ele, mas minha vontade era nula. Não queria contato com ninguém.

Uma semana se passou e não sentia forças para sair daquele quarto. Escutei a porta se abrir e alguém sentou ao meu lado, na cama.

- Não quero conversar. Vá embora - digo, sem me virar.

Provavelmente era Caleb ou Helene. A pessoa se deita ao meu lado e passa a mão na minha cintura, cheirando meus cabelos. Somente uma pessoa fazia isso. Meu coração disparou ao sentir seu toque.

- Meu amor - Erik sussurra - Eu sinto muito. Não sabe a dor que estou sentindo por isso.

Sua voz é embargada. Sinto sua sinceridade. Me viro para ele, tentando encontrar vestígios do mesmo monstro que aprisionou Elise. Mas o que via era apenas seus olhos escuros e suas cicatrizes. Lágrimas banhavam seu rosto e não pude não em comover. Beijei seus lábios e ele retribui com sofreguidão. Nos abraçamos com força, chorando pelo filho que não teríamos. Pelo futuro que perdemos. Ficamos assim, em silêncio, com nossas respirações se misturando. Mas, sinto a dor no peito incomodar. Eu não consigo confiar nele.

- Precisamos conversar - eu digo, me afastando.

Ele me olha com surpresa, tentando me puxar para ele. Eu levanto e o olho com seriedade. Ele sent. Está incrédulo.

- O que foi, minha bela? - ele pergunta, hesitante.

- Quero a verdade de você - digo - O que você vem fazendo todos esses meses que disse que estava saindo a trabalho? - solto a pergunta. Quero saber até onde ele vai com as mentiras.

Ele parece nervoso e desvia o olhar.

- Trabalhando, como sempre. Por que o interrogatório, meu amor? - ele pergunta, com tom agudo.

Suspiro. Se ele não fosse sincero, como poderia confiar nele?

- Erik, há coisas que você vem escondendo tempo demais - eu digo e ele se encolhe - Eu sei que você não estava trabalhando. Eu sei que você estava procurando sua vingança. E veja o que isso nos custou.

Ele bufa, irritado, passando as mãos pelos cabelos negros.

- Isso que aconteceu com você é minha culpa? - ele pergunta, magoado -  Eu somente queria proteger nossa família. Queria afastar Alissa de nós...

Coloco as mãos em meus ouvidos.  Não desejo mais ouvir suas justificativas.

- Você é um egoísta - esbravejo. Ele encolhe e me fita com magoa - Você só estava pensando em sua vingança, não em nós. Por que não deixou que Roan resolve isso? Por que não deixou outra pessoa ir atrás dela?

Ele se levanta e anda de um lado para o outro.

- Isso não faz nenhum sentido, Emma - ele diz, irritado - Alissa estava atrás de mim e viria de qualquer maneira. Eu não poderia ficar parado sem fazer nada. Por Deus, acha que sou um covarde?

Eu sinto minha garganta se fechar.

- Eu acho - solto e me arrependo ao ver seu olhar de dor - Eu acho pois você torturou uma mulher porque não tinha o amor da sua vida.

Ele retesa e parece surpreso.

- O que quer dizer? - ele murmura.

- Quero dizer que sei a verdade sobre Elise - respondo, com rispidez - Por que fez isso, por que a deixou morrer? Quantas mentiras você já me contou, Erik? Será que posso confiar em você ou é o monstro que todos dizem?

Eu havia ido longe demais. Erik me olhava com um misto de raiva e decepção. A luz que estava acesa do quarto apagava e acendia. Senti o vento percorrer meu corpo, como se a janela estivesse aberta. Tive medo e me afastei, indo para a porta. Antes de sair, ele disse:

- Esperava ouvir isso de qualquer um, mas não de você - ele diz, taciturno.

Afasto-me e procuro a saída da mansão. É noite e estou apenas de camisola. Sinto o vento gelado congelar meu corpo. Mas não me importo. Sento em um banco em frente a um canteiro de rosas e sinto lágrimas quentes descerem por meu rosto.


Notas Finais


Gente, só para explicar, Emma já estava muito mal, antes de perder o bebê, como a história está sendo narrada por ela, as vezes ela não conta o que está havendo de fato. E abortos espontâneos acontecem. E isso aconteceu com ela, pois a história terá uma grande reviravolta no final. Espero que não queiram me matar, mas se sim, sinto muito ahusahushausasua
Eu nunca passei pelo que essa personagem passou, mas sei por muito gente que isso é horrível e muito triste. Então, sinto muito se alguém está lendo isso passou por essa situação. Não sei nem o que dizer, só peço a Deus que conforte você que deve ter passado por isso.
Enfim, obrigada a quem leu até o final.


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