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História Os Segredos de Peter Maximoff - Família Maximoff


Escrita por: AFM17

Notas do Autor


Olá, leitores, sejam bem-vindos a mais um capítulo!

Obrigada a todos que acompanham, especialmente aos que comentaram o último capítulo: ariM, BelaFanfics, Rose900, Nerd-19, LauraHanJin e ForeverNejiTen.

Tenham todos uma ótima leitura ^^

Capítulo 16 - Família Maximoff


Fanfic / Fanfiction Os Segredos de Peter Maximoff - Família Maximoff

-Você é um idiota! -disse Peter sentado à mesa onde a poucos instantes jogava xadrez com Erik.

-O que foi que você falou? -Erik perguntou.

-Ficou surdo?

-Não me digam que já estão brigando de novo -Charles falou se aproximando.

-Não se meta, Charles -Erik disse encarando Peter.- Repita o que você falou.

-I-D-I-O-T-A -Peter repetiu lentamente.- Entendeu agora?

-Eu vou matar esse garoto -Erik falou agarrando Peter pela camisa.

-Erik, já chega! -Charles disse puxando a braço do amigo, fazendo com que este largasse Peter de volta à cadeira.- Por que não me explicam o que aconteceu com calma e sem violência?

-Ele me colocou de castigo e eu o chamei de idiota -Peter falou colocando os pés sobre a mesa.

-Só é pai dele há uma hora e já o colocou de castigo?

-Isso é um assunto de família, Charles, não se meta. E tira esse pé daí -Erik disse encarando Peter.

-Me interessa se você está prestes a matar um adolescente na minha escola.

-Não pretendo mata-lo, apenas lhe ensinar uma lição.

-Percebeu o quão imprópria a hora é? Acabou de descobrir que tem um filho. O momento não é de brigar e sim de tentar construir uma relação saudável com ele.

-Mas eu já não gostava dele antes de descobrir que ele era meu suposto pai -Peter falou intrometendo-se.

-Fica quieto! -Erik ordenou.

-Por que você fica tentando mandar na minha vida, hein?

-Porque se eu não mandar nela, eu acabo com ela!

-Acalmem-se, os dois -Charles interviu.- Vamos esquecer dessa desavença. Vejo que vocês dois estavam jogando xadrez junto, isso é bom, não é?

-Não -respondeu Peter.- Não levo talento algum pra coisa.

-Mas é treinando que se aprende. Quantas partidas vocês jogaram?

-Umas doze.

-E quantas Erik venceu?

-Umas doze.

-Tudo bem -disse Charles suspirando.- Vocês devem ter algo que gostem de fazer em comum.

-Xadrez com certeza não é -disse Peter.- Acho que gostamos de brigar. Isso nós fazemos muito bem.

-Brigar não é uma opção. Todos calmos? Vamos fazer um lanche? -indagou para os dois, que apenas bufaram virando a cara.- Vamos lá, garotos, vocês são melhores que isso. Peter, bem ou mal, Erik estava sendo gentil com você ensinando-o a jogar xadrez, você não acha? Chamá-lo de idiota não foi legal. Que tal um pedido de desculpas?

-Por que eu que tenho que pedir desculpas?

Peter -disse Charles entrando na mente do garoto.- Você é um bom garoto, sei que sabe pedir desculpas. Erik não sabe. Ao invés dele se desculpar comigo, quase começou a terceira guerra mundial sozinho só porque não quis pedir ajuda. Vamos, você é superior a isso.

Tá.... -Peter respondeu mentalmente.

-Desculpe por ter chamado você de idiota -Peter disse a Erik.

-Tudo bem.

-.....Na sua frente -Peter completou.

-O que foi que você disse? -Erik indagou já voltando a ficar furioso.

-Ele pediu desculpas e você aceitou. Então estamos todos bem, não é? -disse Charles tentando apaziguar os ânimos.

-Tanto faz -disse Peter se levantando.

-Para onde você vai? -indagou Erik.

-Para o banheiro, quer um relatório do que eu vou fazer lá?

-Não esqueça que nós iremos para a casa de sua mãe!

-Você não muda nunca, não é mesmo? -Charles disse encarando Erik quando Peter desapareceu num veloz vulto.

-Esse garoto me estressa.

-Agora você sabe como eu e Raven nos sentimos ao seu lado.

-É diferente, ele é cabeça dura, chato, não aceita que esteja errado....

-Ainda estou tentando encontrar uma diferença entre os dois.... -disse Charles pensativo.- Prossiga.

-Enfim -Erik disse suspirando.- Eu só não sei lidar com ele. Quando tive Nina foi mais fácil. Era menina. Meninas costumam ser mais centradas e gentis. E, além do mais, eu a criei desde o dia que nasceu. Peter é um estranho pra mim.

-E você pra ele, meu amigo. Garanto que ele está tão confuso quanto você. Mas ele pelo menos tem a desculpa que é um adolescente. Você, velho amigo, já passou da idade de fazer birra. Agora vá atrás dele porque não duvido nada ele já ter escapado de você.

..................................................

Erik procurou Peter por toda escola, mas não o encontrou.

-Não acredito que deixei aquele moleque escapar! -disse quando Jean passou pelo corredor.- Jean!

-Ah, oi professor? Precisa de algo?

-Você viu Peter por aí?

-Não. Está procurando por ele?

-Sim. Já revirei toda a escola.

-Toda mesmo?

-Sim.

-Tem certeza?

-É claro!

-Procurou no quarto dele?

-Não.....

-Às vezes os lugares mais óbvios são os mais prováveis.

..........................................

No quarto, Peter se encontrava deitado lendo revistinhas em quadrinho enquanto Ororo estava sentada na janela.

-Por que não resolve essa situação de vez com seu pai?

-Ele não é meu pai. É só um babaca.

-Eu sou o quê? -Erik perguntou entrando de repente no quarto, fazendo Ororo pular de susto.

-Desculpe -Peter falou jogando a revistinha de lado e se levantando.- Não gosto de falar pelas costas. Você é um babaca! -disse encarando os olhos de Erik.

-Acho que já vou indo -Ororo falou correndo do quarto.

-Você demorou. Achei que só tivesse ido ao banheiro.

-E fui. Tenho a obrigação de viver lá pra sempre?

-Foram dez minutos.

-Sério? Pareceram dez anos -Peter disse voltando a deitar-se na cama.

-Olha, vamos parar com essas briguinhas bestas que isso não leva ninguém a nada, ok?

-Se você diz -Peter falou abrindo a revistinha.

-Nós só brigamos. Será que não podemos dizer coisas legais um para o outro?

-Ontem quando olhei pro lixo lembrei de você.

-Quando o conheci achei você super bacana. Ainda me lembro que estávamos fugindo de uma prisão de segurança máxima e você estava tranquilo e curtindo a situação. Por que está tão chato agora?

-Gosto de experimentar diferentes estados emocionais.

-Ok. Vamos, levanta, vamos até a casa da sua mãe.

-Não.

-Desculpe, eu comecei a frase com “por favor”?

-O que te faz achar que eu não vou fugir? Enquanto você pisca o olho, eu já posso estar chegando no Egito.

-Porque se você não for logo, eu vou infernizar sua vida até você ir.

-Pois então eu vou embora dessa escola!

-Não vai não. Você gosta daqui. E enquanto ficar eu vou infernizar a sua vida até você me levar até a sua mãe.

-Tá.... -disse Peter a contragosto.- Mas vamos rápido que eu não quero sofrer por muito tempo.

-Nós vamos do modo tradicional. No meu carro.

-Mas eu chego lá em um segundo.

-Eu sei, mas quero que conversemos a caminho.

-Pra quê?

-Sou seu pai, quero conhecê-lo melhor.

-Para de dizer isso! É estranho, cara. Você é só o doido que tentou acabar com o mundo. Não fica espalhando por aí que é meu pai não -Peter falou seguindo para a porta.

.....................................

No carro, Erik dirigia enquanto Peter encarava o ensolarado dia pela janela.

-O que você pretende falar com ela? -o garoto perguntou enquanto colocava os pés sobre porta-luvas.

-Tira o pé daí -Erik resmungou.- Sinceramente? -disse suspirando.- Não faço ideia. Mas quero uma explicação de eu ter dois filhos.

-Ela vai dizer que você que foi embora, largando ela com duas pestes e eu não dou nem dois segundos pra ela pegar um vaso e acertar na sua cabeça.

-Então ela continua a mesma de sempre? -Erik disse com um sorriso no canto da boca.- Me fale sobre casa que você cresceu.

-Ela é egal -disse Peter dando de ombros.

-Legal como você?

-É só uma casa. Nunca morou em uma na infância?

-Morei num campo de concentração nazista na infância.

-Foi mal.

-Foi lá que eu conheci sua mãe, sabia?

-Sabia que ela tinha estado lá. Ela não gosta muito de falar sobre essa parte do passado.

-Ninguém gosta -Erik falou desviando sua atenção para os números tatuados em seu braço.- Apesar dela não ser uma mutante, ela sempre foi bem forte. Uma vez deu um golpe com a cabeça num guarda nazista. Tenho certeza que partiu o cérebro dele -disse fazendo Peter rir.

-Meu corpo conhece um pouco dessa força bruta dela. Um dia ainda despejo nela todos os meus traumas por ter apanhado pelos meios mais incríveis e dolorosos possíveis.

-Por que não fala logo?

-Acho que vou deixar para quando estiver velho e decrépito porque já vou tá perto de morrer mesmo.

-Uma relação tem que ser baseado na sinceridade. Devia conversar com sua mãe se o jeito dela incomoda você. Posso ajudar. Do que precisa?

-Vontade de morrer. Ficou louco? Vou morrer com essa mágoa. Tenho que respeitar minha mãe se quiser prolongar minha estadia nesse planeta. Medir cada palavrinha antes de falar. É muita pressão.

-Também não precisa desse exagero todo -Erik disse sorrindo.- Ela ama você. Do jeito violento dela, mas tenho certeza que ama. Aposto que ela ficará feliz em vê-lo hoje.

-É, supondo que ela abra a porta.

-Por que ela não abriria?

-Da última vez que estive em casa quebrei o vaso favorito dela. Naquele momento eu vi o cão ganhando a forma de gente. No caso, a forma da minha mãe.

-É aqui? -Erik perguntou estacionando em frente a uma caixa de correio identificado com o nome de Maximoff.

-É. Acho que ela ainda não chegou do trabalho.

.....................................

Dentro da casa, Erik olhava os porta-retratos com as fotos de Magda com os filhos enquanto Peter assistia televisão comendo pipoca.

-Parece que você teve uma infância muito feliz.

-É, sem contar com as surras até que deu pra ser feliz.

-Não acredito que aquele imbecil teve a audácia de.... -Magda falou entrando na casa e parando ao se deparar com Erik em sua sala.- Erik? O que faz aqui?

-Bom... eu vim... -Erik disse gaguejando encarando a mulher.- Por que está coberta de sangue?

-Ah, sim -ela disse olhando para a blusa ensanguentada.- Não é meu.

-Não sei se isso melhora a situação.

-Um idiota tentou me assaltar.

-Mãe, tá doida de reagir a um assalto?

-O ladrão que foi doido de ter a audácia de tentar levar minha bolsa.

-Não sabia que a senhora andava armada.

-Não tem como não, querido. Os punhos nasceram pregados no meu braço.

-Esse sangue todo veio de uma briga à mão? -Erik perguntou surpreso.- Está mesmo tudo bem?

-Comigo sim. Com ele já não posso afirmar o mesmo. Vou lá em cima trocar a blusa. Volto em um minuto -ela disse subindo as escadas.

-Ainda dá tempo de fugir, a porta tá aberta -disse Peter.

 

 

 


Notas Finais


Obrigada por ler!
Se possível, deixe seu comentário ^^


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