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História Os Segredos de Um Bruxo - Capítulo 1: O novato


Escrita por: Redhaiir

Notas do Autor


Primeira fanfic de Harry Potter, espero que gostem. ^-^

Capítulo 1 - Capítulo 1: O novato


Fanfic / Fanfiction Os Segredos de Um Bruxo - Capítulo 1: O novato

O começo do ano letivo para Harry Potter sempre foi uma das melhores coisas que podem acontecer na sua vida, não precisaria aguentar as reclamações diárias de seus tios Dursley por um tempo e finalmente encontraria seus amigos depois de um longo período de recesso escolar. O Ensino Médio chegara e Harry estava ansioso para começar a nova e mais puxada etapa de feitiços, as poções mais perigosas, aulas de voo mais arriscadas e principalmente se inscrever para a liga de quadribol, onde apenas alunos a partir do primeiro ano do ensino médio poderiam concorrer.  

A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts é oriunda dos mais poderosos bruxos que já existiram. Harry, por sua vez, nasceu com o dom da magia herdado por seus pais, nos quais infelizmente foram assassinados por um bruxo poderoso que, até então, ninguém ousou pronunciar seu nome.

Harry mora com seus tios Dursley, em Little Whitning, na cidade inglesa de Surrey. Seus tios sabiam de sua linhagem bruxa, mas não aprovavam seu envolvimento com a magia, muito menos os anos letivos em Hogwarts. Por eles, negariam todos os ensinos bruxos a Harry e só o manteriam dentro de casa para exercer as atividades domésticas, mesmo alegando que a existência de Harry ali era um fardo e que ‘’ocupava mais espaço na casa’’, segundo seu primo Duda, com quem vivia em constante implicância.

Seu tio Valter, um senhor incompreensível e extremamente avesso ao mundo mágico, prefere acreditar em algo que faça realmente sentido, ao invés de enxergar a magia à sua frente. Ele pressionava o menino como quem dissesse que fora daquela casa não teria nada nem ninguém que pudesse cuidar dele e que deve por todos os anos que estão cuidando do garoto. Já sua tia Petúnia apenas estava ali, era a que menos criticava, mas mesmo assim não deixava de lado a história de que sua irmã era bruxa e o quanto isso era vergonhoso para a família.

Tio Valter sempre fora esperançoso em que Harry desistisse dessa ideia maluca sobre magia. Olhou insatisfeito para ele que estava descendo as escadas com suas malas, ‘’ora garoto, quando irá esquecer dessa maluquice?’’, disse em um tom ríspido enquanto via o ‘’servente da casa’’ alegre com um sorriso no rosto.

Tentou se despedir, mas a única coisa que recebeu foi uma porta fechada abruptamente a sua frente. ‘’Bom, então vamos para mais um ano letivo’’, pensou ele tentando ignorar o fato de que seus tios o desprezavam e ainda não tinha entendido o porquê.

Com uma enorme mala e a gaiola com sua coruja Edwiges que, claro, não poderia esquecer, Harry foi a caminho da estação King Cross para a passagem que dá à conhecida Plataforma nove e meia, onde bruxos e bruxas pegam o trem a caminho de Hogwarts. Estava acostumado a ir lá sozinho, então, faltando poucos minutos para embarcar, subiu no trem e sentou-se em alguma cabine.

_Nossa Rony, eu não acredito que você ainda anda com esse rato nojento. – Harry ouviu uma voz conhecida fora da cabine e ficou extremamente feliz por já identificar de quem a pertencia.

_Ele tá na minha família há doze anos! É como se fosse meu irmão, Hermione.

_Ah me poupe, é um rato... Harry! – a garota com cabelos ondulados passou pela cabine onde Harry está e saiu em disparada para abraçar seu amigo.

_Hermione! Rony!

_Oi Harry! – o famoso ruivo com cabelos desgrenhados apertou a mão de Harry e o abraçou com força, faz alguns meses que não se viam e estavam morrendo de vontade de matar a saudade e por o papo em dia.

Após os cumprimentos e a moça do carrinho de guloseimas ter passado para os três amigos continuarem com o legado de se encherem de doces no caminho para Hogwarts, Rony, com a boca cheia de tortinha de abóbora, se virou para os amigos e falou:

_Vocês estão sabendo do novato?

_Que novato? – Hermione pergunta em meio a lambidas em um pirulito transparente vermelho que se diz com sabor sangue.

_Me disseram que um aluno foi transferido para Hogwarts, boatos que é mais um daqueles com família ricaça que se diz ‘’puro-sangue’’.

_Ah eu soube. – Hermione dá mais uma lambida no pirulito. – Boatos também de que foi expulso da antiga escola, repetiu o primeiro ano e vai fazer lá em Hogwarts.

_Como eu não soube disso? – Harry fica perplexo porque é sempre o último a saber das fofocas. – Mas pouco me importa, não pretendo nem me aproximar dele então.

_Provavelmente vai parar na Sonserina e encher o saco de todo mundo como sempre fazem.

_Nossa Rony, não seja assim.

_Mas Hermione, pensa só, ele vai fazer o primeiro ano com a gente! E a Sonserina sempre apronta também.

_É só fazer como falei, não se meter com ele que vai ficar tudo bem. – Harry apenas dá de ombros com aquela situação. É fato que nenhum sonserino curte ele, e que também não curte nenhum sonserino, mas todo dia tenta, mesmo que algumas de suas tentativas sejam valhas, manter-se livre de problemas, a não ser que o assunto seja quadribol já que, segundo ele, a Sonserina sempre rouba nos jogos e é algo que o deixa extremamente fora de si, além dos constantes episódios de bullying que acontecem na escola, fazendo parecer com que os professores estivessem ‘’cegos’’ perante a isso. 

Após chegarem, todos se dirigem ao grande salão principal. Harry estava empolgado com o início do ano, principalmente Hermione, que não parava de dizer o quanto seria excitante as aulas já que estarão em um nível mais avançado, o que não deixa Rony nenhum pouco contente. A cerimônia de boas vindas aos novatos começou. Haviam centenas de velas voadoras, alguns fantasmas circulando o lugar, bandeiras das quatro casas e enormes mesas tão grandes quanto aquele salão. Harry, Rony e Hermione, já com suas longas vestes negras, sentaram-se a mesa, felizes por encontrarem Neville, Simas, Dino e outros amigos grifinórios.

_Bem vindo alunos calouros e veteranos! – Alvo Dumbledore, o diretor da escola, surgiu em frente ao palanque e exclamou em voz alta. – É com imenso prazer que os recebo em mais um ano letivo! Vamos começar a cerimônia atribuindo cada calouro à sua respectiva casa, depois, peço que fiquem a vontade para desfrutar o delicioso banquete. Que tenham um ano repleto de conhecimento e prosperidade nos estudos!

O salão é ecoado pelas palmas dos alunos. Em particular, os alunos do primeiro ano estavam muito empolgados com o início da sua vida no ensino médio, com os diversos desafios e níveis mais avançados de magia, assim como os alunos terceiranistas, empolgados para, enfim, estarem em seu último ano, prontos para se formarem oficialmente no universo bruxo.

A professora Minerva Mcgonagall preparou o enorme chapéu seletor para que os alunos calouros fossem atribuídos a cada casa. Após alguns nomes, um em especial chamou a atenção de Rony e Hermione. Draco Malfoy foi pronunciado, os amigos se entreolharam de canto, parecendo com que um pudesse ler a mente do outro. O sobrenome Malfoy é bastante conhecido pelos bruxos e até um tanto temido, agora o boato do tal ricaço "puro-sangue" fazia sentido, pensou Rony.

_O que há com vocês? – Harry perguntou depois de ter notado a inquietação dos amigos.

_Malfoy... – indagou Hermione.

_O que tem?

Um garoto loiro, pálido quase albino, vestes negras neutras e uma expressão intrigante no rosto que deixou Harry curioso. Aquele garoto esbanjava um ar sinistro que todos ficaram um tanto retraídos. O chapéu seletor quase não encostou em sua cabeça e já gritou ‘’Sonserina!’’, seguido dos aplausos de seus alunos do outro lado do saguão. Ele levantou-se da cadeira e foi em direção à grande mesa, Harry não podia parar de notar aquele jeito esnobe do garoto, isso é algo que o deixava raivoso, não parecia ser mais um dos sujeitos egocêntricos que frequentavam aquela escola, ele parecia diferente, não sabia o quê, mas sentia uma sensação estranha, um tipo de sensação ruim que o estava deixando inquieto, mas apenas concentrou-se e falou a si mesmo que não cruzaria seu caminho com ele, estava no começo do ano letivo e não queria estragar tudo por conta de mais um esnobe que chegou agora.

Após a cerimônia, o baquete foi servido e, ao final, o diretor ordenou que todos os calouros fossem para suas respectivas casas vestir seu traje específico, teriam uma hora livre antes de começarem suas primeiras aulas. Os monitores acompanharam os calouros até suas salas comunais, os veteranos estavam livres para circularem pelo castelo e esperarem as aulas.

O primeiro ano começaria com a aula de transfiguração, deixando Hermione ainda mais animada, era uma de suas matérias preferidas, apesar de ter dúvidas quanto sua preferência já que gostava de todas... Menos adivinhação. Não via o menor sentido em ler borras de café ou usar uma bola de cristal para prever o futuro.

Meia hora se passa e os três amigos estavam matando tempo perambulando pelo enorme pátio da torre do relógio, até que Rony decide expressar sua indignação com certa pessoa.

_Não fui com a cara daquele novato.

 _Não deveríamos julgá-lo pelo sobrenome dele, Rony. Talvez ele seja diferente.

_Acorda Hermione. Já chega a ser clichê um Malfoy na Sonserina, não seria surpresa se fosse outro babaca.

A garota dos cabelos ondulados apenas bufa, ela odeia ser contrariada. Não gosta desse preconceito que as outras casas têm pela Sonserina, apesar de que não é de negar de que eles frequentemente arrumam encrenca, principalmente com Grifinória. Não nega também que a maioria dos bruxos maus são sonserinos, mas acredita que deve haver alguém que não seja assim, diferente do que pensa Harry e Rony.

_Mas o que tem essa família Malfoy?

_Harry, não é possível que você conviva tanto com os trouxas pra não saber que a família Malfoy não passa de uns mesquinhos metidos a besta. Até a Hermione que leva uma vida dupla trouxa sabe. – ele ri para implicar com a amiga.

_Eu me orgulho da minha família trouxa tá! Ao menos não temos cabeças de abóbora.

_Certo, agora você pegou pesado.

Eles riem, mas o momento de descontração foi impedido por um alvoroço que escutaram em uma parte escondida atrás de um pilar próximo. Harry, curioso, se aproximou para saber o que poderia ser. Três garotos estavam rindo enquanto um outro se contorcia no chão e vomitava algo nojento, pareciam lesmas gigantes saindo de sua boca.

_Olha a cara dele! Que nojento! – um cara alto, quase pálido e cabelos loiros não se controlava ao rir da situação. Harry reconheceu na hora, era Draco, mal começou o ano e já estava aprontando. Ao lado dele estavam mais dois garotos, um tanto robustos e com um semblante bem idiota, ao vê-los, Harry rapidamente se lembrou de seu primo Duda, seria impossível não notar essa semelhança.

_Se os boatos sobre ter sido expulso forem verdadeiros, agora já sei o motivo. – diz Rony contorcendo o rosto enquanto via o garoto no chão colocando várias lesmas para fora de sua boca.

_Ele está em Hogwarts por menos de um dia e já lançou o feitiço de cara-de-lesma em alguém?! Eu não consigo ver isso! – Hermione escondeu seu rosto contra o peito de Rony, não conseguia ver aquilo sem sentir um refluxo.

_Parece que já até fez amigos. Vamos, Harry, vamos sair daqui antes que nos vejam.

_Ei!

_Ah, eu não acredito.

Harry muitas vezes pensou antes de fazer alguma burrice, mas dessa vez foi diferente, sentiu que não poderia deixar aquilo passar. Não sabia se estava mais farto pelo bullying que alguns alunos faziam, ou pelo fato de que professores deixavam isso acontecer. Harry sabia que nenhuma das outras casas eram isentas de alunos metidos a ‘’valentões’’, mas a Sonserina, ao seu ver, poderia ser a campeã por causar incômodos. O que o deixou mais zangado e pronto para se meter no que estava acontecendo era que não poderia aturar que um aluno novato que mal chegou à escola já pudesse causar perturbações com os outros, ainda mais com alguém de menor.

_Ei, deixa ele em paz! – ao ouvir a voz de Harry, Draco imediatamente parou de rir e se voltou para ele com uma expressão de deboche.

Draco tem um semblante que Harry nunca tinha visto na vida, nem de seu primo Duda ou os outros valentões que já teve que aguentar. Ele esbanjava um ar de superioridade que dava para notar de longe, mantendo o nariz empinado que só o deixava mais ridículo para Harry. A expressão de deboche já parecia fazer parte de suas feições. Ele chegou bem perto de Harry como se quisesse intimidá-lo.

_Olha o que temos aqui, rapazes. – os gorduchos atrás de si começaram a caçoar.

_Por que você não se mete com alguém do seu tamanho?

_Parece que temos alguém querendo bancar o herói. Suma daqui antes que comece a vomitar lesmas igual a esse idiota.

_Harry! Saia daí! – Rony tentou chamar atenção para que Harry não se metesse em alguma encrenca.

_Unh... – Draco, com um sorriso debochado no rosto, se virou para Rony e exprimiu seus olhos como quem quisesse enxergar melhor o que estava vendo. – Cabelos ruivos, vestes de segunda mão, você deve ser um Weasley. Ouvi falar que mora debaixo da ponte, é verdade?

_Não fala assim com ele!

_Deixa ele, Hermione, não vale a pena.

_Ah, então era de você quem estavam falando na sala comunal? Hermione Granger, a sague-ruim que se acha a maior nerd da escola, mas não passa de uma exibida.

_Escuta aqui seu... – antes de pudesse terminar de falar, Harry percebeu que Rony havia fechado seu punho e o impediu de avançar para cima de Draco, entrando à sua frente.

_Ei, não fala assim com meus amigos! – Harry respirou fundo e tentou cumprir o que prometeu sobre não se meter em encrencas, ainda mais com o garoto que falou para si mesmo que nem cruzaria o caminho. - Apenas solta ele, não deve ser nem do nono ano, eu cuido dele.

O loiro lançou um olhar curioso e encarou Harry por alguns segundos, até que fez um movimento com as mãos para liberarem o menino.  

_Vou ficar de olho em você, garoto.

_Harry Potter. – disse em um tom ríspido sem desgrudar os olhos com os do sonserino.

_... – Draco parou por alguns instantes, pensativo, a verdade é que já ouviu aquele nome antes, mas não fez esta menção. Harry ficou meio curioso, perguntando na sua cabeça se Draco já ouvira falar dele também, assim como os outros. –... Nos vemos por aí, Potter. – ele anda e os garotos atrás dele o acompanham, um ainda deu uma empurrada de ombros com Harry e seguiram sem olhar para trás.

_Pirou de vez, Harry? – disse Rony inconformado.

_Vamos levar ele pra enfermaria, Madame Pomfrey vai saber o que fazer. – diz Hermione.

Após surpreender por ter enfrentado o novato, Harry explicou que aquele impulso foi mais forte que ele, o obrigando a fazer alguma coisa. Ele realmente não queria se intrometer, mas sentiu que dessa vez seria diferente. Em caminho até a enfermaria, constantes palavras de agradecimento em meio a vômitos de lesmas eram pronunciadas pelo garoto.

Harry, Rony e Hermione se apressaram para a primeira aula de transfiguração, mas Harry percebeu que Hermione ainda não estava bem. O xingamento de Malfoy a afetou bastante, tanto que ficou retraída após o incidente. Harry estava decidido que não iria mexer com aquele garoto, mas não poderia aguentar ver seus amigos sendo atazanados por ele novamente, se nenhum professor fizer algo contra isso, alguém precisaria fazer e Harry temia que pudesse ser ele. 


Notas Finais


Obrigada por lerem! Até o próximo capítulo! o/


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