História Os segredos de Varsóvia ( Malec) - Acerto de contas

O homem que não honra a família não é um homem.

Alexander Lightwood.

Há um ditado popular que diz " saber demasiado é envelhecer precocemente." E eu o entendia como brasa na pele, quanto mais próximo eu estava do palanque para fazer meu anuncio como líder da Bratva, mais longe eu estava do homem que abalou minhas estruturas. Recém recuperado da luta contra meu pai eu ainda me sentia confuso.

Eu ainda tinha lembranças felizes com Robert, aquele corpo inanimado, que um dia já teve vida, era o meu pai. O homem que me ensinou jogar bola e xingar uns palavrões enquanto bebíamos Vodka pura no auge dos meus quinze anos. No entanto, as poucas lembranças boas cada minuto se apaga mais quando lembro de tudo que ele já fez.

Ele me ensinou a ser ruim. Eu reaprendi a ser bom.

- Façam silencio, nosso líder irá dizer algumas palavras._ Disse Jace me dando apoio moral.

- Como todos sabem meu nome é Alexander Lightwood, atual líder da Bratva, sei que muitos tem dúvidas quanto a morte de meu pai, no entanto, pretendo ser um líder melhor do ele um dia já foi. A Bratva é uma irmandade, construída pela lealdade, e por isso, como seu líder vou olhar por vocês. A partir de hoje as mulheres tem direitos igualitários aos homens nesta irmandade, e os relacionamentos homoafetivos serão bem vistos._ Declarei.

Muitas pessoas não concordaram com meu discurso, porém nenhuma teve coragem de me responder a altura, por isso desci do palanque e fui para o meu escritório, sentei em minha cadeira confortável e me permiti lembrar dos dias que tive meu Mags em meus braços. A essa altura do campeonato todos sabem dos rumores de sua gravidez, por isso eu deveria me manter longe.

- Cara! Eu só te vejo pelos cantos, aproveita que está tudo calmo e vai atrás dele._ Disse Jace se jogando em uma cadeira qualquer.

- Ele está mais seguro enquanto o boato não for confirmado._ Avisei.

- Seguro mesmo ele vai estar em seus braços, a doutora Seelie ligou pedindo uma fortuna e confirmou o boato, pelas contas dela, o bebê pode ser tanto seu quanto do Wang._ Disse me analisando.

- Chame minha mãe, vocês dois estão no comando._ Avisei indo arrumar minhas malas.

Me espere Magnus.

Eu vou cuidar de você e do nosso bebê.

- Irmão, e se..._ A cortei.

- A criança é minha!_ Exclamei irritado quando Isabelle se aproximou com cautela. 

Peguei minha mala e embolei as roupas rapidamente, sorrindo ela tirou da mala e dobrou as roupas com carinho, quando acabamos de arrumar eu a puxei para um abraço apertado.

- Eu tenho tanto orgulho da mulher que você é._ Afirmei e ela sorriu emotiva.

- Também me orgulho de você._ Respondeu chorosa.

Logo o Max e a mamãe entram em meu quarto e a sessão de abraços começaram, eu estive tempo de mais cego que deixei de lado minha própria família.

- Eu amo vocês._ Declarei antes de sair correndo do meu quarto.

Meu jatinho já estava preparado, assim que entrei nele pude relaxar, essa vai ser a minha maior loucura, e tudo bem! Estou disposto a enfrentar tudo que essa criança significa ao seu lado baby.

...

Não sei quando adormeci ou por quanto tempo dormi, no entanto, definitivamente aqui não é o Japão e antes que eu pudesse perguntar o piloto onde caralhos viemos parar Imasu Wang entrou em meu campo de visão.

-  Lightwood, precisamos conversar._ Disse o infeliz com aquele sorriso cafajeste.

E antes que eu pudesse lhe mandar chupar prego pra ver se vira parafuso fui nocauteado. 

[...]