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História Os Super-heróis Que O Mundo Esqueceu - Uma Semana Para A Festa


Escrita por: JJWriter

Notas do Autor


Oi pessoal! tudo bem?
Tem cada vez mais personagens nessa história, meu deus...
Sei que o capítulo anterior não foi grande coisa, por isso espero que esse compense.
PS.: temos duas músicas nesse capítulo. Vocês podem ouvir enquanto leem. Ou não, se preferirem. Sugiro que na primeira vocês escutem enquanto leem, e a segunda podem ouvir depois, se não conhecerem.
PSS.: não traduzi as músicas porque não achei que o significado da letra tem grande relevância no capítulo. Quando precisar, ou se vocês quiserem, eu traduzo.

Capítulo 8 - Uma Semana Para A Festa


Fanfic / Fanfiction Os Super-heróis Que O Mundo Esqueceu - Uma Semana Para A Festa

2025, noite de sexta-feira, Paris, França.

No meio do refeitório, Rose encontrou Nino e se sentou junto com ele.

- Nino, você não vai acreditar! – disse ela, assim que sentou. Hoje seus óculos eram rosa.

- Vem cá, quantos óculos você tem? – disse Nino, desembrulhando o sanduíche que acabara de comprar.

- Me escuta! Eu descobri que a substância sete-dois-nove pode matar uma pessoa!

- Substância 729?

- É, é o nome que deram para a substância que eu estou analisando.

- Isso não é um nome, é um número.

- Tanto faz, eles dão um número como nome até descobrir coisas o suficiente para nomear a célula corretamente. – disse ela, irritada com os comentários desnecessários de Nino. – você ouviu o que eu disse? Ela pode matar uma pessoa!

- Sério? Como? - perguntou Nino, curioso.

- Eu testei com eletrochoques que simulam ondas cerebrais, e ela aqueceu muito, muito mesmo! Chegou a 400 graus Celsius!

- Nossa. – disse Nino, impressionado, mas não tanto quanto Rose gostaria. – e como dá pra pegar isso? Digo, pra ser contaminado?

- A célula entra pela pele! – disse ela.

- Sério? Caramba, isso é muito perigoso! Não sabia que dava pra matar uma pessoa tão fácil com trequinho desses.

- Eu sei! Mas na verdade acho que não mata tão rápido assim, tive que chegar a um nível extremo de eletrochoques pra célula chegar a 400 graus. Mas não foi difícil chegar a 40, 50... Uma pessoa com 50 graus de febre já está mortinha. O efeito seria mais ou menos esse. Ainda bem que só eu estou em contato com isso.

- Você não tocou naquele líquido não, né? – disse Nino, sabendo do jeito que Rose era meio avoada.

- Lógico que não! Não sou tão distraída. Quem já fez curso de química sabe muito bem que não se deve cheirar, tocar e muito menos engolir nenhuma substância desconhecida.

- Ah bom, então você tem juízo, apesar de não parecer ter.

- Ei, eu sigo todas as medidas de proteção! - disse Rose, ofendida. Mas então ela percebeu que ele estava se importando com ela. E Rose sentia falta disso, ela não tinha nenhum amigo ou amiga desde que se formou na faculdade. - Não se preocupe, não vai acontecer nada. Está tudo bem guardado no laboratório. – disse ela, tamborilando a mesa com os dedos, pensativa. Estava pensando na substância 729, se os frascos que ela havia separado para os próximos testes seriam o suficiente...

- Rose – disse um garoto de jaleco que se aproximou dos dois. – vai lá dar uma olhada no seu laboratório, vai ver quem está lá.

- Quem? – perguntou Rose, curiosa.

- Vai lá ver.

- Tá bom... – disse ela, se levantando. – tchau, Nino.

- Tchau. – disse Nino, voltando sua atenção para seu sanduíche.

 

Lila

Rose quase caiu para trás quando viu Lila na porta de seu laboratório.

- Lila Rossi?! O que você está fazendo aqui?! – disse Rose, boquiaberta. – Não me entenda mal, não é que eu não te quero aqui, não é nada disso – disse ela, rindo de nervosismo. – é só que eu sou sua fã, e eu nunca pensei que fosse te encontrar no meu laboratório! É tão surreal! Nem estou acreditando! O que você veio fazer aqui? – perguntou ela, animada e curiosa.

- Estudar. – disse Lila, sorrindo tranquilamente, com um caderninho e uma caneta nas mãos. Seus olhos estreitos e bem maquiados davam um ar de tranquilidade maior ainda.

- Estudar química? – perguntou Rose, ainda mais espantada. – comigo? É uma honra, mas não sou professora...

- Não, boba. Não quero estudar química com você. Eu quero estudar você.

- Me estudar? Como assim? – perguntou Rose, sem entender nada.

- Você não viu a entrevista que eu dei outro dia? – disse Lila. Rose apenas piscou meio abobalhada. – Vou fazer outro filme, de ficção científica. Dessa vez serei uma cientista, e quero aprender algumas coisas com você.

- Sério?! Ah meu deus, isso é incrível! – disse Rose, se contendo para não dar pulinhos de felicidade. – sério, é uma honra! Eu adoro os seus filmes, todos eles! Você é ótima!

- Obrigada. – disse Lila, já acostumada com esse tipo de elogio.

- Que tipo de coisas você quer aprender? Que horário você quer vir? Posso preparar umas coisas pra te ensinar, tem um monte de coisas interessantes para fazer, só não é muito ficção científica porque, você sabe, é ficção. Mas não deixa de ser emocionante! – disse Rose, sem nem uma pausa para respirar entre uma frase e outra.

- Ah, não precisa preparar nada de novo pra me mostrar, você só precisa fazer o que costuma fazer e me deixar observar. De vez em quando vou te perguntando algumas coisas. – disse Lila. – Não é nem conhecimento científico que eu quero, eu quero ver como você se comporta no laboratório. O jeito de andar, de medir as substâncias, de segurar os frascos, esse tipo de coisa. São detalhes que preciso me preocupar. Afinal, é o meu trabalho. Não quero ser o tipo de atriz que faz papel de médica e não sabe que pra fazer massagem cardíaca não pode dobrar os cotovelos. Aprendi isso com um médico. E se você for reparar, muitos atores cometem esse erro.

- É verdade! Eu já vi isso num filme! Fiquei indignada. É um absurdo, né? Uma coisa tão básica como primeiros socorros...

- Pois é. – disse Lila. – então... Você ia entrar?

- Ah, sim! Vamos entrar então. Tenho um monte de coisas pra te mostrar! – disse Rose, indo até a porta do laboratório e entrando.

 

Chloe

Arabella começou a tocar na boate stripp quando Chloe, Emanuelle e Michelle começaram a dançar no palco. As três eram as favoritas dos clientes de Burnier, e faziam sua apresentação de pole dance juntas três vezes por semana.

As três de roupas íntimas, começavam sua apresentação no palco e terminavam no público, escolhendo algum cliente para seduzir. Chloe até se divertia com isso.

Ao som da guitarra e bateria do Arctic Monkeys, elas sensualizavam quase sem roupa.

Michelle era ruiva dos olhos verdes, tinha um cabelo cacheado invejável. Era a preferida de muitos, menos de Burnier, que preferia loiras. Seu cabelo estava amarrado em uma echarpe, que ela tirou lentamente, exibindo seu cabelo enorme. Ela desfilou até o poste da frente do palco, passou a echarpe por trás do poste, segurando as duas pontas, se pendurando, e desceu lentamente até o chão, jogando a cabeça para trás.

Chloe entrou, a única de cabelo amarrado. Ela achava melhor assim, as outras já estavam exibindo seus cabelos o suficiente. Ao chegar, Michelle saiu do centro e foi para o canto esquerdo do palco, focando nas mesas que estavam lá perto.

Chloe chegou ao centro do palco sorrindo maliciosamente, girando um chicote que vinha junto com uma das fantasias que usava. Mas ela estava de lingerie, como Michelle e Emanuelle, que ainda não havia entrado no palco.

Chloe bateu o chicote no palco, se abaixou sem dobrar os joelhos e tocou seu pé, e foi subindo sua mão pela lateral da perna lentamente, seguindo o ritmo mais lento da música. E então a bateria entrou com mais força.

My days end best when the sunset gets itself

Chloe passou o chicote por trás da cabeça em um giro rápido, pegou a outra ponta e pôs em seus ombros.

Behind

That little lady sitting on the passenger side

Com uma mão no poste, ela girou e passou a perna em volta dele e se inclinou para trás, até onde sua coluna permitia.

It’s much less picturesque without her catching

The light

Ela se ergueu de volta, e sua cabeça estava agora no poste, quase lambendo o metal, na melhor parte da música.

The horizon tries but it’s just not as kind on the eyes

Ela escorregou girando até ficar agachada, e então se levantou, deu mais um giro em volta do poste e deu mais uns passos à frente, chegando bem perto de uma das mesas mais próximas. Era uma mesa comprida, propositalmente. Chloe subiu nela desfilando, rodando seu chicote, procurando uma vítima. Ela começou a interagir com os homens na mesa quando Emanuelle entrou.

Emanuelle tinha cabelos negros e também cacheados. Era mais velha, tinha quase trinta anos. Super experiente. Também fazia sucesso entre os clientes de Burnier. Ela foi até o centro do palco e se segurou no poste, desfilando em volta dele de salto alto, até parar de frente para as mesas e jogar o cabelo para frente e depois para trás, fazendo um efeito cascata em seus cabelos negros ondulados ao voltar à posição. Passando as mãos pelo próprio corpo, ela foi descendo até o chão, e se levantou lentamente com ajuda do poste, inclinando a cabeça para trás e estufando o peito, realçando seus seios. Ela foi subindo tão lentamente, e tão sensual, que os homens foram à loucura. Emanuelle era a melhor dançarina de pole dance de Burnier.

Michelle foi andando em direção às mesas e subiu em uma delas, engatinhando. Ela foi até o homem sentado mais distante na mesa, para passar por todos os outros desfilando. Alguns passavam a mão nela, gritavam animados e bebiam. Ela os ignorava, mirando o último da mesa. Quando o alcançou, ela se sentou de joelhos na mesa de frente para ele, pegou sua echarpe e passou por trás do pescoço dele, segurando as duas pontas. Sua boca começou a atacá-lo, selvagem.

A música estava acabando, e era hora da última escolher uma mesa. Emanuelle foi para uma mesa grande ao lado da que Chloe estava e começou a tirar sua meia calça. Os homens foram à loucura novamente. Estavam quase babando quando ela começou a agachar, ficando de joelhos na mesa. Com movimentos lentos e extremamente sensuais, ela calou a mesa. Eles não ficavam gritando e dando palmadinhas nela, como faziam com Michelle na outra mesa. Eles apenas contemplavam e esperavam ansiosos para ver o que ela iria fazer em seguida. Por isso, Emanuelle podia se dar ao luxo de demorar a escolher um. Na verdade, nem sempre era apenas um, mas Burnier dizia que era melhor escolher apenas um cliente por vez. Mas essa era a única vez que elas tinham o direito de escolher, só quando se apresentavam. Esse era um dos motivos de Chloe gostar das apresentações.

Chloe já estava sentada no colo do homem que ela achou mais agradável de levar para a cama. Havia uma porta nos fundos da boate que levava à casa que Burnier alugou para o trabalho cotidiano das prostitutas. Obviamente não era a casa em que moravam.

Michelle já estava levando um para lá. Chloe levou seu cliente para um quarto e começou seu trabalho.

Ao terminar, saiu do quarto e encontrou Emanuelle esperando o próximo cliente na porta.

- Oi, Chloe. Fomos bem hoje, né? – disse Emanuelle.

- É, acho que sim. – disse Chloe.

- E aquele chicote, hein?

- Ah, eu vi ele por acaso no guarda-roupa, que estava aberto, e resolvi trazer, pra complementar a performance.

- É, foi uma boa ideia. Eu fui a única que não levei nada.

- Ah, como se você precisasse. – disse Chloe, enquanto a porta de um dos quartos se abria.

- Oi meninas. – disse Michelle, suada. O homem que estava com ela saiu e foi embora, depois de pagar Burnier, que estava no caminho.

- Bom trabalho, meninas. Continuem assim, nossa clientela está aumentando, graças à minha nova oferta. – disse Burnier, dando batidinhas em sua mão com as notas de dinheiro que havia acabado de receber, sorrindo maliciosamente, se achando o máximo.

- Nova oferta? – perguntou Michelle, sem entender. Chloe já estava desconfiada do que ele estava falando, e fechou a cara para ele.

- Você não estava aqui quando eu trouxe aquelas duas meninas? – disse Burnier, sem nem notar o olhar fulminante de Chloe.

- Não, que meninas?

- Louisa e Allice. A Louisa não é tão nova assim, mas já estava na hora de trazer uma adolescente nova. – disse ele, guardando o dinheiro no bolso da calça.

- Quantos anos? – perguntou Michelle displicentemente.

- A Louisa tem 15, e a Allice tem 6.

Michelle arregalou os olhos, mas não disse nada. Um homem que trabalhava no bar da boate chegou para falar com Burnier e os dois saíram. Chloe fitava a porta por onde saíram com profundo nojo e desgosto.

 

Marinette e Alya

Marinette e Alya estavam em um pequeno restaurante de Paris, jantando e conversando com Thommy do lado, em uma cadeira própria para bebês.

- E o Nino? Teve notícias dele? – perguntou Marinette, tentando convencer Thomas aceitar uma colherada de comida.

- Não vejo ele desde o seu aniversário. Depois podemos combinar de sair todos juntos. – disse Alya. – Aposto que ele vai querer ver o filme da Lila Rossi.

- Eu também queria ver. – disse Marinette, colocando um pouco de suco do seu copo em uma mamadeira. – parece que vai ser bom. Final de trilogia, sabe como é. Ou fica bom ou fica forçado.

- Pra mim já está forçado. – disse Alya, quase emburrada.

- Eu achei que você gostasse desse tipo de filme. Você costumava gostar de filmes de ação, principalmente com mulheres. Você era toda girl power, lembra? – disse Marinette, estranhando a amiga.

- E eu gosto! Só não gosto quando a mulher parece agradar mais os meninos do que as meninas, se é que me entende.

- Hum... Entendo, mas não penso isso dessa trilogia. Mas não precisamos assistir juntas, tudo bem se formos fazer outra coisa. – disse Marinette, voltando a comer depois de dar a mamadeira para o bebê.

- Melhor. Não vou aguentar ver outro filme com o Nino babando na Lila Rossi do meu lado. – disse Alya, espetando a salada com o garfo com certa violência. Marinette sacou tudo.

- Hum, saquei... – disse Marinette sorrindo.

- O quê?

- Nada não. – disse Marinette, desviando o olhar para a comida.

- Não, fala, por que tá me olhando assim?

- Você e o Nino... – ela deixou a frase suspensa no ar, sem terminá-la de propósito, o que só poderia significar uma coisa.

- O quê?! Claro que não! – disse Alya, indignada. – De onde tirou isso? Nada a ver! O Nino não combina nada comigo. E seria muito estranho, somos só amigos.

- Uhum...

- É sério! Seria muito, muito estranho mesmo. – disse Alya, enojada. – Que nojo! Só te perdoo porque você é minha amiga e porque você não convive com a gente há tempo demais pra saber o quanto isso é estranho só de pensar. Credo.

Marinette riu.

- Tá bom, retiro o que disse. Ou melhor, o que não disse. Porque eu não falei nada, você que concluiu isso...

- Marinette, já deu tá? – disse Alya, enquanto Marinette ria mais ainda.

- Tudo bem, tudo bem, parei. – disse ela, se acalmando.

Marinette pegou a mamadeira de Thommy para deixá-la na mesa e tentar servir mais comida a ele, quando uma música lenta começou a tocar no restaurante.

I was a quick, wet boy, diving too deep for coins

All of your street light eyes wide on my plastic toys

Marinette parou na hora, com a mamadeira na mão. Ela conhecia muito bem essa música.

Then when the cops closed the fair, I cut my long baby hair

Stole me a dog-eared map and called for you everywhere

- O que foi? – perguntou Alya.

- Flightless Bird. – disse Marinette num sussuro.

- O quê? – disse Alya, confusa.

- A música. – disse Marinette. – a música que está tocando, se chama Flightless Bird. Da banda Iron and Wine.

- O que tem ela? - perguntou Alya. Marinette ficou olhando para o nada por uns instantes antes de responder.

- Era minha música favorita na época que eu namorava o Charles.

- Ah, não.

- Dançamos ela na minha festa de formatura da faculdade. – disse Marinette sem olhar para Alya, quase em transe por causa da música que evocava tantos sentimentos e lembranças.

- Você quer ir embora? – perguntou Alya, preocupada com a amiga.

- Ahn... Não sei. – disse Marinette, desviando o olhar do nada e olhando para seu prato. Não estava com fome. Ela até queria ir, mas se sentia meio ridícula por parecer tão fraca. Ela era mãe agora, tinha que ser mais forte do que isso, não podia ficar sofrendo desse jeito. Tudo isso passou pela cabeça de Marinette antes de responder propriamente. – pode terminar de comer, eu espero, não tem problema.

Alya olhou bem para Marinette e viu que seria melhor elas saírem de lá.

- Vamos, já acabei. – disse Alya, se levantando. – lá em casa tem comida pro Thommy, eu ajudo você lá. Vamos, Marinette. Vamos para casa.

Marinette se levantou, pegou suas coisas e pegou Thommy no colo, enquanto Alya pagava a conta. As duas saíram do restaurante e foram andando até o apartamento onde moravam, caminhando pelas ruas iluminadas de Paris à noite. Alya tentava distrair Marinette, mas ela não parava de pensar em Charles, ainda mais com seu filho no colo, a lembrança viva do homem que a deixou.

 

2025, manhã de sábado, Paris, França.

Marinette

Marinette estava saindo da creche que havia visitado para ver se é um bom lugar para seu filho ficar enquanto trabalha, quando recebeu uma ligação.

Ela atendeu o celular, imaginando quem estaria ligando para ela às oito horas da manhã de sábado.

- Oi, novata! – disse uma voz afeminada e entusiasmada no telefone. Marinette reconheceu na hora.

- Oi, Carter. Meu nome é Marinette, esqueceu?                 

- Ah é! É verdade. Desculpa, é que quando a gente conversou eu estava ocupadíssimo aqui. Então, eu liguei pra dizer que você já pode vir pra cá, eu e a Joenne já estamos na empresa. Eu te falei ontem, né?

- Sim, você falou. Eu estava indo aí agora.

- Ah, que bom. Estamos te esperando então!

- Ok, nos vemos daqui a pouco. – disse Marinette.

Ela desligou e foi até a empresa. Chegando lá, ela perguntou por Vivienne Courier novamente na secretaria, e novamente ela não estava lá.

- Tem algum dia em que ela vem pra cá? – perguntou Marinette, apoiada na bancada da secretária do térreo.

- Ultimamente ela vem uma vez por semana.

- Que dia?

- Sexta-feira, geralmente. Mas semana passada ela veio segunda e terça. – disse a secretária, voltando seu olhar para o computador, provavelmente fazendo algo que nada tinha a ver com os horários de Vivienne.

- Ok, obrigada pela informação. – que você poderia ter me dado na primeira vez que perguntei, pensou Marinette.

Ela foi para o elevador e apertou o botão número 2, assim como no dia anterior, para ver Joenne e Carter.

A porta se abriu, e o corredor parecia um pouco mais movimentado. Algumas portas estavam abertas, com pessoas trabalhando lá dentro. Era a primeira vez que Marinette via um local de trabalho mais agitado no sábado do que nos outros dias da semana.

Marinette chegou no escritório número 3, cuja porta estava aberta.

- Oi, posso entrar? – disse Marinette, dando batidinhas na porta para sinalizar que havia chegado.

- Você é a novata? – perguntou Joenne, a garota que havia encontrado no mesmo corredor no dia anterior. Seu cabelo liso estava pintado de rosa, e ela usava um gorro azul escuro que combinava com os tecidos de lã que estavam em seus antebraços, como se ela tivesse pegado duas meias listradas coloridas, cortado o pé, feito uma barra no lugar e vestido nos antebraços.

- É Maria Odete, Joenne. – disse um garoto magro de cabelos escuros.

- Na verdade, é Marinette. – disse Marinette.

- Ô, desinformado! – disse Joenne para Carter.

- Desinformada é você, eu só me confundi. – disse Carter, com uma mão na cintura. Marinette riu.

- E vocês são Joenne e Carter? – perguntou Marinette.

- Sim, prazer. – disse Joenne, cumprimentando Marinette com um aperto de mão. – pelo menos você tem uma boa memória.

- Ei, quer parar? – disse Carter, batendo em Joenne com um maço de papéis que estava segurando. Ele se virou para Marinette e foi cumprimentá-la. – Bem vinda ao nosso escritório! Sempre foi um escritório de três pessoas, mas como fazia muito tempo que éramos só nós dois aqui, tiraram a terceira escrivaninha. Mas não se preocupe, nós conseguimos uma mesa e uma cadeira provisória pra você enquanto não conseguimos outra escrivaninha.

- Obrigada, é muito gentil da parte de vocês se preocuparem com isso no meu primeiro dia, eu achei que eu teria que me virar totalmente aqui.

- Hum... Qual foi a primeira pessoa que falou com você aqui? – perguntou Joenne.

- Uma secretária ruiva do décimo segundo andar.

- A Christine? – perguntaram Joenne e Carter ao mesmo tempo.

- Coitada, você não devia ter ido lá! Ela deve ter te esculachado! – disse Carter. – ela não é legal com ninguém, a não ser quando está puxando saco. E a única pessoa que ela puxa saco na empresa é a Vivienne.

- E ela não é uma secretária. – disse Joenne. – Ela é a assistente da Vivienne Courier. A pessoa que faz tudo que ela manda, sempre. Se não fizer, está demitida. E ela está em tempo recorde aqui, geralmente as assistentes da Vivienne não duram muito tempo. Mas o fato da chefona quase nunca estar na empresa ajuda né, ultimamente ela vem só um ou dois dias por semana.

- Então é assim todos os dias? – perguntou Marinette.

- Basicamente. – disse Carter.

- E essa Christine é metida daquele jeito com todo mundo? – perguntou Marinette.

- Basicamente. – repetiu Carter.

- Aquela mulher é in-su-por-tável. Ainda bem que eu não tenho que trabalhar com ela. – disse Joenne.

- Mil vezes melhor trabalhar comigo né? Aaawwwn eu sabia que você me amava! – brincou Carter, abraçando Joenne, que revirou os olhos. Marinette riu.

- Então... Como funcionam as coisas aqui? O que eu tenho que fazer? – perguntou ela.

- Ah, é molezinha. – disse Carter.

- De explicar né, fazer é outra história. Acho que você já percebeu ontem o quanto as coisas podem ficar bagunçadas por aqui. – disse Joenne.

- Isso, vai, fala mais mal do nosso trabalho, quem sabe ela não pede demissão amanhã. – disse Carter, irônico. – Deixa que eu explico, essa menina aqui – ele apontou para Joenne – não sabe fazer uma propaganda boa de nada.

- Ela não precisa de propaganda, ela só precisa de uma explicação. – disse Joenne displicentemente, de braços cruzados.

- Quer parar de me interromper? – disse Carter, com o dedo indicador em riste, fazendo graça. Ele se voltou para Marinette para começar a explicar, mas começou a rir. – Agora eu esqueci o que eu ia falar. Culpa sua, Joenne.

- Ah, tenha santa paciência. – disse Joenne, revirando os olhos, quase rindo. – é o seguinte: a Clarice, do departamento de agendamento de festas, liga pra gente sempre que tem festa pra gente organizar. Então ela nos diz os pedidos específicos do cliente e nós temos que arranjar praticamente tudo que a festa precisa.

- E vocês só mexem com festas? – perguntou Marinette.

- Sim, nesse andar inteiro cuidamos só de festas. Nem todos os tipos de festa, as mais importantes e caras ficam com o terceiro andar. Tipo a do Gabriel Agreste com a Commercial Studios sábado que vem, que todo mundo não para de falar.

- Você rimou. – disse Carter, numa crise de riso desde que tentou começar a explicar. – andar e falar. – Joenne tomou o maço de papéis da mão de Carter e bateu-o na cabeça dele.

- Concentra, criança! – disse ela, rindo. – não liga não, ele nunca foi normal mesmo.

- Ah, não tem importância. – disse Marinette, rindo também. – Gostei de vocês.

- Que bom, também gostamos de você. – disse Carter, se acalmando.

- Apesar da gente mal ter deixado você falar, né. – disse Joenne, ainda rindo. – mas vamos ter muito tempo para nos conhecer melhor. – ela bateu as mãos juntas e olhou do escritório para Carter e Marinette. – Agora, vamos organizar nossas coisas? Daqui a pouco a Clari pode ligar. Temos uma festa hoje à noite.

- Pra organizar né, falando assim até parece que a gente foi convidado. – disse Carter, debochando de si mesmo.

- Ok, só me falem o que eu tenho que fazer. – disse Marinette.

- Beleza, mãos à obra então. – disse Joenne.

Os dois mostraram para Marinette as anotações do quatro de bilhetes que se tratavam da festa do dia, contando quantas coisas já estão prontas e anotando as que ainda faltam, e os três começaram a trabalhar.

 


Notas Finais


Gostaram?
Hoje não tenho muito o que falar, exceto que eu percebi mais favoritos essa semana. Aos novos leitores, sejam bem vindos!
Ah, e eu estou tentando fazer a festa do Gabriel Agreste acontecer o mais rápido possível.
Ah, e eu estou quase terminando o trailer que eu estou fazendo dessa fic. Modéstia a parte, ta ficando muito foda.
Então, acho que é isso gente, beijos e até a próxima!


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