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História Os Três Reis - Estranho


Escrita por: Kindone

Notas do Autor


Essa é uma segunda historia que eu estou escrevendo, espero que gostem, ela vai ser lançada da seguinte forma, um mês só de "Wend O Intermediário" e outro só de "Os três Reis

Capítulo 1 - Estranho


Em um mundo onde tudo é tão atrativo, eu fui nascer assim, sem vontade alguma de saber sobre as coisas, na realidade eu acho tudo tão fútil e tão fácil de se fazer, que eu acabei perdendo o interesse nessas coisas, não tinha nada que me deixasse curioso ou interessado, na escola me chamavam de Est, pelo fato de eu não achar importante me socializar com outras pessoas, bom... eu não era gordo nem magro, forte nem fraco, bonito nem feio eu era apenas estranho por isso o apelido Est, era uma forma dos estudantes me irritaram sem que os professores vissem ou descobrissem, na verdade não faria diferenças se eles descobrissem, por diversas vezes eles já ouviram o significado da palavra e mesmo assim não fizeram nada, pelo contrário eles não queriam se envolver nisso, e até achavam que aquilo era apenas uma brincadeira de colegas. No começo eu ficava incomodado mas agora eu já me acostumei, é normal já que me chamam assim desde a primeira série, e já são sete anos aturando eles, minha aparência não é muito apreciada pelas garotas, sou magro 1,70 de altura sou moreno, meu cabelo é castanho escuro e bate na orelha, uso óculos por conta da minha miopia... Ah é mesmo, prazer eu me chamo Rob Wintler e eu sou estudante do oitavo ano do Colégio MindUnion, um colégio para crianças prodígios como eu, mas nenhuma delas é como eu, todas elas são muito diferentes em critério de personalidade ou inteligência, não que eu queira me gabar, mas eu nunca tirei uma nota menor que A nas minhas lições, por isso eu sempre digo que nada me chama atenção, pelo menos era o que eu dizia, antes de conhecer o Jay, ou melhor, descobrir o Jay, como assim descobrir? Pra explicar, tenho que dizer que Jay não é uma pessoa... bom, não totalmente... ele sou eu, ele também é a explicação do por que eu achar tudo tão monótono e sem graça, basicamente ele é tudo que eu não sou, ele é engraçado, confiante e quer saber de tudo sobre o mundo, a única coisa que ele tem em comum comigo, é que nós dois ainda temos medo e somos fracos fisicamente, a forma que conheci ele foi um tanto estranha e de certa forma engraçada.
    Foi no verão de 2019, estava indo para escola como um dia normal, normalmente eu vou de casa pra escola de ônibus, mas por algum motivo nesse dia meu ônibus não chegava e a rua estava deserta, o colégio foi construído em uma cidade no meio de um deserto, na  é o que chamam de Cidade Colégio é um lugar arquitetado para que os alunos tenham total concentração nos estudos, então é normal não ter movimento nas ruas, mas estava mais deserta que o normal, e o mais estranho é que os ônibus nunca atrasam, olhei para o meu relógio e resumi que não ia passar ônibus nesse dia. Eu não moro muito longe do colégio então resolvi ir andando e caso eu me chegasse tarde teria a desculpa de que o ônibus não passou a tempo, quando atravessei a rua para ir em direção ao colégio, vi um garoto menor que eu correndo na direção do colégio, olhei para o relógio novamente pra ver se eu ia precisar correr, mas ainda era 7h15 eu moro a 10 minutos da escola e as aulas só começam 7h30, então não entendi o por que de ele estar correndo, quando voltei a olhar para a rua fui surpreendido com um esbarrão em mim, era um garoto da minha idade tinha cabelo preto e olhos pretos, não eram castanhos, era de um preto incomparável era como se ele não tivesse vida, ele usava uma roupa preta e um sobretudo marrom com o logo do colégio marcado com um x vermelho,  ele parou na minha frente e falou a seguinte frase.
- Hey, olha só quem esta aqui se não é o Rob, foi mal por esbarrar em você, mas acho que você não devia estar aqui.
    Eu estava meio tonto pelo esbarrão, mas fiquei ainda mais confuso pelo fato de ele saber meu nome e também por ele dizer aquilo então perguntei a ele.
- Como você sabe meu nome? E como assim não devia estar aqui?
- Ah claro... esqueci de me apresentar, Prazer me chamo Jay Wintler, e esse lugar não é o lugar que você pensa que é, então eu vou ser simples e rápido... eu te apresento a sua mente! – Ele falou com um sorriso no rosto, e com os braços abertos olhando para o céu, ele estava muito empolgado com isso.
- WINTLER?!! Como pode? Você é algum primo meu? E que papo é esse de mente? Essa aqui é a terra, mais precisamente na rua da minha casa, você só pode ter usado algum tipo de droga – Nesse momento eu já estava surtando, eu não sabia o que fazer, comecei a pensar e lembrar que já tinha lido algo do tipo era algo como sa... hm.. sala da mente! é isso, eu sei muito bem o que esta acontecendo, mas mesmo assim quis ouvir o que ele tinha pra dizer, e quem ele era, isso era o que estava me deixando... curioso.
- Hahaha, calma maninho, isso! parece que você já pensou em tudo, mas deixe-me lhe explicar tudo do começo que tal se sentar? Não aceito não como resposta nem tente! – Ele estalou o dedo e apareceram duas cadeiras de praia no meio da rua – Espero  que goste de cadeiras de praia, por quê eu só sei fazer isso.
- Não... esta tudo ok, não tem problema algum, eu até gosto delas – Eu já estava mais calmo, mas ainda intrigado com aquilo tudo, só queria saber o por que de ele ter o mesmo sobrenome que eu, e por que que ele conseguia fazer cadeiras se materializam do nada.
- Então... você lembra que antes de vir pra MindUnion você morava em uma cidade que foi destruída por um tornado? Acho que não lembra, a propósito você lembra do rosto dos seus pais? Acho que também não lembra, bem tudo isso é basicamente po...
- Agora que você falou... eu não lembro de nada antes do MindUnion, mas me recordo do livro Sala da mente ou era outro nome... não sei.
- Bom, primeiro não me interrompa mais! E segundo hahaha sala da mente? Isso parece algum tipo de salada, bom... você não leu nenhum livro, essa é a sua habilidade, já te explico deixe-me só terminar de te falar quem sou eu e onde estamos, vai ser rápido eu prometo. Vamos lá... mas antes você aceita um suco? Eu sei que sim, melhor que isso eu acho que você iria querer um MilkShake de maracujá com raspas de chocolate, acertei?
- Cara, eu ficaria irritado por você demorar tanto pra me explicar, mas você vai me fazer um milkshake de maracujá, assim eu posso deixar isso de lado, cara eu amo Milkshake de maracujá, e bem rápido!
- É maninho e quem não ama? É uma das poucas coisas que eu escolhi trazer para esse lugar – Novamente ele estalou os dedos e aquilo foi a coisa mais legal que eu já havia visto – Acho que já podemos começar, então... Antes de você vir pra cá você morava em uma cidade central, você só se interessava em livros e comida, bom... temos comida em comum, um certo dia, um homem veio até a sua casa e sua mãe o atendeu, ele falou que estava interessado em você e que ele tinha uma oportunidade ideal para que você crescesse no mundo, sua mãe não pensou duas vezes e te mandou para essa escola... Bom isso não tem nada haver hahahahahahaha, mas foi engraçado ver você com essa cara de curioso, foi a primeira vez que te vi curioso com alguma coisa.
- Nossa cara, essa e a primeira vez que fico curioso com algo e você faz isso? Foi uma completa perda de tempo, mas muito obrigado pelo milkshake, estou indo embora, até outra hora! – Me levantei da cadeira furioso e muito confuso dei uns 5 passos em direção ao colégio e parei, aquele filho da mãe disse algo que me chamou atenção.
- Até mais! Quer dizer até agora, até por que você vai querer saber o por que de eu ter dito aquelas coisas, senta aqui na cadeira, juro que eu te faço um novo milkshake.
    Eu não tive escolha, ele me ofereceu mais um milkshake! Ele me conhece melhor que qualquer outro, ele sabe como dominar qualquer pessoa, ai meu santo milkshake, o que eu estou fazendo? Eu vim aqui pela informação então eu terei ela.
- Então ok, eu aceito o milkshake... quer dizer, vou ouvir o que você tem a dizer, mas nem pense em me enrolar novamente! Seu maldito bajulador! Gosto de milkshake mas não o suficiente para... mentira, eu amo milkshake, mas enfim me conte sobre você, e me dê meu milkshake!
- Vamos ao mais importante primeiro – Ele estalou o dedo e de novo e mais um milkshake delicioso apareceu nas minhas mãos – Cara você ama mesmo isso, mas então vou ir direto ao assunto... basicamente esse lugar é a sua mente, e eu sou uma segunda personalidade sua, eu sou você e mais um pouco... bom não sou tão esperto quanto você, mas ainda sou você.
- Que esse lugar é minha mente eu já sabia, mas que você sou eu, isso é uma novidade, bom... se esse lugar é minha mente, como eu vim parar aqui? Você esta querendo dizer que eu estou basicamente sonhando? Então nada disso é real?
- Não, tudo isso é real sim, eu sou real! só que é tudo feito pela sua mente, isso tudo é uma habilidade que você conseguiu depois de bem... ser inteligente demais, é normal entre pessoas do seu calibre... – Ele se levantou da cadeira e falou em alto e bom som, parecia irritado, mas foi legal o modo como o sobretudo dele balançou.
- Não, basicamente nada é real eu estou apenas sonhando, e pra te provar vou mostrar pra você, agora que eu sei que é tudo um sonho eu posso controlar as coisas igual você olha.
- Se você está falando, vamos ver, materialize um milkshake de morango com raspas de chocolate bem aqui na minha mão – Ele estava falando com um tom sarcástico, ele já sabia que eu não iria conseguir.
    Eu fiz força mas nada aconteceu, então eu fiz mais força, e nada, e mais um pouco, quando eu fiz mais força criou-se uma massa cinzenta na mão dele, aquilo era nojento mas não era um milkshake.
- Ah... merda, pode até n ter aparência boa, mas deve ter gosto bom...
- Se quiser pode experimentar, não tenho problema algum, agora eu não quero experimentar essa coisa, toma – Ele estalou os dedos e criou uma colher pra mim comer aquela coisa – E boa sorte maninho – Ele piscou e deu uma risadinha, aquele maldito já sabia o que iria acontecer.
Dei uma colherada naquilo e cheirei, não estava com um cheiro ruim mas também não estava com um cheiro bom, estava com cheiro de água, então eu achei que pudesse estar com gosto bom. Quando ia colocar aquilo na boca, ele deu um tapa na minha mão e disse.
- Não seja tolo, isso não é pra comer, aqui chamamos de falha material, e se você colocasse isso na sua boca, você teria um péssimo dia... ah merda meu tempo esta acabando, vou ter que desfazer essa ilusão, vou te mostrar como é a sua mente de verdade – Ele respirou fundo e piscou, e todo o cenário de escola se desfez, agora eu estava em um lugar branco sem nada em volta só as cadeiras de praias e o Jay, e quando ele respirou novamente, vários arquivos caíram do céu, ficou tudo bagunçado uma completa desordem – Então Rob eu te apresento o armazenamento – Ele voltou a se sentar mas dessa vez ele parecia mais relaxado.
- Caramba, que bagunça, nunca pensou em arrumar isso aqui não? Mas o que são esses arquivos?
- Ah... basicamente, tudo que você já pensou, já viu ou fez na sua vida, já até tentei arrumar, mas quando estava quase terminando caiam mais centenas desses arquivos, então eu acho meio impossível arrumar, talvez você consiga já que você é o NdS.
- Anh? Eu não tenho tempo de organizar isso, e o que é NdS?
- Ah é como eu chamo a pessoa que consegue controlar tudo aqui, é uma sigla para núcleo de ser, ou seja você consegue controlar tudo aqui, quer dizer não tão fácil quanto você pensa, eu demorei 3 anos pra conseguir criar um milkshake.
- Pelo amor dos meus filhinhos três anos? Eu sei que milkshake é bom... mas 3 anos? Isso é loucura.
- Ah deixa eu te mostrar uma coisa que eu também criei – Ele materializou uma Arma prateada com detalhes em vermelho – Gostou? Esse é o Nixan um Revólver Taurus 838 Cano Longo que eu escolhi como minha Lount.
- Lount? O que é isso? Algum tipo de arma?
- Hahaha, não, bom... mais ou menos, cada um de nós humanos nascemos com uma habilidade adormecida em específico, poucos são os que conseguem ativar essa habilidade, mas mesmo aqueles que conseguem ativar não conseguem utilizar direito, pois não encontram o seu Lount, um objeto para controlar essa habilidade sempre que necessário, e o meu é o Nixan – Então um relógio de bolso começou a apitar no bolso dele, e então ele falou – Opa olha a hora, acho que está na hora de alguém se arrumar – Ele pegou o Nixan se levantou e mirou ele na minha cabeça.
- Cara o que você está fa... – Antes de eu terminar a frase ele me deu um tiro e então eu acordei.
    Acordei muito ofegante, mas então eu percebi que tudo aquilo não passava de um sonho, e de algum modo eu acabei me esquecendo já que era apenas um sonho, e logo depois euolhei para o relógio do lado da minha cama e percebi que faltavam 30 minutos para aula começar, me arrumei o mais rápido que eu pude, eram 7h18 quando terminei de me arrumar, então peguei minha mochila e desci as escadas correndo, não tinha mais nenhum aluno no prédio onde eu morava, eu tinha sorte de morar perto do ponto, quando sai do prédio comecei a olhar para os lados e percebi que a cidade não estava mais deserta, estava como em um dia normal, mas tinha algo diferente comigo, era como se ninguém estivesse me vendo, bom... nunca fui tão notável mas aquilo era diferente parecia que eu estava invisível, deixei aquilo de lado e cheguei no ponto, ele estava vazio, o ônibus iria chega 7h20, na hora que ele estava chegando, eu dei sinal, mas ele passou direto, como se eu não estivesse ali.
- Hahaha que engraçado, agora que você despertou sua habilidade, você terá que achar seu Lount.
- Añ? Quem esta ai? – procurei pelo ponto todo mas não tinha ninguém ali ~ Acho que foi minha imaginação... melhor me apressar e ir correndo até a escola.
    E então atravessei a rua, e amarrei meu cadarço, quando olhei meu relógio, me veio um dejavu, e então me lembrei de uma parte do meu sonho ~ Puts estou atrasado, preciso correr se não vou me atrasar.
    Cheguei no portão da escola, olhei meu relógio e vi que ainda tinha um tempo, e então minha barriga começou a roncar, então passei em uma loja e pedi uma barra de chocolate, a atendente tomou um susto quando eu falei com ela e coloquei a barra de chocolate no caixa,p ela pulou da cadeira e disse.
- Quando foi que você entrou na loja? Que susto que você me deu, bom vai comprar só isso?
- Ah... me desculpe, só isso mesmo deu quanto?
- São 5 moedas, pode colocar o cartão na maquina por favor – Aqui na cidade todos os alunos recebem um cartão com 300 moedas por mês, e podemos gastar como bem entender nessa cidade.
    Passei o cartão na maquina e peguei meu chocolate. Quando a mulher voltou a falar comigo eu já tinha ido embora, fiquei pensando o que será que ela ficou pensando. Cheguei no portão e procurei o cartão para entrar no Colégio, sem ele você não consegue fazer nada na cidade, é um meio de deixar os que não são alunos fora da escola. Nesse dia teria o teste do novo sistema de incêndio, e nós alunos iriamos testar a rota de fuga, tinha tudo pra ser um teste normal, mas não teve nada de normal naquele lugar, ou melhor naquele dia, eu estava prestes a conhecer verdadeiramente quem eu era.


Notas Finais


Espero que assim como gostaram da outra gostem dessa tbm 🎈


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