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História Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 1


Escrita por: Pequenarosa

Notas do Autor


Essa história está vinculada com o "Trono do Sol" e Trono da Lua". Então, para entendê-la melhor, peço que leiam os links que coloquei na nota final😉

Capítulo 1 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Os Tronos Celestes - O Trono da Estrela - Capítulo 1

                                                           "Em busca de sua vingança ele retornará.
                                                O devorador de mundos expandirá sua fúria e o universo assolará.
                                                        O poder de detê-lo nas mãos das princesas de luz estará.
                                                             O sol, A lua e as Estrelas juntos devem permanecer.
                                                                        Para que a paz, enfim volte a florescer."

                   ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐

       - Tente se concentrar! 
       - você acha que eu já não estou tentando?!- digo desesperadamente ao espertalhão do meu lado.- Cada vez que tento me conectar com ela só sinto sombras e escuridão. É como se eu estivesse num buraco negro. Ele me consome e tira minhas forças. É, é…-começo a gaguejar.- é como se ele soubesse o que estou procurando e bloqueando minha visão.
       - Consegue sentir algo além de tudo isso?- Vincent ameniza a voz e continua. - pode ser o que for. Me conte, talvez eu possa ajudar.- seus olhos mostram sinceridade e compaixão.
       - Ouço gritos de dor, risos estrondosos e vejo vultos irreconhecíveis.- Encaro meu caderno de desenho e o lápis em minha mão. - Eu temo por ela, Vincent. Amberlly  está em perigo!
       - Nós vamos achá-la. Custe o que custar- acredito nele, pois além de seu olhar ameaçador percebo seu punho flexionado. Ele olha diretamente para mim e fica a poucos centímetros do meu rosto - Isso é uma promessa.

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~Três semanas antes~

       Enquanto panos e mais panos são gastos tentando limpar minha pele encharcada de tinta, meu irmão nada discreto gargalha a minha frente. Até tento fitá-lo com aquele olhar sério, mas isso só o faz rir ainda mais.
       - Ah, fala sério! Tem que admitir que foi engraçado- seu dedo aponta pra minha direção mas sua  mão esquerda tenta segurar outra gargalhada.- Ei, não coloque a culpa em mim. Não foi eu que derrubou esse monte de tintas eu mim mesmo… eu nem sei como conseguiria- a última frase é dita num sussuro sarcástico.
       - Eu ouvi isso- o acuso.- E não deixa de ser sua culpa já que o senhor, meu irmãozinho, ficou aos berros chamando o meu nome. Pensei que tinha acontecido algo!
       - E se tivesse você teria morrido, né. Porque se depender de você, ninguém se salva!
       - Já acabou com a palhaçada? Tenho um trabalho importante aqui pra fazer- digo impaciente diante de suas zombarias.
       - Tudo bem, vou deixar a carta da Sra. Miller na sua cama, caso se interesse.- Daniel balança o envelope e gira em direção às escadas, mas o alcanço antes mesmo de chegar perto.
       - Você leu?
       - Que tipo de irmão eu seria se não lesse?
       - O tipo que não hage como um idiota- rosno ao apanhar a carta de sua mão.
       - Mas um idiota que todas amam, inclusive você Maninha- Daniel beija minha testa um pouco mais limpa e mostra seu lindo e maravilhoso sorriso cínico.
       - Sei, sei. É coisa boa ou ruim? - pergunto pra ele não tendo coragem certa nem pra ouvir a resposta.
       - abre, acho que vai gostar.
       Maneio o papel e sem paciência alguma rasgo o envelope. Ao ler a carta só faço pular para a parte que realmente interessa. " Srta. Lucy Kanwey, será um imenso prazer ter seus quadros em minha galeria.  Gostei muito do seu trabalho e acredito que todos de Boston também gostarão. Seu pedido não poderia ser mais que aprovado. Espero vê-la o mais rápido possível.  Ass: Sra. Miller. "
        - Eu consegui! Meu Deus, eu consegui!- comemorava aos pulos e gritava mais e mais até meu sorriso desvanecer com o olhar triste de meu irmão- Ei, não fique assim. Não vou ficar tanto tempo fora. É só alguns meses, até que ela venda todos os meus quadros. - Digo tentando reanimá-lo.- Você pode me ligar todas as vezes que quiser e puder…- aquele safado garanhão quase não tinha tempo, já que o mesmo, quando não estava de plantão no hospital, estava atrás de um rabo de saia.  Pra não ser injusta, ele também se empenhava em alegrar um pouco a vida de seus pacientes. Ele sempre se vestia de palhaço e fazia graça  para as crianças com câncer. Sua especialidade era oncologista,  mas no tempo livre era o Bozo, só que mais feio. Certo, um leve exagero pra variar. Daniel sempre foi brincalhão e adora ver as pessoas felizes. Um dia ele até me convidou para passar uma tarde com as crianças. Contei histórias e desenhei seus lindos rostinhos. As brincadeiras eram somente com Daniel, eu não sou engraçada. A não ser quando caio, que no caso já aconteceu...- Vamos! Não faça essa cara!
       - Que cara? Está tudo bem, Lucy. Não se incomode comigo. Vai viver seu sonho, menina!
       - Tem certeza?
       - Claro.
       - Então me dá um abraço, vai!- corro em sua direção para que ele não fuja.- bem apertado, maninho!- digo aos risos.
       - Cai fora, garota! Vai sujar minha roupa, sua louca! - Daniel berra ao perceber que seu maior medo já tinha acontecido.
       - Foi mal. Você sabe como eu gosto de abraços apertados, né Daniel.- encaro sua calça jeans nova e sua blusa pólo branca também consumida pela tinta fresca.
        - Você vai pagar e sabe disso.
        - Sua ameaças são como doces pra mim. Digo provocando-o.
        - São 02:00 da manhã! Você não tem que dormir não?- Daniel fala enquanto tira a camisa recém suja.
        - Como eu já disse… tenho muito trabalho para fazer. Não tenho tempo para dormir
        - E olha que não é médica, hein! Mas vê se descansa.- ele diz já estalando seus lábios na minha testa novamente para se despedir.- Boa noite, maninha.
        - Boa noite, Dan.- retribuo com um leve sorriso.
        Depois de um bom tempo pintando meus quadros, o cansaço me venceu e meu corpo pede cama. Entretanto, sinto algo diferente no ar. Um calafrio percorre em minha pele. E novamente aquilo acontece. Não sei mais onde estou e nem quem eu sou. Só ouço gritos de uma garota. Um rosto familiar. Aquele o qual eu nunca vi pessoalmente. Sinto desespero, mas não sei como ajudá-la. A imagem aos poucos se torna borrões até que volto ao tempo real, na minha vida real.
       Olho ao redor vendo se as coisas ainda estavam em ordem, quando me deparei com minhas mãos ainda sujas de tinta preta em cima de um quadro assustador. A figura de uma menina adormecida na sua cama aterrorizada e um vulto preto querendo tomar seus sonhos. O rosto da menina transparecia desespero e sofrimento. Observei aquela imagem por um bom tempo, mas o medo me consumiu quando consegui ouvir "matarei cada uma de vocês, quando chegar a hora "
       Aquilo não podia estar acontecendo de novo. Não agora…
       
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       Minhas mãos trabalhavam arduamente sem parar. Era mais forte que eu. Não sabia como nem porque, mas aquelas imagens não saiam da minha cabeça. Porém, eu só conseguia realmente vê-las com nitidez quando desenhava. E o mais estranho é que não me sinto totalmente ali. As vezes me perco na noção do que é ou não realidade. Hipinose explicaria um pouco meu estado, mas continuava sentindo…TUDO. Dor, medo e fraqueza.
       Depois de ter passado a madrugada toda nessa aflição, parei quando finalmente pude observar o que tinha feito. Ainda tremia com as maos segurando os pincéis apontados para os quadros ao meu redor. Figuras obscuras e símbolos sem sentido, era o que continha neles.
       Mas algo cheio de cor chamou minha atenção. Olhos profundamente azuis me fitavam e encará-los me trazia dúvidas que eu nem mesmo podia formular. Aquela imagem me dava sensações estranhas e não sei se são boas. Eram tão azuis quanto o mar e tão intensos quanto a noite.
       Já com as outras pinturas parecia que nada tinha sentido. Suas formas não diziam nada com nada. Em uma tela menor encontrei uma imagem que parecia um brasão com um triângulo no centro e a lua, o sol e a estrela ao seu redor. Dentro dele ainda tinha um homem com um cetro em suas mãos. A diferença das figuras eram tão grandes que me instigavam cada vez mais.
        - Me diga que você dormiu e não passou a noite toda aqui- Daniel falou com um tom cansativo e zangado, e ao mesmo tempo me pegou de supetão suspendendo meus devaneios . Ele estava todo arrumado e seu Look era uma calça social cinza com uma camisa azul bebê. Seu jaleco se encontrava apoiados em seu próprios braços e sua gravata preta constratava com seus olhos escuros. Ele era lindo, mas não dizia isso com frequência… o indivíduo já fazia isso por si só -  Sabe que tem que ter no mínimo 8 horas de sono, né. Lu, você não é mais uma criança pra eu tomar conta do seu horário de dormir!
       - Exatamente. Não sou mais uma criança! Não precisa se preocupar tanto assim comigo. Eu sei me virar, Dan.- dizia em quanto molhava o meu rosto na bica onde lavava os pincéis.
       - Tudo bem, tudo bem. Eu já estou bancando o irmão chato, mas tente me entender…- ele suplicava com os olhos e um sorriso de afeto transpareceu em meu rosto
       - Seu bobo.- falo ao me aproximar dele e lhe abraço fortemente.- Ando meio nervosa, por isso não consegui dormir.
       - Mas já está melhor?
       - Sim. Pelo menos eu espero.- desvencilho-me dele é digo a última frase num sussuro.
       - Está acontecendo algo, Lucy?- ele me pergunta com a preocupação estampado na sua face. Pensei até em mentir ou não contar completamente a verdade, mas afinal, desde quando eu conseguia esconder algo de meu irmão?.
       - Elas voltaram, Dan. As vozes, as imagens, as sensações. Estão cada vez mais frequentes e mais fortes. E eu tenho medo de ficar maluca ou já estar!- falava colocando as mãos na cabeça para amenizar  minha aflição ao recordar desses momentos.
       - Deixa eu te ajudar, Lu! Eu conheço muitos médicos amigos meus que poderiam ver o seu caso.
       - Nós já tentamos, não lembra? Não vou passar meses numa clínica novamente para não ser curada! - meu coração já estava acelerado só de lembrar daquele lugar.- Eu tenho medo, Daniel. Pois acho que você não pode me ajudar. Ninguém pode.
  
       
       
     
      


Notas Finais




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