História Ouija(Terror) - Sangue

Porque eu fui nesse chalé? Era férias normais, ou não...

                   *FlashBack ON*

Quando falei aquilo foi como se tivesse jogado um balde de água fria em todos, ficamos em silêncio apenas ouvindo as ondas até Scott falar:

-Ele deve estar tomando banho, certo?

Eu realmente queria achar aquilo, mas dentro de mim eu sabia a verdade, todos sabiam, mas não queriam falar ela ou até mesmo acreditar nela:

-Fiquem aqui, irei procurar ele, certo?

Eles concordaram com a cabeça, sai daquela sala e fui ao quarto dos garotos, meus passos na madeira faziam altos barulhos, a madeira rangia, olhei o quarto bagunçado, nada, nenhum sinal que Guilherme estava ali, fui ao nosso quarto, nada ali também, eu estava começando a ficar preocupada.

Segui para o banheiro, ouvi um pingado lá dentro, abri a porta que fez um ruído, assim que entrei me deparei com a cena mais horrível de minha vida, Guilherme estava na banheira sem os olhos, parecia que foram arrancados a força, sua garganta fora cortada, aonde pingava sangue, e enchia a banheira nas paredes estava escrito:

MORTE

O cheiro doce de sangue pairava no ar, eu estava enojada com essa cena, eu gritei, meus amigos vieram correndo e viram aquela cena horrenda e me tiraram dali ainda abalados, eu decidi falar com Leo:

-Nós temos que falar com ele

-Porquê?-Falou Carol chorando

-Para sabermos o porque disto

-Entendo, mas eu não quero jogar mais

-Eu jogo

Andei ate o tabuleiro no chão e coloquei o dedo na seta:

-Leo, esta ai?

"Sim"

-Porque fez isso?

"V-I-N-G-A-N-Ç-A"

-Já entendemos, você vai matar ate Carol morrer?

"S-I-M"

De repente a seta saiu do tabuleiro

-Bosta, vão para o circulo de sal

Levantei e puxei meus amigos para o circulo de sal, foi por muito pouco, atrás de nos senti um vento gelado e alguma coisa colocou a mao em mim antes de eu entrar no circulo, uma mao pegajosa e fria, com unhas grandes e fedorentas.

Ao meu ombro ouvi uma respiração gélida que me arrepiou toda, a criatura respirava ofegante, não ousei me mexer, apenas mexi um pouco a cabeça e vi uma criatura horrível, era um demônio, não um espirito e sim  demônio, aqueles que você ouve falar na Bíblia, mas muito pior, as suas costas podiam se ver grandes asas negras, seu corpo, era algo impossível de se explicar, era tendões e músculos, seus olhos eram negros, ele era o dobro do meu tamanho, ele abriu a boca e eu vi fileiras de dentes amarelados com restos de sua ultima refeição esmigalhado na gengiva.

Ele me olhava ate que ousou falar, mas ele não falou, um som agonizante saiu de sua boca me fazendo tapar as orelhas, era um som direto do inferno, lamentações de mortos no inferno, sendo torturados.

-R-ruby?-Falou Carol tremendo

-Shhh...-mandei ela ficar quieta

A criatura foi para cima de nós, mas a barreira de sal o impediu, era como se houvesse vidro entre nos, uma barreira inquebrável, ele fez novamente o som tentando quebrar o sal, mas ele não conseguia.

Ate que o vento quebrou a barreira, estávamos desprotegidos

-CORRAM!-Gritei

Eu e meus amigos saímos correndo ate a porta,  me concentrei na porta tentei abri-la, mas estava trancada, tentei de novo, e a criatura se aproximava de nos, mancando e indo calmamente como se não tivesse pressa em nos matar.

Corremos ate o quarto e fechamos a porta, ouvimos a criatura e seu grito indo mais próximos de nós:

-R-Ruby, e agora?

-Não sei...

Até que lembrei, algo que afasta demonio mas eu não lembrava, algo tinha que afastar ele, o sal era eficaz, mas tinha ficado na cozinha, ferro?Ferro impediria ele?

-Alguem tem algo de ferro?

-Eu tenho um colar, serve?-Falou Liza

Se conseguíssemos colocar aquele colar no demônio, algo adiantaria

-Serve, me de

Ela me deu, ele era simples, de ferro com um rubi no meio, atrás tinham algumas palavras as letras estavam apagadas, não consegui ler nada, a porta foi arrombada, a criatura tinha chegado, não tínhamos tempo.

Eu pensei na coisa mais imbecil a se fazer, corri na direção dela, ela não estava preparada para isso, enfiei o colar em sua cabeça, ela não poderia se mexer, certo?

Ela me olhou sem entender e me atacou, sua unha arranhou meu abdômen onde me rasgou por inteira, estava sangrando muito, cambaleei para trás, ela foi em minha direção mas Liza apareceu e enfiou uma haste da lareira na criatura, Liza pegou minha mao enquanto o demônio ficava atordoado, corremos comigo pingando sangue e mancando, voltamos para a cozinha e pegamos o sal, fizemos um circulo bem grande e fechamos a janela, quando a criatura saltou do segundo andar para o primeiro, estava jorrando sangue negro e estava irritada.

Agora entendia o porque do colar não ter dado certo, é obvio, atrás dele estava escrito: Made in China

Não era ferro real, não acredito, fui burra a esse ponto, a criatura rondava a gente, tínhamos que mata-la, mas como?

No canto da sala vi o tabuleiro, Leo ajudaria, tenho certeza disto, falei para meus amigos:

-Distraiam ele, preciso falar com Leo

Eles não perguntaram o porque, só concordaram, Liza saiu do circulo correndo pela casa e falando:

-DUVIDO TU ME PEGAR, DEMONIO BURRO, LALALALA

Parecia uma criança, a fera desistiu de mim e foi atrás de Liza, corri ate o tabuleiro ainda pingando sangue, e coloquei a mao na seta:

-Leo, como mato esse demônio

A seta foi rápida, era uma situação de vida ou morte:

"E-X-O-R-C-I-S-M-O"

-Como assim?Que exorcismo?Me ajuda

"C-E-L-U-L-A-R"

Não sabia exatamente o que significava, mas peguei meu celular com a mão ensopada de sangue e digitei no teclado um exorcismo, existia só um e estava em Latim:

Exorcizamus te, omnis immundus spiritus,

omnis satanica potestas, omnis incuriso infernalis adversarii,

omnis legio, omnis congredatio et secta diabolica…

Ergo…

Perditionis venenum propinare. Vade, satana,

inventor et magister omnis fallaciae. Hostis humanae salutis.

Humiliare sub potenti manu dei. Contremisce et effuge.

Invocato a nobis sancto et terribile nomine. Quem inferi tremunt…

Ab insidis diaboli, libera nos, domine. Ut ecclesiam tuam secura tibi facias,

libertate servire, te rogamus, audi nos.

Quando recitei as palavras o demônio estava sobre mim até ele gritar novamente e se dissolver em poeira vermelha, depois disso eu cai no chão desmaiando em seguida.

Continua