História Our Best Chance - 22

 Emma, ainda em choque pelo que tinha acabado de descobrir, nem se dá o trabalho de esperar que Tamara volte (essa, saiu da porta assim que percebeu que poderia ser notada ali). Em passos largos, e sem responder a qualquer pessoa que passasse por ela, a loira volta pra sua sala, esquecendo completamente, que David e Mary Margaret ainda estavam lá.

‒ Emma, você está bem? ‒ ela só se dá conta da presença deles, quando sua amiga a chama, trazendo-a de volta a realidade

‒ S-sim. ‒ ela diz, embora seja nítido o contrário. O silêncio paira naquela sala por mais dois minutos, até que ela se arrisca a quebrá-lo. ‒ David, você se lembra o nome do irmão mais velho de Killian?

‒ Irmão mais velho? Como assim? Achei que ele fosse sozinho no mundo ‒ Mary diz, enquanto olha pra seu esposo, esperando uma resposta.

‒ Não é, amor. ‒ David responde ‒ Eu não me lembro, Em. Só sei que tem “ian” no final. ‒ ele esfrega a teste, tentando se lembrar ‒ Talvez seja Brian, Willian...

‒ Liam? ‒ Emma pergunta, quase afirmando

‒ Isso. ‒ David confirma

‒ Espere... Liam não é o nome do cara com quem você estava saindo, Em? ‒ Mary Margaret parecia confusa com toda aquela situação.

‒ É exatamente, ele. ‒ a voz da loira demonstra certo desapontamento.

‒ Não entendo... Porque você...

‒ Eu não sabia quem ele era. ‒ Emma interrompe-o, tentando se defender. ‒ Na verdade, nem sei porque ele quis esconder isso de mim.

‒ Acho que está na hora de você descobrir, né? ‒ David aponta pro celular na mesa, que estava vibrado, mostrando na tela o nome de Liam.

‒ Eu não tenho condições de atender ele agora. ‒ ela alterna o seu olhar entre David e Mary Margaret

‒ Você não precisa fazer isso. ‒ o loiro pega o celular, desligando-o. ‒ Mas saiba que uma hora terá que fazer.

‒ Sim eu sei. ‒ Swan passa a mão por seu cabelo, tentando se acalmar. ‒ Que tal se continuarmos com o assunto da compra do apartamento?

‒ Se isso te deixar mais aliviada. ‒ Emma concorda ‒ Então, se você realmente estiver desposta, podemos concluir essa compra e dentro de três dias, esse apartamento será seu.

‒ Mas é claro que eu quero.

Três dias depois

‒ Você tem mesmo que ir? ‒ Cora estava inconformada com a decisão de sua filha.

‒ Mãe ‒ Emma segura as duas mãos dela ‒ Eu não estou voltando pra Nova Iorque, só estou mudando pro meu apartamento.

‒ Agora quem vai fazer as torradas do meu neto, pela manhã? ‒ Cora parecia criança, e Emma se controlava pra não rir dessa situação.

‒ Nós duas sabemos muito bem, que não era você quem fazia.

‒ Porque não me deixavam. ‒ ela faz beicinho. ‒ E a sua fica toda queimada.

‒ Ta certo. ‒ ela é obrigada a concordar com sua mãe. ‒ Mas você poderá nos ver sempre que quiser. Inclusive sempre comprarei torradas.

‒ Vou pedir que a Anne vá lá semanalmente pra te ajudar com a organização da casa

‒ Não precisa mãe. ‒ Cora abra a boca pra protestar, mas é interrompida por sua filha ‒ Já estou crescida e tenho um filho. Posso me virar muito bem sozinha.

‒ Odeio esse seu jeito independente, que não deixa ninguém cuidar de você. ‒ Emma ri de sua mãe, e deposita um beijo em sua testa.

‒ Agora preciso ir. Henry está louco pra saber como ficou o quarto dele, e bom, quero deixar tudo arrumando antes que ele chegue da escola. ‒ Cora faz o sinal da cruz na frente de sua filha, e lhe dá um abraço.

‒ Não esqueça que a mamãe te ama.

‒ Eu sei disso, mãe. ‒ Se tem algo que Emma tem certeza na vida, é do amor materno. Afinal, desde pequena, ela sempre a tratou como uma verdadeira princesa. ‒ Diga ao papai que estou esperando ele lá um dia desses, pra jantarmos.

‒ Espero que o convite também se estenda a mim. ‒ Cora diz mais alto, pois Emma, já estava longe

‒ Claro que sim, ciumenta. ‒ ela joga um beijo pra sua mãe, e dá partida no carro.

Por sorte, David tinha lhe oferecido ajuda pra transportar suas coisas até o apartamento. Ela estava levando poucas coisas, já que Mary Margaret resolveu vender-lhe até mesmo as mobílias. Após alguns minutos no trânsito, a loira já se encontrava na frente de onde, a partir daquele dia, seria sua nova residência. Ela abre um sorriso animado.

‒ Bem-vinda a sua nova casa senhorita Swan! ‒ David diz todo alegre, ao passar pela hall de entrada, e vê-la.

‒ Obrigada Senhor Nolan. ‒ ela se aproxima pra lhe dar um abraço.

‒ Suas coisas já estão lá em cima.

‒ Nossa, você me ajudou bastante hoje.

‒ E sempre te ajudarei, cisne. ‒ Emma faz careta ao ouvir esse apelido que ela detesta, e David começa a rir. ‒ Preciso ir agora, Mary Margaret está começando a ter os primeiros enjoos da gravidez, e bem, quero estar lá, caso ela precise.

‒ Você com certeza será um pai incrível. ‒ ele sorri em agradecimento. ‒ Está liberado por hoje. ‒ ela diz debochando.

‒ Até mais. ‒ ele deposita um beijo em sua bochecha.

Já sozinha, Emma começa a organizar as coisas pela sala. A maioria dos móveis estavam cobertos por lençóis brancos´pra evitar que ficassem velhos, já que Mary Margaret pensava não conseguir vender o apartamento tão cedo. Assim que termina de arrumar as coisas naquele cômodo, a loira se joga no sofá, que agora, ela poderia chamar de seu.

Por alguns minutos, ela fecha os olhos, aproveitando pra viver esse momento de tranquilidade, antes que Henry chegue, todo serelepe. Mesmo estando de olhos fechados, a loira começa a ouvir passos de alguém entrando pela casa.

‒ Bem-vindo ao seu novo lar, Henry. ‒ ela diz, sem se mover do sofá e sem abrir os olhos.

‒ O apartamento está lindo ‒ a loira rapidamente abre os olhos ao perceber que a voz não era a de seu filho. ‒ Desculpe, não quis te assustar Emma.

‒ O que você tá fazendo aqui? ‒ ela se levanta rapidamente, cruzando os braços na frente de corpo, como se quisesse se proteger da presença dele.

‒ Eu te procurei na revista, e me disseram que você estava mudando, então, peguei o endereço com a Ella.

‒ Porque você não me disse que era irmão do Killian Jones, Liam? ‒ Emma mantém a mesma posição de antes, esperando uma resposta do homem em sua frente.

‒ Irmão de quem? ‒ Liam se faz de desentendido.

‒ Não disfarça, porque eu já descobri a verdade, Liam. Então chega de enrolação e me fala logo, porque você me escondeu isso? ‒ o loiro de olhos esverdeados estava tão sem graça, que nem conseguia encarar a mulher em sua frente.