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História Our Diary - Com a benção dos Choi


Escrita por: paansy

Capítulo 16 - Com a benção dos Choi


— Vitamina pra gado? — O senhor Choi franziu as sobrancelhas ao ler o embrulho que o filho levou para casa. — Que gado? Você e Minho?

Jaebum tampou os lábios, tentando esconder a risada. Ia se controlar perante os Choi, principalmente naquela situação. Youngjae parecia realmente vencido pelo senhorzinho baixinho. Aceitou o pedido errado e foi embora. O Im até tentou contornar, mas ele só o puxou e disse que Minho resolveria depois.

Ficou bem visível que ele não tinha paciência alguma. Anotou mentalmente. Choi Youngjae era um sujeito totalmente impaciente.

— Ele não me entendia e não me escutava. — Explicou-se, injuriado. — O hyung tentou também, mas ele não ouviu. — Fez um bico chateado e viu o policial assentir, ainda engolindo a risada. — Pensei até que fosse alguma piada sua e do Minho hyung.

— Larga de ser bobo, garoto. — Resmungou, jogando o pacote em cima da mesa de centro. — Resolvemos isso depois. — Apontou para o filho que assentiu. — Agora me apresente esse homem, Youngjae. Espera que eu diga a ele o quanto você repete o nome dele em preces e por isso o conheço?

Aya! Pai! Sério isso? — Gritou envergonhado, empurrando o empresário que ainda mantinha a expressão séria, mas se divertia vendo o rosto vermelho de seu garoto. — Qual o seu problema? Sério. Não acredito. — Resmungou completamente fora de si.

Agora, pronto, não bastando a vergonha na rua, tinha que passar vergonha dentro de casa. Quando começou a achar que Buda gostava um pouquinho de si... acontecia isso. Fala sério. Será que não teria férias daquele karma? Não dava mais. Precisava de tempo para se erguer dos tombos que a vida vinha lhe dando.

Era cada rasteira, rapaz... estava tonto só de lembrar.

— Muito prazer, senhor Choi. Meu nome é Im Jaebum. — Curvou o corpo longamente, em um cumprimento respeitoso ao homem que o mediu por completo. — Peço perdão por não ter trazido nada, mas é que...

— Hyung, tá tudo bem. — O mais novo tocou no ombro do mais alto, sorrindo pelo modo que ele estava agindo. — Meu pai é um velho homem caipira, não liga muito pra essas formalidades. — Garantiu para o moreno que levantou e o olhou ainda inseguro.

Estava temendo realmente que aquele homem, mais alto que si, não gostasse de sua personalidade ou algo assim. Céus. Devia ter se arrumado melhor, estava parecendo um cantorzinho falido de rock ‘n roll. Lambeu os lábios e piscou os olhos rapidamente, tentando ganhar um pouco de confiança.

O pai de Youngjae precisava sentir que podia confiar o filho a suas mãos, e, por isso, não podia mostrar-se um bastardo inseguro.

— Vamos para meu escritório, Im Jaebum. — Chamou o policial que assentiu e limpou as mãos, suadas, no jeans. — Youngjae não sabe parar de falar e vai atrapalhar nossa conversa.

— Pai. — Chamou enquanto segurava em uma das mãos de Jaebum, não querendo deixá-lo ir. O mais velho encarou o filho que parecia assustado. — Não precisa sair daqui. — Disse baixinho, sentindo o polegar do mais alto lhe fazendo carinho na mão. — Prometo ficar quieto.

Ele negou e indicou a cozinha com a cabeça.

— Ajude sua mãe a terminar o almoço, logo estaremos de volta. — Garantiu em um tom tranquilo para que seu caçula ficasse menos medroso. Riu pelo choramingo que recebeu. — Ande, Jae, solte o rapaz, deixe-o.

— Não. — Manhosamente envolveu o braço do outro que riu fraquinho e virou um pouco, deixando um beijo na imensidão castanha.

O Choi sentia o corpo forte tremendo e sabia que Jaebum estava nervoso. Ele mesmo disse. Não queria deixá-lo ir porque queria estar perto para poder passar alguma calma ou segurança. Conhecia seu pai e sabia que ele não ia ser malvado ou humilhar o Im, mas ainda assim, só... só queria que ele se sentisse confortável. O problema não era a conversa de seu pai com ele, mas seu bem estar.

Não queria que o policial ficasse nervoso ou acuado. Isso o fazia mal, bem lá no estômago, ficava enjoado e com vontade de abraçá-lo até que ficasse tudo bem.

— Youngjae, solta. — Pediu, um pouco mais firme.

— Está tudo bem, uh? — A voz rouca soou carinhosa e, com a mão livre, ele tocou o rosto de bochechas fofas, acariciando ali. — Vá ajudar sua mãe, logo estou de volta. — Garantiu com um sorriso sem mostrar os dentes e viu o olhar preocupado do menor. Suspirou e lhe deu um beijo na testa. — Estou bem, pode ir. — Disse honesto, mas não convenceu.

Youngjae só o deixou ir porque sabia que não podia escapar e nem tinha para onde. O que lhe confortava o coração era ver que Jaebum, ao contrário de Yongguk, não parecia ter medo de seu pai, mas, sim, medo de não conseguir fazer com que ele gostasse de si. Porque, assim, na cabeça do guardinha não efetivado, era muito mais fácil não agradar do que o contrário.

Quase não tinha amigos – exceto por Mark, seu melhor amigo da época de escola e Jinwoon. Relacionamentos... pouquíssimos e raros. Não sabia muito bem como desenvolver uma conversa, era meio na dele. Só que precisava. Dessa vez usaria Youngjae como incentivo, porque era por ele que precisava de uma avaliação positiva.

Mesmo se o pai dele não aprovasse ou algo assim, continuariam se gostando e tentando dar certo, esperava ele. Mas se os pais dessem o aval, então seria tudo tão melhor e mais fácil.

Sangwoo o levou para o escritório, um cômodo muito bem decorado. Não parecia um lugar convencional de negócios, era muito informal para isso.

— Belo escritório, senhor Choi. — Elogiou ao analisar o lugar. — É muito bonito.

— O irmão de Youngjae, Minho, é formado em arquitetura. — Contou com grande orgulho e Jaebum assentiu. O que havia falado sobre família bem sucedida? Era exatamente isso. — Pegou meu escritório como cobaia, hoje ele pouco liga para a própria casa em que vive. — Resmungou antes de se sentar na enorme cadeira de couro confortável. — Sente-se, por favor, Im Jaebum-ssi. — Indicou uma das cadeiras à frente da mesa de vidro.

Curvou-se rapidamente em agradecimento antes de sentar e manter sua postura. Estava com a coluna reta, as pernas juntas e as mãos sobre os joelhos. Parecia a droga de um garoto assustado querendo botar moral. Céus, a quem queria enganar? Era um fracasso.

Pelo menos, para o mais velho, ele era fofo.

— Pode parecer um tanto antiquado para os jovens de hoje serem chamados para conversar com os pais de seus pretendentes, mas — Respirou fundo e juntou as mãos sobre a mesa, olhando para o rosto sério do mais novo. — eu sou um homem velho. Fui nascido e criado em uma fazenda, sou um bom e velho homem do interior, com costumes antigos. — Jaebum assentiu compreensivo, relaxando um pouco com o tom amigável do homem. — Gosto de preservar essa tradição porque é do meu interesse saber onde o coração dos meus filhos está.

— Perfeitamente compreensível, senhor Choi. — Concordou sem pestanejar. — Não acho o senhor antiquado, acho uma bela atitude.

Assentiu após estudar as palavras do moreno de olhos inchados. Notou que ele havia sido honesto e não apenas concordado para fazer cordialidade. Estava gostando do comportamento.

— Você deve saber que, na nossa sociedade, não é muito bem aceito um homem se relacionar com outro. — Entrou em um mérito delicado e o Im assentiu, um tanto ressentido pela memória de vários nomes “queridos” que se encaixavam naquela sentença. — Eu ganhei dois filhos que, infelizmente, não são bem aceitos na maioria dos lugares que chegam e espero que, com isso, entenda minha preocupação de pai. — E no olhar do pai de Youngjae, Jaebum sentiu amor. Ele podia sentir e isso era bonito.

A maneira que ele falava dos filhos, era doce. Ele podia sentir, dentro do coração, todo o apreço que tinha. Amava mesmo Minho e Youngjae, com tudo aquilo, ele os amava. Não era questão de apenas aceitar ou respeitar, ele os amava. Sentia falta disso diversas vezes. Sabia que seu pai não o “amava” daquela forma, mas o respeitava, era o máximo que conseguia ir.

Estava feliz com isso, mas às vezes... bem, às vezes ele queria sentir aquilo que sentia quando olhava para o pai daquele tagarela sem limites.

— Antes de falarmos do mais importante, eu gostaria de conhecê-lo melhor. — Recostou-se na poltrona e analisou o moreno de topete que assentiu. — Me fale sobre você.

Jaebum respirou fundo e aqueceu rapidamente a voz antes de começar. Seria totalmente honesto e esperava que fosse compreendido.

— Eu tenho vinte e um anos, moro no subúrbio de Bucheon, tenho três irmãos, mas — Coçou a nuca. Como explicar? — Apenas um é meu irmão 100% biológico, meu pai teve outro relacionamento e então tenho outros dois irmãos. — Esperava que o senhor Choi não o questionasse nada de família porque a sua era uma zona. — Minha família tem uma rede de oficinas mecânicas, meu pai e meu irmão mais velho são realmente bons no que fazem. — Disse orgulhoso do bom trabalho dos Im e viu o homem assentir compreensivo. — Eu sou policial, entrei faz alguns meses na academia de polícia, ainda estou em processo.

— Por que não seguiu a mesma profissão que seu pai e seu irmão? — Questionou curioso e o menor deu de ombros, sem ter uma resposta boa.

— Não era o que eu queria e por isso decidi não perder tempo.

— Você se considera uma pessoa ambiciosa, Im Jaebum-ssi? — Perguntou analítico e viu o homem sorrir relaxado, visivelmente mais tranquilo.

— Se eu quero algo, então o senhor pode ter certeza que não vou abandonar, seja lá qual for a dificuldade. — E a ambiguidade daquela resposta fez o empresário assentir, rindo baixo por entender o recado.

Então aquele policialzinho a lá segurança de parquinho infantil estava deixando subentendido que não desistiria de Youngjae mesmo se ele não permitisse o relacionamento? Certo... corajoso.

— E quais os planos para o futuro? — Perguntou interessado. — O que pretende fazer a longo prazo?

— Não costumo planejar muito o que vou fazer porque meus planos podem mudar de acordo com as escolhas que vou fazendo no presente, mas eu pretendo me alistar no exército e fazer carreira militar.

— E o Youngjae?

— Desculpe? — Não entendeu o que ele queria dizer. O que tem Youngjae?

— Fazendo uma carreira militar, você pode ser transferido de lugar. — Arqueou o cenho. — E você está na minha casa, querendo o meu filho. — Raciocinou e o policial foi acompanhando. — Então, o que pretende? — Cruzou os braços sobre o suéter azul marinho, encarando-o. — Vai terminar com ele quando isso acontecer?

— Ele virá comigo. — Disse tão certo que o Choi ficou estático. — Não pretendo deixar seu filho para trás, senhor Choi. Eu gosto dele o suficiente para querer que ele vá comigo pra qualquer lugar que eu for! — O tom forte e sério do rapaz tão jovem, mas tão cheio de responsabilidades, chamou a atenção do mais velho. — Não vejo Youngjae como passatempo ou algo sem compromisso, eu garanto que não. — Ajeitou a jaqueta e suspirou. — Gosto do seu filho e quero cuidar dele, dar o que ele precisa e estar com ele em todos os momentos.

— E se não der certo?

— Senhor, honestamente, — Riu fraquinho e negou. Não pensava naquela hipótese. — só não vai dar certo se Choi Youngjae não me quiser mais algum dia porque eu vou querê-lo daqui até perder meu rumo da sanidade. — Continuou rindo daquilo, porque parecia tão lógico em sua cabeça.

Sangwoo parou um tempo para raciocinar e lambeu os lábios. É... o garoto era intenso. Conhecia seu filho como a palma de sua mão e sabia que ele também era. Aquela conversa não era como a que teve com Lee Taemin. Apesar do dançarino ser muito maduro e certo do que queria, ainda tinha aquela timidez e falta de tato, mas Jaebum não. Ele já havia o enfrentado ali por três vezes, como se quisesse demarcar a linha de propriedade afetiva com seu caçula, seu bebê.

Agora o Im estava mostrando que, apesar da pouca idade, ele estava disposto a tudo. Gostou disso.

— Youngjae não é como as outras pessoas que se relacionou, pode ter certeza disso, Im.

— Eu tenho e sei disso.

— Ele é uma pessoa totalmente frágil e carente. — Disse sério, atraindo a atenção total de Jaebum. — Youngjae é muito delicado, como se fosse um vidro bem limpo e fino. Uma palavra, olhar, gesto que ele interprete mal, já desencadeia uma série de problemas na mente dele. — Explicou o que o mais novo já sabia porque foi vítima dessa situação. Ainda era novo nisso. — Ele é alguém assustado por natureza e isso o deixa mais frágil ainda. — Suspirou. — Pra ficar com ele, tem que amá-lo, porque ele precisa disso. Ele... — Gesticulou nervosamente e o policial assentiu. — sabe? Ele não se dá bem com metades, ele precisa de chão firme pra pisar, ele precisa de segurança, ele precisa de algo que o acalme e o faça se sentir o homem mais bonito e especial do mundo. O que ele é.

Entendia todas as palavras do mais velho porque tinha sofrido aquilo com o Choi. Sabia que ele era sensível e suscetível a sofrer sendo vítima de sua própria mente e isso era triste, pelo menos ficava muito triste não podendo ajudá-lo com aquilo. Quer dizer, estava se colocando para ser o muro de sustentação dele, mas ainda precisava aprender como fazê-lo.

Sabia que para manter um relacionamento saudável, precisava mudar coisas em si também. Precisavam se encaixar.

— Eu sei disso, senhor. — Curvou a cabeça respeitosamente e ouviu a respiração pesada do outro. — Se me permite perguntar e não for muito invasivo... — Voltou a olhá-lo nos olhos. — aconteceu algo para deixá-lo dessa maneira?

O velho homem assentiu um tanto incerto e passou a mão no cabelo escuro com fios grisalhos.

— Youngjae sempre foi muito... gordinho, sabe? Sempre foi uma criança comilona e, além disso, era extremamente agitado e falante, não tinha muitos amigos no colégio. — Riu fraco. — Os meninos no interior gostam de esportes, mas ele nunca foi muito fã. Até acompanhava Minho no futebol, mas preferia aprender algum instrumento e ficar lendo mangá no quarto. — Relatar a infância de Youngjae daquela maneira, deixava Jaebum um pouco triste. Então ele era uma criança excluída? — Ele frequentemente reclamava que não gostava de ser do interior porque ali não fazia nada, não tinha amigos e todos o achavam esquisito e feio.

Negou fraco e sentiu muito por aquele menino, que sempre parecia tão feliz e agitado, ter que passar por aquela situação desconfortável. Crianças podem ser más quando querem e isso lhe quebrava o coração. Também foi uma criança meio excluída, mas ninguém se metia a besta consigo.

Era conhecido como “Im Jaebum, o esquisitão com cara de mal”, então ninguém se atrevia a se aproximar.

— Eu e a mãe dele notamos que ele vinha tendo pesadelos todas as noites e isso nos deu uma força para sairmos de Mokpo de uma vez por todas. — Ajeitou-se na cadeira, parecendo desconfortável com o assunto. — Minho já estava aqui, então foi mais fácil a adaptação. Mas a cidade grande pode ser um pouco mais cruel...

— O que aconteceu? — Perguntou inseguro de querer saber e ficar mais triste.

— Quando chegamos aqui, o colocamos em um acompanhamento nutricional e psicológico, ele tinha quinze anos. — Olhou para o policial que assentiu, acompanhando a história. — Ele queria emagrecer a todo custo, fazia dietas loucas; e queríamos que os pesadelos parassem porque Youngjae mal dormia à noite, Jaebum. Ele não conseguia. — E vendo os olhos tristes do pai do menino, notou o porquê de ele ter pais tão protetores. — Construímos um altar para o Buda no quarto dele e rezamos muito para isso acabar, porque não era justo, entende?

Assentiu e abaixou a cabeça por um momento, olhando as mãos sobre o colo. Gostava tanto do Choi, queria tanto que ele não precisasse passar por aquilo. Não lhe parecia justo um ser humano ser colocado sobre essa pressão psicológica. Talvez fosse por causa do peso que Youngjae havia desenvolvido anemia? Não sabia...

Mas a insegurança... agora entendia. Podia entender. E entender Choi Youngjae doía um tanto.

— Youngjae passou a odiar ser do interior quando seu dialeto foi motivo de piada por todo o resto de seu ensino médio. — Riu fraco, triste. — Ele não abria a boca fora de casa, tinha vergonha.

— Que idiotice, caralho. — Resmungou e quando se tocou que havia xingado, cobriu os lábios e abriu bem os olhos. — Me perdoe, senhor Choi. — Curvou a cabeça envergonhado, quebrando um pouco o clima triste. O homem riu.

Concordava com Jaebum acima de tudo.

— Tudo bem, garoto, é uma idiotice mesmo, não? — Ainda ria quando retomou a história alguns segundos depois, vendo o rosto pálido do convidado, completamente vermelho. — As coisas melhoraram um tanto quando Minho aproximou o irmão de Taemin e seus amigos. Existe um deles, Kibum, o nome. Ele é... — Massageou as têmporas, parecendo exausto só de citar o nome do loiro. — impossível. — Negou, suspirando. Ele era mesmo. — Ele é um sujeitinho... — E aquele dialeto usado, o sotaque, fê-lo sorrir. Porque lembrou de Youngjae bravo.

Pela primeira vez durante aquela história um tanto triste: sorriu. E o motivo foi Youngjae, mesmo ele nem estando ali.

— Taemin o ajudou a aperfeiçoar a fala e Kibum foi o lapidando, ensinando cada vez mais essa defesa pessoal que ele tem. — Pensou um pouco. Será que Youngjae aprendeu certo? Tinha lá suas duvidas. — Talvez um pouco defasado, mas ainda assim... — Começou a rir e Jaebum o acompanhou, mais alegre de terem passado da história ruim. — eu nunca vi meu filho tão fora de si e ao mesmo tempo, tão feliz, quanto agora. — O tom se tornou mais delicado enquanto encarava os olhos pequenos do oficial. — Eu estou preocupado com isso, Jaebum-ssi. Isso é perigoso.

— Senhor. — Engoliu em seco e ajeitou as costas na cadeira de couro. — O seu filho salvou a minha vida. — Disse sério e o mais velho franziu o cenho, não entendendo. — É tudo uma merda pra mim, sabe? Meus familiares me detestam, meu pai me cobra muito, meu irmão... — Riu fraco e negou. — a gente não se gosta muito. Eu sou feito de capacho na delegacia e isso tira toda força que eu tenho, honestamente. — Foi sincero e obteve a atenção em totalidade do futuro sogro. — Estava tudo uma merda até Choi Youngjae aparecer. Ele... — Riu sozinho com as próprias lembranças. — ele me fez querer acordar todos os dias até agora. Seja para tentar entender sua mente doida ou para simplesmente ir até ele, vê-lo. Eu olho pra ele e, em tudo, eu vejo graça. Adoro o som de sua voz e do dialeto dele, é adorável como ele fala confortavelmente quando está muito agitado. Eu gosto do modo como me olha, como se eu fosse alguém, entende? — Piscou rapidamente os olhos, agitado. O senhor Choi continuou o avaliando. — E eu não sou ninguém. — Sua voz sumiu e uma emoção estranha lhe travou a garganta, seus lábios tremeram. — Eu não tenho nada para oferecer além de todo esse sentimento que vem crescendo dentro de mim e ele aceitou isso, senhor Choi. — Engoliu a seco, tentando não ser um chorão e acabar estragando tudo. — Ele me aceitou e me quer, desse jeito, sem nem me perguntar sobre o amanhã, ele segurou a minha mão e diz que sou o muro de sustentação dele, mas — Negou e fungou. — ele que vem me sustentando até aqui.

O homem nada disse, respeitou o momento do Im, ele parecia um pouco emocionado demais e, por isso, deixou alguns segundos passarem. Não conseguiu olhá-lo também, porque sabia que a sinceridade usada o deixaria envergonhado. Por um lado, seu coração de pai ficava extremamente feliz por sentir que seu filho estava em boas mãos, mãos que não iam deixá-lo. Sabia que Youngjae precisava de cuidados, mas acabou por sentir que Jaebum também precisava.

Eles dois podiam se cuidar, não é mesmo?

— Jaebum, aprenda uma coisa que seu sogro vai lhe dizer aqui. — Pediu calmo, suave e o mais novo assentiu, limpando o nariz e fungando. — A vida não se trata do quanto você bate, mas do quanto você apanha, sabia disso? — Recitou uma das falas de Rocky e Jaebum riu disso, um pouco menos emotivo. O Choi também sorriu. — É sério. — Falou igualzinho Youngjae falava e isso o fez rir um pouco mais. — Porque quanto mais você apanha, mais você fica resistente, sabia disso? — Arqueou o cenho e o Im assentiu fraco. — É igual comer comida picante, na primeira vez pode parecer incômodo, mas depois você se acostuma e acaba aprendendo a apreciar o gosto da pimenta. — Deu o exemplo perfeito e o policial entendeu o ponto a que o mais velho queria chegar. — O que eu quero dizer é: sua família pode não gostar de você, seu emprego atual pode não ser o melhor do mundo, mas você está construindo seu caminho, está andando em direção a algum lugar e durante essa trajetória, pode ser que as coisas fiquem difíceis, mas — Negou e suspirou. — são as provas que a vida te passa para testar se está forte o suficiente ou ainda precisa caminhar um pouco mais. — Parou um tempo, vendo o olhar pequeno do homem que havia ganhado o coração de Youngjae. E se ele tinha conseguido tal façanha, então era um bom homem. — Não diga nunca mais que “não tem nada”, certo? — Perguntou mais sério e o moreno não entendeu. Sangwoo levantou e arrumou o suéter. — Você tem meu filho e sabe disso. Ele é uma das peças do meu mundo, é um dos pilares dos Choi, então automaticamente você tem os Choi também. — Sorriu amigável e o Im suspirou aliviado, levantando-se rapidamente e curvando o corpo respeitosamente. — Não há pra que tanta formalidade, garoto.

— Muito obrigado pela confiança, senhor Choi. — Agradeceu rindo todo bobo, todo feliz. Havia algo... algo em seu coração... céus. — Por confiar Youngjae a mim e por ter me dado essas palavras bonitas, eu prometo jamais esquecê-las.

— Eu espero que não, Im Jaebum-ssi, porque se pretende mesmo ficar com o meu filho, eu espero que seja um homem cada vez maior e mais forte. — Saiu de seu lugar e parou ao lado do oficial que ainda não o encarava nos olhos. — Posso te dar um abraço? — Ofereceu ao mais novo que estranhou no início.

Sua família era um pouco afastada desses contatos mais físicos. Não era acostumado a ser tocado assim, por abraços e essas coisas. Uma curvatura corporal seria o suficiente, mas, ao que parece, aquela família do interior apreciava bastante o contato físico. Não entendia muito bem, mas respeitava... por isso assentiu e se deixou ser abraçado.

De primeira, não soube como reagir, mas quando notou que estava mais confortável do que esperava estar, relaxou e fechou os olhos. Parecia estranhamente familiar, aquele abraço. Era bom e confortável! Transmitia segurança e isso era... bom, de verdade. Sentia-se querido, mesmo que nem conhecesse o senhor Choi tão bem assim.

Sangwoo abraçou Jaebum como abraçava os filhos, e também Taemin, porque ele agora era um “deles”. O principal motivo daquele abraço, no entanto, era ver nos olhos daquele homem, que ele precisava se sentir querido, menos solitário. Deu leves tapinhas em suas costas e sorriu consigo mesmo.

Se antes ele não tinha uma família que o queria, agora tinha. Oh se tinha. Uma bem grande por sinal...

...

O almoço foi bem bom, na verdade. Jaebum pôde conhecer a senhora Choi e, assim como o patriarca, ela era incrivelmente amigável. Não o deixou servir comida, ela mesma fez um prato e beijou sua cabeça, dizendo para ele se sentir confortável.

Claro que Youngjae ficou constrangido e pediu mil perdões pelo gesto dos pais. Justificou com um: os caipiras são meio sentimentais demais.

Comeram entre conversas legais e leves, nas quais quem falava mais era o mais novo de todos, para variar. Contava como estava sendo seu fim de semestre e também como estava chateado por Joohyun não ter passado em uma matéria. Em poucos minutos de almoço, Jaebum descobriu tantas coisas que ficou surpreso pela comunicação dos Choi ser tão intensa.

Oh, também havia a comida. Era incrivelmente boa e bem temperada. Disparou tantos elogios para a mulher de cabelos curtos em um castanho escuro que ganhou um sorrisão e um “Youngjae, você tem minha bênção”.

Sim, ele quase se engasgou igual na cafeteria e, dessa vez, Jaebum teve que rir porque Youngjae era muito engraçado quando se tratava de seus próprios sentimentos.

— Meu pai colocou essa rede aqui porque a outra, eu e Minho arrebentamos. — Explicou ao mostrar a rede branca, que era larga e mais parecia um balanço. — Acho que temos algum problema mental. — Resmungou.

O mais velho riu e acompanhou os passos do acastanhado até a rede, conhecendo pela primeira vez os fundos da casa bonitinha daquela família. Era consideravelmente maior e tinha dois andares. Tinha o jardim frontal e também o traseiro, onde havia a rede e um gramado extenso com uma bola de futebol largada, assim como uma bicicleta.

Lembrou que Youngjae havia comentado sobre andar de bicicleta, mas ela estar com o pneu furado...

— Não consertou ainda o pneu da sua bike? — Sinalizou o veículo abandonado e ele negou, sentando na rede.

— Depois de todo esse drama da anemia e essas coisas, acabei deixando isso em segundo plano. — Pegou impulso e começou a se balançar. O Im se afastou e ficou exatamente onde as pernas do Choi chegavam. — E o carro? Resolveu com seu pai?

— Uh. — Confirmou, tocando nos joelhos dele, empurrando-o para trás, cooperando com aquele balanço. — Hoje cedo fechamos negócio.

— Isso é legal. — Abriu um sorriso, a franja bagunçada na frente de seus olhos.

Jaebum sorriu ao vê-lo se divertir como uma criança. Mas, contudo, ainda precisavam conversar sobre tanta coisa... só estavam protelando. Achou melhor tomar alguma iniciativa.

— Jae. — Chamou o menor que grunhiu, ainda se balançando e sendo empurrado. — Por que tinha tanta certeza que eu era hétero e namorava?

— Ah. — Não parou de ir e voltar, mas perdeu um pouco a velocidade. — Porque você é policial e também porque você nunca me disse nada ao contrário. — Deu de ombros e parou de vez, firmando os pés no chão e arrumando o cabelo. — E eu também fiquei com medo de você... sei lá... — Mordeu o lábio inferior e desviou o olhar, um tanto sem jeito. Jaebum se aproximou um pouco e ajoelhou entre as pernas do menor, querendo ficar perto. — fiquei com medo de você me interpretar mal, não sei, hyung. Você me deixa nervoso e eu não sabia direito o que fazer. — Desabafou e o Im apoiou os braços nas coxas grossas do universitário, que agora virou os olhos para encará-lo. — Eu só... senti medo e tentei me esconder antes que fosse tarde demais.

— E o tal namoro?

— Oh. — Piscou os olhos demoradamente, rebobinando todos os momentos em sua mente. — Eu te ouvi falar no telefone naquele dia do hospital... Doyeon... — Recitou o nome da garota bem baixinho, sem saber de quem se tratava agora.

O policial riu fraco e negou, abaixando a cabeça, não querendo exibir suas risadas, porque aquilo era idiota demais, mas, ao mesmo tempo que queria chamar Youngjae de bobo, lembrava-se da conversa que havia tido com o pai do garoto. Ele era inseguro e aquilo não era culpa sua.

Por isso engoliu todos os risinhos e levantou o olhar só para conseguir ver os olhos pequenos e tristes do menino. Ele parecia incomodado. Seu coração partiu. Inclinou-se um pouquinho para cima e beijou-lhe os lábios bem devagar, sussurrando um calmo e quase inaudível: “está tudo bem”.

Após alguns segundos de proximidade, afastou-se um pouquinho só para falar e ver a reação do mais novo.

— Lee Doyeon é minha irmã. — Disse divertido e Youngjae pareceu confuso. — Ela é um ano mais velha que o Jeno. É a única menina da família, por isso gosto de cuidar dela, porque Hyunwoo só se importa consigo mesmo.

— Sua irmã? — Perguntou constrangido e o Im assentiu. — Aquela menina é sua irmã?

— Uh, tecnicamente. — Maneou a cabeça. — Somos irmãos apenas por parte de pai.

O acastanhado ficou pensativo por um momento, olhando para as plantas balançando com o vento mais forte. Passou dias se martirizando por uma coisa tão... estúpida. Sentia-se um idiota! Ganhou carinhos leves nas coxas e, por isso, voltou a olhar para o mais alto ajoelhado entre suas pernas. Ainda tinha algumas perguntas.

— Hyung. — Sua expressão curiosa fazia o moreno sorrir todo cheio de adoração. Youngjae parecia uma criança. Sinalizou para ele continuar. — Qual sua orientação sexual?

— Sou pansexual, Youngjae. — Respondeu com naturalidade e o menino ficou surpreso. Esperava ouvir um “bissexual”, mas ganhou uma resposta inusitada. Jaebum riu. — Surpreso?

— Aham. — Grunhiu ainda com aquela expressão de susto. — Mais do que no dia que achei que sua caminhonete era meu uber.

— Tão bobo. — Resmungou rindo e contagiou o mais novo que se sentia muito mais tranquilo por saber com clareza onde estava se metendo.

Não estava mais no escuro e a claridade era muito mais agradável e pacificadora. Estava feliz por estar vendo tudo com perfeição. Levou as mãos até o rosto de bochechas cheias do mais velho, acariciando o local com os polegares. Suspirou.

— Vem cá. Senta comigo. — Chamou carinhoso, mostrando o espaço vago na rede espaçosa.

— Isso não vai cair como aconteceu contigo e Minho-ssi, certo? — Perguntou risonho, virando o rosto e deixando um beijo na mão direita do mais novo que riu lembrando daquela cena.

Foi realmente engraçado. Estavam os dois brigando para saber quem ia ficar lá, mas acabaram ambos no chão, embolados na rede colorida. Negou e Jaebum se levantou, indo para o espaço que havia para si.

— Eu espero que não, mas — Riu baixinho assim que o Im sentou e começou a se ajeitar com cuidado, com medo de caírem. — pelo menos a grama amortece.

Ele apenas riu e envolveu o pescoço do menor, trazendo-o para junto de seu peito, ficando assim. Juntos em um abraço quentinho no meio daquele vento frio de fim de outono. O policial virou o rosto e moveu delicadamente o nariz nos fios castanhos, sentindo o perfume gostoso do shampoo que Youngjae usava. Ele era todo cheiroso, todo bonito... quanta sorte havia tido ao encontrá-lo? Céus.

Por outro lado, o universitário se ajeitou e deixou uma mão em cima do peito do mais alto, os olhos fechados e aquela sensação de calma invadindo todos os seus poros. Não queria falar nada, só queria ficar ali. Para sempre, se possível.

E se tinha como ficar melhor, ficou. O moreno começou a murmurar uma melodia desconhecida pelo garoto que sorriu fraco e foi passeando com a mão espalmada pelo peitoral largo do homem bonito que o abraçava tão bem.

... quando eu te abraço, eu relaxo. Sinto como se abraçasse o universo. — E de repente, a melodia ganhou letras sussurradas e o acastanhado riu baixinho, encolhendo-se manhosamente no abraço do outro que sorriu. — Tudo é como um sonho quando respira ao meu lado, me deixando bêbado com sua respiração. — E a voz tornou-se rouca e quase sem som. Youngjae afastou o rosto só para poder olhar bem nos olhos de Jaebum que não fugiu; ao contrário, sorriu e piscou bem devagarzinho, atento aos olhos bonitos do Choi. — Me abrace com o seu cheiro, mesmo se o mundo acabar, quero te abraçar porque você é quem me faz respirar. — Continuou murmurando a música desconhecida, usando uma mão para afastar os fios da franja castanha que recaía sobre os olhos felinos do mais novo.

Ninguém tinha dito algo tão bonito para si quanto Im Jaebum. Quer dizer, nunca teve relacionamentos duradouros ou sérios no grau de... hum... receber alguma declaração tão significativa. E olha que era um sujeitinho bem romântico e old school, uh? Chegava a ser brega! Mas sempre manteve isso em segredo porque tinha medo de assustar os caras – poucos caras – que se interessavam por mais do que uma noite ou mais do que uma ficada casual.

Só que... aí Buda lhe presenteou com Jaebum, aquele homem surreal de lindo e que, sinceramente, duvidava da existência algumas vezes. Ou pensava que era uma pegadinha da TV consigo. Agora seu coração batia tão forte e cheio de sentimento que chegava a ser idiota.

Ficou olhando para o rosto perfeito do oficial por tanto tempo que provavelmente estava parecendo um lunático. Quer dizer, ele pelo menos achava, só que o mais alto o achava a coisa mais linda e, na ausência de palavras, achou a deixa perfeita para juntar os lábios em um selar demorado. Youngjae retribuiu ainda parecendo aéreo.

Será que Im Jaebum tinha consciência do quanto tinha nas mãos toda a sua sanidade? Ainda mais quando cantava uma coisa daquelas? Pelo Buda sagrado, estava se embolando nos braços dele cada vez mais e mais.

Pareceu acordar um pouco mais quando sentiu a língua quente lhe rompendo os lábios e entrando em sua boca. O primeiro ‘beijo’ deles. Oficial. Isso esquentou a barriga do Choi que finalmente teve uma reação e esta foi imediata: segurou o rosto gélido do Im e o puxou, querendo mostrar que queria tanto aquele beijo que poderia ser patético.

Mais do que já era. Porque, vamos combinar, Youngjae era patético com PhD quando se tratava de um certo guardinha de meia tigela.

Não se importaram com o vento frio gelando suas peles porque o toque das línguas, quase que em um gesto preguiçoso, era quente o suficiente para manter aquele momento perfeito. Acabaram os dois sorrindo juntos entre o beijo, trocando selares nos lábios e pelo rosto. A rede balançava devagarzinho com o vento.

— Jae. — Chamou baixinho, encostando as testas e selando os lábios mais uma vez. Ouviu um “hm?” quase manhoso e acabou roubando mais um beijo, esse mais curto. — Você aceita namorar comigo?

— Aceito. — Não pensou antes de dizer. Nem ao menos hesitou. A voz sempre tão escandalosa, saiu baixinha, os olhos nem se abriram, apesar do coração estar batendo tão forte que fielmente achava que Buda o levaria para Shangri La (ou qualquer mundo celestial) o mais cedo possível. — Eu aceito você, porque você me aceitou. Desde o primeiro dia, você me aceitou.

— Eu quero tudo que envolva você. — Moveu o rosto carinhosamente, tocando o nariz na bochecha do garoto. — Estou tão apaixonado por você que, — Riu fraquinho. — tenho medo de acabar parecendo louco a qualquer momento.

Youngjae sorriu pequenininho, relaxado nos braços do, agora, namorado guardinha de parque temático da Disney. Envolveu um braço na cintura do Im, mantendo-os próximos. Não queria sair dali nem que congelassem. Que virassem gelo juntos, droga.

— Está tudo bem se parecer louco, contanto que eu seja o motivo disso. — Riu e fez Jaebum rir junto, ainda compartilhando aquela proximidade. — E eu também sou meio louco.

— Gosto da sua loucura. — Admitiu e acariciou a bochecha macia do garoto, passeando o polegar pela derme lisinha. — Você é a pessoa mais bonita que eu já vi em toda a minha vida, Choi Youngjae, nunca deixe alguém te dizer menos que isso. — Pediu um tanto dolorido pelo que havia escutado mais cedo. — Sua beleza irradia, é como o sol. Tem algumas pessoas que não gostam do verão, mas o sol continua brilhando não importa o quê. — Não parou os carinhos, nem quando sentiu algo molhado tocar seu polegar. Abriu os olhos e viu que Youngjae estava chorando. — Não pare nunca de brilhar, porque é você quem aquece e ilumina a vida de todos ao seu redor. É só você. — Limpou carinhosamente o rastro da lágrima. — Na minha vida, sempre será você. Hoje e amanhã. Você, sempre você!

Um pouco envergonhado por estar chorando, desviou o rosto e o escondeu no peitoral do policial que sorriu cheio de amor. Acolheu-o, recebeu e o abraçou protetoramente, fechando os olhos e inalando o cheiro de paz que sentia quando tinha Youngjae em seus braços. Parecia tão certo e tão... perfeito. Tudo parecia tão bom quando estavam juntos.

Não mentiu quando disse que ele seria a prioridade em sua vida. Realmente estava colocando o garoto como sua responsabilidade, prioridade. Agora era seu namorado, iria cuidar dele. Se havia alguém para colocar Choi Youngjae para baixo, então ele estava ali para mantê-lo de pé.

Porque o mais novo já fazia isso consigo, mantinha-o de pé, mesmo que inocentemente. Estavam se perdendo naquele mar juntos, mas aquele naufrágio, o desprender da costa, foi o que salvou a vida daqueles dois.

Um inseguro odiado pelo Buda e um frio solitário, afundando juntos em uma dependência sentimental, agarrando-se um ao outro e finalmente conseguindo ver a luz do dia novamente. Porque... céus... nunca estiveram tão felizes como naquele momento.

Isso era meio óbvio, né? Jaebum estava sorrindo feliz e Youngjae quieto, seguro.


Notas Finais


Pronto, 2jae namorando, o que vocês acharam? Agora que eles deslancham como casalzinho fofo que são, amo muito, amo demais. Gostaram do capítulo? Me digam aqui. Desculpe pela demora, eu tenho passado por umas situações difíceis com minha saúde, mas tá tudo sob controle. Vamos seguindo.

Até o próximo, caso alguém queira meu twitter: @sarcasmoflet


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