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História Our Disturbia - Capitulo 17 - Goodbye.


Escrita por: ichris

Notas do Autor


se eu falar que só faltam mais dois capitulos depois desse para a fic acabar vocês iam acreditar?
pois é im sorry
juntei alguns capitulos então os finais vão ser mais longos, yep.
a minha inspiração e motivação acabaram para essa fic porque quando eu estava escrevendo a mesma algumas coisas aconteceram e yeah. desculpem por isso, era suposto ter mais drama mas enfim. ela é uma mini-fic, a minha primeira mini fic e não acho que esteja assim tão ruim fsbdhfjdjs me perdoem mesmo assim
amo vocês <3

Capítulo 18 - Capitulo 17 - Goodbye.


Fanfic / Fanfiction Our Disturbia - Capitulo 17 - Goodbye.

Capitulo 17 –– Goodbye.

Depois de Blue chorar em meu colo e eu –– quase –– chorar do seu lado, consegui ver o Sol nascendo. Relutante e com o coração nas minhas mãos, tive que dizer para Blue que era hora de eu ir.

Ela me agarrou com força, praticamente suplicando para eu não ir, mas foi em vão.

E depois de alguns minutos, estávamos no internato. Blue chorava abraçada com Madson e Henry falava com basicamente o colégio inteiro dizendo que eu iria embora por motivos pessoais. Algumas pessoas só faltaram agradecer a Deus, outras não ligaram muito, outras estavam surpresas e o resto não entendia porque Blue estava chorando daquele jeito e se perguntavam se a gente tinha algo.

Claro que algum tempinho depois, tudo isso foi confirmado quando Henry falou que estava na hora e eu caminhei até Blue a envolvendo em meus braços e a beijei com tudo o que eu tinha. Limpei as suas lágrimas e dei um pequeno beijo em sua testa.

–– Você vai ficar bem. –– sorri amargamente para ela, acariciando uma madeixa de seu cabelo.

–– Não se esqueça das cartas... –– soluçou.

–– Não se esqueça de descobrir o significado. –– comentei e ela assentiu, limpando as lágrimas.

Dei vários selinhos em sua boquinha rosada e beijável e corri até Henry, antes que eu mudasse de ideias e decidisse ficar, porque ouvir Blue chorando por mim, era a pior coisa do mundo.

–– Vamos logo. –– murmurei bravo com a situação, vendo Henry assentir.

Saímos do internato, onde um carro preto nos esperava. O mesmo carro de onde eu tinha sido transportado quando vim para o internato. Entrei no mesmo assim como Henry, e depois de algum tempo o condutor deu a partida. Fiquei olhando pela janela, ouvindo o choro de Blue ecoar pelos meus ouvidos, me fazendo pensar se eu estava cometendo o pior erro em minha vida.

Sabia que o que vinha por aí não era nenhum pouco legal.

Senti uma lágrima cair por meu rosto, mas não me importei em limpa-la, mesmo sabendo que Henry estava me olhando.

Fechei os meus olhos com força, deixando a minha cabeça tombar para trás e as outras lágrimas rolaram. Eu estava me habituando com a presença de Blue, com o ar pacifico que entrava por meus pulmões, pelas pessoas agradáveis e pela sensação de segurança. Agora eu teria que voltar para o meio de uma guerra eterna de onde eu nunca mais poderia fugir.

Depois de alguns minutos, o Sol aparecia lá no horizonte e finalmente chegámos a estação do trem, sempre vazia e abandonada. Me sentei numa cadeira lá, com uma mala em minhas mãos, uma mala com três garrafas de água, uma camisa branca, uma caixa de socorros e duas armas. Henry não sabia muito sobre Pripyat, mas ele sabia que lá era perigoso.

Quando o trem finalmente chegou e parou na nossa frente, me levantei sem nem me despedir de Henry que me desejou boa sorte. A porta do trem se abriu e encarei o por do sol novamente, vendo o reflexo dos olhos verdes de Blue ali. A saudade já estava me matando.

Engoli a seco e caminhei para dentro do trem, rumando até o fundo do mesmo e me sentando junto á janela. Tapei os meus olhos com o boné branco e encostei minha cabeça no vidro. Dentro de alguns segundos, o trem –– quase vazio –– começou andando novamente.

–– Qual sua paragem, moço? –– o condutor perguntou, visivelmente entediado.

–– Pripyat. –– falei rouco.

Ele deu uma risada alta, dando uma tragada em seu cigarro.

–– Claro, vou fingir que acredito nisso.

Rolei os olhos tirando a arma da minha mala e assoprando a mesma, ouvindo o cara se engasgar.

–– Não tenha medo, não vou machucar você. –– sorri torto –– Mas eu vou sujar essa arma com o sangue dos meus inimigos. Ah, se vou.

Ele engoliu a seco.

–– Qual o seu nome, jovem?

–– Justin. –– sorri torto –– Mais conhecido como Bieber pelos medrosos e Jason por alguém especial.

Ele negou com a cabeça.

–– Ouvi de você.

Sorri com isso, sentindo o espírito de vingança e a sensação de perigo me doparem. Já podia sentir a insanidade correndo as minhas veias e o meu antigo eu voltar á tona.

Era sempre assim.

Sempre que você sentia o aroma a matança de Pripyat, só de sentir o cheiro, você podia pressentir a loucura, o perigo, o medo. Parece que você pode até ouvir os gritos de socorro.

–– Ótimo.

–– Me deixe adivinhar. Você vai pintar vingança a sangue nesse trem? –– me encarou por alguns momentos.

Ainda bem que as outras pessoas ali estavam dormindo.

–– Eu não vou assombrar o seu trem, não se preocupe. –– ri –– Esse trem vai acabar se assombrando sozinho mesmo.

Ele riu, dando mais uma tragada.

–– Verdade. Porque está voltando para Pripyat? Vingança?

–– Podemos dizer que sim. –– dei de ombros –– Minha família, ela precisa de mim.

–– Oh, pequeno Justin. –– negou com a cabeça –– Desabafando com um desconhecido?

–– Você não é um desconhecido. –– me levantei caminhando até ele, apontando minha arma em sua cabeça –– Você é o irmão mais velho de Ruby.

Ele riu alto, bem alto mesmo.

–– Estou vendo que ainda não perdeu o seu sexto sentido, meu caro.

–– Você. –– rosnei –– Você me obrigou a matar Clary.

–– Não estou mais nessa vida. Agora eu sou dono apenas desse trem. –– soltou a fumaça devagar –– E de qualquer jeito, você não veio para me matar, certo?

Retirei a arma do lado de sua cabeça, o encarando sério pelo canto do meu olho.

–– Não fique com tantas esperanças, Dean. –– falei me lembrando de Connor referindo o seu nome.

Dean não era bem um torturador. Ele curtia mais joguinhos emocionais, por outras palavras, pagava de bom moço, dizendo que iria ajudar você. Basicamente ajudava você a fazer amizades, ligações fortes com as outras pessoas, por meios de consultas mentais, e depois ele te obrigava a mata-las, ou senão, ele matava você lentamente... ou com um simples tiro.

E isso é muito pior que 20 chicotadas nas costas.

Falo por experiência própria.

Clary foi minha primeira vítima. Eu poderia ter morrido por ela, mas eu era jovem, com os meus 17 anos, e eu tinha prometido a minha família que iria sair dali. Não tive outra opção a não ser mata-la, afinal, aquilo era um jogo de sobrevivência.

Mesmo que Clary fosse minha namorada e tivesse quase dado sua vida por mim em algumas ocasiões.

Aprendi que ali você não pode confiar em ninguém, e se alguém confiar em você, você tem de ensina-lo da pior forma que eles não podem confiar em você e nem ninguém. Como? Os traindo... matando... torturando... Fácil.

–– Eu ainda tenho tempo pra você. –– me abaixei ao seu nível, acariciando a minha arma –– E eu gosto de ver você em agonia, esperando a sua hora... rezando para morrer. Eu gosto de brincar com as minhas vítimas. –– o encarei com um sorriso superior –– Afinal, foi isso que você me ensinou, Dean.

Ele respirou fundo, um pequeno sorriso se formando em seus lábios.

–– Oh, Bieber... Como sempre, meu melhor aluno. –– sorriu negando com a cabeça.

Sorri com isso, me levantando e caminhei novamente até o meu lugar. Guardei a arma e me encostei no vidro novamente, olhando a paisagem lá fora. Parecia que estávamos no meio do deserto. Não havia nada, nada mesmo. Apenas terra arenosa e pequenas árvores, quase mortas.

Sorri, rindo com a minha desgraçada.

E aqui entrámos no inferno. Novamente.

Canadá, Pripyat –– Justin Jason Bieber.

O trem parou num ruído estranho e alto. Eu era o último passageiro daquele trem, então apenas me levantei, pegando as minhas malas, e esfregando os meus olhos. A viagem de Stratford para Pripyat tinha demorado várias horas, na verdade o Sol estava nascendo agora mesmo.

Finalmente tinha chegado em Pripyat. Em minha casa, porém, não meu lar. O seu lar é o lugar onde você se sente feliz, seguro, amado... Meu lar era Blue.

Caminhei até á porta, esperando a mesma abrir. Quando ela se abriu, meu olhar se direcionou até Dean sentado em sua cadeira, fumando mais um de seus cigarros, um olhar perdido em seus olhos. Me senti intrigado, querendo saber o que ele estava pensando. Será que estava arrependido? Não. Pessoas assim não sentem coisas assim. Dean era um sociopata, fim.

–– Boa sorte, moleque. –– me encarou, seus olhos sem esperança –– Estou rezando por você.

Deixei um sorriso irônico escapar por meus lábios, raiva pingando por minhas palavras.

–– Deus não me quer em seu reino, assim como ele não quer você. A gente vai pagar por nossos erros do pior jeito. –– travei o maxilar –– E você vai arder.

Ele levantou o seu olhar, me encarando melancólico.

–– Seria uma honra ter você me queimando, Justin. –– arqueei uma sobrancelha –– Minha hora está chegando. E minha doença, está sumindo. –– estralei a língua no céu da boca –– E eu estou finalmente vendo... tudo de ruim. –– suspirou.

–– Você está morrendo, é?

–– Câncer. –– deu de ombros –– Pulmão.

Ri fraquinho.

–– E mesmo assim não para de fumar.

–– Olha quem fala. –– rolou os olhos.

–– Mas eu não tenho câncer. –– piscou um olho.

Desci pousando as minhas mãos no chão, logo depois o encarando novamente.

–– Não se preocupe, Dean. –– sorri com ternura –– Você vai arder, lentamente, como o cigarro em sua boca.

Ele sorriu fraco.

–– Promete?

–– Prometo. E você sabe melhor do que ninguém, –– sorri de canto –– Eu não faço um promessa sem saber se a vou cumprir.

–– Obrigado, cara. –– acenou com a cabeça –– Boa sorte.

–– Foda-se.

O trem começou a andar. As portas se fecharam, e o nosso olhar foi interrompido. E em alguns segundos, o seu trem estava marchando para longe de mim, aumentando cada vez mais a velocidade.

Suspirei.

Dean era um sociopata, assim como várias pessoas daqui. Só que, diferente, dos psicopatas, os sociopatas... bom, eles foram obrigados a ser assim. Eles sofreram primeiro, e essa dor se tornou em doença, uma doença vingativa, é.

Minha raiva por ele não tinha diminuído, nenhum pouco na verdade, mas ele estava beirando a morte, a sua doença mental sumindo com isso, e eu preferia muito mais que ele morresse no fogo do que lentamente, torturado com as lembranças de dor que ele teve em sua infância ou que deu a todo mundo no TC.

Trataria dele depois.

Peguei em minha mala novamente e rumei em direção ao horizonte, a brisa quente e abafada do Sol assoprando em meu rosto e corpo. A temperatura era sempre extrema. Ou muito fria, ou muito quente. E hoje, eu precisava achar um café rapidinho se não quisesse fritar aqui fora.

Soltei um suspiro de alivio encarando o pequeno café a alguns metros de mim. Abandonado, como era de esperar. Minha visão era danificada com as ondas de calor fortíssimas e meu corpo estava banhado a suor. Precisava encontrar um lugar para relaxar e também um orelhão –– que se encontrava bem do lado do café.

Perfeito.

Tirei a camisa do saco, a enrolando á volta do meu punho com força e depois soquei o vidro da porta do café. Tirei a camisola e abri a fechadura da porta, abrindo a mesma logo depois. Peguei em meu saco e entrei, puxando o ar violentamente enquanto que entrava. Olhei á minha volta, encarando o lugar. Já tivera estado ali várias vezes antes de ser preso no TC.

Peguei no controle da TV, ligando a mesma logo depois. Abri a geladeira, tirando de lá algumas garrafas de água. Abri uma e a bebi em quatro goles, fazendo a mesma com mais duas. Aqui precisava ficar bem hidratado se não queria morrer.

Fiquei olhando as noticias, onde passava um acidente bem longe daqui. Nada interessante.

Saí do café e caminhei até ao orelhão, colocando o mesmo em meu ouvido e depositando uma pequena moeda na abertura. Disquei o número que eu tanto conhecia e deixei a chamar.

–– Quem é você e como arranjou o meu número?

Ri com o tom de ameaça que soava no tom de voz daquela garota. Minha psicopata preferida, porque ela alimentava o seu prazer com pessoas ruins e não com pessoas inocentes.

–– Você me deu seu número. Se lembra de mim, Jamie?

–– JJ? –– era assim que ela me chamava. Apelido que eu reclamei várias vezes, porém ele sempre continuou me chamando daquele jeito.

–– O mesmo. –– ri fraco, sentindo um pequeno calor em meu peito. Era reconfortante saber que ela estava bem, aliás, ela era das poucas pessoas que eu ainda me importava.

–– Meu Deus! Eu pensei que você tinha morrido! Todo mundo aqui pensava que você tinha morrido. –– falou séria, mas aliviada. –– Onde você se meteu? A gente ia te visitar no TC, lembra? Te ajudar a sair de lá? O que aconteceu?

–– É uma longa história. –– suspirei –– Eu consegui fugir do TC, mas...

–– Isso nós sabemos. –– bufou –– Pensamos que tinham matado você, JJ...

–– Eles me acertaram com um tiro na perna e uma facada no ombro, mas eu consegui fugir. Estava na beirada na estrada quase morrendo, mas... –– neguei com a cabeça –– Eu te explico depois. Pode me vir buscar?

–– Claro. Onde você está?

–– No Devils.

–– Estou a caminho, JJ.

Ela desligou a chamada e eu sorri colocando o orelhão no lugar. Corri para dentro para me abrigar do Sol, me sentando na sombra logo depois de encher a minha mala com garrafas de água e beber mais algumas garrafas, só para não desidratar.

Em alguns minutos uma Ferrari branca parou bem do meu lado. Arregalei os olhos sentindo um pequeno sorriso surgir em meus lábios. Era a minha Ferrari, e fazia meses que eu não a via. E quando eu digo meses, eu digo nove meses.

–– Oh, bebê! –– corri até a Ferrari, abraçando o capô da mesma e dando um pequeno beijo ali –– Tive saudades de você, querida.

Jamie saiu do carro, cruzando os seus braços me olhando. Sorri me levantando e andei até ela, a envolvendo em meus braços em um abraço, dando um pequeno beijo em seu rosto.

–– Também tive saudades de você, Jamie.

Ela sorriu com isso e logo me afastou, caminhando até o lado oposto do lugar do condutor.

–– Quer conduzir hoje?

Sorri torto, assentindo com a cabeça.

–– Com todo o prazer, mocinha.

Me sentei no lugar do condutor e ela no da carona. Liguei o carro e sorri torto jogando minha mala em cima do colo de Jamie. A mesma me olhou fazendo uma careta, o seu olho azul mostrando irritação, já que o outro estava tapado com o seu cabelo loiro. Ela escondia ele porque ela não gostava do fato de um dos seus olhos ser azul e o outro ser castanho, mas eu achava isso encantador.

Comecei a conduzir, aumentando a velocidade cada vez mais por aquelas ruas pacatas de Pripyat. Adorava a adrenalina, adorava quebrar as regras. Aquele era o verdadeiro eu, com espírito selvagem e rebeldia correndo na veia.

–– Agora me diz o que realmente aconteceu com você? –– ela perguntou, os seus cabelos loiros e longos voando de um lado para o outro.

–– Internato. –– dei de ombros, tirando uma de minhas mãos do volante –– Me dá um cigarro?

–– Mas você não disse que estava no internato? Eles não tiraram o seu vicio?

–– Eles não fazem milagres, Jamie.

Ela riu alto, tirando um cigarro do bolso de sua calça e me entregou o mesmo. Coloquei ele entre meus lábios e ela logo o acendeu.

–– É bom ter você de novo. Livre e... feliz. –– ela acariciou o meu rosto, me fazendo sorrir fraco para ela.

–– É bom ver você também, Jamie. Muito bom.

Ela sorriu e se encostou no assento, olhando lá para fora.

–– Me atualize. –– pedi acelerando ainda mais.

–– Hum... Sua família, ela...

–– Eu sei. –– dei de ombros –– Esse foi o motivo de eu ter vindo.

Ela me encarou.

–– Espere. Esse foi o motivo? Quer dizer que você já teve a chance de sair e voltar para nós, mas não fez isso?

Eu podia muito bem mentir e bancar o bonzinho daquilo. Mas eu não mentia para quem nunca me mentiu. Eu era honesto, sempre.

–– Yeah. –– murmurei e ela me encarou incrédula –– E também foi o único jeito em que eles me deixaram sair.

–– Mas você podia, sei lá, tentar fugir? Ou sair do internato, certo?

–– Eu saí do internato algumas vezes. –– engoli a seco –– Mas sempre voltei para dentro de lá.

Ela arregalou os olhos ainda mais.

–– Que? Acho que eu não ouvi certo...

–– Oh, você ouviu. –– apertei o volante com mais força –– Mas, me entenda. Eu tinha coisas para fazer lá. Eu não podia voltar, eu tinha feito... uma promessa.

Ela quase caiu para trás, a não ser o assento que a impediu disso.

–– VOCÊ FEZ UMA PROMESSA? COM DESCONHECIDOS? JUSTIN! O QUE DEU EM VOCÊ?

–– CALA A PORRA DA BOCA! –– berrei sentindo as veias do meu pescoço se exaltarem. –– Eu não tive escolha.

–– Você não teve escolha? Você fez uma promessa. –– ela grunhiu –– Para o resto do mundo pode ser algo banal. Mas para nós, gente de Pripyat, sabe que uma promessa é muito mais que a palavra representa. –– rosnou apontando um dedo em minha cara –– Pra quem você prometeu isso? O que você prometeu?

–– Eu prometi que não iria sair de lá, pelo menos, não tão rapidamente. Prometi que ficaria lá até que eu ficasse bem. –– falei calmo, lambendo os lábios, tentando esclarecer para Jamie que aquela promessa tinha as mais pura das intenções, o que pareceu funcionar.

–– Até que você ficasse bem? –– rolou os olhos –– Alguém se preocupou com você, é isso?

Fechei os olhos com força, não querendo me lembrar daqueles olhos verdes e brilhantes, chorando por minha causa. Logo abri os meus olhos novamente, prestando atenção severa á estrada.

–– Sim.

E isso foi tudo o que eu falei.

Ela respirou fundo, desviando o olhar. Nós éramos assim. Num minuto estávamos na paz e no outro estávamos quase nos matando. Jamie tinha temperamento forte, porque vejamos, ela é psicopata, certo? Se há uma coisa que ela sabe é bancar a louca.

–– Mais novidades? –– murmurei rouco, ainda atento na estrada.

–– Sim. –– deu de ombros, estralando a língua no céu da boca, algo que aprendeu comigo e depois suspirando fundo. –– Você não vai querer saber.

–– Diz.

Ela abaixou a cabeça.

–– Sabe o Ryan Butler? O seu melhor amigo desde infância? Que sempre te amou e sempre te ajudou?

Juntei as minhas sobrancelhas, confuso.

–– Claro que sei, eu não me esqueci de vocês.

Falei isso de um jeito bravo, tentando convencer ela que eles ainda eram importantes para mim. Ela deu de ombros, olhando lá para fora.

–– De qualquer jeito... –– suspirou –– O Ryan está no TC.


Notas Finais




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