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História Our Legacy - CARL GRIMES (1) - 07. Alvo errado


Escrita por: mwrauders

Capítulo 8 - 07. Alvo errado


Fanfic / Fanfiction Our Legacy - CARL GRIMES (1) - 07. Alvo errado

NATÁLIE DIXON

Um ano desde que Hershel me acolheu na Fazenda Greene. Fiz meus quinze anos - grande coisa -, e comemorei indo até a cidade, tendo que matar alguns zumbis.

Maggie acabou descobrindo que era meu aniversário e fez questão de fazer um bolo para comemorar.

一 Não precisava já disse! - falei para ela enquanto pegava um pequeno embrulho de suas mãos.

一 Abre logo Natálie! - ela falou animada, ignorando o que eu havia dito. Abri a embalagem e pude ver uma correntinha com um pingente de asas. 一 Se você encontrar seu irmão, provavelmente, vai ter que devolver o colete. - ela disse sorrindo e eu a abracei.

一 Obrigada. - disse quando soltei seu corpo. 一 Nem sei se quero encontrá-lo. - desviei o olhar para o chão.

一 Claro que quer. Ele deve ter alguma explicação por não ter te procurado. - ela disse tentando me convencer.

一 Nate... - Hershel apareceu na sala. 一 Também quero te dar um presente. - ele me entregou uma espada, um pouco menor que a de Michonne, com uma proteção de couro preto. 一 Sou contra armas eu sei... - o mais velho explicou ao ver meu olhar confuso em sua direção. 一 Mas, a encontrei na fazenda vizinha semana passada, e sabia que você iria gostar. - Hershel disse sorrindo.

Peguei o objeto e olhei totalmente deslumbrada. Tirei a lâmina da capa e sorri.

一 Eu amei Hershel! Obrigada! - abracei o mais velho, depois que prendi a aljava na lateral do meu corpo.

Em seguida, Maggie fez questão de cantar parabéns e cortar o bolo para mim. Me senti um pouco desconfortável com toda essa atenção para mim, já que nunca tive uma festa de aniversário.

Sempre quando esse dia chegava, eu e meus irmãos íamos para o Joe's, comer lanche e nos entupir de refrigerante. Uma das poucas vezes que nós deixavamos os problemas de casa de lado, e focavamos em nós mesmos.

(...)

Nos dias seguintes, eu sempre saía para a floresta para treinar com minha nova arma. Ganhar a espada acabou me lembrando de Michonne. Queria muito saber se ela estava bem.

Fiquei a manhã toda fora e, quando voltei, já era hora do almoço. Depois que acabei, resolvi dar uma volta pela fazenda. Encontrei Hershel cuidando da égua, que sempre uso para ir a cidade com Maggie. Isso era como um passatempo para ele, já que o mais velho é um médico veterinário aposentado.

一 Ela está doente? - perguntei passando a mão pela crina do animal.

一 Não. - o mais velho sorriu. 一 Ela é uma égua brava e acabou se machucando, quando pulou a cerca. - olhei para a pata dela, onde tinha um pequeno arranhão.

一 Uma cicatriz é uma história. - falei e ele me olhou sem entender. Olhei para fora e vi Otis perto do celeiro. 一 Já vou indo, tchau Hershel. - dei um rápido abraço nele e sai correndo dali.

一 Calma menina, assim você vai cair e se machucar! - Otis riu quando eu quase cai, de cara no chão, próxima a ele.

一 Achou outro? - apontei para o celeiro e ele suspirou.

一 Sim... era uma garotinha e parece ter se transformado a pouco tempo. - ele parecia triste com aquilo. 一 Estou indo caçar, quer ir? - balancei a cabeça e sorri animada para ele. 一 Vou pegar minha arma e já volto. - Otis bagunçou meu cabelo e foi em direção à casa.

Esperei ele se afastar e virei de costas. Tirei a arma do "esconderijo", e vi se o tambor estava cheio. Nunca se sabe quando vai acontecer alguma coisa, e você vai precisar usá-la. Guardei rapidamente e voltei a ficar virada para casa. Otis logo voltou com sua espingarda na mão.

一 Vamos?! - ele me perguntou sorrindo. Balancei a cabeça e caminhamos para o campo, em direção a floresta.

(...)

Já tinha um bom tempo que estávamos caminhando, sem encontrar nada. De repente, Otis chamou minha atenção e pediu que olhasse em uma direção. Um cervo comia grama tranquilamente ali, quando ficou distraído olhando para o outro lado.

一 Quer fazer? - Otis me estendeu a arma e eu a peguei.

一 Quero. - apontei para o animal e posicionei a mira em sua barriga. Quando atirei dei um sorriso orgulhosa vendo o animal caindo, mas ele logo sumiu quando vi um garoto também no chão. 一 Merda... - sussurrei e fui correndo lá, junto de Otis. Nos aproximamos e vimos um policial com a mão na barriga do menino, e outro cara apontando uma arma para nós.

一 Quem atirou? Vocês não viram ele?! - o homem em pé gritava furioso com Otis.

一 Olha aqui... fui eu! - falei e me aproximei, mas o cara apontou a arma para mim. 一 Eu tava mirando o cervo, e não vi ele atrás. Conhecemos um médico, venham conosco. - Otis me olhou surpreso, mas pedi discretamente para ele não falar nada.

O cara moreno ia protestar, mas o policial pegou o menino no colo - sem se importar com seu tamanho - e saiu correndo atrás de mim. Nós dois íamos na frente e o Otis vinha com o segundo cara mais atrás. Chegamos no campo e vi Maggie sentada na varanda.

一 O que aconteceu? - Hershel perguntou saindo da casa.

一 Tiro... - disse ofegante. Otis e outro homem já tinham chegado também. Entramos na casa e Hershel levou o garoto para o quarto. 一 Eu não o vi! - disse, e Maggie me abraçou.

一 Tudo bem querida, meu pai vai cuidar disso.

一 Como se chama? - Hershel perguntou ao homem.

一 Rick... Rick Grimes. - ele respondeu olhando desesperado para o filho.

一 Tudo bem Rick, precisamos de espaço! - Hershel disse e saímos todos do quarto, indo para a sala.

Sentei no sofá, ao lado de Otis, e ficamos em total silêncio.

一 Não queria fazer isso... - levantei a cabeça e olhei para o policial. 一 Foi um acidente!

一 Tudo bem. - respondeu sincero. 一 Como se chama? - ele me perguntou.

一 Natálie Dixon. - Dei um meio sorriso para ele. Os dois homens se olharam surpresos, mas antes que pudessem dizer alguma coisa, Hershel apareceu na sala.

一 Como ele está? - Rick pulou do sofá e ficou de frente ao Hershel.

一 Precisa de sangue e de uma cirurgia para retirar as balas. Mas não tenho os equipamentos adequados para o procedimento.

一 Eu vou doar o sangue, temos o mesmo tipo sanguíneo. - Rick disse de imediato.

一 E eu posso ir atrás dos equipamentos que você precisa. - O outro homem, que se chama Shane, disse.

一 Eu vou com você... - Otis disse. 一 Já fui ajudante de enfermagem, sei como são os equipamentos que ele vai precisar.

一 Também... - tentei falar, mas Hershel me impediu.

一 Não Natálie, você vai fazer outra coisa para mim. Vá até a cidade e busque alguns antibióticos que o garoto vai precisar. - concordei.

一 Sua esposa... onde ela está? - Maggie perguntou ao Rick.

一 Está na rodovia... junto com outros do nosso grupo.

一 Vai até lá e os traga até aqui. - Hershel pediu para a filha, que logo saiu. 一 Vou fazer a lista para vocês. - ele voltou para o quarto e nos deixou aqui.

一 Vai sozinha até a cidade?! - Shane me perguntou com uma sobrancelha levantada.

一 Vou. Sei me virar. E já fiz isso antes. - respondi simples, enquanto ajeitava minha faca e espada nas proteções. Também toquei a barra da blusa e verifiquei se a arma estava ali. Hershel voltou com dois papéis, um em cada mão.

一 Não são difíceis de encontrar, Natálie. - ele me disse entregando a folha. 一 Toma cuidado e volte logo. - assenti e fui até a varanda. Shane e Otis saíram logo em seguida.

一 Se cuida em menina, volte logo. - Otis bagunçou meu cabelo e me deu um abraço. 一 Até mais tarde.

一 Até Otis! - me despedi e fui até a baia. Peguei minha égua e corri até a cidade.

(...)

Cheguei na farmácia e joguei todos os antibióticos que achei na mochila, e mais alguns curativos. Coloquei a bolsa nas costas e ouvi um barulho no fundo da loja.

Peguei a faca e andei até lá em passos lentos e silenciosos. Abri a porta devagar e, no mesmo instante, um rato passou correndo próximo aos meus pés.

Que susto porra! - gritei e bati a porta com força. Virei e fui até a frente da loja com raiva.

Quando sai, percebi que uma pequena horda, de uns quinze zumbis, viravam a esquina.

Corri até o animal e subi, dando a ordem para que andasse. Mas, ele acabou se assustando, com dois walkers que se aproximavam, e empinou, me derrubando no chão e saindo correndo.

Xinguei ele de tudo que é nome e me levantei, com certa dificuldade, já que havia cortado minha perna na lateral da sela. Peguei minha katana e acertei os dois próximos, me dando espaço para levantar e começar a correr para dentro da floresta.

(...)

Já estava anoitecendo e eu estava próxima à fazenda. Minha perna havia parado de sangrar um pouco, pois eu amarrei um pedaço de pano no local. Eu estava me sentindo fraca, então me encostei em uma árvore e peguei a garrafa de água, bebendo o último gole do líquido que havia ali.

Voltei a andar e cheguei no pasto da fazenda. Quando vi a luz da casa, eu sorri sem nem mesmo perceber. Voltei a correr com certa dificuldade e cheguei na porteira, onde pude ver que um carro estava acabando de estacionar na frente da casa. Dois homens desceram do veículo e foram até a varanda.

Comecei a me aproximar e pude ver quem eram, os dois que me ajudaram na rodovia.

Maggie! - chamei ela e os três me olharam. A mulher veio correndo até mim, com uma certa preocupação.

一 Meu Deus Nate! O que foi isso? - ela perguntou olhando assustada para o rasgado da minha calça e o ferimento na minha pele.

一 Uma certa égua filha da puta não apareceu por aqui não? - perguntei debochada e com raiva, fazendo ela rir.

一 Apareceu à algumas horas. - ela disse pegando as bolsas da minha mão. 一  Vem, vamos cuidar disso, antes que infeccione. - fomos até a varanda e os dois me olharam surpresos.

一 Você tá viva garota! - O moreno me olhou, sorrindo de lado.

一 Estou. E vejo que vocês também estão bem... - olhei para ele e fiz uma cara de dó. 一 Bom, você nem tanto. - comecei a rir.

一 Já se conhecem? - Maggie perguntou confusa.

一 São os dois que me ajudaram, antes de encontrar vocês. E foi o chinês que me deu a arma. - levantei a blusa e mostrei.

一 Sou coreano... - ele disse desanimado e rimos juntos.

一 Desculpa... é porque não lembro seu nome. - sorri de lado e levantei os ombros.

一 Nem eu lembro o seu menina. - O outro disse em tom divertido.

一 Ela se chama Natálie. - ia falar, mas o asiático quem respondeu. Olhei para ele surpresa. 一 Sou bom de memória. - ele sorriu. 一 Sou o Glenn, e esse é o T-dog.

一 Prazer em reconhecê-los. - respondi, e bati os dois dedos na testa, como fiz da primeira vez que os vi.

一 Sou a Maggie. - a mulher também se apresentou. 一 Vamos, vou levar vocês para dentro e fazer alguma coisa para comerem. - a morena os levou até a cozinha, e eu fui até o quarto.

Entrei no cômodo e vi uma mulher ao lado de Rick, provavelmente sua esposa.

一 Hershel... - bati na porta, chamando a atenção deles. 一 Trouxe os remédios e algumas ataduras. - entrei e estendi as mochilas para ele, que olhou espantado para minha perna. 一 Eu cuido disso, não se preocupe. - ele assentiu e começou a mexer nas bolsas.

一 Você é a garota que atirou no Carl? - a mulher me perguntou e pude perceber um pouco de raiva em sua voz. Abaixei a cabeça e concordei.

一 Foi um acidente. Ele não era o meu alvo. - murmurei.

一 Você não deveria deixar sua filha usar armas, senhor. - ela disse ao Hershel e a olhei com uma sobrancelha levantada.

一 Primeiro, ele não é meu pai... não de verdade. Apenas cuida de mim. - a morena me olhou. 一 Eu sei usar armas desde os seis anos. E o que aconteceu com seu filho, foi um acidente! - disse alterada e caminhei até a porta. 一 Aliás, eu também sou a garota que quase morreu para ajudar a salvar a vida dele. - falei e ela continuou me encarando com raiva.

Saí do quarto e fui até a cozinha. Encontrei Maggie fazendo um curativo no braço do T-dog.

一 Quer que eu faça em você? - ela pergunta apontando minha perna.

一 Pode deixar, consigo fazer sozinha. - resmunguei e peguei uma linha e agulha.

一 Você parece alguém que eu conheço. - Glenn disse e eu não entendi. 一 Ele é todo na dele e vive resmungando pelos cantos. - o coreano deu uma pequena risada, mas eu continuei com a expressão emburrada.

一 O que aconteceu? - Maggie perguntou, terminado o curativo do moreno, e me olhando.

一 Me distrai com um ratinho e zumbis apareceram. - falei fazendo uma careta de dor, ao passar a agulha sobre a pele. 一 Subi no cavalo, mas ele se assustou e me jogou no chão, acabei me cortando no processo.

一 Vai ficar uma cicatriz bem feia. - T-dog falou em tom divertido, e eu olhei para Maggie.

一 Uma cicatriz é uma história. - disse e eles se olharam, sem entender.

一 Como conheceu eles? - Glenn estava encostado na parede e se aproximou.

一 Depois que encontrei vocês, eu encontrei uma mulher e nos ficamos juntas. Resolvemos ir para Atlanta, mas como sempre, os walkers atrapalharam. - suspirei. 一 Quando nos separamos, parei junto com os cavalos de Hershel e depois com a família dele. - respondi e eles riram.

一 Que bom que não ficou sozinha. - Glenn disse sincero e eu, finalmente, sorri para ele.



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