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História Our Love - Park Jimin (BTS) - Season 2 chapter 21


Escrita por: Min_estranha

Capítulo 59 - Season 2 chapter 21


Fanfic / Fanfiction Our Love - Park Jimin (BTS) - Season 2 chapter 21

Acabou reinando uma tristeza sem tamanho em nossa casa. Todos estavam arrasados, principalmente minha Hae. Eu não poderia deixá-la no estado que se encontrava. Foi por isso que tive a ideia de levá-la para um passeio. Tive que pedir emprestado o cartão de Jungkook, já que eu não tinha dinheiro algum. Ele argumentou contra, mas Mary o convenceu quando o olhou com aquele olhar assassino dela.

— Pelo amor de Deus, S/N, eu já gastei uma fortuna pagando pela sua rescisão, tenha pena de mim quando usar esse cartão.

Absurdo! Ele é podre de rico e finge ser suburbano. Ele pode pagar qualquer fatura de cartão.

Decidi primeiro que exploraria as belezas do nosso bairro com Haeyoung, e quem sabe tirar umas boas fotos. Percebi que ela tem um lado artístico para fotografia, nunca perguntei por não querer invadir seu espaço pessoal, pois ela nunca comentou sobre o assunto. O mural acima de sua mesa de estudos sempre deixou essa curiosidade no ar, sempre aparecia uma foto nova toda semana, isso graças a ótima impressora que Jimin deu a ela para os trabalhos da escola, provavelmente usava apenas para as suas fotos.

Precisamos nos mudar! O bairro que moramos não é nada atraente, não há nenhum ponto turístico, nenhuma beleza singular. Então veio a fome, sorte que havia uma barraca de cachorro-quente alguns metros de nós. Eu tinha que pensar em algo para entreter minha Hae, é perceptível que sou um desastre, se Jimin estivesse aqui, com certeza ele estaria dando ideias de como poderíamos nos divertir.

Ouço um click, vinha na direção da Hae. Ela tinha em mãos uma câmera fotográfica, parecia antiga, e estava apontada para mim. Minha menina estava sorrindo ao me ver através da lente, era o primeiro sorriso em dias.

— Ó unnie, você estava tão linda, não pude me conter e tive que registrar. Poderia olhar para onde estava olhando e respirar fundo? Por favor?

— Assim? — Respirei lentamente e olhei para lugar nenhum. Logo em seguida ouvir seu click.

— Você está linda. — Acabei ficando sem graça.

— Não sabia que você gostava de fotografia. — Eu disse.

— Tem certeza que não sabia? Seus olhares curiosos para meu mural me diziam que você pelo menos desconfiava.

— Eu sou tão óbvia assim?

— Um pouco. — Nós duas sorrimos. — No que estava pensando, unnie?

— Ah... — Eu não poderia contar e estragar o clima com mais tristeza. — Estava pensando no meu guarda-roupa bagunçado, estou com tanta preguiça de arrumar.

— Por isso a expressão vazia?

— Sim. — Ela acreditou mesmo? Vou mudar de assunto para ter certeza. — E essa câmera meu amor? Foi Jimin que lhe deu? Ele nunca comentou.

— Na verdade foi meu pai que me deu essa câmera antes de falecer, era dele.

— Isso quer dizer que seu pai deixou uma herança para você antes de partir, a câmera é linda.

— Obrigada, mas eu não fiz um bom trabalho. Quando meu pai faleceu, eu não ligava para a câmera porque me lembrava ele. Por isso o material foi se desgastando. Anos depois, quando conheci vocês e me mudei, o senhor Park trouxe alguns objetos do meu antigo quarto, a câmera veio junto. Senti tanta vergonha por ele ter entrado naquela casa e visto o quão horrível era aquele lugar... Meu quarto era o mais "normal" cômodo da casa.

— Não precisa sentir vergonha do lugar que você não mora mais. Tenho certeza que Jimin não se importou. — É claro que ele se importou. Jimin chegou transtornado em casa, abalado e enjoado. Ele me mostrou fotos e contou que era praticamente impossível alguém viver em tanta sujeira e odor, como uma criança conseguiu sobreviver até o momento naquela casa? Demos tanta sorte em encontrar Hae e salvá-la daquilo tudo.

— Unnie, está tudo bem? — Ela se referia a lágrima que deslizava pelo meu rosto.

— É claro que está, você quer comer algo mais quente? Estou com muito frio, acho que vou ficar resfriada.

— Tem uma cafeteria aqui perto, gostaria de ir?

— Eu que deveria perguntar se você gostaria de ir, esse passeio é para você, você deveria ser a favorecida, não eu.

— Eu adoro café, então eu gostaria de ir a cafeteria.

— Nós sempre tomamos café, poderíamos variar dessa vez.

Enquanto caminhávamos, percebi que as árvores, a grama e algumas flores já se preparavam paravam para o inverno. Havia vários tons de cinza por onde quer que olhasse, pareciam tristes, assim como eu. Caralho, quanto drama, te orienta mulher! Você é melhor que isso pô, do que adianta chorar e se desesperar por quem não vem? Porra tua vida não acabou, acorda!

— Meu Deus, unnie! Por que você bateu no seu rosto?

— Dar tapas nas bochechas ajuda a esquentar, você não sabia? — Ajuda também a tomar vergonha na cara. — Olha, uma moeda.

— Você é incrível, eu nunca pensaria em algo assim.

Um sino anunciou nossa entrada na loja, o ar quente foi bem recebido por minha pele. Acabei pedindo cappuccino como variável dessa vez. Hae me acompanhou. O atendente fez um lindo desenho de uma folha com o leite.

— Nossa, esse rapaz desenha muito bem, como ele fez isso?

— Não tenho a mínima ideia, só desenho bonecos de pauzinho, imagina com leite.

Nós rimos enquanto íamos nos sentar, percebi que o rapaz que desenhou em nossas bebidas estava sorrindo, talvez tenha nos ouvido.

— Unnie, você disse que era do Brasil. Como é lá essa época do ano? Também é frio?

— Eu sai de lá muito nova, mas me lembro que nessa época fazia calor. Principalmente de dia, a noite melhorava um pouco.

— Nada de ventos que parecem giletes de tão gelados?

— Que nada! Fazia tanto calor que dava para fritar ovo no asfalto.

— Meu Deus! E como faziam para se refrescar? Usavam algum tipo de resfriador?

— Usávamos ventilador, e no inverno também. O frio é sempre bem vindo no Brasil, por mais que em alguns estados no inverno também faz calor.

— É bem confuso se comparar com nosso inverno.

— Sim, muito. Lá não neva, por isso eu sonhava em ver neve. Você deve imaginar minha alegria ao ver neve pela primeira vez.

— Eu imagino. — Hae sorriu para mim após tomar sua bebida, acabou se tornando um bigode de cappuccino.

— Me empreste sua câmera. — Ela não imaginava que eu iria tirar uma foto sua. Ficou a coisa mais linda do mundo. — Essa eu vou colocar numa moldura!

— Não unnie! Apaga por favor, estou horrível.

— De jeito nenhum. Se você apagar eu vou ficar muito triste com você. — Hae encolheu os ombros.

— Tudo bem, eu não vou apagar, mas você terá que tirar uma foto parecida com a minha.

— É claro! Vamos logo. — Devolvi a câmera e tomei um longo gole do cappuccino para formar um bigode com a espuma. Fiz um bico e fiquei vesga. Hae abriu um sorriso, me fazendo ficar mais boba ainda.

— Ficou ótimo!

— Preciso dizer, tenho que concordar com a menina. — Uma voz masculina chamou nossa atenção, era... Min Yoongi... loiro.

Meu Deus, ele está loiro, tipo, muito loiro! E para completar está sorrindo para mim, ele nunca sorriu para mim. Eu tô muito boiola pelo sorriso desse macho.

— Posso me juntar a vocês? — Eu não sei se deveria, ainda estou chateada com ele. — Por favor?

— É claro senhor Min. — Respondeu Hae. Limpei o bigode de cappuccino enquanto ele se sentava ao lado de Hae, já que os lugares não se dividiam aos quatro cantos da mesa e sim dois e dois, para que as pessoas ficassem perto uma das outras. Ele sabe que eu não ficaria a vontade com sua proximidade. — O que o senhor pediu?

— Um café expresso. — Ele respondeu. — E vocês?

— Cappuccino.

— Não sabia que vocês se conheciam. — Eu disse, estava curiosa. Por algum motivo Min Yoongi encolheu os ombros e olhou para uma cadeira vazia da mesa ao nosso lado.

— Não sabia que o senhor Min quase me prendeu? — Meus olhos arregalaram com a pergunta de Hae. É claro! Eu havia esquecido! Esse lunático disse coisas horríveis sobre minha menina quando eu e Jimin fomos fazer uma denúncia na sua delegacia.

— Aaa! Sim, ele comentou a respeito. — Se meu olhar pudesse transmitir calor, esse branquelo, loiro, idiota já teria virado carvão. — Meu amor — os dois me olharam — esse bas... esse senhor, me contou algumas coisas, como por exemplo quando você foi encontrada no centro da cidade com...

— Por favor pare! — Ela disse com exasperação, em pânico. Na verdade não havia sido ele quem havia contado e sim Dong Sun, por isso ele me olha intrigado, mas em silêncio. — Eu sei o que vai dizer. Por favor entenda, eu não queria fazer aquilo. Não queria deixar aquelas porcarias com outras pessoas, eu fui forçada. Cruelmente. Não queria voltar, e quando percebi que a oportunidade estava escapando por entre meus dedos a cada passo, decidi que era hora de fazer algo e me libertar. Por favor mamãe, se eu soubesse que você estava vindo, eu... eu... — Ela começou a engolir palavras quando estava no limite. Graças a Deus que Min Yoongi cedeu seu lugar para mim, para que eu pudesse a acalmar e a confortar contra mim. — Eu não teria tentado suicídio, por favor... não fique brava comigo.

— Não há motivos para eu ficar brava, isso está no passado. — Percebi que a respiração dela começou a se acalmar após um soluço. — Eu te amo e não quero que pense mais sobre esse assunto, estamos entendidas? — Olhei para Min Yoongi, como um aviso, afinal a culpa era dele por minha menina lembrar desse fato horrível. — Estamos?

— Sim. — Hae respondeu e Yoongi acenou.

Com a situação mais calma nós saímos da cafeteria, algumas pessoas nos encaravam. Ainda não entendo essa mania dos coreanos de não gostar de contato físico, é uma grande tolice. Já que não nos conhecem, provavelmente acham que eu e Hae temos algum tipo relacionamento amoroso. E eu adoro o fato de minha menina se parecer comigo, assim como eu fazia com Mary após chorar rios de lágrimas em seu colo, ela está agarrada a mim para se sentir mais segura.

— Ouça menina — Yoongi se pronuncia após um longo período de silêncio ao nosso lado —, eu sinto muito por ter sido rigoroso quando você estava no hospital. Eu deveria ter considerado a sua situação e pegado mais leve durante o interrogatório.

— Isso quer dizer que você foi grosso com minha filha? — Minha sobrancelha arqueou quando perguntei, mas voltou ao normal quando encontrei uma nota de 5.000 won no chão, sob uma pedra.

— Fui — respondeu olhando para o lugar que eu havia pegado a nota —, assim como sou com todo mundo.

— Ele não foi um babaca com você, certo? Porque se ele tiver sido, eu vou cortar fora. — Ele engoliu em seco fortemente quando percebeu do que eu falava, que bom que ela não percebeu.

— Eu não fui, certo menina? — Apertei os olhos desconfiada se ele estava manipulando minha filha, enquanto ele está de olhos bem abertos para mim.

— Não, ele não foi grosso. Ele agiu como todo policial agiria durante uma possível prisão por porte de drogas.

— Não diga isso. — Meu coração apertou. E pensar que ela poderia ser presa por causa daqueles miseráveis, e sido forçada a ir... nós não estaríamos juntas agora.

— Olha, raspadinhas! Querem tentar a sorte? — Ele apontou para uma banca de jornal, nos distraindo. Eu não vou questionar, quero que Hae se distraia mesmo.

— Quais são os prêmios? — Hae pergunta, enquanto Yoongi paga pelas três raspadinhas.

— Dinheiro, apenas isso.

— Eu nunca ganho, sempre aparece "tente outra vez". — Comprei balas de hortelã com o dinheiro que achei.

— Qual o prêmio máximo? — Hae pergunta outra vez.

— 50.000 won. — Respondi, colocando uma bala na boca.

— Se eu ganhar esse prêmio, posso pagar nosso almoço? — Ela pergunta com sobrancelhas arqueadas, seu humor havia melhorado.

— É claro, pode escolher o que quiser.

— Fantástico! — Hae bateu palmas, raspou a cartela e em seguida fez bico. — Não ganhei nada, está escrito "tente outra vez". E você senhor Min?

— "Tente outra vez". — Ele disse. Sua mão estava estendida em minha direção para pedir bala, como não sou egoísta dei uma a ele e a Hae.

— Sua vez unnie.

— Isso é uma bobagem, aposto que ninguém até agora ganhou alguma coisa.

— Deixe de ser ranzinza e raspe a cartela. — Falou Yoongi.

— Eu ranzinza?! Não sou eu que passo o dia de cara amarrada. — Ele fez uma careta para mim. Ótimo! Raspei aquele papel e o mostrei. — Está vendo? Não há nada aqui!

— Unnie...

— Você... — Os dois estavam pasmos olhando para a raspadinha.

— O que deu em vocês? — Olhei para a bendita raspadinha e entendi o por que das caras. Eu havia ganhado os três prêmios de 50.000 won. — Eu ganhei?

— Você ganhou três vezes! — O senhor da banca de jornal me olha assustado, mal-humorado e surpreso. Tudo isso ao mesmo tempo enquanto me pagava.

— Meu Deus, eu nunca ganhei nada e agora ganhei o prêmio máximo três vezes! — Saltitei.

— Tente outra vez, você deve estar com sorte. — Olhei feio para ele, era impulso. — Você encontrou dinheiro na rua e agora ganhou os três prêmios da raspadinha, se isso não é sorte, você fez uma macumba muito boa.

— Não te perguntei. — Coloquei outra bala na boca.

— Vamos unnie, ele está certo, tente outra vez. A lua está a seu favor.

— Lua? Mas ainda está de dia.

— Foi um péssimo exemplo, desculpe. Aqui, raspe de uma vez. — Ela me deu outra raspadinha. Eu não estava crente sobre tudo, foi por isso que eu raspei de uma vez, e quando verifiquei, minha boca formou um belo O.

— Jesus tem poder, de novo! Eu ganhei o prêmio máximo de novo! — Assim como eu, Haeyoung, Min Yoongi e o dono da banca de jornal me olharam alarmados.

— A senhorita já pensou em jogar na loteria? — O senhor pergunta enquanto me paga. — Está realmente com sorte, se jogar e ganhar, receberá o prêmio que está acumulado há cinco meses de novecentos bilhões de wons.

— Novecentos bilhões? — Putz! É muito dinheiro!

— Você ficaria rica, unnie! — Hae agarra meu braço enquanto sorri. E esse sorriso me pega desprevenida com a lembrança da conversa que tive com a Mary.

[...] se esses números forem especiais você pode ficar rica. A mudança de status pode te ajudar com a adoção da Hae, o juiz pode considerar esse fator crucial e te dar a guarda permanente.

— Talvez você deva usar essa sorte e tentar virar bilionária, muitas portas podem se abrir para você. — Diz Yoongi, ele faz um gesto com as sobrancelhas na direção Hae. Ele também acredita nessa possibilidade?

— De toda forma, vamos almoçar, eu pago. 


Notas Finais


Sem internet é tão triste, perdão meus amores


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