História Our love - Lust

Lust

Renjun

Eu sabia muito bem o que o “precisamos conversar” de Junhui significava, então não me surpreendo nenhum pouco com a sua viagem – não tão repentina. – Afinal desde aquela nossa conversa pelo rio Han, eu o incentivava a fazê-la, inclusive mandei vários sites com promoções de passagens e hospedagem para ele. Acho que o que me surpreende, o que me aflige neste momento é que sinto a pressão quase palpável de tomar a mesma decisão que ele. Porém ainda não me sinto seguro o suficiente para ela, mas também me pego questionando se um dia eu me sentirei seguro.

-Acho que você já bebeu demais. – Diz Chenle tentando pegar o meu copo, mas consigo me manter com ele em mãos.

-Deixa ele beber. – Diz Donghyuck me abraçando por trás, mas eu o empurro.

Não aguento mais esses dois no pé do meu ouvido, querendo ditar o que eu posso ou não fazer.

-Que tal vocês dois calarem a boca! – Falo alto o suficiente para minha voz se sobre sair a música alta.

Eu não queria estar mais uma vez numa festa, mas eu também não queria ser o único a passar o ano novo sozinho em casa. Seria deprimente demais, e eu já me encontrava numa situação muito deprimente.

E já que não me basta toda a infelicidade da situação em si, Jeno e Jaemin foram a mesma festa – juntos – não no sentido "Ei, somos um casal agora.", até porque segundo o que Chenle me contou, eles não ficaram mais depois do nosso desentendimento. Engraçado não? Porque quando eu estava saindo com o Jeno, eles gostavam bastante de ficarem se beijando pela minhas costas. Hipócritas! Poderiam ter me convidado para beijar eles também, eu adoraria.

Acho que agora eu que estou sendo hipócrita.

-Renjun, voc…

Chenle começa com o que eu sei que será mais um dos seus sermões, mas eu o corto antes mesmo de começar.

-Eu não quero ouvir Chenle! – Digo alto o suficiente para ele ouvir, mas meus olhos mantém-se focados no casalzinho de hipócrita, mais ao canto da festa.

Eles me olham a cada trinta segundos, e no intervalo desses trinta segundos eles encaram cada pessoa que passa por mim. Mas vir até aqui falar comigo, ou com os meninos eles não vieram.

Tudo bem que o possível motivos deles não virem aqui é o desfecho daquela noite de natal, que segundo Chenle foi catastrófica entre Mark e Jaemin, e que se Jeno e Donghyuck não se metessem ele não saberia o que teria acontecido.

Eles cansam de me olhar em algum momento e começam a se dirigir para o andar de cima. Se esses dois babacas acham que vão sair por aí se pegando, enquanto eu estou aqui sofrendo por eles, eles estão muito enganados!

Eu largo – ou atiro – o meu copo na mão de Donghyuck, ignorando o meu nome sendo chamado pelos meus amigos, enquanto subo atrás dos babacas até um dos quartos no segundo andar.

Tão clichê.

Quando entro no quarto, Jaemin e Jeno estão frente a frente, eles parecem estar numa discussão calorosa enquanto Jaemin cruza os braços e revira os olhos para um Jeno sério.

-Brigas no paraíso? – Pergunto sem esconder o sarcasmo na voz.

-O que você está fazendo aqui? – Pergunta Jaemin.

Eu apoio as minhas costas na porta depois de trancar ela.

-O que você acha? Estou me divertindo. Isso é uma festa não é? – Digo sorrindo de lado ao perceber que as palavras saíram um pouco emboladas.

-Acho que Jaemin queria sabe o que você faz aqui no quarto. – Diz Jeno me olhando preocupado.

-O que vocês quiserem!

-O que? – Pergunta os dois.

Eu começo a rir da cara de espanto deles, mas percebo que essa brincadeira não me assusta nenhum pouco. Na verdade ela me excita.

Eu não consigo deixar de sorrir presunçoso enquanto me aproximo deles, os deixando acuado.

-Sabe o que eu estava pensando? Vocês dois já ficaram, eu fiquei com Jaemin, e Jeno ficou comigo. Mas nós três ainda não ficamos ainda. – Digo subindo com as minhas mãos pelo braço de ambos, alisando eles.

Jeno ainda parece um poucos acuado, mas pelo sorriso cafajeste de Jaemin, sei que ele está disposto a entrar nesse meu joguinho.

-Renjun – Pergunta Jeno mantendo o seu olhar preocupado sobre mim.

-Você não quer Jeno? – Pergunto trocando um olhar não tão inocente entre os dois. – Eu sei que o Jaemin quer!

E como se ele tivesse um timing perfeito dentro dele, Jaemin leva suas mãos até a minha cintura me puxando para mais perto dele, colando nossos corpos, não perdendo tempo em tomar os meus lábios para ele, e eu não perco tempo em puxa-lo pela nuca para intensificar ainda mais o nosso beijo.

Eu sinto um segundo par de mão pela minha cintura, e o peitoral de Jeno nas minhas costas, enquanto seus lábios descem sedentos pela curva do meu pescoço. Eu me afasto de Jaemin e viro de frente para Jeno, encontrando desejo e luxúria em seus olhos. E se eu não estivesse sendo segurado por eles, eu teria fraquejado e caído com a intensidade de seu olhar, tão intenso como o de Jaemin.

Jeno assim como Jaemin, não perde tempo em tomar os meus lábios para ele, mordendo os meus lábios com a mesma intensidade em que suas mãos apertavam a minha cintura.

Eu me afasto dele, recebendo um gemido de reprovação, mas que logo é calado com os lábios de Jaemin e meus.

Quando os meus lábios finalmente tocam os deles em conjunto, a primeira coisa que se passa pela minha cabeça é "o que a gente está fazendo?" Mas conforme suas mãos passeiam pelo minha cintura, pelo meu corpo, enquanto os nossos lábios se abrem para uma confusão de línguas, eu sinto que estamos fazendo a coisa certa, que não existe nada nesse momento que seja mais certo do que nós três juntos.

Eu me afasto deles, aproveitando da aproximação de Jeno da cama para o empurrar sobre ela, o que me rende risada baixas de Jeno e Jaemin, pela minha atitude um tanto quanto desesperada. Eu coloco uma perna de cada lado da cintura de Jeno, e não consigo esconder o baixo gemido quando sento sobre Jeno e o sinto duro. Mesmo com as nossas calças jeans o contato com o seu membro é prazeroso, assim como é sentir o membro de Jaemin também dura atrás de mim, enquanto ele tira a minha camisa distribuindo demorados beijos e mordidas pelos meus ombros e pescoço. As mãos de Jeno apertam as minhas coxas enquanto eu rebolo ritmicamente sobre o seu membro. Mas rebolar sobre o seu jeans, enquanto Jaemin distribui marcas sobre meu ombro não é o suficiente, não é isso que eu quero, eu quero pele com pele, eu quero eles!

Eu começo a abrir as calças de Jeno, mas suas mãos seguram a minha.

-O q-que foi? – Questiono deixando uma baixo gemido escapar, já que Jaemin aproveita desse momento para apertar meus mamilos.

-Não vamos fazer isso! – Diz Jeno.

-Porque não? – Perguntamos eu e Jaemin ao mesmo tempo.

O olhar sério de Jeno e direcionado a Jaemin que está apoiando sua cabeça sobre meu ombro para olhar Jeno melhor.

-Ele não está em condições para isso Jaemin.

Jaemin contínua tocando olhares com Jeno, mas acaba cedendo e se afastando de mim.

Jaemin

-Serio? – Pergunta Renjun me olhando incrédulo.

-Jeno está certo, você está bêbado Renjun. – Digo baixo. – E deveríamos conversar!

-Agora você quer conversar? Inacreditável. – Diz ele me empurrando antes de sair de cima de Jeno e começar a procurar a sua camisa no chão.

Eu tento me aproximar dele para o ajudar, mas ele afasta as minhas mãos com um tapa.

-Não toca em mim! – Diz Renjun.

E pelo o seu tom de voz ele está furioso com a gente agora. Porém Jeno está certo, Renjun não está sóbrio o suficiente para fazer o que faríamos.

Renjun consegue pegar a sua camisa, depois de alguma dificuldade, e a colocar.

-A gente poderia conversar amanhã, e tentarmos resolvermos isso. – Diz Jeno ansioso.

-Eu estou cansado de conversar com vocês! E eu poderia ter resolvido essa situação hoje. – Diz Renjun apontando para o meio das pernas de Jeno.

-Você não acha que está um pouco alterado para isso hoje Renjun? – Pergunta Jeno.

E acho que é a primeira vez que o vejo ser um pouco rigoroso com Renjun.

-Eu estou oti…

Renjun não termina de falar, porque no meio da frase ele se vira para o lado e vomita. Eu entendo perfeitamente como ele se sente nesse momento, por muitas vezes eu já fui o garoto vomitando na festa.

-Vem aqui! – Digo me aproximando para limpar a sua boca e algumas lágrimas com a manga da minha camisa. – Vamos levar você embora, ok?

Ele balança a cabeça positivamente, e permite que Jeno o segure pela cintura enquanto saímos do quarto.

-O que aconteceu? – Pergunta Haechan que está no corredor com Mark.

E tenho quase cem por cento de certeza que ele está ali para evitar que Mark tivesse entrado no quarto.

-A onde vocês vão com ele? – Pergunta Mark.

-Levar ele embora, ele vomitou. – Digo simplista.

-Eu levo ele. – Diz Mark tentando se aproximar do corpo de Renjun, que se aproxima mais de Jano e balança a cabeça negativamente para Mark.

-Não! – Diz Renjun fraco, e se não fosse pela balançada de cabeça negativa, tenho certeza que Mark não teria entendido o que ele quis dizer.

Mark tentando constatar, mas Haechan o puxa pelos ombros.

-Deixa eles levarem ele Mark, daqui a pouco a gente vai também.

-Leva ele direto para o apartamento. – Decreta Mark e eu apenas concordo positivamente, ajudando Jeno a levar um Renjun resmungão até o carro.

Por sorte a distância entre a festa e o apartamento de Chenle era pequena, e Renjun não parecia que vomitaria de novo.

Jeno se ofereceu para o carregar até o apartamento, ele reclamou, mas acabou aceitando. E foi assim na hora de dar banho nele também. De primeira ele reclamou, depois chamou a gente para o ajudar.

E o processo se repetiu enquanto o vestíamos e o colocávamos na cama.

-Fiquem comigo! – Diz Renjun antes de apagar docemente.

-Deveríamos dormir aqui com ele? – Pergunta Jeno.

-Se o Mark chegar e nos encontrar dividindo a mesma cama com o Renjun, ele mata a gente. Além de acordar o Renjun. – Digo já me dirigindo para sala com Jeno atrás de mim.

Me sento no sofá, e Jeno se senta ao meu lado encostando a sua cabeça no meu ombro.

- Vamos dormir aqui, e amanhã falamos com ele! – Diz Jeno bocejando se acomodando melhor em mim.

-Ok! – Digo baixinho.