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História Our love - Last chance


Escrita por: bfml

Notas do Autor


Boa leitura meus amorzinhos! 💚

Capítulo 29 - Last chance


Last chance

Renjun

A primeira coisa que percebo ao abrir os olhos é o abraço quase que possessivo de Jaemin sobre o meu corpo. Como se fosse eu a pessoa que saia rapidamente de manhã e não ele. Me sinto tão quente e protegido entre seus braços.

A felicidade que me invade nesse momento é tão grande, que não consigo esconder o sorriso satisfatório em meu rosto, mas ele logo vai embora quando penso que esse momento só ficaria perfeito mesmo com Jeno junto a nós.

Porque eu tenho que ser tão egoísta – e masoquista – ao querer duas pessoas comigo, e ainda por cima duas pessoas que já me machucaram?!

Eu me viro tentando não o acordar, ficando quase que em cima dele, pelo pouco espaço que dividimos no sofá. E me surpreendo assim que fico cara a cara com ele e o vejo me olhando profundamente.

-Está acordado a muito tempo? – Pergunto engolindo em seco. E não sei se é por causa do susto recente, ou pela sua delicada mão que está colocando uma pequena parte do meu cabelo atrás da minha orelha.

-A um tempinho. – Diz Jaemin sonolento.

-E porque não levantou?

-Porque você me disse para estar aqui quando você acordasse. E eu estou! – Diz ele descendo com seus dedos pela linha da minha coluna até repousarem firme sobre a minha cintura, deixando um rastro de arrepios por onde seus dedos passaram.

Eu odiava o poder que Jaemin, assim como Jeno possuíam sobre o meu corpo.

Eu espalmo minha mão sobre o seu tórax e sorrio timidamente para ele, que retribuí.

-Você poderia fazer café para gente. – Digo brincando com uma mechinha do seu cabelo, e me surpreendo com o tom manhoso que a minha voz saiu.

Eu vejo o olhar triste dele antes de o desviar e olhar fixamente para algo atrás de mim. Por meio segundo o meu coração para, prevendo que essa sua atitude não pode ser um bom sinal. Eu retiro os meus dedos do seu cabelo, tentando sair de cima dele, mas ele me segura firme pela cintura quando percebe a minha movimentação para sair.

-Eu tinha pensado em ir direto ao hospital, mas posso sim fazer café para você.

Por meio segundo eu tinha esquecido o porquê realmente estávamos aqui.

-Não! – Digo dessa vez conseguindo me soltar do seu aperto ao levantar. – Deixe que eu faço, você pode se arrumar para irmos ao hospital.

-Você não precisa ir Junnie, pode passar o dia com a sua família. – Diz Jaemin ao se sentar no sofá.

Eu paro a sua frente e sorrio ao alisar seu rosto.

-Mas eu quero ir! – Digo antes de ir a cozinha preparar o nosso café.

Eu só poderia descrever a visita a avó de Jaemin durante aquele dia como destruidora. Eu me sentia desgastado só de vê-la naquele estado, e Jaemin parecia ainda pior. Acho que ele já estava de luto.

Eu não aguentei ficar muito tempo com eles no quarto, acho que Jaemin também percebeu, porque me pediu para esperar por ele na recepção que já iríamos embora.

Então quando eu vi aquele mulher passar pelas portas da recepção, meu corpo todo gelou. Eu não queria que Jaemin tivesse que vê-la novamente. Não nesse momento, nessa situação, tão fragilizado.

-O que você quer aqui? – Pergunto ao me por em pé a sua frente.

Ela não parece se assustar com a minha presença repentina, muito pelo contrário, parece acostumada com esse tipo de aproximação.

-Você gostaria de um autógrafo querido? – Me pergunta com o seu melhor sorriso.

-Não. – Digo com toda a repulsa que existe dentro de mim, e sei que ela percebeu, porque tira os óculos escuros para olhar-me melhor.

-O que você pensa que está fazendo aqui? – A voz de Jaemin vem de algum ponto atrás de mim, ela soa falhada e não sei se é pelo choque de ver a mãe, ou pelos últimos momentos ao lado da avó.

-Vim ver ela!

-Ela não quer você aqui, nem seu filho. – Digo cruzando os braços.

-Renjun. – O tom de voz de Jaemin é apreensivo, assim como o toque da sua mão sobre o meu ombro.

Ele está com medo dela, e isso me deixa com ainda mais raiva dela nesse momento.

-Vocês estão juntos? – Pergunta ela com nojo, não só na voz. Mas ele está estampado ali em seu rosto. No seu nariz retorcido como se tivesse sentindo o cheiro de algo podre, e no seu olhar julgador.

-E se estivermos? Que eu saiba você abriu mão do direito de opinar sobre a vida de Jaemin quando o expulsou de casa. – A repreendo, e é nítido o susto em seus olhos por ter sido repreendida, ainda mais em um lugar público.

-Você vai deixar essa coisinha falar assim comigo? – Pergunta ela arrogante.

-Ele se chama Renjun, e ele está certo! Ninguém quer você aqui omma!

O deboche na voz de Jaemin ao se referir a mãe é nítido.

-Vocês não vão me impedir de me despedir da minha mãe. – Diz ao tentar passar por mim, mas Jaemin se coloca a minha frente, cruzando seus braços.

-A mãe que você deixou aqui para apodrecer, assim como fez com o seu próprio filho? – Pergunte Jaemin.

E uma parte interna minha se sente tão orgulhoso por ele estar tendo essa atitude com a sua mãe.

-Não me faça tomar uma atitude da qual você se arrependerá Jaemin.

-Está na hora de você ir embora! – Diz Jaemin mantendo-se firme a minha frente.

Ela olha para todos os lados, e percebe o quanto de atenção – negativa – estamos chamando, então ela decidir ir embora, mas não sai antes de falar bem próximo do ouvido de Jaemin que isso não acabou, que ela voltará sim para ver a senhora Na.

Jaemin parece perdidos em pensamentos enquanto assisti sua mãe sair. Eu entrelaço nossos dedos e começo a caminhar para fora do hospital o puxando comigo. Mas assim que chegamos na rua ele para abruptamente, me fazendo parar junto.

-O que foi?

Eu mal tenho tempo de terminar a frase antes dos meus lábios serem tomados pelos de Jaemin.

O beijo começa agitado, com uma batalha até mesmo um pouco agressiva entre as nossas línguas. As mãos de Jaemin em meu rosto, me mantém firme, assim como as minhas segurem firmemente a sua camisa na região dos seus ombros. O beijo vai diminuído gradativamente até se transformar em pequenos selares barulhento entre sorrisos.

-Desculpa! – Diz ele desviando o olhar envergonhado quando separamos nossos lábios.

-Jaemin. – Digo buscando seu rosto com a minha mão até estarmos cara a cara novamente, e fico na ponta dos pés lhe dar outro selar. – Vamos!

Jaemin

O meu dia começou com felicidade.

Felicidade por ter Renjun deitado aqui comigo no velho sofá da casa da minha avó, nos meus braços. Depois ele evoluiu para tristeza ao ver a minha avó naquela cama de hospital, com o seu fim cada dia mais próximo. Então eu cheguei a raiva, raiva por ver a minha mãe aqui, por ver ela falando com Renjun, o tratando com o mesmo nojo e desprezo que ela me tratou. E por fim eu cheguei a admiração, admiração pelo jeito como Renjun enfrentou a minha mãe, de um jeito que nem mesmo Jeno já fez. E eu não resisti ao beija-lo no meio do estacionamento do hospital.

Se for possível, acho que acabei de me apaixonar um pouco mais por Renjun.

Num único dia eu consegui ter mais sentimentos do que nos últimos anos.

E agora eu estava aqui, fazendo o jantar para o garoto que eu amo, pensando que esse momento ficaria perfeito com a presença do outro garoto que eu amo. Acho que se procurar o significado de complicado no dicionário aparecerá o meu nome ao lado.

A campainha toca, o que me desperta desses pensamentos, e faz Renjun pular de cima da mesa e ir correndo atender a porta. Por um momento a minha mente pensa na possibilidade da minha mão estar ali, e o medo dela fazer algo a Renjun me leva as pressas em direção a porta, mas não chego nem a passar pela porta da cozinha, porque a figura de Jeno ali me faz travar no lugar.

-Renjun me mandou uma mensagem de manhã, me contando o que estava acontecendo. – Eu lanço um olhar sério para Renjun que está atrás de Jeno se fingindo de desentendido. – Sinto muito não conseguir vir antes!

Jeno me surpreende com um abraço, me deixando sem reação por um segundo, mas depois acabo me entregando ao abraço, assim como me entreguei ao de Renjun na noite passada.

-Você vai deixar o tteokbokki queimar Jaemin-ah! – Diz Renjun fazendo com que eu e Jeno nos solte, e eu volte a prestar atenção em nosso jantar.

-Espero que isso seja o suficiente para nós três. – Digo enquanto mexo distraidamente na panela, mas sou ignorado.

A cada segundo eu me viro para ver se Jeno e Renjun realmente estão ali, e não deixo de me surpreender toda vez que vejo os dois sentamos ali, mesmo em silêncio.

-Eu vou arrumar a mesa. – Diz Renjun depois de um tempo.

-Eu ajudo. – Diz Jeno.

E por um momento eu realmente me perco ao olhar os dois arrumando a mesa, que quase queimo o tteokbokki.

O jantar se mantem em silêncio profundo. É como se não tivéssemos nada para falar, mas a verdade é que temos muito a ser dito.

-Eu não lembro de você cozinhar tão bem. – Diz Jeno acabando com o silêncio.

-Aprendi quando vim morar aqui. – Digo me lembrando de todas as vezes em que ajudei a minha avó nessa mesma cozinha.

-Sinto muito. – Diz Jeno triste.

E mais uma vez caímos no silêncio.

-Eu gosto de vocês dois! Eu não conseguiria escolher só um, eu não quero ter que escolher só um. Eu não sei exatamente o que isso significa, ou como vamos fazer isso. Eu só sei que eu quero estar com vocês. – Diz Jeno quebrando mais uma vez o silêncio entre a gente.

Ele nos olha aliviado depois dele despejar essas palavras.

Renjun troca um olha silêncio entre Jeno e eu.

-Eu compartilho do mesmo pensamento que Jeno. – Digo olhando para Renjun.

-Vocês dois me machucaram, e eu quero muito odiar vocês por isso. Queria me vingar de vocês. Queria que vocês sofressem pelas mentiras. Queria que vocês sentissem a minha falta. Então eu quis superar vocês, colocar uma pedra sobre vocês e sobre os meus sentimentos. Então por um mês eu tentei isso com Junhui, mas no final ele não era vocês, e eu não era Minghao. – Ele limpa uma pequena lágrima que corre sobre sua bochecha. – Eu quero ficar com vocês, os dois. Mas morro de medo que vocês mintam novamente para mim, que me machuquem, que me deixem!

-Acho que falo por nós dois quando digo que não vamos mais mentir para você. Que nunca vamos deixar você. – Diz Jeno entrelaçando sua mão na mão de Renjun que me olha.

E sei que ele espera que eu fale algo também. E eu tento, porque eles sabem que eu não sou bom com as palavras.

-Eu sinto muito por tudo que já fiz a você Renjun. Eu sempre te amei, mas também sempre amei Jeno, e não sabia como lidar com os meus sentimentos. Então eu fiz do jeito errado, como sempre! Mas eu não quero mais errar. – Digo entrelaçando a minha mão na sua mão livre.

-Essa é a segunda e última chance e vocês comigo, não a desperdicem! – Diz ele apertando forte a nossa mão, mas sorri presunçoso em nossa direção.

Essa chance era tudo que eu precisava, porque eu farei de Renjun a pessoa mais amada desse mundo. Passarei o resto de nossas vidas me desculpando com ele. Jeno troca um olhar comigo, e eu sei que ele compartilha do mesmo pensamento que eu.


Notas Finais


•Eu já falei 2x na história que a mãe do Jaemin é uma atriz, mas é sempre bom reforçar isso, caso alguém tenha ficado perdido pelo fato do Renjun reconhecer ela.

•Trailer da fic 💚
https://youtu.be/cCyZkV1U-BI

•E para quem quiser se distrair nessa quarentena, tenho outras histórias Norenmin 💚

Finalizada
https://www.spiritfanfiction.com/historia/the-beating-of-our-hearts-17396572

Em andamento
https://www.spiritfanfiction.com/historia/entre-maldicoes-18701213

Em andamento
https://www.spiritfanfiction.com/historia/sweet-ice-18693666

•Nao esqueçam de lavar as mãozinhas e se cuidarem amores!

•E quem quiser se sinta a vontade para me seguir no twitter para conversar/surtar sobre as histórias @bfml7


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