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História Madness - The Kill


Escrita por: Lightside

Notas do Autor


✿ Título: O assassinato.

AVISO - o capítulo irá tratar da temática central do enredo da fanfiction:abuso. Lembrando que, a violência não é somente física e sexual. Ela pode ser psicológica e verbal, então nada de apologias, ok?

Boa Leitura (:

Capítulo 11 - The Kill


Fanfic / Fanfiction Madness - The Kill

C H A P T E R VIII:

T H E   K I L L


"Existe apenas um Deus e seu nome é Morte.

E só há uma coisa que dizemos para a morte: hoje não.

 

— Game Of Thrones
 


Sakura tirou o jornal de sua mochila e saiu pelas ruas de York em busca de emprego. Rodou cada canto e não conseguiu nada.. Nem mesmo uma entrevista. Mais ainda assim, ela se manteve confiante. Quando olhou no relógio eram quase quatro horas da tarde. E precisava voltar pra casa. Por não conhecer a cidade direito e não saber das manhas; como os locais que não poderia passar, os horários onde o assalto é mais predominante, entre outros riscos. Estava quase desistindo quando finalmente apareceu um homem de terno preto.

— Ei garota, você não quer tirar umas fotos como modelo? Você receberá cem mil euros, topa? — disse o homem de cabelos loiros e curtos com um sorriso de vendedor ambulante.

— Se for com as minhas roupas tudo bem, já que eu estou precisando desse dinheiro. — respondeu Sakura sinceramente.

Não muito longe dali, Sasuke andava pelas ruas mergulhado em suas próprios pensamento e ficou parado em frente a uma lanchonete onde observava de longe a Haruno segurar um jornal em uma mão, e na outra uma caneta onde ela escrevia algo.


''Pode ficar com o seu dinheiro, não sou interesseira. Só porque eu venho de uma família pobre não significa que meus pais não tenham me ensinado a ter caráter.''


— Irritante. — disse para si tentando se convencer de que aquela garota não tinha influência alguma sobre ele.


Saiu de seus pensamentos quando o homem loiro de terno encaminhou a Haruno a um aparente estúdio de fotos. Não acreditava em intuição; mas algo dentro de sua cabeça lhe dizia que deveria segui-los. E foi o que ele fez.


Ao entrar no estúdio, Sakura ficou maravilhada com a porção de equipamentos e câmeras. O homem ao seu lado lhe tirou de seus devaneios e falou : 
— Vamos mocinha tire seu vestido para essa câmera sensualmente.


— Não! — a rosada tentou fugir, no entanto, sugiram dois rapazes que a seguravam pelos braços.


— Fique quieta! — retrucou o asiático que desferiu um tapa no rosto dela.


— Se você tirar suas roupas só por pouco tempo leva os cem mil. — disse o mesmo homem que a convenceu de tirar as fotos.


— Você disse que eram fotos com minhas roupas! — Sakura repetiu o que homem loiro havia lhe dito num tom rude e seco, encarando-o diretamente.


— Há sempre algo por traz de uma conversa gentil, garota! — debochou da inocência dela.


— Pare! Tirem essas mãos de cima de mim! — a Haruno mordeu a mão do loiro e empurrou o asiático para cima do lustre na tentativa de desequilibra-lo.


— Peguem essa selvagem! 


Um homem moreno e musculoso segurava bruscamente seus braços, enquanto o asiático lhe aplicava com a seringa alguma droga. Seus sentidos começaram a falhar, um a um. Os pensamentos pareciam líquidos e surreais com se nada fosse o que deveria ser. A pele começou a aquecer, suores pequenos começaram a espalhar pelo corpo dela. Os músculos começaram a enfraquecer. Com a sensação de deixar-se cair no chão, os olhos agitados não conseguindo distinguir os rostos a sua frente, pois não passavam de borrões.


Ela teve a sensação que seus mamilos estavam sendo puxados por algo brusco, mas firme. Instintivamente, empurrou aquela pressão que aquelas mãos exerciam. Mas seus movimentos eram lentos e seus braços estavam fracos.Ouvia algo como flashes de uma câmera e vozes dizendo sacanagens. Tentou protestar, mas sua língua está morta dentro da sua boca. Sentia algo quente e molhado sugar seus seios. Seu cérebro lhe deu um alerta : PERIGO! PERIGO! PERIGO!

Um grito forte escapou de seus lábios, finalmente quebrou a neblina que que estava ao seu redor. Sakura despertou:

— Socorro!


Uma mão muito pesada tampou sua boca. Mesmo com som abafado, a garota continuou a gritar cada vez mais alto.


Sasuke ouviu gritos agoniados de Sakura. Rapidamente, ele tentou entrar no local mas os seguranças param-no. O moreno lutou contra eles com maestria. Por fim, cuspiu no chão fazendo pouco caso daqueles homens que julgava serem fracos demais. Subiu as escadas desesperadamente guiado pelos gritos da garota.


— Se apressem! Precisamos das fotos e do vídeo.


Sakura balançava os braços freneticamente, porem, as mãos do moreno robusto começaram a agarra-los com mais força. Ela sentiu seu vestido ser arrancado com brutalidade de seu corpo, por fim rasgando seu sutiã de renda.


O asiático não perdeu tempo em sugar o seio direto dela - como um recém nascido - com uma fome insaciável, arranhando-a com a barba por fazer.


— Vire-a de quatro! — ordenou o loiro.


O estranho livrou-se da calcinha dela. A garota chutou diversas vezes a perna do asiático. Mas ele forçou seu caminho entre as pernas dela, seu peito nu estava sob a rosada.


— Não posso. Se eu tirar a minha mão, essa vadiazinha vai gritar. — resmungou o moreno musculoso.


— Não seja um cara idiota, caralho! — retrucou o outro. — Eu vou deixar você foder primeiro. Só faça isso. E logo!


O moreno colocou-a na posição ordenada pelo loiro, por fim tirando sua camisa, fazendo um bolo enfiando na boca de Sakura. Seus braços estavam presos no alto de suas costas mostrando nenhuma resistência, numa posição desconfortável. Ele deitou no chão segurando seu pênis com força, procurando se posicionar para entrar nela. Já o asiático, abaixou suas calças preparando seu pênis duro para entrar no outro orifício.


— Você sente como é bom? — gemeu o moreno com um olhar desejoso.


— Por que você os deixa fazer isso? — ela gritou com o loiro que assistia tudo, mesmo com a camisa na boca, ele pode entendê-la.Os olhos dele eram selvagem e frenético. Ele estava se divertindo tanto quanto aqueles dois que praticavam o abuso. 


Sakura se afastou do asiático tencionando seus braços cada vez mais, para que saíssem de suas órbitas. A luta só serviu para se dobrar mais e mais. Ela trabalhou o tecido da camiseta conseguindo liberar um poucos seus dentes, conseguindo alcançar um dos ombros do moreno - mordendo-o como uma leoa. Em resposta, ele gritou e balançou a cabeça.


No momento seguinte, ela voou pelo ar pousando em um dos equipamentos de fotografia.


— Que porra é essa? — o asiático gritava.


— Você sua puta! — o homem mordido olhou para a rosada com um olhar mortal, erguendo-a pelos cabelos e jogando novamente no chão. Chutou inúmeras vezes as costelas dela; que engasgou com o sangue que estava na sua boca. A respiração começou a protestar e tudo que ela pode ouvir foi o "crack" de suas costas.


Sasuke ouviu vozes irritadas e histéricas. Algo estava muito errado, a sensação estranha o atingiu novamente, embrulhando seu estômago. Então as infelizes e amargas lembranças do garotinho de doze anos que tinha sido, vieram a tona. 


As pernas do pequeno Sasuke tremiam e seu estômago se contorcia enquanto era puxado com uma corda em ambos pulsos forçando seus passos, obrigado a seguir sua captora rumo ao interior do local o qual reconhecera ser um bordel. Ambos caminharam lado a lado por um hall estreito e escuro, passando por alguns homens. Por mais que o garoto vestisse uma capa de indiferença e mantivesse seus olhos de modo firme encarando todos que estavam presentes, por dentro ele estava assustado. O som daquelas vozes ao cumprimentarem sua mestra provocava nele um calafrio na espinha. Aqueles sujeitos eram novos ali, pessoas estranhas que ele jamais imaginaria existirem.


Anna o levara até uma porta no final do corredor e a imagem fizera com que o jovem parasse de maneira abrupta. Um misto de suor, sangue e mofo saturava o ambiente; o cheiro forte de cigarro queimava o nariz do Uchiha.


Um grande número de homens se reunia ali, discutiam como se estivesse numa feira; quem vendia seus produtos de forma mais convincente ao mesmo tempo em que alarido ecoava pelas paredes, apavorando o garoto ainda mais. Com as entranhas na boca, Sasuke respirou fundo e começou a procurar de onde vinham os gritos de temor. Atestara que o purgatório que tanto escutara do padre Lucius em sua missa de domingo era aqui na terra, especificamente naquele bordel.


Quando Anna puxou a corda com mais força, Sasuke fora para frente emergindo de seus pensamentos. Ele se contraíra no momento em que as mãos dela se fixaram em seus ombros, mas continuou andando contra sua vontade, atendendo o comando como um animal adestrado.
A aglomeração foi se abrindo para que ambos passassem; logo o Uchiha alcançou o que tanto ansiava descobrir : a razão de todos aqueles gritos de dor… 


Ele sentia os olhares maldosos sobre suas costas observando-o da cabeça aos pés. Os olhos daquelas pessoas para o moreno eram como lasers que queimavam sua pele profundamente e fervia seu sangue, fazendo sua ira e a vergonha por estar naquela situação deplorável crescer mais e mais em seu âmago.


Na parte frontal do salão sobre um palco haviam muitos jovens em fila, ajoelhados sob o piso sujo de sangue endurecido. Placas improvisadas estavam penduradas em seus pescoços e cada um deles trazia um número escrito com um marcador preto. Horrorizado, Sasuke manteve-se tão imóvel quanto possível, observando com seus ônix a multidão que atirava dinheiro sobre o chão. Um a um, aquelas crianças e adolescentes foram leiloados pelo lance mais alto, suas lágrimas rolavam pelos seus rostos infantis e frágeis a medida que eram arrastadas pelos respectivos donos como sacos cheio de batatas.
É inegável que para aquelas pessoas sem escrúpulos, as batatas obtivessem mais dignidade e valor do que aquelas vidas inocentes.


'' Anna.''


Sasuke contraíra o máximo que conseguiu seu corpo ao ouvir o nome de sua captora ao ver um homem calvo e corpulento se aproximar.  O rosto dele parecia couro envelhecido, craquelado e coberto de cicatrizes. Seus olhos eram pretos feito poços de piche. Em sua mente aturdida, o jovem Uchiha o identificou como a definição perfeita da palavra monstro.


A mafiosa segurara o garoto mais firme, mantendo-o preso enquanto cumprimentava o tal sujeito assustador :


'' Como tem passado Giovanni? ''


'' Vejo que finalmente trouxe seu garoto… Esta querendo se livrar dele? Se for o caso eu…  ''


Anna apressara em interromper o cafetão antes que prosseguisse com que quer que seja :


''  Não é nada disso. Apenas quero que você discipline esse Bichano e ensine a manter-se em seu devido lugar… E nada melhor conviver com outros iguais à ele.''


Iguais à ele. Aquelas palavras encheram o coração do Uchiha de ódio que imediatamente olhara para o palco e vira um garoto descer de lá : era um adolescente três anos mais velho do que ele e parecia ter se envolvido em alguma briga pois sua pele estava cheia de marcas roxas e seu cabelo parecia ter sido cortado sem menor cuidado. O jovem estava amordaçado e algemado, ostentava em seu pescoço a plaquinha com o número 66.


O número 66 lutou com tudo que estava em seu alcance; debateu o quanto pôde mais que todos os outros, quando um homem odioso agarrou-o pelo braço. Num piscar diante de seus ônix, Sasuke testemunhara a  morte pela primeira vez.


Mesmo com aros de metal ao redor dos tornozelos do tal garoto, ele tentara escapar, pulando para frente do palco, colocando-se de pé e encarado a multidão de forma furiosa. Seus olhos castanhos feito uma tempestade de areia fixaram-se por alguns segundos nos ônix do Uchiha.


Sasuke sentira-se em chamas como se estivesse em erupção, o caos se alastrou de modo violento. Respirara fundo enquanto Anna reagira de forma natural totalmente fria e indiferente a situação formada, enfiando a mão no casaco vermelho de cashmere sacando um maço de cigarro e o isqueiro, acendeu-o deixando a nicotina conta de seu corpo.


'' Vocês vão todos para o inferno! Todos! '' 


O tal garoto rebelde continuara a se debater até que Giovanni irritou-se com aquela atitude e sacou uma arma estilo Glock 45 do bolso da sua calça e um único tiro foi disparado bem do lado de Sasuke, o que o assustou e deixou seus ouvidos surdos por alguns instantes. O número 66 caira lentamente no chão, com a testa perfurada por um projétil. O sangue fresco do rapaz imediatamente se espalhara pelo local.


O peito do Uchiha doía enquanto respirava ofegante diante do cadáver que repousava próximo aos seus pés descalços. Tentara a todo custo não deixar sua mente ruir, não podia perder o controle… Mas era impossível. Ele nunca havia presenciado o ato, mesmo seu pai sendo um mafioso, nunca o vira matar alguém. 

 
O sangue logo escorreu do buraco aberto até o piso branco tingindo os cabelos loiros do jovem de um escarlate intenso. Seus olhos que anteriormente eram azuis-acinzentado estavam congelados permaneceram abertos voltados para Sasuke, como se pudesse enxergar através de sua pele pálida.


Giovanni guardou a Glock de volta em seu bolso e se agachara para ficar na mesma altura do Uchiha que nesse momento, tentara se afastar daquela carnificina. O cafetão entretanto o agarrara por trás do pescoço e forçou olhar para o número 66.


'' É isso que o que acontece com os insetos que esquecem qual é o seu lugar.''


A voz dele era tão gélida e impiedosa quanto os olhos que o encaravam. Então o cafetão se levantou, voltou a posição original e Anna jogara o maço de cigarro no chão apagando a pequena brasa com seu scarpin preto. Com o sorriso sarcástico, ela voltara a posicionar suas mãos firmes nos ombros do garoto aterrorizado.


Sasuke ouviu um dos homens que fazia parte do leilão reclamar com Giovanni : 


Você já testou a mercadoria! Quero saber quando vai me pagar." 


Novamente aquela voz impiedosa fez com que o Uchiha ficasse mais assustado.

Quando você parar de danifica-lo." – ouvira a resposta do cafetão italiano que soava puro sarcasmo.


O leilão continuara como se nada tivesse acontecido, enquanto o corpo sem vida do garoto 66 jazia no chão, sem que ninguém se importasse com ele, exceto é claro, o próprio Sasuke que perguntava-se o quanto valia uma vida… 

Uma maleta exorbitante com várias notas de euro? 10k de cocaína dentro de tambores? Uma Ferrari? Ou um terno da última coleção de outono da Armani? Não soubera responder. Porém, a única coisa que tinha certeza era que aquela maldita visão o assombraria para todo o sempre.


Ele saiu de seus pensamentos com seu coração acelerado. Seus passos vacilaram e ele fez uma pausa para recuperar o controle. Respirando de forma controlada e calma. Correu, aproximando silenciosamente da sala, tomando o cuidado para que não percebessem sua presença. Sasuke ficou um pouco na ponta dos pés, e pode observar tudo que ocorria diante daquela pequena janela.


— Você é um merda de um burro! O que vamos fazer com ela agora? E ainda não consegui fazer porra nenhuma do nosso trabalho!


Os ônix pousaram na garota de cabelos cor de rosa. Seu coração começou a apertar, e lutou para controlar sua respiração. 


O que eles fizeram com você Gatinha? " - sua mente gritou.


— Eu não quero saber. Mas vocês vão dar um jeito nessa merda!


Sasuke viu que nenhum deles estavam armados; avaliou quantos combates teria que lidar. Uma coisa é certa: se algum deles tinham machucado ela, foi o homem moreno de cabelos castanhos, pois o mesmo estava ferido. 


Engoliu em seco.Mataria aquele cara na frente dos outros, dando uma prévia do que estava por vir. Estava com tanta raiva que mordeu seu lábio inferior com tanta força sentindo o gosto do próprio sangue.


— Chegou a hora da diversão, Sasuke. — murmurou maquiavelicamente para si, chutando a porta com força, quase arrancando do lugar.


Os três homens sentiram um frio na espinha. O rapaz encarava-os com um olhar assassino. Eles sabiam muito bem que aquele garoto na frente deles era o filho do maior empresário da Inglaterra : Sasuke Aron Uchiha.Conheciam a péssima reputação do garoto por não tolerar erros.


Sasuke desviou um pouco o olhar para Sakura.


Lá estava a Haruno no chão; sua cabeça desajeitadamente para a esquerda; braços jogados na parte inferior, suas pernas abertas mostravam hematomas e marcas de iniciações onde ela obviamente tinha sido pisoteada.


Pareceu-lhe que seu coração se desvanecera deixando um vácuo.Sasuke sentiu vazio. Tudo que ele havia sido e sofrido no passado agora estava diante dos seus olhos.


'' EU JURO SAKURA, VOU FAZER ESSES FILHOS DE UMA PUTA PAGAREM!'' — a mente de Sasuke declarou o aviso de morte. Ele estava com o rosto ardendo sob o fluxo de sangue, o estúdio girava e escurecia diante de seus olhos. E involuntariamente seus dentes rangiam. —
'' Vou mata-los, vou mata-los, vou mata-los.'' 


Ao vê-la espancada e tremendo no chão foi o combustível necessário para o que ele estava prestes a fazer. A sede de sangue consumiu sua visão.


— Filho da puta! — Sasuke tirou um canivete de um dos bolsos e seguiu na direção do moreno. Levantou o objeto ponteagudo num ângulo de quarenta e cinco graus e mergulhou em linha reta na base do pescoço, onde ele encontrou ombro ferido do mesmo.


Sakura reconhecia o dono daquela voz furiosa. Lágrimas escorreram de sua face, e respirava com muita dificuldade como um sopro.


O tal homem liberou um grito desumano e mais endorfinas foram liberadas dentro do Uchiha. 


Ela fechou os olhos com força, não queria mais ouvir aqueles gritos devastadores. Tão pouco, gostaria que Sasuke se transformasse em um assassino por sua causa. Aquele era seu fardo. Ato este que carregaria para o resto de sua vida, e ninguém tinha o direito de carrega-lo no seu lugar. Assim, pensava.


— Morra! — Sasuke gritou, puxando o canivete que pulverizou sangue em seu braço, peito e pescoço. Sua cabeça girava e suas narinas estavam dilatadas.


'' Sasuke… '' — a mente da Haruno o chamava desesperadamente.  Mais lágrimas transbordaram de seu rosto inchado. — '' Eu preciso para-lo.''


— Po…Por favor… Me dei… deixe vi… viver. — balbuciou o sujeito na falha tentativa de pedir clemência.


— Ué, cade o machão? — provocou o rapaz divertindo-se com a expressão de medo evidente do infeliz a sua frente. — Você só se acha homem o bastante quando agride ou estupra uma mulher?


— E-esse é o nosso trabalho… — tentou justificar-se para Sasuke que o olhava como se um inquisidor. — Íamos paga-la… Eu juro… 


— Cala a boca! Tudo o que vermes como você merecem é a morte bem dolorosa. — o rapaz enfureceu, sentindo-se enojado com todo aquele blá-blá-blá. Novamente, ele trouxe o objeto cortante para baixo, só que desta vez para o pescoço, para então, separar a medula espinhal. 


Sons não eram mais ouvidos, o corpo que a segundos atrás se debatia freneticamente buscando uma maneira de sobreviver como uma vaca em um abatedouro; agora jazia aos seus pés do Uchiha como um pedaço de carne sem vida. Sasuke levantou encharcado de sangue e parecia bastante satisfeito com o ato.  


— Quem é o próximo? — perguntou, passando a língua na lamina e saboreando lentamente o líquido escarlate. Para então, fixar suas orbes negras no homem loiro que tremia da cabeças aos pés.


— Você seu desgraçado! — berrou inutilmente o asiático partindo para cima do rapaz com um bastão de ferro.


Sasuke desviava dos golpes desesperados daquele homem com tanta agilidade. Num piscar de olhos; ele estava atrás do mesmo com o canivete no pescoço dele. Perfurou em locais em que o indivíduo não morreria, mas sentiria a dor lentamente.


— Eu não entendo porque você está todo putinho… ela é uma vagabunda com todas as outras que vieram nos procurar em troca de dinheiro. — cuspiu as palavras, abrindo um sorriso de lado observando o jovem cerrar os olhos.


— Todos os seus amigos estão morrendo um a um… — Sasuke comentou com descaso brincando com canivete na mão. — Diga suas últimas palavras! — ordenou friamente.


— Vá se foder! — falou o homem em um tom desafiador atraindo assim um sorriso de escárnio.


— Palavras erradas. — concluiu Sasuke com um sorriso mais arrogante do que do homem a sua frente. Então o virou em sua direção enfiando fundamente a lamina afiada no rosto do mesmo por diversas vezes, até que este veio a falecer.


Mais grunhidos de dor eram ecoados naquele local e Sakura começou a reunir um pouco de força, obrigando seus membros se mexerem. Com o corpo trêmulo, ela se apoiou na mesa, levantando.


— Pensei que vocês fossem me entreter um pouco, mas vejo que vocês são fracos demais. Nem um arranhão me fizeram. — o deboche era evidente na voz do rapaz que tinha os ônix faiscando de ódio. 


— Sinto muito sir Uchiha. — começou o dono do estúdio ajoelhando-se, chamando assim a atenção de Sasuke. — Não sabia que a garota lhe pertencia… E… — engoliu em seco. Não ousava olhar o Uchiha, apenas encarava o chão como se fosse a coisa mais incrível do mundo.


Lentamente, os passos do tênis All Star ecoava pelo estúdio e o medo crescente do homem aumentava a medida que Sasuke se aproximada de si. Novamente, não ousava olhar na direção do mesmo. Era como se o rapaz fosse a encarnação do próprio Lucifer.


O silencio fúnebre vagava no ar, causando calafrios em Sakura que arfava.


— Então… — começou o Uchiha, quebrando o silencio de uma hora para outra, uma raiva profunda inalava dele. — Me diga o que você sentiu quando seus amigos tentaram viola-la. 


O infeliz não ousava pronunciar nada, irritando ainda mais Sasuke.


— Responda seu arrombado! — ele puxou os cabelos do homem com força, obrigando-o olha-lo olho no olho.


— E-eu… Eu gostei porque o medo me excita. — confessou apavorado. Seu maxilar tremia assim como restante do corpo. 


— Tem razão. — Sasuke concordou, e a estranha calmaria em sua voz assustou Sakura que encolheu-se, sentindo o pavor correr por todo seu corpo dolorido. — O medo é uma forma de poder seja fisicamente ou psicologicamente… 


O canivete começou a passear pela pele do loiro e toda aquela tortura psicológica estava o enlouquecendo.


— Confesso que estou com um puta prazer em ver essa sua cara de cuzão com traseiro sujo na minha frente. — proferiu as palavras num sussurro, fixando o olhar nas íris cor de mel, sua mão não abandonava os cabelos loiros que eram puxados mais e mais. — Sabe o que  mais me excita? O modo como vou te violentar beeem de vagar do mesmo jeito que você deixou seus amigos abusarem dela e de tantas outras.


— Por favor, me perdoe! — suplicou, as lágrimas escorriam pela face. Seus olhos rapidamente desviaram de Sasuke buscando por Sakura. — Por favor!


A garota engoliu em seco. Não sabia o que pensar ou sentir. Estava ele lhe dirigindo o mesmo olhar cheio de clemência do qual ela lhe lançara a alguns segundos atrás. 


— Não seja fraca! — advertiu o Uchiha. — Empurre toda essa porra de misericórdia pra baixo. Você está acima dele, Gatinha. Então apenas aprecie a justiça.


Naquele momento a Haruno encontrava-se num colapso nervoso. Seu peito subia e descia desconsoladamente, e as malditas lágrimas ensopavam seu rosto acompanhado de soluços.


— Garota! 


— Você vai pro inferno…  — explodiu Sasuke torcendo o segmento ósseo do braço direito do abusador. — Vou fazer você desejar nunca ter nascido!


O Uchiha desferiu vários chutes e socos, assim como eles haviam feito com a rosada.


— Pare! — Sakura gritou com todo o ar que havia em seus pulmões. Mesmo tremendo de medo, enlaçou seus braços na cintura máscula de Sasuke fazendo com que ele arregalasse os olhos.


— Sakura? — questionou, sentindo o calor dos braços dela lhe aquecendo. Largou o canivete no chão juntamente com o corpo do homem. Todo ódio e a raiva se dissiparam de repente.


— Por favor... — ela disse num sussurro suplicante. Ele inclinou a cabeça para atrás encarando a garota que o olhava assustada por alguns segundos, mas logo lhe vieram um mar de lágrimas em seus olhos.


O sobrevivente rastejou pelo chão dirigindo o olhar agradecendo a Haruno que engoliu todo seu ódio para dentro de si. Não precisava de avisos, pois temia por sua vida mais do que tudo, então saiu mancando. 


— Porra! — a respiração forte provinda do ataque de fúria soprava no rosto dela.Sakura sustentou o olhar de Sasuke. Por mais que tivessem alagados, tentava demonstrar toda a gentileza e amor contidos.


O moreno se odiava por fazer aquilo, não queria que ela visse o seu lado negro. 


— Sasuke eu estou bem… — ela abaixou a voz quando ouviu a respiração dele ficar mais calma.


O Uchiha segurou uma de suas mãos e virou-se na sua direção. Ele aproximou do corpo trêmulo lentamente desejando que não estivesse coberto de sangue.


— Gatinha… — sussurrou.Ela chorou quando ele a tomou em seus braços. Seu coração deu uma guinada e  lutou muito para não aperta-la. — Sh…. 


Com a rosada em seu colo, ele caminhou de forma eficiente em direção a saída.  Observou quando a lua iluminou o rosto ensanguentado da mesma e seu coração apertou ainda mais.Os tremores por parte dela haviam cessado. 


Sakura olhou diretamente nos ônix expressando sua total admiração por Sasuke.Constrangido, o rapaz suspirou para conter a vergonha devido aquele tato todo e assim beijou o topo da cabeça e sussurrou no ouvido dela:

— Está tudo bem agora... Fiz eles pagarem.


Ouvir aquelas palavras deixou-a sem reação.Uma parte de si se sentiu muito satisfeita, mas a outra parte sentia culpa pois Sasuke carregaria aquele fardo assim como ela - para resto da vida. Ele havia matado aquelas pessoas por sua causa. Aquilo de alguma forma, não significava muita coisa para ela, embora suspeitasse que significassem muito para ele.


— O canivete… Os seguranças e as filmagens? — perguntou a garota num fiapo de voz.


— Não esquenta. Com dinheiro, você pode omitir a história. — respondeu divertido.


Ela o odiava... às vezes….


Seus sentimentos estavam completamente confusos. Chorou por um tempo na mentira reconfortante em seu abraço. Colocou os braços ao redor do pescoço dele, ouvindo o coração do moreno bater contra seu ouvido, as mãos firmes acariciando seus cabelos rosados. 

Havia sempre uma confusão interna dentro de Sakura quando Sasuke estava por perto. Conflito entre o que ela deve fazer e o que ela queria fazer.Por mais que negasse para si mesma, seu coração não conseguia esconder o que  sentia por ele desde o dia em que se conheceram. 


O que era o amor se não alguém arriscando sua vida em nome do outro? Sasuke havia salvado sua vida. Será que isso significava que ele a ama? Uma parte dela queria acreditar que sim, no entanto, não queria alimentar falsas esperanças para si.


— Não posso aparecer assim em casa.


— Ok. Também não vou te levar para casa da Ino, por que ela vai te encher de perguntas e você não está em condições de responder. — ele sorriu minimamente e prosseguiu: — Vou levá-la ao meu refúgio secreto. E sinta-se honrada, pois você será a primeira e a última pessoa que eu levarei. — seus dedos secaram os cantos dos olhos inchados dela. 

A garota franziu um pouco a testa mas assentiu com pequeno sorriso.


Ele a colocou delicadamente dentro de seu Lamborghini, por fim, fechou a porta. Deu a volta e entrou no carro. Tirou sua jaqueta oferecendo à Sakura que aceitou de bom grado. Ela se ajeitou no banco de couro e fechou os olhos.


Sasuke deu a partida e correu feito um louco.


Mandou algumas mensagens para sua secretaria contado do ocorrido, ordenando que ela limpasse toda aquela sujeira no estúdio. Em seguida, mandou uma mensagem para Yamanaka dizendo:

* Ino pode inventar uma história para os pais da Sakura?


A loira era do tipo de pessoa que vive em função do celular, e era bem rápida com as mensagens. Não demorou muito para que Sasuke recebesse a resposta:

* Tudo bem. Ela está com você? Sou sua melhor amiga e exijo explicações.


Ele rolou os olhos, enquanto dirigia. Respondeu :

* Para com drama Ino. Amanhã talvez eu te conte. Tchau.


Mal tinha enviado a mensagem e a mesma já havia mandado sua resposta:

* Ok. Eu vou cobrar hein?! Beijinhos.


Sasuke largou o celular em qualquer canto e continuou firme na estrada.


Notas Finais


✿ M Ú S I C A :

Nightmare - Avenged Sevenfold.

https://www.youtube.com/watch?v=94bGzWyHbu0


✿ Comentários da autora:

Gente o que vocês acharam? Pesado demais? (espero não ter assustado ninguém) :O
Enfim, não tenho palavras o suficiente para descrever esse capítulo… A única coisa que posso dizer é que o ódio corrosivo e a justiça feita pelo Sasuke é justificável.

Bom isso é tudo pessoal…

XoXo.


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