História Our love is running away - Reencontro.

Justin.  Presente.

Acredito eu, que tudo que fazemos, tem consequências, sejam elas boas, ou ruins. Estou em um momento da minha vida que finjo gostar de viver, finjo estar feliz, finjo ser alguém que na verdade não sou, pelo menos não mais. Eu fui perdendo tudo de mais importante, tudo por causa do meu orgulho, do meu achismo e principalmente do meu pessimismo. A minha vida estava um completo cinza, sem prazo algum para que voltasse a ser colorida.  Tudo foi acontecendo diante dos meus olhos, e eu simplesmente deixei. Estava cego. desnorteado, apaixonado, e tudo isso aconteceu, por que a ganância, a ambição do ser humano fala mais alto, na verdade, grita. Mais uma vez me surpreendi com a vida, com as pessoas, com a mentira. Nos primeiros meses com Selena estava de verdade vivendo um sonho, mesmo com tantos acontecimentos, dolorosos por sinal, eu segui em frente. Chamei ela para morar comigo, e vivermos nossas vidas juntos. Depois de um tempo, Selena se revelou, não tinha mais um sentimento de amor por mim, ou sequer compaixão. O interesse dela, era ter alguém para ser sua escada da fama, e quando se deu bem, quando foi mundialmente conhecida por mim, me largou na primeira oportunidade. Tomou meu coração e o quebrou em mil pedaços. Ali, eu jurei ser meu fim, jurei que nunca mais entregaria meu coração a ninguém. E o mais triste disso tudo, é que ainda amo ela, depois de tudo isso, meu coração é somente dela. - Suspirei derrotado, voltando rapidamente para o papel em minhas mãos, não estava conseguindo terminar aquela bendita música. Bufei novamente irritado, me perdendo em pensamentos, ou melhor, lembranças. 

Justin, 3 anos atrás. (Terça feira) Retorno do Brasil.

Finalmente casa, mau posso esperar para descansar em minha cama. - Falei sorridente pois estava diante do aeroporto de NY

Eu também, estou muito cansada. - Sel falou fechando os olhos e encostando sua cabeça em meu peito. 

Eu quero almoçar, topa comer lá em casa comigo? Assim apresento você a Suzan e Rose, o que acha? - Ela me olhou séria. 

Claro ... Eu só preciso ligar em casa para dizer que cheguei. - Ela disse mostrando o celular.

Resolvi esperar ela encostado em meu carro, o tempo estava frio, a chuva logo viria, e eu estava agoniado, ansioso, eu sabia o motivo, mas por hora, fingi não saber. - Pensei, vendo ela se aproximar novamente.

Então querido, não vou conseguir almoçar com você, minha mãe quer que eu esteja em casa, para conversarmos a respeito da cirurgia de Gregg. - Ela disse tristemente.

Ah, ok, tudo bem. Fica pra próxima. - Não consegui esconder meu desapontamento, mas tentei o máximo que pude.

Vamos. - Ela sorriu largamente, me dando as mãos. Apenas acenei para ela, e continuamos nossos caminhos.

Ao chegar em casa, dei um grito bem alto afim de que entendessem que eu havia finalmente chegado, mas, nenhuma resposta foi dada ao grito. Estranhei, pois nesse horário, sempre tem alguém, seja Suzan ou Rose. Deduzi que estavam em seus quartos, pois o frio não dava vontade de sair da cama. Mas, algo me chamou atenção. Havia dois envelopes brancos em cima da mesinha de centro, rapidamente os peguei e rasguei, afim de ler os dois logo. Quando me deparei com as enormes cartas, me assustei quando vi o nome de Suzan e na outra, Rose.  A primeira era de Suzan. Dizia o seguinte : 

Oi cabeção, se assustou quando viu de quem era né, aposto. 

Quero te dizer, que embora eu esteja brava com você, eu te amo, e sempre vou amar, pois foi isso que te prometi quando nos conhecemos. Foi isso que ambos prometemos. Você está feliz, isso eu tenho certeza, pois vi suas fotos no Brasil com Selena. Confesso, ela não me é estranha. A exposição, foi um sucesso, vendi quase todos os quadros, e com isso, consegui comprar uma casa junto com Rose no canada, não nos despedimos, por que você sabe perfeitamente que odeio esse lance, eu prefiro dizer depois de partir, assim não sofro tanto. Embora não tenha adiantado de bosta nenhuma. Trouxe Rose comigo, por que você sabe o quanto a minha mãe faz falta, e o quanto Rose me lembra ela, não posso viver sem ela, e nem quero. Te desejo toda a felicidade do mundo, te desejo sempre o melhor da vida, você é um homem incrível, e tenho muito orgulho disso. Você, por muito tempo, foi meu porto seguro, hoje, você foi as minhas lágrimas, a minha dor, e a minha tristeza, mas não se entristeça, isso logo vai passar, Selena vai te ajudar, vai estar com você, e isso me conforta de uma tal maneira, que você nem pode imaginar. Fique bem Jus, e se eu souber que está se metendo em confusão, ou se ousar trair Selena, eu mando te caçarem e te matar. Aviso dado. Beijos. Te amo. S.M 

Depois que terminei de ler a carta, o papel da mesma, se encontrava encharcada. Não parei de chorar sequer um minuto. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo, passei as mãos na cabeça de tão nervoso que estava. Liguei para Suzan e só caia na caixa postal, obviamente ela imaginou que eu ligaria e assim, trocou de número. Daí eu lembrei que faltava ler a carta de Rose, rapidamente me sentei e comecei novamente:

Oi meu príncipe, espero que a essa altura já tenha comido e descansado, pois você sabe que fica com um mau humor fora do comum se não. Confesso que tomar a atitude de ir embora foi extremamente difícil, mas ver a minha menina tão triste e tão desolada, não tive outra escolha. Você sabe que estou chateada com você, sabe perfeitamente que não passei a minha vida inteira junto a vocês, para ver você se tornar um homem assim, que não se importa com nada, nem ninguém. E tudo isso por uma mulher qualquer. Sei que ficará bravo do modo como falei de Selena, mas para uma mulher vivida, sei bem o que falo. Tome cuidado meu menino, você merece ser muito feliz. Apenas selecione bem as pessoas que estão ao seu redor. Te amo meu príncipe. Até um novo dia

 

Assinado:. Rose, sua querida mãezinha.

Chorei tanto, que parecia que alguém tinha morrido, me joguei no sofá e taquei o celular longe. A dor que sentia em meu peito parecia não ter fim, eu perdi as duas pessoas importantes da minha vida, isso tudo por que só pensei em mim. O ódio que eu sentia por mim mesmo, não estava escrito. Eu precisava sair e descontar tudo na bebida, mas também eu não podia, não queria fazer isso com minha vida novamente.  Preciso tomar uma atitude. - Falei para mim mesmo, me levantando do sofá. 

3 anos depois. (Presente) Suzan. 

Vancouver, canadá. 01:00 am

Suzan, eu juro que to me arrependendo de ter vindo com você. Eu não gosto de avião. - Carol dizia apreensiva. 

Não vamos de avião, vamos de helicóptero. No meu helicóptero. - Eu disse vendo a mesma me olhar assustada. Eu queria rir.

Co- mo é? É muito mais perigoso, tchau Su, mande lembranças ao Caio, beijos. - Falou se virando e indo em direção a saída, Rapidamente a peguei pelo braço fazendo ela parar.

Nada disso querida, você marcou essa palestra pra mim, não vai fugir agora. Anda. - Falei a puxando, indo em direção ao local que iriamos esperar meu piloto. 

Olha, eu de verdade estou arrependida amiga. - Ela falou e eu tive que rir. 

Isso não tem graça, besta. - Falou irritada, me batendo no ombro em seguida. 

Tem sim Ca - Falei tentando controlar o riso. 

Ok ok, vamos idiota. - Foi a vez dela me puxar e me arrastar daquele local. 

Depois de minutos na farmácia escolhendo remédios para dormir, Carol finalmente sossegou. Eu, apenas escolhi umas barras de chocolate e um creme para as mãos. Finalmente em meu helicóptero, eu pude descansar ao lado de minha amiga doida.

No canadá, eu demorei a me adaptar, na verdade estava quase impossível, pois tudo a imprensa relacionava a Justin, fazendo meu trabalho ir para o brejo. Mas, quando finalmente me adaptei em vancouver, conheci Carol, ela se tornou minha assistente pessoal no meu mais novo Ateliê, e com isso, se tornando minha melhor amiga. Nos tornamos inseparáveis. - Sorri ao lembrar de quando nos aproximamos, somos amigas a 1 ano. - Rapidamente adormeci com a cabeça em seu ombro.

2 horas depois...

Senhorita?.. Chegamos.- Rapidamente despertei com o chamado de Joseph. 

Há um carro a espera de vocês. Tem muitas pessoas lá fora, se possível apressem os passos até o veículo. - Ele disse sorrindo simpaticamente. Joseph havia se tornado um grande amigo também, tinha idade de ser meu pai, e eu amava a proteção que ele e sua mulher Clair, tinha comigo. Já não bastava Rose. Eu tinha eles também. - Sorri em agradecimento, e empurrei Carol, a mesma deu um pulo dizendo. 

O que foi? Morremos? Caímos? - Eu a olhei, e comecei a rir junto com Joseph. 

Deixa de ser louca menina, chegamos em NY. - Apontei para a janela. Ela olhou, e automaticamente, os olhos da mesma brilharam. 

Sério? Que lugar incrível amiga. É tudo lindo. - Ela disse olhando pela janela.

Sim, mas você tem que sair do helicóptero para explorar cada canto da cidade, não acha. - Fiz menção de que ela fosse na frente e a mesma levantou tranquilamente.

As vezes eu sinto vontade de socar você. Você parece um bicho preguiça. - Falei vendo ela levantar como se fosse a pior coisa do mundo. 

Você que é uma chata, são apenas 09:00 da manhã. - Ela disse e rapidamente vi a mesma me olhar assustada.

Caramba, a sua palestra é daqui uma hora. Vamos logo Suzan, como você enrola. - Eu a olhei incrédula  vendo a mesma correr dali.

Estávamos no carro, rumo a universidade thyrton, pois seria lá a Palestra. Estava terminando de revisar meu discurso e todo o conteúdo que iria apresentar, quando de repente o carro parou em cima de uma aglomeração de gente, ou melhor, fãs. 

O que esta havendo? - Perguntei ao motorista.

É um protesto de fãs. Do Justin Bieber senhorita. - Na hora em que ele terminou a frase, eu congelei.

Ah .. Sim. - Falei e Carol me olhou apreensiva. 

Senhorita? - Rapidamente o motorista me chamou, eu o olhei.

Chegamos. - Ele disse e olhei pela janela.

Mas aqui esta tendo o protesto. - Falei

Sim, aqui é a universidade Thyrton, olhe. - Ele abriu a janela e logo vi que ele estava certo. Chegamos.

Ao sair do carro, muitas pessoas gritavam, corriam de um lado para o outro. Pareciam animais correndo do Zoológico, eu ri sem graça. Carol estava boquiaberta, pois além de nunca ter presenciado algo assim pessoalmente, também nunca tinha visto Justin Bieber, em nenhum momento ela me largou, agarrou em meus braços, como se estivesse com medo de ser devorada por alguém ali, a olhei e continuamos nosso caminho até estar dentro da universidade.

Ao chegar dentro da mesma, entendi claramente o motivo de todo aquele alvoroço. Justin bieber. Justin bieber estaria ali, a poucas horas. Pelo menos era o que o cartaz dizia.  Droga, pensei. Carol me olhou e eu pude ver o carinho em seu olhar, como se me dissesse que tudo ficaria bem. 

Coragem amiga. Coragem. - Fui desperta de meus pensamentos por sua voz. 

Coragem é o que não me falta amiga, eu só quero saber, como vou encará-lo depois de 3 anos. - Bufei irritada.

Você vai conseg.. - Antes dela terminar a frase, ela congelou olhando pra frente, me fazendo também parar e olha-la assustada, até por que ela estava agarrada em meus braços. 

O que foi Caroli.. - Também paralisei quando olhei pra frente. Motivo: Justin estava ali, parado, conversando com um homem. 

Rapidamente ele me olhou. Olhou como se não me reconhecesse, estava com um olhar sugestivo e intenso. Até entendo do por que não me reconhecer logo de cara, estou um pouco mudada, na verdade muito. Pintei meus cabelos, os deixando loiro escuro, eles também estavam maiores, estava mais morena, e meus olhos pareciam  que havia ganhado mais cor, pois o mesmo estava um azul intenso. Estava amando aquela nova eu, tão maravilhada, e dona de mim. Nada podia me abalar, nem mesmo aquele olhar que tanto estava com saudades.

Ele se aproximou junto com o dono da Universidade. e no mesmo instante, decidi não estar ali.

Olá, eu sou Brandon Still, dono da Thyrton. Presumo que você seja a nossa entrevistada de hoje, Certo? - Ele sorriu em minha direção. 

E este ao meu lado..  é Justin Bieber, meu afilhado. -  Brandon disse olhando para Justin, rapidamente ele estranhou a forma como o mesmo me encarava, e sem dar tanta importância, fez menção de que ele se apresentasse. 

Sim, certo. Sou ... - Olhei em direção aos dois, e por fim. - Sou Suzan Maccartiney.. E olá novamente, Justin. - Falei as últimas palavras, olhando diretamente nos olhos de Bieber. -  E naquele mesmo instante, vi Justin se petrificar, arregalando seus olhos em mim. 

É..É, você é Suzan Maccartiney? - Brandon disse, também espantado.

Então, aonde será a palestra? Já podemos esperar no local ? Minha chefe está pronta. - Carol disse, tentando aliviar o clima tenso que se instalou.

Cla - Claro, queiram me acompanhar. - O homem rapidamente falou olhando para Carol. Agradeci imensamente por Carol me levar junto com ela naquele mesmo momento, deixando novamente Justin sozinho.

Justin.

Eu a encontrei ..  finalmente. - Disse para mim mesmo com os olhos marejados. 

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