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História Our Monsters (Interativa) - Capitulo 2 - Casa da Vó Esquisita


Escrita por: Nielzn

Notas do Autor


Oi gemtem. Desde de já eu peço desculpas pela demora, pois nesse semana e na semana passada, foi inteiramente de trabalhos, e antes delas, foi uma semana de prova, e por isso não deu, mas agora, aqui estou eu com a história em mãos (ou em dígitos. Hue hue). Sem contar que era pra eu postar ontem, porém eu perdi metade do cap (sei lá como) e tive de escrever tudo de novo. Mas chega de conversa fiada, pois aqui está ela.

Capítulo 2 - Capitulo 2 - Casa da Vó Esquisita


Capitulo 2- Casa da Vó Esquisita

- Annie, certeza de que essa casa aguenta a gente pelo menos uns 10 minutos?

- Também não sei – Ela respondeu enquanto pegava as malas do porta-malas. Do lado dela estava a Lara tomando um suco.

- Acho que não, olha como está descascada. Mas é bonita -ela respondeu entre um gole e outro

-Realmente. Eu me lembro pouco dela, mas parece que ela mudou.

-Filho, você tinha 9 anos na época, não tem como lembrar muito -meu pai disse enquanto trancava o carro. No meio do nada, será que tem problema deixar o carro aberto? Só se o vento for roubá-lo

-Mas eu também não me lembro bem, e aposto que nem a Lara – Annie disse enquanto jogava uma mala na direção de Lara

- O mesmo comigo, porém tínhamos 11 anos, nós temos que lembrar de pelo menos algo

- Concordo!

- Atchim! – Meu pai espirrou. Pelo menos ele tentou, o coitado não sabe nem fingir o espirro. Qual a causa desse espirro forçado? Será que ele está escondendo algo? – Acho melhor nós entrarmos, está ficando frio aqui fora não é mesmo?

Ele foi em direção à porta da velha casa de 2 andares. Ela é velha e grande, o que me faz perguntar, como foi que levaram ela até aqui? Meio que estamos numa encosta de uma montanha, e se subir mais ainda, não achará nada, nem conseguirá subir encima dela (a montanha) pra pegar madeira e fazer a casa. Subir a encosta? Nem que a vaca tussa. É uma subida difícil, e o apelido dessa montanha é Subida-Do-Deus-Me-Livre. E trazer madeira lá de baixo também não, ainda mais porque não tem nenhuma árvore lá embaixo, nem flor tem naquela merda. E eu diria que tem bem mais do que 100 anos. O porquê disso? Meu pai disse que essa casa era da vó da minha vó. E minha vó tem 80 anos. Não é pouca coisa não meu amigo!
 

A casa é toda feita de madeira, 2 andares e tem umas partes descascando. Como eu disse, ela é numa encosta de uma árvore, por isso sua parte direita tá meio que grudada na rocha. Pelo menos do meu ponto de vista. Estou de costas para o estacionamento (chique hein?), na minha frente tem um balanço com 3 assentos. Mais reto tem uma escada que dá para a porta. Na esquerda, tem a pista na qual subimos, e que continua até uma curva para direita, entrando numa caverna e dando de cara com uma parede totalmente reta tampando o caminho. Como sei disso? Eu acabei de me lembrar que eu sempre ia lá, mas não sei o que eu fazia lá. Estranho, algo me diz que tem mais do que os olhos veem lá, depois eu vou dar um rolé e dar uma averiguada.

Voltando à descrição da casa, na parte do balanço, tem uma espécie de caixinha de areia que aposto que o Morpheu vai gostar, e também tem um mini-campinho com dois golzinhos. Acho que jogar aqui é problema. Pois na pista que leva pra cima e pra baixo, eu esqueci de dizer que ela virada para o vão. Se eu olhar daqui, posso ver a cidade de Mountain Claw. Uma cidade simples, grande, e estranha pra cacete. Me diz, em que cidade hoje em dia ainda tem loja de videocassete? Pelo menos tem net de grátis.

-Olá sogrinha, quanto tempo- a velha abriu a porta e ficou olhando para o meu pai, bem, eu não diria “olhando”, pois ela é meio que cega sabe. Meio não, inteiramente – E desculpe a demor...

-Melhor se desculpar mesmo, sabe o quanto essa velha teve de esperar?

Ela tava segurando uma colher de pau, espero que não seja para espancar meu pai. Ela é meio violenta sabe, lembro até hoje do dia em que espancou meu pai por ele não ter comprado doce pra gente. No final ela fez biscoitos, mas eu fiquei sem. E a Annie também, apenas a Lara ganhou, e nem sei o porquê. Mentira, eu sei sim. É que a Lara sempre foi a favorita dela. Isso sim eu não sei o motivo.

-Faz trinta minutos. Trinta minutos de atraso.

Do jeito que ela fala, parece que ela está preocupada com a gente certo? Errado. Aquela vea é doida! Eu me lembro dela brigando comigo toda vez que eu derrubava algo ou quebrava algo, o que acontecia o tempo todo. Na verdade, acontece até hoje.

-Meu Deus crianças, vocês devem ter sofrido muito na mão desse homem louco, venham -Ela estendeu o braço para nos abraçar, bem, meio que estávamos longe uns 3 metros, e mesmo assim, ela estava virada em nossa direção, como sabia eu não sei. – Venham, eu não mordo!

Aposto que se tivesse dente faria! Naquela boca só tem uma língua e gengivas vermelhas e inchadas.

-Errr, eu é que não vou! Sou o mais novo tenho mais perspectiva de vida, e além disso, primeiro as damas certo? – As duas me olharam com aquela cara de sempre, que é tipo “Vá se ferrar”, mas elas são educadas demais pra isso, pelo menos é o que eu acho. – Ppt?

Nessa hora fizemos o nosso velho joguinho de Pedra, Papel, Tesoura com os olhos. É meio que assim, se piscou o olho esquerdo, é papel, o direito é pedra, e os dois são tesoura. Lara fez o esquerdo e a Annie o direito. Eu? Eu fiz merda nenhuma, fiquei lá com olhos arregalados feitos uma coruja assustada. Já viu uma coruja de olhos arregalados? É horrível, parece que os olhos vão sair voando.

-Você roubou de novo Daniel! E eu só vou porque estou cansada – Ela virou bruscamente e foi andando em direção ao saco de ossos

-Ok, sou seu fã viu? Te amo – Pronto, acabei de adiar o beijo mortal da víbora sem dentes -  Agora é a senhorita Lara, por favor, vá com Deus.

- Daniel, você é muito mal! Ela é muito legal.

-Eu sou legal, ela não!

A Kat acabou de levar um beijo da minha vó, e já estava lá dentro esfregando a bochecha afetada pelo aspirador de pó que a Lara chama de “beiço carinhoso da vovó”. Agora foi a vez de Lara ir até ela.

-Lara, meu amor, quanto tempo. Já estava com saudade – Como é que a vea sabia  que era ela? É obra do coisa ruim. – Eu até fiquei preocupa que aqueles dois pleures tenham feito algo com vocês duas – Esses pleures, só por conhecimento mesmo, são eu e meu pai. O porquê? Não sei. Eu não sei de nada nessa merda.

-Que nada vozinha, foi só Daniel que não aguentou e tivemos de parar por 30 minutinhos – Qual é, eu tava muito ruim. A porcaria da pista só tinha buraco e o remédio da Kat já tinha passado o efeito, eu fiquei verde feito o frango que a Kat cozinha. E ela não sabe fazer frango, ele fica com um gosto azedo, e pior ainda, fica verde ao invés de amarelo. Não sei se é porque ela não bota açafrão, ou sei lá o que é que um frango precisa. – Mas nós chegamos em paz.

-Que bom, e se estiver com fome, eu fiz o seu biscoito preferido. Mordida de Lobo – Meu Deus, essas duas são loucas. Que tipo de neta pede para a vó fazer um biscoito com forma de mandíbula de lobo, e ainda tem o desejo atendido? – E deixei pra você fazer o recheio, você pode colocar ketchup ou molho de tomate pra parecer sangue.

-Owwnn, te amo vó! – Ela levou uma aspirada (beijo) bem no meio da bochecha e entrou na casa.

-Venha Daniel, só falta você – Será que ela mudou? Ela parece mais “amável” – Venha e deixe esse gato fedido e seu pai suado aí fora. – Bem, acho que ela não mudou nada.

-Errr, vó, eu acho que não é boa coisa deixar eles aqui fora não. Pode dar uma merda feia.

-Verdade, na última vez que eu deixei alguém aí fora pra morrer, eu quase fui presa. Melhor deixar eles entrarem mesmo que sejam fedorentos, não quero voltar pra aquele lugar horrível.

Jesus, minha vó é uma velha mafiosa que mata os outros de frio enquanto come biscoitos de mordida de lobo. E o pior é que isso já aconteceu comigo! Acabei de me lembrar que uma vez, depois de eu atentar ela pra caramba, ela me colocou pra fora, e depois de a minha mãe ter perguntado onde eu estava,  ela respondeu na maior cara dura “Sei não, ele deve ter fugido, sabe como são as crianças de hoje em dia né?”. Acho que eu só não morri porque era verão.

-Vó, tem biscoito pra mim também? – Eu fiz a minha melhor cara de pidão

-Claro, tem alguns ali na mesa da cozinha, pode entrar, eu vou falar com o seu pai.

Desculpe pai, mas eu vou ter de te trocar por uns biscoitinhos, eu tô com uma fome de matar. Acho que o senhor deve sobreviver sem mim por uns minutinhos.

Eu entro na casa, e vejo que não mudou em absolutamente nada. No meu lado direito, tem um sofá grande o bastante pra suportar 8 pessoas, na frente dele, em vez de uma TV, tem um rádio velhinho tipo minha vó, em um suporte com um monte fotos nossas, algumas que eu nem lembro. Na esquerda tem uma cozinha meio velha, mas ao mesmo tempo nova. Uma mesa de vidro com 6 cadeiras, uma coifa, fogão 5 bocas antigaço, aquela geladeira que nem abre mais. Indo reto, a partir da porta, você dá de cara com a escada de madeira com um degrau quebrado e outro faltando, do lado direito tem um quarto da qual eu não me lembro e o banheiro. Subindo as escadas, tem 4 quartos, onde viviam todos, meus avós e meus tios junto com minha mãe. Na sequência, seria do lado direito, minha vó, depois minha tia. Do lado esquerdo, tem meu tio, e depois minha mãe. Depois que todos cresceram, e saíram, os quartos ficaram com a gente, pois nós vivemos aqui até meus 9 anos. Na sequência, ficava minha vó e meus pais do lado direito. Do lado esquerdo, ficava minhas irmãs em um só quarto, e eu no quarto onde dormia a minha mãe quando ela era criança. Eu me lembro de ter escolhido o quarto, só não me lembro o porquê.

-Daniel, para de ficar viajando aí, e leva minhas malas e do meu pai, per favore.

-E pra que Lara? O do meu pai eu até entendo, mas o seu não. O que eu ganho com isso?

-Biscoitos.

-Valeu, mas eu não preciso disso não, minha vó disse que fez pra mim, e que estava na mesa.

-Sério? -Ela abafou uma risadinha. – Acho melhor você me escutar e levar as malas.

-Porque?

-Olha lá os seus biscoitos – Ela estava no sofá e apontou para a mesa, no colo dela estava um prato com os biscoitinhos de gente maníaca.

Eu fui até a mesa de vidro com água na boca depois de ver os lindos biscoitos de Lara. E pra que? Só pra chorar. Aquela velha sacana deixou só os biscoitos queimados pra mim.

-Chora não Daniel -A Kat disse como se tivesse lido minha mente- Eu também não ganhei nada. Parece que é como antigamente, ela é a favorita da vovó. Leve só a mala do papai, pois eu já levei a de Lara. Vou pegar uns biscoitos pra você também.

-Deus lhe pague Kat – Abracei ela, pois ela é gente boa demais. Um pouco mais que a Lara, pois ao contrário dela, ela não tenta ter vantagem. Pelo menos não na maioria das vezes.

Nessa hora, a Lara deu língua pra gente e escondeu o prato atrás dela. Eu peguei a mala e subi até o quarto do papai. Está como antigamente, uma cama de casal comum com forro bege, um guarda-roupa amarelo e uma TV caixote. Eu coloco a mala encima da cama, porém, tinha um bolso aberto que eu não tinha notado, e de lá cai uma garrafa e vai direto pra baixo da cama.

-Mas que merda! Do jeito que esse quarto não é limpo a eras, deve ter até um dinossauro lá embaixo!

Depois de falar sozinho, eu abaixo e olho embaixo da cama. Dito e feito, tem mesmo um dinossauro embaixo dela, tudo bem que é aquele de plástico, mas conta. E além disso, tem uma caixa. Eu pego ela e levo pra cama, eu sento do lado de começo a examinar. É mais ou menos 30cmX20cm, toda de madeira, e nela está escrito “HeadVoice”.

-Mas que diabos é isso?

Eu abro a caixa, e dentro dela tem um fone de ouvido. Não aquele que entra no cérebro, mas aquele grande que cobre a cabeça. Ele é vermelho com branco, e na parte que encaixa a cabeça, tem um couro branco, e na parte onde encaixa as orelhas, é um couro vermelho, cor igual ao cabo. Na parte exterior é branco. Ele é bonito e ajustável. Mas o que é que ele estaria fazendo aqui? Eu duvido que minha vó use, será que é dela, quero dizer, da minha mãe?
Tem um papelzinho embaixo do fone, e está todo escrito à lápis:
 

Esse é o meu mais novo projeto eletrônico, o Head Voice, eu sei, é um nome ruim, porém, a ideia é boa. E não me venha com essa cara, é melhor do que Head in Voice. Como o nome diz, ele traz vozes pra sua cabeça, apenas aquelas que você queira, é claro. Você pode levar ele para todos os lugares que quiser, pois tem uma característica muita interessante, ele é Antirroubo. Espero que goste, seja lá quem for! S2.

 

Eu não sou muito de se emocionar não, mas agora, começa a sair suor dos meus olhos. Água de macho. Cara, faz tempo que eu não vejo alguma criação assim, da minha mãe. Ela adorava criar máquinas e coisas loucas assim, mesmo sendo professora de história. E que negócio é esse de “Vozes na Cabeça”? Será que minha mãe mexia com satanismo? Eu hein, agora bateu um medo. Mas acho que não, minha mãe era da paz. Depois eu mostro isso pras garotas, aposto que elas vão adorar.

Eu coloco o fone no pescoço, e por alguma razão, enquanto eu olho pro espelho do guarda-roupa, eu acho que ele combina com meu colar do Yin- Yang, que por algum motivo só tem o Yin, que tem como significado Noturno, Mulher, Lua, e um monte de coisas. Foi minha mãe que me deu, por isso eu cuido dele com todo cuidado. O Yin fica no lado esquerdo, e é a cor escura. É aquele símbolo do kung fu panda e outras coisas, que tem na china e tal. É uma esfera com dois lados, o Yin, que fica do lado esquerdo, e o Yang, do lado direito. Também fica embaixo do Neji do anime Naruto, quando ele faz o “trigrama de 68 golpes” e tals.

Eu vou para o meu quarto pensando no nesse fone de ouvido, e troco por outro pensamento:

-Por que foi que eu escolhi essa merda de quarto?

Ele é pequeno e feio que chega dói. Indo reto a partir da porta, tem minha cama de solteiro com um forro do SpiderMan, ao lado esquerdo, um guarda-roupa pequeno azul, com 2 portas, e no meio um espelho, e ao lado direito, um baú velho, e encima dele, tem uma janela. Eu vou até a janela, e vejo que tem uma árvore que dá certinho com a janela, como se fosse feito pra ligar a ela. E tem uma descida super fácil. Legal, já tenho meu meio de fuga à noite.

-Daniel, licença, -A Kat veio entrando no quarto e olhando – Vim trazer os biscoitos, que infelizmente, são só dois.

-Tudo bem, depois eu arranjo algo – Ela me dá e eu começo a comer, são deliciosos, mas, lá tinha doze, eu tenho dois, a Lara come em média seis ou cinco antes de enjoar, então cadê os outros quatro? – E os outros quatro? Você deu dois pro meu pai né?

-Claro, mas ele não quis, então eu fiquei com eles – Ela disse com um sorriso no rosto – Você não ficou com raiva não né?

-Claro que não, ketchup é ruim em quase tudo, principalmente em biscoitos. Mas pelo menos limpe o rosto – Eu passo a mão na bochecha dela pra tirar as migalhas de biscoitos.

-Obrigada – Ela agradece e olha para o baú – Seu quarto é parecido com os outros, com a diferença de ser menor, e de ter um baú, o que é que tem nele?

-Sei lá, eu nem lembro dele. Deveria ser da minha mãe, olha, tem aquele símbolo que ela gostava de desenhar – Eu aponto para o desenho entalhado na madeira ao lado direito da fechadura. Ele é o Ômega grego Ὦ.

-Verdade, e ainda tem o Olho de Hórus do lado esquerdo. Espera, não tem algo igual no seu colar?

Eu pego o meu colar, e noto que ainda estou com o fone HV (HeadVoice) no pescoço, porque foi que ela não disse nada a respeito?

-Olha aqui Kat, atrás dele – Eu giro o pingente, e atrás dele, tem o símbolo igual ao do baú. É mesmo o Olho de Hórus.

-O que significa isso mesmo Kat?

-Significa Proteção, força, segurança, saúde e essas coisas. Sem contar que também tem o significado de qual olho ele é.

-Ele é o olho esquerdo.

- O olho esquerdo representa a informação abstrata, é representado pela lua, e simboliza um lado feminino, com pensamentos e sentimentos, intuição, e a capacidade de enxergar um lado espiritual.

-De certa forma tem um pouco a ver com o significado do Yin. Espera, todo esse “lado feminino”, será que não vou me tornar feminino não né? Isso vai pegar mal. – Ela ri. Que bom, depois de uma viajem cansativa, pelo menos um risinho é bom.

Eu e a Annie sempre fomos fascinados por teorias de conspiração e tal. Meio que nossa mãe nos arrastou pra isso, mas nós gostamos, a Lara nem tanto. Mesmo sendo professora de história e trabalhando com fatos, ela sempre tinha aquele “E Se”, “e se não foi isso o que aconteceu? ”, “e se os iluminatis existirem? “. Por isso nós sabemos sobre símbolos e teorias e essas coisas de doidos. Mas fala a verdade, você não acha intrigante aquele vídeo do Reptiliano ser guarda do ex-presidente dos Estados Unidos, o Barack Obama? E a parte do homem nunca ter ido a lua? “Toda a mentira tem um pouco de verdade”, era isso o que minha mãe sempre falava.

-Annie, seja sincera, o que você acha deste quarto?

-Feio, sujo e pequeno.

-Exatamente o que eu pensei, exceto a parte de feio. Mas o que mais me intriga é que eu falava com alguém aqui, e não era vocês.

-Alguém? Lembro disso não, mas porque não pergunta pra minha vó?

-Verdade, ela deve saber de algo.

-Ok, estou indo arrumar o meu quarto, acho melhor você fazer o mesmo – Ela já tinha passado da porta quando deu meio volta – Eu já ia quase me esquecendo, a Lara mandou eu devolver o seu fone de ouvido .

Ela me entregou aquela coisa preta sem graça e todo detonado. O lado direito nem funcionava mais.

-Valeu, mas não preciso dele mais não. Pode dar pra ela e dizer que eu não preciso mais, pois achei algo muito melhor – Eu aponto para o fone no meu pescoço, e já estou quase contando como achei ele, só que sou interrompido por ela.

-Algo melhor? Tá falando do seu pescoço ou o que?

-Errr, tô falando do fone gigante no meu pescoço.

-Ann? Como assim? – Ela franziu a testa – Não tem nada aí. Olha Dani, eu acho melhor você ir dormir. Você está cansado demais.

-O Que? – Eu olho pra ela e vejo que não está brincando. Melhor deixar isso pra lá. Porém, por algum motivo lembrei do que estava escrito no papel : “Antirroubo”  – Tá bom, desculpe, tô mesmo com sono.

-OK, se precisar de algo, estarei no meu quarto, tá? -Ela virou o corredor foi para o seu quarto. Nesse mesmo momento, minha vó aparece no corredor, eu corro em direção a ela.

-Vó, a senhora sabe porque eu escolhi esse quarto?

-Você dizia que era pra falar com um amigo.

-Que amigo?

-Sei lá, você é um garoto estranho, nem acredito que é meu neto, e que vai ficar aqui por 3 meses! Eu não vou aguentar isso não, sem contar que a conta de luz e de água vai aumentar muito – Ela sai pro quarto dela ainda reclamando.

Caraca vó, valeu. Mas pelo menos tirei uma coisa boa disso: Aqui tem luz e água. Que bom que não terei de tomar banho na bacia e ficar sem as músicas do meu celular. Falando nisso, eu não escutei nada desde que eu cheguei aqui. Eu conecto o fone no meu celular, encaixo nas minhas orelhas, boto pra tocar “We Will Rock You” do “Queen”, e começo a arrumar o meu quarto pois tá uma merda. E enquanto isso fico pensando em como não lembro de quase nada deste lugar, e em como tem tanta coisa incrível e misteriosa.


Notas Finais


Ta aí gemtem, e desde de já, vou pedindo desculpas, pois semana que vem (não a partir de segunda, só a outra segunda depois dessa. Carzy né?) é semana de prova, então, só depois dela. Sorry :-P


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