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História Our Story - Couro Vs. Moletom


Escrita por: EvanVerine

Notas do Autor


Novamente me atrasei, mas porquê será que é sempre nesse horário?
Bom, como prometido o capítulo antes da minha viagem <3
Prometo continuar escrevendo enquanto estiver fora, e postarei se encontrar um lindo sinal de wi-fi pra roubar hahaha
Sem mais delongas... Boa leitura ~

Capítulo 3 - Couro Vs. Moletom


Yohio - POV

Meu corpo fica instável toda vez que me lembro, é como se passasse uma leve corrente elétrica dentro de mim. Ele não me reconheceu, acho que minha produção é bem feita, mas por alguma razão isso me deixou frustrado. Como se quisesse que ele me reconhecesse, mas ao mesmo tempo não quisesse ser reconhecido. Quando me disse que precisava conversar, fiquei em desespero, queria sair correndo, mas provavelmente eu cairia e pareceria mais idiota ainda - Tem como?

Peguei a camisa dele, deveria ter lavado pra devolver, mas o cheiro dele é tão bom... Vesti e deitei. Com os olhos fechados imaginava ele ao meu lado, eu os abri e olhei diretamente pro teto, como se quando olhasse pro lado fosse vê-lo. Mas não tem ninguém. Viro pra baixo e abafo meus resmungos.

– ... Mas eu acabei de conhecê-lo, como posso gostar dele assim... – rolei de um lado ao outro da cama, mas cai com o susto que levei do som da campainha.

Fui até a porta na maior moleza, acho que o perfume dele me deixa assim: "feliz", "abobado". Abri e com a maior cara de mongo vejo o Seike na porta. Acho que foi nesse momento em que acordei mesmo do transe. Senti o meu rosto esquentar, estava com uma roupa muito inadequada, shortinho preto solto no corpo e a camisa social dele aberta, por instinto segurei a camisa para que ficasse fechada.

– Oi Ykevin, – Disse divertido –  desculpe chegar sem avisar, mas também não tinha como avisar. O porteiro deixou eu subir, acho que foi por ter me visto de manhã...

– Tudo bem...

– Estou incomodando? Quer que eu volte em outra hora?

– Não precisa, pode entrar...

Ele entrou e se sentou no sofá, fiquei em pé.

– Essa camisa não é minha?! – Disse com uma expressão diferente, desconhecida, uma espécie de sorriso. Não parecia incomodado.

– Ah, é?! – Pensei um uma desculpa o mais rápido – Nem reparei, peguei a primeira que achei, desculpe... Eu lavo e depois devolvo.

Embora tenha dito isso para ser amigável, no fundo, também era para que voltasse novamente.

– Obrigado – Ainda bem que não recusou – Aqui está a sua! Eu lavei. – Peguei a camisa, que na verdade era do meu irmão.

– Imagine... Quer beber algo?

– Água, por favor. – Fui e voltei rápido

– Você está bem? Parece triste...

– Tenho alguns problemas...

– Quer se abrir comigo? – Não devia perguntar, lembrei do outro fora.

– Como sabe, – Pra minha surpresa ele começou a falar –  eu terminei um relacionamento, eu gostava muito daquela pessoa, eu não entendo... - Ele esfregou o rosto, ficava fofo com aquela expressão, menos machão – Além disso, talvez eu perca o emprego...

– Como assim? Você é um ótimo médico! – Soltei sem querer.

– Como sabe disso?

– Quer dizer, deve ser né... Você me disse quando estava bêbado – Sou idiota, mas sei inventar desculpas.

– É por causa do meu estilo, entende? - ele apontou pro próprio rosto.

– Mas eu gosto... do seu estilo. – Consertei –  Pretende tirar?

– Não sei, é muito complicado pra mim

– Entendo... – Não sabia o que dizer.

Me sinto uma criança, queria poder dar um ótimo conselho, ou só saber o que dizer, mas eu não sei. 

– Mas e você? Porque não pode ser correspondido? – Agora ele voltava para aquele assunto – Não sente o mesmo?

– Provavelmente não...

– Como assim? Não se declarou?

– Não!

– Então como sabe?

– Ele mal me conhece, além disso...

– Você é gay? – Eu congelei, o que se responde em um momento como esses? – Desculpa, não precisa responder!

Meu coração parecia empacado na garganta. O silêncio era desesperador.

– Acho melhor ir embora, ta ficando tarde... – Queria segurar sua mão e dizer "não vá", mas acompanhei-o até a porta – Tchau, eu volto outro dia!

Pude jurar que ele piscou antes de se virar e me deixar encostado na porta, com um suspiro entalado na garganta.
 

 

No dia seguinte, acordei feliz. Eu o encontraria novamente, tentaria me aproximar novamente dele. Eu coloquei minha melhor roupa, de garota óbvio, e me dirigi ao hospital. Admito que estava bonita mesmo.

Olho pros lados e nada dele, onde ele está? Será que ele vem na ala infantil hoje? Será que deveria procurá-lo em outro lugar? Minhas dúvidas acabam quando o vejo entrar. Vou até ele e solto uma besteira:

– Oi Seike! – O que tem de idiota? Simples, como garota o conheço como Dr.Clowniac!

– Oi... – Ele se virou hesitante e me olhou confuso – como sabe meu nome?

– É que... – Deixei sair a primeira desculpa que me veio em mente – Eu queria saber seu nome, então me disseram Seike, está errado?

– Não, é que você... Esquece – Engoliu a desculpa, mas deixou sua dúvida no ar – Desculpe, mas e você, quem é mesmo? – Ele não sabia que nunca te disse meu nome, será que nunca foi importante? Essa indiferença me mata!

– Yohio... – Será que foi certo me apresentar assim? Eu estava tão concentrado no fato dele não se importar que não pensei que nome dizer... Agora já foi!

– Gostei do seu nome... – Corei. Primeira vez que dizia algo assim pra mim, será que ele está começando a me notar? – Com licença – Disse repentinamente indo em direção a porta.

Virei para vê-lo sair, mas o vi parar diante da porta para abraçar uma garota que pulou em seus braço, Seike a girou. Ela era incrivelmente bonita, muito estilosa, faz muito mais o gênero dele do que eu. Seu cabelo também era preto, usava um espartilho, saia xadrez curta, meias compridas, salto... Quase tudo preto e couro... Enfim, ela era muito sexy, ao contrário de mim, senti minha produção indo por água abaixo. Os dois saíram rindo e brincando um com o outro. Game Over!
 

 

Em casa, já deprimido, assistia um dorama com koreanos - obviamente gays - que nunca ficavam juntos. Pelo menos no último episódio o principal tem de se declarar pro novato antes que ele vá embora. Que frustrante. Afogo minhas magoas em sorvete e alguém toca a campainha. Deixo o pote gigante de sorvete em cima da mesinha e vou abrir a porta. Meu irmão voltou ou finalmente o entregador de pizza chegou? Eis a questão... Mas quando abro a porta e é o Seike novamente. Ele me vê da pior forma possível - pior do que da última vez - . Calça moletom, camisa regata preta coberta por um robe cinza, cabelo mal preso.

– Oi, Ykevin! - Fiquei inerme.

O cara de piercings passou o dedo no canto da minha boca, limpando o sorvete, e lambeu o dedo. Meu corpo todo arrepiou. Bati a porta na cara dele, corri para guardar o pote e tirar o robe, e voltei a abrir a porta. Ele já estava esperando o elevador. E como sempre tive uma das piores reações possíveis.

– Pensei que já quisesse que eu fosse, gostou tanto da minha camisa que quis roubá-la? – Brincou.

Fiz gesto para que entrasse, não conseguia falar. Peguei a camisa no meu armário enquanto ele esperava na sala, quando voltei estava lendo a capa do dorama, fiquei sem graça, não queria que visse esse meu lado.

– Isso... É... – Tentei pensar em uma desculpa.

– Posso assistir com você? – Novamente ele me surpreendia com uma atitude inesperada, mas assenti.

Ele pediu para guardasse uma sacola na geladeira, tinha cervejas. Acompanhou-me para ajudar a guardar, fiquei sem graça mais uma vez. Como moro com meu irmão então parte das coisas dele ocupam espaço na geladeira, e com coisas quero dizer... Os diversos tipos de cerveja, ele parece um tipo de degustador às vezes. Seike riu, mas eu não pude saber ao certo o porquê.

Assistimos a todos os episódios, fiquei feliz porque no final dava a entender que eles ficavam juntos, mas soou incompleto, o que aconteceria depois daquilo?

– O que será que acontece depois? – disse Seike, ele lê mentes ou algo do gênero?

– Estava pensando o mesmo...

– Acho que os dois ficam bebendo juntos e acabam se confessando um ao outro...

– Você acha mesmo isso ou só esta insinuando que quer beber?

– Porquê? Quer que eu me confesse pra você? – Eu paralizei, porque ele faz isso? É tão óbvio que eu sou gay? Que gosto dele? – Sim, eu quero beber...

Levantei e trouxe uma garrafa.

– Só uma? – Levantei para trazer outra, mas ele me puxou fazendo-me sentar – Deixa que eu pego, garotinho - Ele riu divertido.

Voltou trazendo todas da sacola. Ele abriu uma e começou a beber, parou e olhou pra mim. Ofereceu uma.

– Não, estou bem...

– Bebe comigo... – Fez uma cara irresistivelmente fofa, não pude recusar.

Fomos bebendo e jogando conversa fora, até uma hora estarmos bêbados. Meu primeiro porre. Falamos sobre nosso passado, nosso presente, e quem sabe um futuro que alcançaremos.

– Tem namorada? – Perguntei entre soluços. Com o rosto vermelhinho.

– Levei um fora lembra?

– Poderia ser que voltou com ela... Sei lá...

– Voltar com ela... – Ele riu, não entendi. – Conseguiu algo com ele?

– Quem disse que é ele?

– Você disse... Mas não é? Não me diga que não é gay... – Fizemos uma pausa – Pra mim você é visivelmente gay!

– Talvez seja o que você quer acreditar!

– Acha que eu sou gay?

Eu tentei gaguejar uma resposta, mas não soube o que responder.

– Se eu fosse já teria te pegado!

– Como se eu fosse deixar!

– É mesmo? – Ele veio pra cima de mim.

Segurou meu pulso e se aproximou da minha orelha, senti sua respiração, e isso arrepiou todos os pelos da minha nuca. Minha visão perdia o foco e eu senti sua respiração com a minha, seus lábios estavam a um dedo de distância, talvez menos porque comecei a sentir dois de seus piercings tocarem ligeiramente os meus lábios. Meu peito doía de nervoso. Então ele riu e voltou a se sentar ao meu lado.

– Viadinho... – Provocou.

Aquilo me irritou, não a brincadeira em si ou me chamar de viadinho, mas me provocar. Estava tão bêbado que nada mais me importava. Subi em cima dele e o beijei. Ele deixou. Não sei se era por estarmos bêbados ou o tal "calor do momento", mas foi o que aconteceu. Eu estava em cima de seu colo com uma perna de cada lado, podia sentir o seu membro encostado no meu. Beijá-lo era diferente de tudo o que já tinha sentido, tanto por ser o meu primeiro cara quanto pelos piercings, que não incomodavam.

– O viadinho é você... Que ficou excitado comigo! – Disse por fim, olhando o rosto vermelho dele. Aquilo não era uma atitude normal minha.

Ele ficou surpreso, eu fiquei surpreso. Depois disso não lembro o que aconteceu, talvez meu cérebro não aceitasse processar depois daquele choque. Quando acordei tudo parecia um sonho e ele não estava mais lá.
 


Notas Finais


~JunWoo que você consiga passar um dia em paz depois de ler, no final era justo o que você queria ler haha

Obrigado a todos que acompanham/leram até aqui e boas festas de fim de ano <3
Terminamos com um lindo beijo, assim como Judas ~soqn (desculpem a piada infame)

Até o ano que vem ~


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