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História Our Time - Then we fix you


Escrita por: paansy

Notas do Autor


ANO NOVO!!!!!!!!!! feliz 2021 meus cheirinhos de BEBÊ. como que vocês estão? não me matem :{. eu tô saindo de um baita bloqueio criativo, me esforçando ao máximo pra vir regularmente.

mas voltei hoje, no aniversário do nosso piadista favorito, im jaebum, pra lançar mais um capítulo. 9k, eeeeeeita noix. só pra matar a saudade.

obrigada por sempre estarem me apoiando, favoritando, comentando. é isso que me dá mais força pra chutar o bloqueio e vir correndo.

ENFIM SAUDADES. espero que gostem, tenham uma excelente leitura e, feliz natal, ano novo, atrasado. feliz mais um ano da gente juntinhos. <3

Capítulo 58 - Then we fix you


 

Apoiou as mãos nos vidros grandes que mostravam a cidade iluminada lá fora. O silêncio de um lugar que... era seu. Olhou por cima do ombro, o local espaçoso, ainda vazio e de paredes claras. Ainda não tinha sua cara, mas ia ter.

Era seu, afinal. Sorriu fraco, virando o corpo, apoiando o quadril na guarda da janela. Wuah. Era seu mesmo, certo?

Um novo passo. Uma nova oportunidade.

Talvez seja isso. Pensou muito sobre, conversou com os pais, seus irmãos. Passou muitas noites em claro para chegar na conclusão final. Sua vida. Era sobre sua vida que estávamos falando, então ia levar com seriedade.

Apenas ele, Kim Jimin, poderia decidir como seria seu futuro. Onde era seu lugar. Olhou para os próprios pés vestidos com botas e suspirou, perdendo um pouco o sorriso. Tudo bem que as coisas estavam claras em sua mente agora, mas isso não significava que tudo se tornava mais fácil.

Na verdade, era agora que vinham as dificuldades. Era a parte mais difícil.

Particularmente conversou com seu pai Namjoon sobre tudo aquilo. Foram horas gastas, mas no fim ele disse algo que o fez pensar... diferentemente de seus irmãos, encontrava muita dificuldade de se apartar da família. Era sempre um drama ir para longe, imaginar ficar sem um deles. Nunca teve muitos amigos, porque sempre foi mais junto dos irmãos e isso sempre bastou.

Sempre. No início, isso era bom. Jungkook sempre estava ao seu lado, Hoseok também. Taehyung estava lhe esperando em casa. Yoongi estava longe, mas sabia que sempre que precisasse, ele estaria de volta. Estava tudo bem. Tudo certo.

Mas agora... respirou fundo. Cresceram, não é? Cada um tinha sua vida. Hoseok casou, Taehyung se mudou, Jungkook estava vivendo sua própria vida... e ele... ele ficou. Isso era irônico. Era feito de saudades de pessoas que sempre estavam ali, mas nunca parecia o suficiente.

Isso não era muito bom. As pessoas... elas pareciam sempre ir para longe. Em sua visão, a permanência de entes queridos em sua vida, era cronometrada. Não era para sempre, não era a longo prazo. Em algum momento, ia ficar sozinho. E aí morava o problema.

Não queria ficar sozinho... não sabia ficar sozinho...

Foi onde Namjoon trouxe o assunto antigo de sua mãe, aos seus seis anos, quando precisou ir embora com ela. Nunca tinham conversado sobre isso nessa perspectiva, mas quanto mais o policial explicava as situações, os efeitos negativos que isso poderia ter acarretado em sua mente, as coisas iam ficando mais claras. Poderia sim ter desenvolvido uma espécie de carência por conta de um trauma.

Sua segurança estava em alguém, nunca em si mesmo. Estava sempre correndo para alguém, nunca para si mesmo. Isso não é muito legal, certo? Não, não é nada legal. Via seus irmãos, seus pais... todos lidavam bem com isso. Então por que ele...?

Seu pai policial lhe confidenciou o quanto seu outro pai chorou quando viu seus meninos crescendo e indo embora. Disse que até hoje não consegue entrar no quarto de Taehyung, porque fica sensível. Acabou rindo. Então era genética, certo? Dois bobos apegados a família.

Pegou o celular e abriu no aplicativo de mensagens. Decidiu... se escolher. Pela primeira vez, ia se escolher e entregar o resto nas mãos do destino. Ia fazer sua parte.

• jimin-ssi (06:06PM): Oi! Posso te ligar?

Molhou os lábios e mordeu de leve, olhando para a foto de ícone da mulher que fazia seu coração dançar. Que lhe deixava pronto a cruzar todo o planeta só para dizer o quanto era apaixonado por cada mísero detalhe esculpido em seu corpo, em seu rosto... em sua personalidade.

Mas que o ensinou a também ser apaixonado por si mesmo. Saber quando deveria abrir mão, quando deveria se escolher e não se largar.

"— Você se lembra de quando fomos te levar no aeroporto e eu te disse que assim que se achasse, não era pra se soltar? — Perguntou o rapper, o olhando brevemente pelo retrovisor enquanto dirigia pelas ruas congestionadas de um fim de tarde. Assentiu. — Você me ignorou. — Rolou os olhos e negou. Jimin pegou tudo o que disse e jogou no lixo.

Taehyung riu fraquinho, olhando por cima do ombro, vendo o irmão desviar o olhar para a janela, claramente complacente porque sabia que estava errado. Voltou a olhar para frente. Naquela tarde, muita coisa estava acontecendo e queria muito pedir Yoongi para pararem em algum lugar para conversarem sobre toda a loucura que ele estava criando na internet, porém, bem...

Era de Kim Yoongi que estamos falando, óbvio que ele já tinha seus próprios planos e eles não incluíam nem se incomodar com os 'pormenores'. Estava agindo como se nada estivesse acontecendo. Tão louco como sempre foi.

E o plano envolvia Jimin. Buscaram o educador físico e lá estavam carregando-o para algum lugar que nem fazia a menor ideia, porque seu namorado não se importou nem em lhe dizer o que estava aprontando. Apenas disse: coopere.

Okay. Estava cooperando. Ora essa! Quando não cooperava com as maluquices dele?

— Não foi isso...

— Jin contou que você tá pensando em voltar pros Estados Unidos, mesmo querendo ficar. — Retomou o assunto, sem a menor paciência para murmúrios. — É por causa da garota, do trabalho que arrumou lá...? O quê?

— Eu gosto dela, hyung. — Falou óbvio, cruzando os braços sobre o dorso. — Ela não quer vir, mas eu também não quero ir de novo. Eu já morei lá.

— Então não vai. — Suspirou o pintor, abrindo a bolsa para procurar o celular. Estava desligado desde que fez a prova.

Ah, a prova de direção... passou! Dá para acreditar? Fala sério. Agora podia dirigir o carro do mais velho sem ter medo de algum policial o parar e pedir documento. Estava pronto até para fingir que era um mestiço francês, não sabendo nem falar coreano.

Vai que funciona...

— Não é bem assim. — Bufou. Eles não entendiam, certo? Moravam juntos, tinham a mesma etnia, as mesmas raízes querendo ou não. Era complicado. — Se eu ficar, eu perco ela.

— Se você for, vai ficar triste e vai fazer algo que não quer fazer! — Taehyung era tão prático assim? Ele falava umas coisas que pareciam tão fáceis.

Negou consigo mesmo, se recusando a falar sobre, porque nem tinha mais sentido. Já tinha entendido que aquele assunto era muito complicado para outras pessoas opinarem, ninguém ali tinha essa experiência.

O rapper ficou quieto, porque não trouxe eles consigo para discutirem sobre isso. Não ia falar de Caterine, Estados Unidos ou algo assim. Queria falar do seu irmão. Apenas dele. O resto, sabia que ele poderia resolver sozinho e já tinha muita gente dando pitacos. Não seria mais um.

Virou uma curva e passou a marcha calmamente, olhando o pirralho com um bico enorme nos lábios. Infantil. Ele se estressava com aquele assunto e sabia disso, não queria abrir mão do irmão de novo, mas já tinha dito para ele que não era mais uma criança e nem Jimin era cem por cento disponível.

Mas quem disse que ele ouvia? Assentia na sua cara, falava que entendia, mas não entendia porra nenhuma e ali estava, de bico porque tinham se desentendido.

— Eu não vou me meter nesse teu assunto com tua mulher, — Deixou claro, ouvindo um grunhido irritado do namorado. Ele piorou mais ainda a cara irritada. — só quero te dar uma coisa que não tive oportunidade antes, e com isso, você pode fazer o que quiser. — Parou em um sinal e se ajeitou no banco, um pouco desconfortável por estar dirigindo muito nos últimos dias. Ganhou o olhar atento do mais alto. O encarou, dando um sorriso pequeno. Jimin não entendeu, mas continuou ouvindo atentamente. — Taehyung me contou sobre seus projetos nos Estados Unidos e a ideia de trazer pra cá. — Desviou o olhar para o irmão que abriu um sorriso. Acabou sorrindo junto, bem maior. Ali estavam os olhos sorridentes que amava. — Isso é bem legal, Jimin-ah.

— Não é? — Animou-se. — Lá em San Pedro eu comecei trabalhando na área de exercícios físicos, auxiliando fisioterapeutas, depois fui para a parte de musicoterapia intensiva, fiz um curso muito bom, fiquei um tempo tocando piano. Foi muito legal. — Aqueles dias foram incríveis. Céus!

Inicialmente pensou que conseguiria um emprego de educador físico em alguma academia ou escola, tendo seu bom currículo, mas não. Por causa de Caterine, se envolveu em diversos projetos sociais e até mesmo no hospital, usando sua profissão para ajudar crianças. Lembrava com carinho de cada sessão, daqueles olhos curiosos, das comemorações quando algum deles conseguia dar passinhos, mesmo que curtos.

Nunca esteve tão feliz em sua vida inteira. Nunca. Voltar para os Estados Unidos teria isso de bom, porque poderia retomar todos seus projetos, rever seus pacientes. Mas a intenção ao voltar para a Coreia, era expandir seus projetos. Alcançar mais pessoas, não... voltar para seu ponto de partida.

Bem, enfim."

Seu telefone começou a tocar na hora, o despertando dos devaneios. Pegou o celular e viu o nome brilhando acompanhado de uma figura sorridente, lhe abraçando por trás, os cachos voando com o vento.

"Lady Cat".

— Oi. — Atendeu prontamente, falando em inglês depois de tanto tempo. Aquelas palavras soaram estranhas em sua língua. — Você está ocupada? — Ficou sem jeito. O fuso horário era péssimo, de repente seu coração acelerou. O estômago embrulhou. Era agora... — Me desculpe por isso. — Resmungou um pouco envergonhado, porque...

Era um ex chato, não é? Tecnicamente já haviam terminado, ela devia estar tocando a vida.

— Não, estava mesmo pensando em você. — A voz suave soou preguiçosa do outro lado, acalmando seus pensamentos. — Está tudo bem? Não me ligou esses dias.

Jimin costumava ligar por vídeo todas as noites, mas depois da conversa onde meio que definiram o relacionamento, ele havia se afastado. Tudo bem, isso fazia sentido, não eram mais um casal, mas mesmo assim... esperava que ele... não sei.

Suspirou mais uma vez.

— Meu irmão me deu um andar completo no prédio dele. — Contou o que havia acontecido naquele dia. Engoliu um sorriso tímido ao ouvir o urrar animado da ex namorada. — Ele comprou pro novo projeto dele, mas não vai usar tudo, então...

— Isso é ótimo, Jimmy. — O chamou daquele nome americano que passou a usar nos Estados Unidos. Gostava desse nome. — Você está feliz? Você se animou? Isso é tão legal, eu-... nossa. — Gargalhou animada. Minha nossa! Isso era incrível. — Você vai montar seu projeto ou vai continuar com educação física? Quer dizer, caralho. — Ouviu a risadinha dele, então riu junto. Não sabia o que perguntar primeiro.

Sabia dos sonhos do coreano, admirava muito ele e toda sua força de vontade. Ficava feliz por ter sido o pivô dessa nova etapa na vida dele. Mostrá-lo outro lado da vida, onde existiam limitações, sim, mas que podiam quebrá-las. Se esforçavam muito para quebrá-las.

Ele era seu melhor amigo, seu parceiro disso. Em uma estrada que por muito tempo andou sozinha, agora tinha alguém para segurar a mão. Vindo lá do outro lado do planeta, o homem de sua vida...

Sua risada foi morrendo aos poucos. Espere... oh. Isso significava... ah, sim, certo. Engoliu o resto dos sorrisos e respirou fundo, recebendo silêncio do outro lado.

Ainda tinham aquele impasse. Jimin deixou em aberto se voltaria ou não. Bem, era hora de responder essa pergunta!

— Você não volta mais, não é? — Adivinhou com um tom baixo, quase sussurrado. Tinha medo de pronunciar isso.

Sabia que... se ele respondesse, então seria o fim da linha. Não daria mais para fingir que nada estava acontecendo. Não tinham mais para onde correr, onde se agarrar.

O ex dançarino olhou para o teto branco, procurando palavras mais confortáveis para dizer. Mas existiam? Não tinha como dar adeus de maneira poética, era tudo mentira quando diziam que partidas poderiam ser boas.

Nunca eram. Nunca foram. Nunca seriam.

— Eu te liguei pra te agradecer. — Iniciou baixo, a voz ecoando naquele lugar vazio. — Pra dizer que você sempre vai ser a minha dançarina favorita.

— Pare. — Pediu com a voz embargada, não queria ouvir. Não. Isso não. Não!

— Meus pais dizem que muitas pessoas são como barcos em nossa vida, nos fazem navegar por águas tranquilas, turbulentas. Nos fazem ver novos horizontes. — Parou um pouco, um filme passando em sua cabeça. A primeira vez que se viram, os programas de casais, as risadas... elas ecoavam como sinos em sua mente. — Obrigado por ter sido meu barquinho. — Parou por um momento ao ouvir a ex namorada fungando do outro lado. Seu coração partiu. — Cheguei em terra firme, mas meu barquinho quer continuar navegando, então eu... — A voz embargou e teve que parar. CertoJimin. Você prometeu que não choraria. — eu vou apenas descer do barco e ficar aqui.

Era engraçado pensar que sempre as pessoas estavam à um passo na frente. Foi com suas metas de vida e profissão, agora seu relacionamento... riu consigo mesmo, sentindo o rosto aquecer com aquela queimação muito conhecida tomando seus pulmões. Estava um pouco quebrado...

Mas está tudo bem. Só se reinventa, se quebrar. Mais uma vez ia quebrar, estava pronto para isso.

Por amor. Em nome o amor imenso que sentia por Caterine Ortíz, pelo amor que tinha por sua própria vida. Estava se quebrando.

— Eu só quero viajar com você. — Tossiu entre as lágrimas, ao ter a ficha caindo. Ali era o fim.

De primeira, quando sugeriu o término para esclarecerem as ideias, as coisas não mudaram. Continuaram se chamando de apelidos carinhosos, ligações e mensagens por todo o dia e noite. Ainda tinha contato com a família dele, agia como sempre... Jimin era uma pessoa muito boa.

Ele nunca reclamou de nada. Nunca foi grosseiro, rude ou levantou a voz para si. Quando tinha uns pensamentos que batiam de frente com sua ideologia, conversavam e ele sempre esteve aberto para entender uma nova visão para o assunto.

Kim Jimin era o homem mais íntegro, puro, honesto e gentil que teve o prazer de conhecer. Ele era o homem de sua vida. Nunca pensou em casar ou ter filhos, mas só de olhar para ele... acordar ao seu lado... vê-lo sorrir ou planejar o futuro com tanta animação. Ansioso para viver cada dia da melhor forma possível, quis sonhar junto dele, planejar coisas inimagináveis. Se estavam juntos, então podiam tudo. Sempre a incluindo nos planos... ele jamais brigou consigo.

As vezes que brigaram, era por sua causa. Assumia ser uma mulher esquentada, tinha sangue latino. No entanto, aquele sul-coreano sempre tão solicito vinha acalmando tudo, mostrando que não era assim que se resolviam as coisas. Também se irritava e vez ou outra estava com as bochechas coradas de ira, mas jamais a interrompeu enquanto esbravejava, reclamando de tudo um pouco.

Ciúmes bobos, saudades, desencontros. Tanto amor que não cabia em palavras sãs. O sexo que nunca tinha um planejamento ou coerência. Podia ser no carro, atrás de alguma boate depois de uma noite muito louca. As risadas, as noites de bebedeira onde um se apoiava no outro, um segurava o outro para vomitar e depois riam ainda mais.

E foi isso que a fez chorar. O Kim jamais terminaria aquele namoro se não estivesse certo disso. Nunca. Ele tentaria até o final, sabia disso. Ele era forte, contava com isso, porque si mesma não era. Nunca foi. Tinha tantos problemas com o amor, confiança. Chorou mais ainda, como se seu coração estivesse sendo apertado, vazando como grãos de areia.

Céus... não teria mais Kim Jimin. Tudo aquilo... acabou. Ele terminou por fim, então aquele era o ponto final.

O homem até tentou aguentar, mas suas carnes tremiam. Havia algo em sua garganta que o impedia de respirar. Minha nossa... deslizou pela parede, caindo sentado no chão liso, frio. Seu presente, de repente, ficou assim.

Frio.

Afastou o celular da orelha e olhou para a tela, sua respiração saindo com pausas pela falta de ar estranha. Ficou observando a ligação em andamento, o som do choro da ex namorada. Negou consigo mesmo. Estava se quebrando. Estilhaçando. Pedaço por pedaço.

Só que agora não tinha tanta certeza se poderia ser consertado algum dia. Desligou a chamada. Nem piscava quando aquela ligação sumiu, voltando para a tela inicial, o fundo mostrava sua nova vida. Não tinha fotos ali.

Era tudo branco. Sem nenhuma pista do que lhe aguardava, linhas não escritas, folhas em branco. Pela segunda vez na vida, se escolheu e esperava estar certo de novo. Mas agora duvidava muito.

— Merda. — Sussurrou tão baixo que quase não se ouviu. Apertou o celular em mãos, os dentes trincando em raiva. Por que tudo tinha que ser assim? — Por quê? — Gritou por fim, colocando toda sua energia para fora. — Por que eu? Porque sempre eu? — Levou as mãos para a cabeça, agarrando os fios escuros, deixando finalmente o choro molhar o rosto. Se encolheu por completo, quase deitando no chão. — Por que eu? — Gritou com raiva de sua própria sorte.

Por que não podia ser igual aos seus irmãos? Por que tinha que estar sempre naquele precipício? Sempre tendo que escolher entre duas coisas que acabariam consigo? Não... não era justo. Isso não era justo. Como ia ser feliz assim? Sempre tendo que fazer escolhas que acabavam consigo. Como?

— Como? — Largou o celular no chão, virando de bruços no chão limpo, a testa apoiada ali enquanto suas mãos apertavam o piso claro, como se pudesse desforrar ali toda sua frustração. — Eu só queria-... — Balbuciou entre o choro, batendo a mão ali, não sabendo como seria dali para frente. Jimin não sabia. Simplesmente não sabia mais de nada. — eu só queria ser feliz. — Murmurou se dando por vencido, o corpo caindo fraco no chão, largado ali, sozinho.

Mesmo com os olhos inchados pelo choro, embaçados, viu a tela do celular brilhar com uma ligação. Não queria atender. Não queria falar com ninguém. Escondeu o rosto com uma das mãos, o cabelo escuro colando naquele misto de suor, lágrimas...

Era tão injusto. Por quê? Por que, meu deus, por quê? Por que sempre tem que ser assim?

— Eu só queria ser feliz... — Murmurou de novo, derrotado por si mesmo. Por sua própria vida.

Ninguém era mais desafiador do que si mesmo. Era seu próprio gigante, sua própria barreira, seu próprio buraco. Sempre naquele limite, onde sua vida se quebrava e tinha que ser refeita. Estava cansado, só queria um momento de paz. Apenas um.

Será que estava errado, estava pedindo demais em querer ser feliz?

É, Kim Jimin, parece que sim.

...

— O que é um "date"? — Fez aspas assim que a porta foi aberta. — O que, tecnicamente, pode se considerado um encontro? — Passou pelo baixinho que tinha expressão nenhuma como sempre e segurava uma taça de vinho. — Eu fui até o Yugyeom na intenção de ter um encontro, mas deu tudo errado. — Virou para o irmão que ouvia pacientemente, ou parecia paciente. Fechou a porta. — A gente se beijou, tipo, — Tirou os tênis de qualquer jeito, quase tropeçando nos próprios pés. — beijamos pra caralho, fiquei até meio exci-...

— Como alguém fica excitado beijando aquele monstro? — Virou para trás rapidamente ao ouvir uma voz conhecida e achou Kang Taeyong e aquela expressão enojada. Ficou pálido na hora. — Quer dizer, — O platinado respirou fundo e olhou para o melhor amigo que estava bebendo um gole do vinho e fingia não estar nem aí. Nem estar presente. — que nojo, ele sai-...

— Na-na-não. — Jaehyun colocou a mão na boca do namorado e abriu um sorriso enorme, cheio de dentes para o lutador que pouco conhecia. — Não liga, eles sempre se xingam por aí. — Assentiu consigo mesmo, ganhando o olhar desconfiado do homem de cabelo longo. — Quando nos conhecemos pela primeira vez, o Yugyeom hyung disse que o Taeyongie, na verdade, era curioso e por isso estava comigo, mas namorava de verdade com uma mulher. — Franziu o nariz, estranhando até lembrar disso.

Okay. Vamos recapitular. Jungkook ficou confuso, tinha que ter um tempo para processar o que estava acontecendo naquela noite esquisita. Olhou para trás e viu o irmão levantar a taça de vinho para si e sorrir irônico antes de sair em direção ao sofá. Hum...

Que situação incomum. Olhou para o porta-sapatos e viu um coturno e tênis de marca. Então não era imaginação. Era mesmo o casal de amigos de seu outro irmão.

Foi quando caiu em si. Merda. Falou demais, agora Taeyong ia ficar fazendo piadinha o resto de sua vida. Bufou e massageou as têmporas. Sinceramente? Sinceramente! Por que não foi direto para casa se enfiar debaixo dos travesseiros ou para sua academia? Conversar com um saco de pancadas poderia ser mil vezes uma melhor escolha.

Por que essas coisas tem que acontecer consigo?

— Quer um pouco de álcool? — Taehyung pegou a garrafa de vinho e estendeu para o irmão, sendo um grande, um ótimo cúmplice naquele momento. Porque sim, óbvio, precisava de álcool. Muito álcool.

Sim. Precisava de álcool. Nem respondeu, apenas foi até ele e pegou a garrafa. Olhou todos presentes naquele silêncio constrangedor e forçou um olhar duro, mesmo que estivesse vermelho até as orelhas. Fala sério. O que aquele tanto de gente fazia na casa de seu irmão? Merda. Desde quando ele abriu uma pensão para os amiguinhos crianções de seu irmão caçula? Ora. Pensou que era um ambiente seguro.

Foi para a cozinha pegar uma caneca. Ia beber sozinho aquilo ali. Presente tinham um moribundo com buraco de bala, um menor de idade e um com uma extensa ficha médica.

E o outro que ficava mais irritante ainda quando bebia. Não precisavam do vinho! Saiu dali antes que fosse especulado. Nem existia, nem estava ali. Quanto mais rápido fugisse, mais rápido eles esqueceriam o que tinha falado, não, berrado aos quatro cantos do apartamento.

Yoongi apenas olhou o namorado que ainda tinha a taça entre os lábios, mas lhe devolveu o olhar. Negou fraco, mostrando que nada daquilo estava agradando seu senso de humor. Recebeu um sorrisinho sem graça do mais novo. Ele sabia que estava a ponto de jogar todos ali para fora.

Aliás, já teria feito, mas o acastanhado era tão educado que provavelmente colocaria todo mundo para dentro de novo, pedindo mil desculpas. Fala sério. Tomou todo o vinho em um gole só. Repousou as costas no sofá e engoliu devagar o líquido doce.

Estavam quase lá, quase, bem quase. Iam experimentar como seria transar pertinho de seu instrumento favorito. No início até pensou em bater no pirralho maluco que colocou na cabeça que deveriam tentar aquilo. Um fetiche bem estranho, devia dizer, mas quando começaram a tirar as camisetas e ele foi se apoiar em algo e acabou apertando as teclas, gemendo entre elas quando lhe beijou o pescoço, passando as mãos pelo dorso moreno... pensou que podia ser uma ótima ideia.

Haviam concordado que iam tentar transar devagar, respeitando o tempo de recuperação do rapper. Ficou feliz para caralho. Era o que queria, conseguiu convencê-lo mesmo sem dizer uma palavra e aquilo foi tão difícil. Estavam quase lá, talvez fosse até o ativo naquela noite. Isso o deixava... porra...

Aí o interfone tocou. Taeyong e a criança dele. Cara... apertou a taça em sua mão, rindo consigo mesmo. Ia ter um troço, ia, claro que ia. Levou a mão até o rosto e coçou a testa. Fala a sério. Estava quase enxotando o casal-idade-grotesca de sua casa, quando Jungkook vinha para piorar tudo.

Que se fodesse ele e o puto do Yugyeom. Eles não podiam resolver seus próprios problemas sem lhe meter no meio? Era psicólogo? Terapeuta de casais? Estava pouco se fodendo se eles iam se soca, se amar ou o que inferno que fosse.

Mas que fizessem isso fora de sua casa. Lá na rua.

— Ele beijou mesmo Choi Yugyeom? — Se livrou da mão do namorado e virou para o de cabelo enrolado que deu de ombros, sem parecer afetado. Como ele podia não mover um músculo do rosto? — O mesmo que a gente conhece? — Murmurou sentindo as mãos gentis do Jung lhe segurarem os ombros. Não ia se comportar. Estava estupefato! — Ele é louco? Você não está preocupado com a integridade física de seu irmão?

— Não é porque você não beijaria ele, que as pessoas também não vão beijar. — Defendeu o primo, suspirando, encostando a taça em seu joelho, as pernas cruzadas graciosamente. — Deixe o Yugie em paz, esse assunto dele com o meu irmão realmente mexe com ele. — Avisou ao de colete com tachinhas que arqueou o cenho. Ficou mais sério. — É sério, não faça piadas com esse assunto, não é legal! Ainda mais quando ele nem está aqui pra se defender.

A amizade de Yugyeom e Taeyong era basicamente se xingarem, pregarem peças um no outro e saírem para festas estranhas juntos – isso antes do mais velho entre eles, começar a namorar. Taehyung sabia que ambos tinham uma pequena rixa para saber quem era mais seu amigo e já havia deixado claro que aquilo era uma grande idiotice, porque amava ambos na mesma intensidade.

Quando o Kang começou a namorar, passou a ficar mais com o Choi, por causa da família e pela ausência do outro. Ele tinha muitos problemas envolvendo a família do namorado, era natural que passasse mais tempo com o garoto do que com eles. Não reclamava disso. E também não significava que eram menos amigos por isso.

Só que, tudo tinha um limite. Assim como pediu para Yugyeom não fazer piadas em relação a situação de Jaehyun e Taeyong com o pai do garoto, também pedia agora, para que o assunto "Jungkook" também não se tornasse um grande fiasco.

Não era legal e também não era da conta de ninguém. Conhecia ambos os lados, então ia manter sua imparcialidade.

O garoto de cabelo castanho com um topete bem arrumadinho, usando cardigã, parecendo muito mais velho do que era realmente, negou para o namorado que bufou irritado.

— Eu já disse pra você parar com isso! — Repreendeu, parecendo o mais maduro da relação. — Algum dia essas implicâncias vão dar briga de verdade.

— Por que você não é o melhor amigo do Taehyung? — Questionou o garoto que ficou sem saber o que falar. — Vocês são iguaizinhos. — Olhou para o mais velho da sala que não parecia muito interessado na conversa, brincando com o restinho do vinho na taça. — Como aguenta, hyung?

Yoongi ouvia tudo, ao contrário do que aquela cabeça oxigenada achava. Nunca estava "aéreo", ouvia a conversa, só não tinha interesse de participar. Pessoalmente não queria ter nada a ver com aquele relacionamento de seu irmão, porque não tinha paciência, porém... sempre havia um porém.

Era irmão mais velho dele, logo tinha que estar envolvido. Querendo ou não. Isso que afastava amizade de irmandade. Você poder escolher se meter ou não. Nesse caso, era obrigado a se meter, porque era seu irmão. Se não se metesse, seus pais falariam em seu ouvido, Jungkook poderia se machucar e aí ficaria se sentindo um merda por não ter feito nada para impedir.

Queria muito ser uma árvore.

— Não faça piadas. — Avisou sério para o estudante de cinema que finalmente calou a boca e assentiu. Também não queria piadinha com aquilo. — Se não, vou acabar rindo e aí vai ficar difícil de aconselhar. — Falou um pouco mais à vontade e o mais novo voltou a sorrir, confortável.

A presença de Yoongi era um pouco intimidadora. Quando ia no apartamento, preferia ir quando seu melhor amigo estava, porque bater de frente com aquele cara que tinha sempre uma expressão fechada, dava medo. Jaehyun, aliás, tinha medo. Convencê-lo de ir visitar o artista plástico, foi bem difícil.

O estudante dizia que não queria incomodar ou irritar o músico. Teve que rir. Por que aquele menino era tão perfeito? Como ele podia irritar alguém? Ele era... ele. Ele era perfeito. Nem alguém tão frio quanto Kim Yoongi, podia resistir. Não mesmo.

Mas era seu. Todo seu. Só de pensar em alguém olhando para ele, lhe subiu ciúmes. Olhou para o rosto calmo, os lábios que sempre tinham um sorriso gentil. Suspirou. Ganhou seu olhar, sempre ganhava. Felizmente estava cumprindo sua promessa de amá-lo, cuidar dele.

Era um desajeitado, mas por Jung Jaehyun... por ele, estava se tornando responsável. Um homem de verdade. Devagar, mas...

— Qual foi o primeiro "date" que vocês tiveram na vida? — O lutador voltou da cozinha com uma caneca grande em uma mão e o vinho na outra. — Eu nunca tive um... — Foi honesto, porque... sinceramente? Já estava na merda mesmo. — não lembro da última vez que pensei nisso.

Jogou-se no sofá entre os dois irmãos e suspirou frustrado. Olhou para um, para o outro. Eles faziam um casal bonito apesar de tudo. Será que eles tiveram um encontro? Como foi? Não sabia nem o que era um encontro. Como era burro... fala sério. Deu um gole no vinho da garrafa.

— Epa. — O artista plástico se apressou na hora de tocar no ombro do irmão, o impedindo, afastando-o por um momento. — Você tem um copo na outra mão. — Sorriu gentil quando ganhou o olhar caído dele. — Vamos lá, beba dali. — Deu alguns tapinhas em seu ombro, ouvindo a risada do amigo.

O rapper negou e encarou seriamente o lutador. Por que aquele imbecil parecia bêbado sem nem ter bebido direito? O que merda deu entre aqueles dois para ele ficar tão deplorável daquela forma? Eu ein! Nunca viu Jungkook tão frustrado em sua vida. Nem quando descobriu que George Lucas vendeu os direitos de Star Wars para a Disney. Nem aí.

Certo. Isso era preocupante.

— Seus dates. — Insistiu após um grande gole, virando o olhar para o mais jovem da sala. — Você. — Apontou com a garrafa. — Quantos anos tem?

— Dezessete. — Respondeu um pouco sem graça, não tinha intimidade alguma com aquele Kim. 

Só conhecia Yoongi por causa de Taehyung e fora isso, Hoseok. Ele era muito amigável e também era colega de seu namorado, então não era difícil ver o dançarino algumas vezes.

— Já teve um encontro? — Jaehyun assentiu. — Fora o Taeyong. — Então ele negou. — Fala sério, ainda é uma criança, — Estalou a língua no céu da boca. Inútil. — e você, garoto revoltado, incompreendido pela sociedade? Já teve algum encontro sem ser em uma reunião comunista?

— Já. — Cruzou os braços magros acima do colete preto. — Com o Yugyeom! — Os dois olhos do lutador se abriram com energia. Como assim? O quê? Yugyeom? O cineasta riu nasal e relaxou no sofá. — Ele transa muito bem, pode ir fundo nisso, tem futuro.

— Taeyong! — Grunhiu o Kim mais jovem. Queria muito dar um tapa na boca do amigo. O que tinham conversado? Por que ele era assim? Fala sério. Olhou para o lado ao ouvir uma risadinha suspeita. Ahnão. Yoongi também? — Para de rir! — Como podia ajudar se aqueles dois...? Voltou a atenção para o irmão que tinha o rosto vermelho. — Eles não transaram, hyung, é mentira. Eles só saíram pra tomar umas cervejas, mas foi há muito tempo atrás.

— Você estava lá pra saber se a gente fodeu ou não?

— Taeyong, para com isso. — Pediu quase implorando por misericórdia. Aquilo não era verdade e Yugyeom ficaria muito irritado se ouvisse isso.

Apesar de se conhecerem desde crianças, frequentarem a escola juntos, a amizade real daqueles dois rockeiros, foi nascer mesmo na adolescência. Antes eram apenas ligados por Taehyung e nada mais. Foi só quando começaram a curtir as mesmas coisas, que acabaram saindo para tomar cerveja em uma loja de conveniência, nem tinham dezoito, mas pelo fato do Choi sempre ter sido muito alto, ele conseguia fácil se passar por mais velho.

Isso foi, cara, bem antes do platinado conhecer Jaehyun. Fazia muito tempo e ele nem tinha certeza que gostava de meninos. O próprio Kang confessou que não conseguiu nem beijar direito o amigo, porque estava confuso, não tinha certeza ainda. Quanto mais pensar em sexo.

Mas como explicar isso para o hiperativo Jungkook que já estava impaciente, movendo as pernas, mordendo os lábios.

— Isso tudo é mentira, Jungkook-ssi. — O Jung resolveu apaziguar. Olhando irritado para o namorado que sorria todo ladino. Que idiota! — É verdade que isso aconteceu, mas não passou de uns beijinhos. — Deu um empurrão no mais velho que riu mais ainda, vendo o jeito perdido que o homem de cabelo longo estava. — Pode zoar o Tae, se quiser, foi o primeiro beijo gay que ele deu.

— Sério? — Riu alto o Kim mais velho. — Que decadência, puta que pariu. — Por que aquele imbecil estava fazendo tantas piadinhas se já havia beijado aquele crianção? — Caralho, nunca que eu ia imaginar. O emo dois e um se beijando, que situação pesada. Literalmente sexo, cervejas e rock 'n roll.

— É "drogas", meu bom velho. — Consertou, o de cabelo tingido de branco, sorrindo falsamente para o mais baixo que abriu bem os olhos, fingindo compreender. 

Sempre desconfiou. Se disser que nunca disse que seu padrinho ainda seria obrigado a prender o próprio filho, era uma grande mentira. Ainda achava finalmente que aquele cara não era tão cem por cento sóbrio, são, se é que me entendem. Com certeza tinha algo aí. Falou até com Taehyung.

Falou que jamais era para cair no papo do Choi, porque ele tinha alguns bem estranhos de incensos, luas, umas porras sinistras que... dava até arrepios. Horóscopo, sei lá mais o que do caralho voador em vênus.

— Você já fumou maconha? — Teve que perguntar, indo direto ao ponto. Era um tanto curioso, devia assumir. Ganhou um olhar estranho do namorado. — Experimentou no mesmo dia que beijou Yugyeom?

O quê? Não podia mais perguntar? Ora essa... tinha que saber com quem ele andava, essas companhias jovens eram estranhas demais. Ficava meio desconfiado. O rosto do homem magro, enrubesceu forte, até tossiu engasgado com a saliva. Como assim? Não... maconha, Yugyeom, não... 

— Chega dessa porra. — Havia começado com a brincadeira, então terminaria com ela agora! Seu rosto estava pegando fogo. Lembrar disso era constrangedor. — O foco aqui é o Jungkook hyung e o Choi. — Apontou para o altão que bebia vinho de novo pela garrafa, Taehyung desistiu de impedir. Era inútil. Largou até a própria taça, ninguém ia beber mais, né? Vinho babado. — Fala aí, hyung, qual o problema? Vocês tiveram um encontro?

— Você é surdo, porra? — Resmungou mais velho, ainda rindo. — Ele acabou de dizer que não sabe o que é um.

— Desculpa aí, não ouvi. — Colocou a mão sobre o peito, ofendido. Era impressão sua ou Yoongi tirou o dia para lhe atacar?

Não o respeitava como melhor amigo daquele namoradinho dele e nem como pessoa. Era um saco de lixo, é isso? Chuta mais, porra. Ainda estava pouco.

— Se não tivesse fazendo piadinha o tempo todo, ouviria. — Mais uma vez foi repreendido pelo namorado que não estava gostando do comportamento.

E, bem, também ficava com ciúmes quando ele falava de outras pessoas. Levou algum tempo para aceitar que ele e o dançarino eram apenas amigos e tudo o que aconteceu, foi só curiosidade adolescente e não teve nada demais.

— Não é como se ele fosse meu namorado. — Falou como se fosse óbvio. Não se importava com o fato de Yugyeom e aquele idiota do Kang Taeyong já terem se beijado... olhou para aquele imbecil que fazia seu estômago ter excesso de acidez a partir daquele momento. Nunca prestou atenção em quanto não gostava dele, na verdade. — Por que eu me importaria? — Sorriu para o acadêmico de cinema que assentiu. Seu sorriso tornou-se maior. — Vocês ainda falam sobre isso?

— Eu estou quase casado, fala sério. — Começou a rir ao notar o ciúme brilhando nos olhos redondos daquele cara que mal tinha contato. Achava ele muito metido para seu gosto! — Não quero seu homem, ele é irritante, fala muito, tem risada alta e me dá gastura. — Tomou um gole do vinho e sentiu a mão do mais novo em sua coxa, então entrelaçou os dedos. — Pode pegar, ele gosta de bombom de licor, cerveja artesanal e detesta frutos do mar.

Já que aquele lutador metido a besta estava tão interessado assim em seu colega, ia dar uma mãozinha para ele ver que não se importava. Beijar Yugyeom foi o mesmo que aqueles testes na laranja, sabe? Para aprender a beijar? Um grande descaso. Tanto é que depois ambos se olharam e morreram de rir. Hoje não tocam mais no assunto, é vergonhoso.

Não tinha química, física e muito menos vontade. Foi só um momento. Talvez se tivesse tentado com Taehyung... ele era apaixonante até sem beijar, que dirá beijando. Mas Choi Yugyeom? Beijar uma porta pintada de preto teria o mesmo efeito e a mesma altura.

— Não gosta de filmes românticos e nada muito piegas. — Completou o de cabelo enrolado, atraindo a atenção do irmão. Sua voz gentil pareceu acalmar a energia excessiva do mais alto que assentiu. — Ele adora esportes radicais, filmes de terror e todos os canais da Discovery, principalmente aqueles que falam sobre animais ou universo. É muito supersticioso, acredita em horóscopo e mapa astral. Ele é holístico, igual a mim. — Anotou mentalmente. Okay. Canais de curiosidade, loucura religiosa e filosófica... certo. Assentiu para o mais novo que abriu um sorriso gostoso, acabou sorrindo de volta. — Ele adora seu perfume e seu sorriso. — Suas bochechas ficaram coradas com aquelas palavras.

Porra. Não estava tentando conquistar Choi Yugyeom, só queria tentar algo menos hostil. Desde a briga, só trocavam farpas, isso não era saudável para a convivência familiar. É... é isso. Quando estavam todos reunidos, o clima pesava e não era bom. Seus pais eram tão amigos.

Céus, mas ele beijava tão bem. O jeito que ele o pegava, que devorava sua boca como se estivesse com raiva. Eram capazes de tudo se estivessem juntos no mesmo lugar. Se bater, se beijar. Fazer os dois ao mesmo tempo, chorar, gritar, gemer, sangrar e suar... salivar... abaixou a cabeça, o cabelo escondendo seu rosto.

O álcool estava batendo forte demais, não era possível. O que era isso que estava pensando?

— O Yugyeom hyung é um ótimo homem. — Emendou o Jung, vendo que era real. Aquele homem estava apaixonado pelo colega de seu namorado. — Muito divertido, bonito, talentoso. Se gosta dele e ele de você-...

— Gostar? — Yoongi riu debochado. Gostar? Aquilo passou de 'gostar' há muito tempo. Era uma espécie de doença, obsessão. — Aquele budista fez muitas promessas pra agarrar meu irmão, tenho certeza. — Abraçou os ombros largos do maior. Estalou a língua no céu da boca e negou. — Ganhou o coitado no cansaço e nas preces religiosas. — Olhou para o lado, vendo a feição vencida. Coitado de seu pequeno-grande Koo Koo. — Sinto muito, campeão. — Entortou os lábios. Ver aquele moleque naquela situação por uma pessoa, era uma novidade. Devia parabéns para Yugyeom, ele conseguiu o impossível. — Bem vindo ao clube dos comprometidos, bom ter mais um pra tomar cerveja e falar mal de alguém e não fazer nada a respeito para mudar.

— Para. — Grunhiu se soltando daquele toque, ouvindo todos rirem. Ainda era estranho...

Nunca namorou em sua vida, então não sabia direito como agir. Quer dizer, não estava namorando, mas... argh. Bebeu da garrafa de novo, mas tão logo ela foi tomada de sua mão pelo irmão mais novo. Ainda de bochechas cheias de vinho, o líquido vazando por seus lábios, pingando na roupa, o encarou, ganhando um aceno negativo.

Precisava beber. Beber muito e cair desmaiado naquele sofá. Choi Yugyeom estava ocupado naquela noite. Ocupado. "Ocupado". Quem ele achava que era? O beijando daquela forma e vazando...

Suspirou quando engoliu a bebida doce e saboreou o gosto no paladar. Mas ainda estava frustrado. Olhou para a caneca e voltou a beber enquanto Taehyung levava a garrafa embora.

— Cadê esse gigante desajeitado, aliás? — Perguntou o rapper para o futuro Jimin. Porque sim, se ele continuasse bebendo daquele jeito, era com Jimin que ele ia se comparar, fazer literalmente uma dupla direto para alguma clínica de reabilitação.

Bom que eles sempre se completavam, não é? Eram mesmo gêmeos, porque até para ser internado em uma clínica, iam juntos. Em dupla. Aquele amor era realmente forte. Isso que chamava de irmandade.

— Hum. — Grunhiu afastando a boca da caneca, engolindo em seguida. — Disse que estava ocupado e por isso não podia ir pra minha casa.

— Taí. — Estalou os dedos, o platinado, apontando para o desgraçado da noite. Descobriu tudo. Aquela cara de merda... óbvio. — Eis o motivo da cara de cu. Entendi tudo. Ele fugiu sem te dar o que você quer... que maldade.

— Taeyong!

— Que foi, amor? — Olhou para o lado, vendo as bochechas vermelhas. — Não se faz isso, você sabe.

— Eu não sei de nada! — Aponto para si mesmo, a voz saindo mais alta pela primeira vez na noite, realmente sem graça pelo rumo daquela conversa esquisita.

— Vocês estão fazendo exatamente o mesmo comigo agora. — Falar aquilo talvez não se encaixasse em sua personalidade retida, mas estava tão de saco cheio de todo aquele drama, que acabou falando.

Obteve todos os olhares em si, inclusive do atleta que ficou até sem saber o que falar. Sentiu vergonha na hora. Yoongi, seu... idiota. Por que estava com a língua tão solta? Que ridículo. Imediatamente comprimiu os lábios fechados e desviou o olhar.

Certo. Que climão! Quis beber mais vinho, sua garganta secou, mas não tinha nada ali. É... no que estava se tornando? Coçou a nuca, querendo sumir. Simplesmente, sumir. Onde estava seu namorado? Ele sempre apaziguava a situação...

— É. Hora de levantar acampamento, Jaehyunie. — Disse alto, levantando do sofá, o cineasta. Pegou na mão do mais alto, fazendo-o vir consigo. — Vamos, vamos.

— Vamos. — Concordou sem graça, a cabeça baixa. Não sabia que haviam atrapalhado. Talvez devessem ligar antes, na próxima vez. — Yoongi hyung, eu sinto muito. — Curvou o corpo grandemente, quase gaguejando de tanta vergonha.

Oh, merda. Merda. Não! Não era para isso acontecer. Abandonou a taça na mesa de centro e já ia levantar para se retratar com o casal de colegas, quando Taehyung voltou da cozinha, estranhando aquela situação. O que...?

— Detalhes demais. — Murmurou o de cabelo longo, levantando e negando para si mesmo. — Preciso de mais álcool, estou ficando sóbrio. — Seguiu para a cozinha, ignorando o irmão pedindo para ele não pegar a garrafa de novo.

Em vão. Ele sumiu e isso deixou o artista plástico mais confuso ainda. Viu o casal se despedir de si com acenos rápidos, nem ao menos se cumprimentaram como o usual, com abraços calorosos.

Por que Jung Jaehyun curvou o corpo para si, pedindo desculpas? O que diabos estava acontecendo?

Olhou para o namorado que parecia perdido no meio da própria sala, o rosto vermelho como um morango. Colocou as mãos na cintura, o analisou por inteiro. O que ele tinha feito dessa vez?

— Detalhes demais, detalhes demais. — Ia falar algo quando viu o irmão passando por si novamente, de novo com a garrafa de vinho que tinha levado embora. — Detalhes demais. — E foi repetindo isso pelo caminho até a porta, enfiando os pés de qualquer jeito nos tênis.

— Jungkook, minha caneca! — Gritou o mais velho quando viu o mais alto todo atrapalhado na hora de sair dali, abrindo porta, arrastando os pés mal vestidos com os sapatos. — E a garrafa... — Completou assim que a porta fechou, deixando-os no silêncio estranho. — Tchau. — Falou irônico para si mesmo, irritado com sua boca grande. Virou e deu de cara com os olhos inquisitivos.

Perdeu a fala na hora. Abaixou a cabeça e ficou sem graça. Não era para ser assim, ainda mais com os amigos dele... isso não é legal. Mordeu o interior da bochecha e colocou as mãos para trás, sem saber como reagir. E agora? Não podia voltar atrás, então...?

Idiota, Yoongi. Como pôde agir como um adolescente? Você nunca ligou para essas coisas. Sexo, intimidade, isso... isso não era tão importante assim. É. Você nunca ligou, por que agora?

Ainda falando na frente dos outros? Argh... idiota. Passou as mãos no cabelo e gemeu frustrado. Como pôde ser tão...?

— Hyung. — Levantou o rosto devagar quando ouviu o tom rouco soando após um tempo. — Você nunca me levou para um encontro. — Quase não piscou quando olhou naquele rosto, o modo que era encarado, aqueles olhos enormes lhe fitando com atenção. — O hyung quer ir à um encontro comigo quando estivermos na Holanda?

— Quero. — Respondeu sem hesitar, ainda vermelho e completamente sem jeito.

Taehyung sorriu pequeno, relaxado, parecendo nem um pouco incomodado com o que havia acabado de acontecer. Como ele podia ser tão natural? Como? Não ia questionar sobre aquilo, sobre tudo? Ia só... quê? Encontro? Não. Ele não ia brigar consigo? Estava pronto para pedir desculpas e dizer que não ia acontecer de novo.

Mas não. O mais novo continuou com aquele rosto impassível e o chamou com o indicador. Seu corpo todo arrepiou. Merecia uma bronca, não aquela atenção toda. Deixou os ombros caírem, o olhar um pouco frustrado.

Suspirou, não podia fazer nada para mudar, então, deu alguns passos para frente, sendo observado a todo instante. Engoliu em seco, seus lábios vermelhos por conta da bebida, os olhos pequenos focados demais, as bochechas coradas suavemente... aquela visão fez o mais novo também se aproximar, encaixando a mão no pescoço pálido, o pegando com jeito só para ter o prazer de vê-lo suspirando.

Yoongi suspirou tão leve, como se estivesse finalmente ganhando o que queria há horas. Se largou naquele toque firme, segurando a cintura do namorado, sentindo os lábios dele passeando por seu maxilar.

— O que você disse pra eles? — Sussurrou rouco, vendo de cima o quanto aquele baixinho estava entregue, os olhos quase fechados.

— Que eles estavam me atrapalhando. — Foi honesto, mesmo que aquilo fizesse seu estômago revirar em vergonha. Ainda não acreditava que havia dito isso.

Acabou rindo fraquinho. Com certeza isso viraria piadinha entre seu círculo de amizade e, coitado de Jungkook. Ainda estava em fase se adaptação com eles, não podiam ir assim, tão incisivos, ele podia ficar realmente traumatizado. Mas não podia negar que isso era divertido.

Moveu a ponta dos narizes juntinhas, apreciando o silêncio finalmente. Viu o menor entreabrir os lábios, os umedecendo devagarzinho.

O que estava havendo com Kim Yoongi?

— Você não pode expulsar nossos amigos da nossa casa só porque íamos transar antes deles chegarem. — Explicou pacientemente, segurando a risada quando viu o músico abrir mais os olhos, o desafiando. Parecia uma criança contrariada.

— E por que não?

— Porque não! — Roubou um selar demorado, mas logo ele se afastou.

— Claro que posso. — Embolou as mãos na camisa do garoto e o puxou, deixando os peitorais colados. Continuou olhando para cima. — A casa é minha, você é meu. — Um sorriso maldoso inundou os lábios pequenos e o mais alto acabou rindo. — E eu faço o que eu bem entender. — Tentou beijar o outro, mas ele se afastou, ainda risonho.

Estava realmente adorando aquela nova fase, onde seu hyung estava muito mais à vontade, fazendo o que bem entendia. Olha só. Estavam até falando de sexo, mesmo que indiretamente.

Quando que imaginou isso sem sentir as dores de tapas ou os xingos em seu ouvido?

— É assim? — Continuou o incitando, afastando um pouco os corpos, querendo ver até onde ele ia. Ganhou um "é" bem firme. — Ficou assim só porque eu disse que poderia ser o ativo dessa vez? — Foi andando para trás, mas as mãos presas em sua camisa, não o deixava ir longe demais. Começou a rir quando foi puxado. — Ai, amor, calma. Tô aqui. — Ainda rindo, abraçou o baixinho que o trouxe com força para si, voltando a prender os corpos.

— Para de fugir de mim. — Murmurou antes de beijar o pescoço cheiroso, inalando uma grande quantidade de perfume.

Aqueles dias, apesar de qualquer eventualidade ruim, estavam sendo perfeitos. Se soubesse que "se libertar" era tão bom, teria feito antes. Ainda não estava do jeito que queria, mas já era um grande começo e, antes achava que aquilo não podia influenciar muito na sua intimidade com Taehyung, mas não era bem assim.

Ao ser honesto e dizer claramente quem era, parecia estar se liberando de uma máscara. Sentia que... não precisava fingir mais certas coisas, ou, podia se permitir viver mais, sentir mais. Tirar a trava e ultrapassar alguns limites. Tudo bem se no fim ficasse envergonhado, mas valia à pena. 

Agora estava assumido e, automaticamente, estava se sentindo mais leve do que nunca. Mais leve e com muita vontade de provar de novo o sexo com aquele homem. Seu homem. Estava curioso, ansioso, para conhecer tudo ao lado dele. Com ele.

— Eu tô aqui. — Repetiu o de cabelo enrolado, mole aos beijos que recebia no pescoço, na pegada forte em sua cintura. — Essa é a sua casa, eu sou o seu garoto. — Sussurrou tranquilo, sorrindo com o beijinho estalado que ganhou na garganta.

Yoongi era completamente apaixonado, viciado naquele timbre rouco. Céus. Podia ficar ouvindo e ouvindo sem parar. Era seu som favorito. Definitivamente era o melhor do mundo...

E o som de seu celular, era o que mais odiava em todo o planeta. Seu corpo inteiro endureceu como uma pedra de gelo.

— Vai tomar no cu. — Foi o que ele disse entredentes ao ter que separar do namorado, seu rosto ganhando novamente um aspecto vermelho, mas agora era de raiva. Mas será possível que não poderia ficar um segundo em paz?

— Está tudo bem. — Apaziguou, o mais novo, beijando a bochecha dele. — Atenda, você estava mesmo esperando uma ligação do Hyowon-ssi, deve ser importante. — Ao lembrar disso, rapidamente o rapper puxou o aparelho do bolso.

Como sempre, Taehyung estava servindo de sua agenda. Era uma pessoa temperamental, não negava. Tudo o estressava. Mas aí namorava com um poço de calmante que até irritado, falava com educação e calma, por isso clareava sua mente, o fazia pensar no que realmente importava. 

E, é. No momento, infelizmente, não era sexo. Quer dizer, também era, mas primeiro: trabalho. Era mesmo seu produtor. Atendeu na hora.

— E aí? Passou o sampler? — Se afastou do garoto e foi em direção ao estúdio. Precisavam fechar aquilo logo. — A Suran-ssi me mandou em anexo algumas letras revisadas, você também viu? Ficaram boas, mas ainda acho que pode melhorar. O que acha?

Suspirou, um pouco solitário, vendo o namorado sair para trabalhar. Provavelmente acabaria dormindo sozinho naquela noite, porque quando Yoongi entrava no estúdio, ainda mais agora que estava puto com seu chefe, não saía até tudo estar pronto.

Sorriu. Ele era mesmo um compulsivo quando se tratava de trabalho. Bom, teria que se contentar em dormir agarradinho com Yeontan, ao som de algum filme antigo. É... nada mal. Era uma boa ideia.

Antes que pudesse colocar o plano em prática e soltar o cachorrinho preso na cozinha, seu telefone também tocou. Claro. Devia ser Taeyong querendo rir do ocorrido. Muito provavelmente também, poderia ser Jungkook gritando o quanto estava traumatizado e jamais esqueceria aquilo. Até demorou para um deles ligar.

Franziu o cenho, confuso, ao pegar o aparelho e ver que era Jimin. Hum? Ele disse que ia dar uma saída com os amigos dele para comemorar o novo espaço que havia ganhado de presente deles.

Quer dizer, de Yoongi, mas o músico insistia em dizer que era um presente de ambos.

— Hyung? — Atendeu esperando ouvi-lo bêbado, se declarando para si como sempre fazia, mas escutou um fungar. — Jimin hyung? — Ficou mais atento porque tinha tosses e soluços também. Espera... seu irmão estava chorando? — Fala comigo, sim? O que aconteceu?

— Tae-ya. — Soluçou. — Vem ficar comigo, por favor? Por favor... — Repetiu entre o choro compulsivo. — vem logo.

— Tá bem, eu vou. — Olhou ao redor, procurando as chaves do carro do mais velho. Sua carta de motorista já estava livre, ainda bem. — Onde está? Quer que eu ligue pro papai?

— Só venha logo. — Fungou, tristonho. — Estou na casa dos papais, vem ficar comigo, eu quero você aqui.

— Tá, eu vou. — Pegou a chave da Mercedes e a carteira. Não tinha muita atenção para fazer qualquer outra coisa. Mandaria mensagem para o namorado depois. Vestiu os slippers e saiu porta à fora. — O maninho tá chegando, Chimchim. — Apertou o botão do elevador, impaciente. — Eu tô indo, se acalme.

— Você não vai me deixar? — Perguntou tão sensível que o acastanhado sentiu o coração doer. Então... o namoro havia acabado. Entendeu. — Não vai embora?

— Eu nunca, escute bem, — Ficou mais sério ao falar aquilo. Jimin precisava entender. — eu jamais vou deixar você! — Entrou no elevador e apertou o térreo. — Você é minha alma gêmea, não vivemos sem nossa alma gêmea.

— Eu me sinto tão quebrado, maninho.

— Então, eu vou consertar você! — Respondeu firme, mostrando que estava ali e ficaria ali. Com ele.

Ninguém naquela família ficaria quebrado, eram ótimos consertando coisas e pessoas. Nada ficaria fora do lugar. Com muita paciência, consertariam o que estivesse quebrado. Agora que estava com seus sentimentos e pensamentos em ordem, podia cuidar muito bem de quem amava.

Ia chamar sua família toda e iam consertar Jimin. Os Kim, desde sempre, consertando pessoas... 

Eram realmente bons nisso.


Notas Finais


esse capítulo é uma roda gigante de emoções, mas no fim estão todos juntinhos e se estamos todos juntos, as coisas dão certo. OK???????? we fix you, jiminnnnnnn!

obrigada por lerem até aqui, o próximo já é todinho taegi, a viagem pra holanda. to animada pra escrever isso, aa. cês num tem noção.

até a próxima, raposinhas + lírios roxinhos, a tag oficial da fic no twitter #wuahtaegi. beijo no coração. <3


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