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História Our Time - My art


Escrita por: paansy

Notas do Autor


Cheguei, assim como eu disse que viria. E aí????? Como estamos? O esquema antigo de postagem pra fazer vocês felizes. Vou tentar repetir isso mais vezes, mas pra isso eu preciso muuuuuito que vocês aumentem o engajamento da fic. Aumentando o engajamento, aumenta a visibilidade da fic e eu não tô dizendo que vou atrasar ou avacalhar as postagens por isso, hm? Só tô pedindo uma ajudinha de vocês, somos uma família, não somos?

Enfim. Espero que gostem, tenham uma boa leitura.

Capítulo 7 - My art


— Cheguei. — Hoseok entrou na galeria com a esposa ao lado, os olhos escondidos por óculos espelhados e bonitos. — Onde está minha esquadra familiar? — Procurou ao redor, vendo que já tinha bastante gente por ali. 

Ryujin envolveu o braço do marido e também tentou enxergar algum de seus familiares. O local todo tinha uma luz roxa suave e, mesmo que fosse um local claro e muito iluminado pelas paredes de vidro, ainda assim, tinha um acabamento incrível. 

Estavam ambos vestidos socialmente, prontos para aquela exposição incrível de que puderam ver alguns spoilers com o passar do tempo. Ora, a família sempre tem que ser a primeira a saber e a ver. 

Importante! 

Ah, e sobre a esquadra familiar... É, pois é. Era um grupo tão grande que facilmente poderiam montar um exército. Quem eram as forças armadas perto de sua família? Ora essa. Tinham até o capitão. Capitão este que estava um pouco distante, vestido com um sobretudo preto. 

— Ali. — Apontou para o sogro, chamando Hoseok que rapidamente olhou naquela direção. — Um de seus pais. 

— Ah, delegado Edward Cullen. 

A piadinha fez a bailarina rir e dar um tapinha fraco na mão do marido. Tão bobo. Caminharam até lá e, no caminho, cumprimentaram algumas pessoas que sabiam ser amigos da família ou especialmente de Taehyung. O local estava fechado somente para pessoas com o convite especial. Obviamente que, ao longo da semana, a galeria ia abrir ao público, mas, naquele dia em especial, o primeiro dia, não. Era um evento exclusivo. 

Namjoon queria se meter na segurança, mas Seokjin pediu que ele não bancasse o policial doido e fosse apenas o pai do artista. Apenas isso. 

— Saudações, mestre. — Chegou perto do delegado que virou um pouco e encarou o próprio reflexo nos óculos do filho. — Bonito sobretudo, trouxe da década de 30? 

— Seu senso de humor é realmente de alguém da sua idade? — Arqueou o cenho, debochado. 

Ryujin riu e o dançarino fez uma careta. Onde morava o senso de humor daquele delegado altão e bonitão? 

Credo. 

— Onde está Seokjin-ssi? — Perguntou, a mulher de cabelo curto e vestido preto. 

— Acho que, — Olhou ao redor, tentando encontrar o marido que saíra para cumprimentar algumas pessoas e não voltou. — não sei, deve estar com Jungkook. — Voltou o olhar para o casal. — Ele chegou faz uns minutos. 

— E o hyung? — Perguntou, um pouco mais sério, e Namjoon sabia que ele se referia a Yoongi. 

Deu de ombros. 

— Ele não atende. — Disse o que o menor já sabia, porque ele mesmo tinha tentado falar com o irmão. 

Assentiu. Não se meteria naquilo, mas tinha uma impressão muito ruim sobre o sumiço do mais velho. Tinha receios quando o nome do rapper estava envolvido, porque a inconstância dele fazia todo mundo – que sabia – ficar com medo do que viria a seguir. 

A exaustão mental que aquilo tudo trazia era absurda. 

Olhou para a esposa e sorriu fraco, vendo como ela parecia bonita naquela luz roxa. O cabelo preto e curto estava solto e ela usava maquiagem leve. Ela era a coisa mais linda do mundo, realmente. Poderia continuar babando na esposa lindíssima, mas seu celular tocando chamou a atenção de todos ao redor. 

Também, quem não ia olhar? No meio daquele jazz baixinho, conversas sussurradas, ecoava um forte: “kiki, do you love me?” Quanta vergonha. Minha nossa. Namjoon olhou firme para o filho que ficou nervoso querendo achar o aparelho, tendo a ajuda da Kim que tateava os bolsos do mais velho, tentando ajudá-lo a acabar com aquele vexame. 

— Onde você colocou isso, amor? — Murmurou nervosa, não encontrando. Ele negou. 

— Desliga isso, Hoseok. — Aproximou-se do filho, como se isso pudesse abafar o som. Estava todo mundo olhando. 

— Ah, mas que-... — Enfiou a mão no bolso superior do blazer justo e tirou de lá o telefone vermelho. Abriu um sorriso ao ver quem estava ligando. — Jimin-ah. — Disse alto, virando a tela para o pai que o encarou com mais apreensão. — É o Jimin. 

— Atende isso. — Pediu exasperado, vermelho de vergonha. 

— Jimin-ah. — Atendeu todo entusiasmado, posicionando perfeitamente o celular para mostrar seu rosto ao rapaz de cabelo preto do outro lado. — Já chegamos. — Trocou a câmera para a traseira. — Ryu, papai, — Mostrou cada um, sem nem se importar com os olhos julgadores em si. — nem vi o Tae ainda. 

— Procura pra gente falar com ele. — Pediu animado e o delegado passou a mão no rosto. 

O dançarino já ia tomando rumo para achar o irmão mais novo, mas foi pego pela nuca e puxado para trás, quase batendo no peitoral do pai. Virou o rosto para o lado e sorriu sem jeito para o acastanhado que o encarava sério. 

Por que ele ficava fazendo aquela cara brava? Dava medo, cara. 

— Sosseguem. — Pediu baixo, como se estivesse falando com duas crianças e não dois marmanjos. Olhou para o filho na tela do telefone. — Os dois. — Mediu um por um, como fazia quando eram menores. 

Realmente foi obedecido. Realmente ficaram quietos. Ryujin riu daquela cena e quis muito filmar só para mostrar ao marido a cara que ele fazia quando estava sendo repreendido pelo pai, mesmo já tendo certa idade. 

Ele sempre, sempre mesmo, seria o garoto hiperativo e falante daquele homem alto. 

Do outro lado da galeria, num local mais frio – propositalmente – e com os quadros mais contemporâneos, a luz roxa mais pesada... O artista estava. Ao seu redor, três críticos e dois tinham tradutores aos seus ouvidos. 

— Inicialmente, esses quadros não deviam estar aqui. — Disse devagar, olhando para a série de quatro quadros muito pessoais. Maneou a cabeça e sorriu fraco. — Eu pintei há uns... não sei... — Refletiu um pouco. — quatro anos. É da série: Epiphany. — Apresentou aos críticos que tinham os olhos fixos no rapaz alto e que, naquela luz roxa, parecia muito mais sagaz, ainda mais com aquela voz grossa. “Copycat” da Billie Eilish tocava ao fundo, o volume baixo, e apenas em instrumental, criando um ambiente muito mais pesado. — E sintam-se livres, por favor, — Indicou educadamente as telas medianas. — apreciem de perto a minha epifania particular. 

Um dos críticos, um tailandês, sorriu para o rapaz que curvou a cabeça em respeito. Em poucos segundos, eles haviam se dispersado pelo local, realmente dando atenção às obras que eram bem acabadas e muito... Interessantes. Taehyung tinha um jeito interessante de variar suas técnicas. Usualmente, era no Impressionismo e Realismo que apostava a maior parte do tempo. Mas aquilo ali... Era diferente... 

Respirou fundo – e devagar –, olhando para sua própria arte. Aquilo era tão seu que sua confiança morria um pouco ao mostrar para outras pessoas, principalmente para os olhos julgadores daquelas. Mas, tudo bem. Essa era a sua vida! Piscou os olhos rapidamente e voltou com a pose confiante e inabalável que estava forçando desde que pisou ali. 

— O intuito desses quadros de uma série especial e limitada é retratar a visão de alguém em estado de esquizo. — Iniciou novamente, as mãos para trás, andando em pequenos passos, analisando cada crítico ali. — Ou seja, fora de seu eixo central, fora do controle real de sua mente. — Àquele ponto, até o curador, que estava distraído pelo corredor, aproximou-se para ouvir o discurso, o primeiro discurso de Kim Taehyung sobre aquela série. — Mas, o que as pessoas de eixo central não sabem, — Criou um suspense divertido e sorriu quando teve a atenção real dos críticos. — é que nós, em estado de esquizo, vemos tudo. Do nosso jeito. — Indicou aquela sala fria e sorriu satisfeito. — Eu sou um esquizo e quero que vejam com meus olhos, sintam com a minha pele, o mundo. 

O modo como ele ia envolvendo os ouvintes era incrível e, logo, além de alguns críticos, tinha outras pessoas ali também. Inclusive, Seokjin. Ele entrou ali um pouco depois de ouvir a música... Estava curioso para saber o que tinha naquela sala fria e um pouco escura com aquela luz roxa. Prestou atenção na metade do discurso do filho e olhou ao redor, reconhecendo os quadros... Não... Ele não... 

Ficou impressionado. Muito impressionado. E queria tanto que o marido estivesse ali para ver aquilo. Ele, principalmente, precisava ver. 

— Eu, Kim Taehyung, sou epilético e isso foi descoberto aos meus três anos de idade. — Contou para seu pequeno público curioso. — Muitas vezes eu me odiei, achei que — Parou um pouco para pensar, o silêncio só sendo cortado pela música. — eu fosse um problema, que isso me faria ser diferente dos outros, que isso me faria uma pessoa-bomba-relógio. — Riu fraco e lambeu os lábios, confiante em falar sobre aquilo com naturalidade pela primeira vez, em público. Continuou um pouco em silêncio, apenas escolhendo as palavras. — Mas hoje eu sei o que eu sou. — Disse confiante. — Sou um artista, não como os outros, realmente, eu sou eu, Kim Taehyung. 

E, depois daquilo, curvou um pouco a cabeça em agradecimento a atenção que teve e ganhou até palmas. Bem suaves, mas ganhou. Levantou o olhar e sorriu educado para os críticos que o encaravam surpresos com aquele discurso bem elaborado. O garoto tinha dezenove anos, não esperavam tanta coisa assim. Era sua primeira exposição, sua primeira experiência, não tinha como ser implacável. 

Mas, bem, os Kim sabiam bem como fazer uma chegada especial nos lugares. 

Depois de suas palavras, deixou as pessoas à vontade. A curadoria se encarregaria do resto, os galeristas também. Aquilo ali, aquela sala, era sua mente e corpo. Podia não significar muita coisa para as outras pessoas, mas significava muito para si. Muito. Era sua vida! 

A sala pequena era sua mente quando saía do eixo central; 

A luz roxa era sua visão que sempre escurecia quando uma crise vinha; 

O frio era da adrenalina que subia, desde seus pés até a cabeça, um pouco antes de sentir-se completamente frio; 

Os quatro quadros eram das quatro vezes que teve um episódio de “aura epilética”, como seu neurologista havia lhe ensinado. Era uma espécie de transe, não explicado ainda pela medicina, em que a pessoa entrava. Taehyung raramente ficava consciente, mas, das quatro vezes que aconteceu, resolveu relatar em arte para que jamais se esquecesse daqueles momentos. 

O momento em que seu corpo ficou completamente frio e sua visão viu estrelas. Amarelas, vermelhas, roxas, muitas roxas, rosa, azuis e também laranja... Elas piscavam tanto. Tanto. Eram tão lindas; quadro um, Stellae. 

O momento em que teve um déjà vu com Yoongi. Um momento que tinha certeza de que jamais existiu, porque o próprio rapper falava que não. Aquela imagem muda onde estavam à frente de uma janela enorme e tinham uma vista perfeita da cidade. Pintou Yoongi de costas, pôde vê-lo claramente... Ele realmente pintou. Com detalhes; quadro dois, Dejà Vu. 

Uma de suas lembranças mais antigas... Da infância... Quando teve uma crise dentro do carro e só conseguia ouvir a voz dos pais, dos irmãos, mas não conseguia ver nada. Nada além de linhas vermelhas padronizadas com amarelo; quadro três, Rubrum – Flavo. 

O último era... Era um de seus mais esquisitos momentos, mas não menos “seu”. Foi o penúltimo caso, foi na França. Caiu da cama e bateu o rosto no chão. Não teve qualquer episódio de aura naquela crise, o que lhe resultou em arte foi seu próprio sangue que sujou o chão devido à pancada. Nada de alarmante, foi da boca. O fato... O fato não era aquilo. 

O fato era que: Taehyung era humano. Comum. Como qualquer outro, ele também caía, sangrava e sentia dor. Muita. Também chorava e ria, ele também sentia fome, amor, medo e alegria. Ele era comum, como todo mundo. Naquele momento esquizo, vendo o próprio sangue, ele se entendeu. Não era um problema e nem uma aberração. Estava tudo bem ter um pouquinho de problema e mais cuidado do que os outros. Mas nunca, nunca mesmo, voltou a achar que era diferente dos demais por ter uma condição diferente. 

Entendeu que era normal. Sempre foi e sempre seria; quadro quatro, Normalem. 

Sua coleção mais íntima, agora, estava exposta e sujeita a críticas de qualquer um que poderia interpretar de qualquer forma. Mas estava tudo bem, fez a escolha certa. Não ia expor porque tinha receio, mas depois que Park Hyungsik o incentivou a misturar sua carga emocional com a carga artística, aquela decisão nunca pareceu tão certa. 

Queria que mais pessoas vissem aquilo com seus olhos, porque seus olhos agora eram entendedores do verdadeiro significado e... Bem, isso poderia ajudar mais alguém. Não estava nem aí para as críticas, se sua exposição ia para o exterior ou se alguém ia comprar – até porque aquela não estava à venda –, só queria ajudar alguém. Uma pessoa ao menos, alguém, qualquer um. 

Aos poucos, a sala foi ficando vazia e ele permaneceu. Seus dedos estavam duros de gelo e seu nariz também, mas ali... Sentia-se em casa. Era ele, afinal. 

Olhou para trás e viu duas coisas que lhe assustaram. O pai lhe encarando parecendo estarrecido e Yoongi. Era... Era Yoongi mesmo. Ele estava de roupa social, aliás. Um blazer vinho, camisa preta, calça preta... Aquele cabelo curto o deixava tão... Merda. Ele era lindo para caralho. Usava brincos e o encarava fixamente enquanto estava encostado no batente da entrada da sala. 

Abriu até a boca para falar, mas seu olhar voltou para o pai que sorria em sua direção. Sorriu junto e se deixou ser abraçado com força, inalando o cheirinho do perfume gostoso do mais velho. Tê-lo ali, principalmente naquela parte da galeria, era importante. Mais do que os remédios, mais do que terapias, Seokjin era sua luz. Ele era a luz a que se apegava quando estava caindo em um limbo escuro e frio. Namjoon era os braços que o seguravam com força no meio daquela queda. Com eles, com os dois, nunca precisou saber o que é cair no chão no fim daquele limbo e jamais, jamais mesmo, ficou no escuro. 

Apertou mais ainda o abraço, fechando os olhos e se entregando àquele momento. Seu pai o quis quando ninguém mais quis, ele o criou como se fosse dele, não fugiu nunca, nunca! Amava Seokjin mais do que a própria vida e não tinha medo algum, receio algum de admitir isso. 

— Estou tão orgulhoso de você. — Sussurrou ao ouvido do artista que sorriu feliz. — Eu e seu pai te amamos tanto. — Continuou no tom baixo. Assentiu. — Obrigado por me fazer quem sou hoje. 

— Você é o melhor de todo o mundo ao lado do papai. 

O cozinheiro riu fraquinho e beijou a bochecha do filho, finalmente o largando. Yoongi observava aquilo tudo com certa adoração. Sabia que o padrasto era um poço de mel e isso era até fofo, vendo de longe, claro. Aquecia-lhe o coração ver aquela interação, sempre aquecia. 

— Tudo por causa de você e dos seus irmãos. — Segredou e o menor assentiu sendo solto dos braços protetores. — Obrigado, acho que nunca agradeci por ter mudado tanto nossas vidas. 

— Posso ter a honra, Jin-ssi? — A voz brincalhona, falsamente séria, do rapper soou e ambos olharam para trás, onde ele estava encostado. 

Taehyung sentiu o corpo aquecer, mesmo naquele lugar frio. Yoongi o encarava e não parecia nem um pouco resignado pela presença do pai ali. Temeu, pela primeira vez, aquela tensão. O barulho dos sapatos dele batendo no chão de madeira, aproximando-se, acordou-lhe. Piscou rapidamente e olhou para o moreno de cabelo grande, olhos grandes, e muito alto, conhecido como: seu papai. 

— Você pode chamar o papai aqui? — Pediu baixo e Seokjin assentiu. — Eu quero mostrar pra ele... — Indicou os quadros. — por favor. 

— Certo, vou buscar o Namjoonie. — Deu mais um beijo na bochecha do garoto de cabelo azul e cumprimentou o filho mais velho com um abraço rápido. — Parabenize logo seu irmão, Yoongi-ssi, porque daqui a pouco será tão famoso que nem conseguiremos chegar perto. — Brincou e acabaram rindo juntos. 

O ex-soldado mediu o mais novo por inteiro e parou novamente no rosto bem maquiado, o cabelo bem arrumado. Ele estava tão lindo. O olhar caiu para o pescoço, a clavícula um pouco exposta... 

Oh, sério... Taehyung... Maldito. 

— Oh, é. — Concordou com um sorrisinho debochado que desconcertou o artista. — Parabéns, Kim Taehyung. — Disse devagar, olhando ao redor, achando interessante o conceito. — Você tem mesmo talento, afinal... — Murmurou implicante, afastando-se dos dois, indo diretamente para um quadro específico. 

Seu ar travou na garganta. De repente, a brincadeira perdeu a graça e as vozes dos dois outros se despedindo também se perderam. Agora era só seu coração. Piscou devagar e quis tocar, mas, não, quando ia levantar os dedos, desistiu. Era ele? Quer dizer... Como assim? Franziu as sobrancelhas e continuou analisando. O cabelo era preto, certo, mas... Aquela pose. O rapaz da pintura estava em pé se apoiando no batente da janela, os ombros meio flexionados, as costas tencionadas... 

Era ele, não era? Oh... 

Mesmo com aquela luz roxa, conseguia ver claramente. Era... Surpreendente. 

— Lembra do meu déjà vu com você? — Perguntou baixo, logo atrás do irmão, evidenciando a diferença de tamanho. Assentiu meio atônito ainda. — Essa foi a imagem que eu vi. — Sorriu com a lembrança que só tinha em sua mente, mas agora Yoongi podia ver também. — Agora você também pode ver. 

— É lindo. — Murmurou encantado com os detalhes. Como alguém conseguia fazer aquilo com apenas tinta? Céus. 

As mãos grandes do pintor se posicionaram na cintura larga do menor, abraçando-o devagar, dando tempo para ele se esquivar se quisesse. Mas ele não o fez. Ao contrário, fechou os olhos e respirou fundo... Senti-lo tão perto, o cheiro, depois de tudo aquilo que ouviu de Jinyoung, era... Nossa. Relaxou. Relaxou de verdade. Ganhou um beijo no rosto e nem reclamou. 

— Eu ouvi tudo. — Contou enquanto os lábios quentes e macios do rapaz estavam em seu rosto. Nem abriu os olhos, mas foi observado de pertinho pelos olhos puxados e grandes. — Mesmo que hoje você se entenda e — Engoliu em seco. — se sinta bem consigo mesmo com essa porra toda... — Continuou daquele jeitinho que só ele tinha. Ganhou outro beijo. — Eu ainda odeio. — Segredou quase sem voz, apertando os olhos fechados. — Eu ainda odeio quando você fecha os olhos e começa a tremer... Eu... Odeio. — O tom quebrado fez o Kim mais novo ficar triste. Acariciou as laterais escondidas pelas roupas e continuou prestando atenção. — E eu sinto medo. — Aquilo foi dito tão baixo que quase não ouviu. Na verdade, ouviu só o “medo”. 

— Sente medo do quê? — Questionou no mesmo tom, esfregando a ponta do nariz na bochecha pálida. 

Yoongi abriu os olhos devagar e virou o rosto, piscando devagar e analisando os detalhes que tanto amava. Seu coração estava batendo tão forte... Tão... Foi virando devagar, ficando de frente para o mais alto que tinha a cabeça inclinada para que pudessem se encarar. Suas mãos estavam suadas e frias, mas, mesmo assim, tocou o rosto moreno tão delicado e devagar... Fechou os olhos e se entregou àqueles carinhos. Tudo bem que estavam em um lugar nada propício, mas... Oh... Ali tinha câmeras? 

Realmente não conseguia pensar nisso ali, enquanto estavam tão perto que se sentia hipnotizado pelo cheiro do rapper. 

— De perder você. — Ficou na ponta do pé e puxou o rosto dele para mais baixo, encostando as testas. — De perder você em todos os sentidos. — Disse um pouco mais desesperado, mostrando pela primeira vez seu pesadelo. 

Perder Kim Taehyung. 

Assentiu em compreensão, roçando a ponta dos narizes, sussurrando um calmo: “está tudo bem”. O lado ruim de ter um problema daqueles não era a parte de ser afetado diretamente até o fim de sua vida com isso, mas o efeito que aquilo tinha nas pessoas que amava. Não queria que elas passassem por isso. Nunca. Jamais. Isso doía muito mais, muito! Como doía. 

— Você não vai me perder. — Garantiu rouco, sério, tão sério como nunca falou na vida. — Eu estou aqui. — Subiu as mãos para o pescoço do irmão, encaixando ali, segurando-o pela nuca. — Aqui, com você. — Sorriram juntos, roçando os lábios, os olhos entreabertos. 

— Comigo. — Refletiu ainda sorrindo pequeno, os dentes pequenos atraindo a atenção de Taehyung. — Fica comigo? — Pediu voltando a fechar os olhos, apertando-os fechados, sem jeito. 

— Hyung... — Chamou com um tom repleto de paixão, juntando os corpos, mantendo-os ali, juntos. — eu sou seu. — Sussurrou bem devagar para que ele entendesse de uma vez por todas. 

Seu... Seu... Aquela palavrinha ecoou por mais de mil vezes em sua mente. O tom rouco e tão entregue o fez queimar. Assentiu e não se aguentou antes de juntar os lábios de maneira desesperada. Iniciando um beijo cheio de vontade e saudades. Empurrou o mais alto para o lado mais escuro daquele lugar e o teve encostado na parede, trazendo-o para frente pela nuca, continuando aquele beijo cheio de saliva e estalos. Apoiou as mãos na parede para conter a vontade de bagunçar aquele cabelo azul tão arrumadinho. Preferia seu moleque, seu Taehyung. 

Apesar de que aquele também era seu Taehyung. Seu. Apenas seu... Isso era tão gostoso de repetir, merda. 

A adrenalina de ficar onde alguém podia descobrir era excitante, mas muito perigosa também. Muito. Por isso se separaram com algum custo, entre selares demorados e fortes, demonstrando que nenhum deles queria parar. 

— Escuta, — Um tanto ofegante, afastou-se do azulado que limpava um pouco de saliva na própria boca e chupava o dedo. — Taehyung! — Repreendeu-o e ganhou um sorriso sacana antes de um selar em meio a um abraço possessivo. — Tae-... — Murmurou entre os lábios colados e ele grunhiu. — me sol-... ta. — Pediu atrapalhado e ele começou a rir, mas se afastou. — Desrespeitoso. — Negou e o viu revirar os olhos antes de se desencostar da parede e se afastar um pouco... Suspirou. Queria ele perto novamente, por isso o seguiu. — Taehyung-ah. — Chamou e obteve sua atenção, mas, antes que pudesse abrir a boca para falar, foi interrompido. 

Namjoon entrou ali, assim como Hoseok – apontando o telefone –, Ryujin, Jungkook, Yugyeom, Jaebum e Youngjae... Aquela sala que já era minúscula ficou inabitável. E ainda veio Seokjin atrás com Jinyoung e Jisoo. 

Fala sério... Aquela facção criminosa não se separava nunca? 

— Que lindo, parece uma boate, Tae. — A voz de Jimin soou de algum lugar e nem precisou procurar muito para ver que vinha do celular de Hoseok. Sério isso? 

— Wuah. É sério isso? — O dançarino olhou ao redor. — Parece mesmo... 

— Gente... — Pediu, risonho, querendo controlar aquele montão de pessoas, sendo abraçado pelo pai e Jaebum ao mesmo tempo. — Olhem minha roupa, por favor, seus brutamontes. — Reclamou e foi apertado mais uma vez, acabando por morrer de rir. 

Yoongi sorriu junto ao vê-lo sorrir e discretamente limpou o resquício de saliva no canto dos lábios, um tanto constrangido. Olhou para o melhor amigo que o encarava e sorria contido, negando. Parecendo saber o que havia acontecido. Silabou um: “vai se foder” antes de se preparar para sair dali, mas a mão grande de Jungkook lhe parou. 

O garoto lhe segurou gentilmente pelo ombro. 

— Hyung. — Chamou baixo, atraindo o olhar do mais velho. — Não vai ficar? 

— Ah... — Sorriu falso e negou. — eu vim por aqui primeiro, nem vi os outros pontos da galeria, então... — Indicou a porta, constrangido. 

— Podemos te ajudar depois com isso. — Seokjin se meteu, envolvendo os ombros do filho que sentiu as bochechas ficarem vermelhas. Ainda bem que ali tinha uma iluminação roxa. — O lugar é meio grande. — Arrumou um pretexto para tocar no músico, fingindo arrumar sua roupa. — Fica com a gente. 

— Então eu só vou dar uma olhada por aqui e já volto. — Olhou para os dois teimosos que o encaravam com dois olhões suspeitos. Eles não acreditavam. — Aqui tá muito cheio... — Confidenciou um dos seus desconfortos naturais. 

Ele realmente estava incomodado com aquilo, porém não era o motivo pelo qual queria sair. Tudo bem, eles acreditaram de todo o modo. Sorriu para eles e ganhou um tapinha no ombro do irmão e um sorriso gentil do padrasto. Saiu daquela sala e respirou fundo. Seu coração... Ele ainda estava agitado, ainda sentia-se elétrico. Riu sozinho por causa daquela loucura, mas continuou andando. Passou a mão pelos fios curtos e negros, ainda um tanto desacreditado. O lugar estava cheio, mas nem assim conseguia se incomodar. 

Estava sentindo-se bem... Feliz... 

Parou de andar de repente quando sentiu seu braço ser puxado e seu corpo pequeno virou. Assustou-se e já estava pronto para ser grosseiro com quem quer que fosse, mas ao ver os olhões de Taehyung e sua expressão esperançosa, acabou engolindo o riso e se soltando aos poucos. 

— Hyung. — Chamou um tanto ofegante pela corridinha. — Voc-... 

— Tá todo mundo te esperando lá. — Indicou o caminho percorrido e ele negou. — Vai lá e depois a gente conversa. — Ia dar as costas para ir, mas foi puxado de novo. — Merda, Taehyung. — Murmurou sem jeito, vermelho, tentando se afastar. 

O garoto apenas riu e continuou o observando com um jeitinho todo apaixonado, todo bobo. Kim Yoongi era tão lindo. Como alguém não podia achá-lo adorável? Olhem aquela carinha. Oh, nossa, sério... 

— O hyung ia me dizer algo. — Relembrou e o músico refletiu. — Eu quero saber o que é. 

— Ah, isso... — Coçou a nuca sem jeito, mais ainda. Fingiu tosse. — Não é nada... 

— Hyung. — Chamou um tanto birrento, arrastando as letras só para convencê-lo. 

— Taehyung. — Ia negar mais uma vez, mas ao vê-lo com aquela carinha de expectativa, os olhos brilhando... Suspirou apaixonado e sorriu pequeno. Como não conseguia resistir àquele pivete? — Eu só ia perguntar se voc-... 

— Hyung. — Interrompeu-o antes mesmo que completasse a sentença, olhou para o irmão e viu que ele tinha o olhar focado em algo atrás de si. Franziu as sobrancelhas, confuso. — Só um minuto. — Pediu gentilmente antes de deixar o rapper ali e se afastar em grandes passos. 

Não entendeu, mas... Tudo bem, certo?! Virou o corpo, curioso e viu o maior ir até uma mulher muito bonita, até. Ela era baixa, sim, mas era lindíssima. Vestia branco e tinha cabelo rosa... Parecia uma boneca de tão branca e adorável, apesar das roupas mais sérias. Viu o azulado cumprimentá-la animadamente, realmente eufórico, e apontar para um lado específico da galeria. Ela sorria... Ela realmente sorria e parecia interessada.. 

“Você vai perdê-lo...” 

Não... Não. Sinceramente? Que ridículo, Yoongi. Acorda. Você tem trinta anos ou treze? Que espécie de infantilidade é essa? Não... Não mesmo! Balançou a cabeça e resolveu sair dali antes que sua cabeça imbecil continuasse repetindo a frase de Jinyoung enquanto olhava aquela cena. Não conhecia a mulher, não fazia ideia de quem era. 

Mas... Hum... Não tinham nada além de sentimentos, não é? Taehyung não tinha obrigação de apresentá-lo a ninguém. 

É... É isso. 

... 

A exposição estava sendo um sucesso e era muito legal a forma que as pessoas prestigiavam o artista por aquela nova etapa profissional. Ele lidou muito bem com tudo, foi um ótimo anfitrião e orgulhou Park Hyungsik. O homem estava realmente muito orgulhoso do seu aprendiz e muito feliz por ter escutado Park Jinyoung. Em geral, durante o dia, ficou aquele grupo junto quase toda hora. 

Park Jinyoung, Kim Taehyung, Park Hyungsik e Son Chaeyoung; os conceituados artistas daquele lugar. Tiraram fotos até para o jornal, revista... Estavam bem na situação. 

Yoongi se resignou a ficar observando o irmão de longe, às vezes com a família, às vezes só com Hoseok ou Jungkook, às vezes sozinho... Estava tão feliz por ele que mal podia colocar em palavras. Não ficava triste por não poder ficar um segundo sequer com ele, porque entendia que ele precisava daquilo. Do momento dele. Era bonito de se ver... lembrava-o muito do começo de sua carreira, quando debutou. Ver o sonho do irmão mais novo era bom, era confortável. Vê-lo feliz fazendo o que queria, sendo quem era, não tinha preço. 

— Tá óbvio demais. — Hoseok encostou ao seu lado, sussurrando com a boca ocupada por uma taça de vinho. Olhou-o de lado e riu nasal. — Para de encarar o Tae, tá parecendo um psicopata. 

— É bonito ver ele realizando um sonho... — Murmurou e o dançarino sorriu e assentiu. — É bom ver todos vocês felizes. Como hyung, eu me sinto... — Pensou um pouco em qual palavra podia usar para descrever. — satisfeito. — Sorriu feliz, cruzando os braços sobre o peitoral. 

— A educação que recebemos foi muito boa. — O segundo filho mais velho disse um pouco mais sério que o normal e o menor o encarou. — Tivemos bons mentores, não é? — Sorriu cheio de carinho e bateu no ombro do irmão com a mão livre. 

— Meu dever foi cumprido com sucesso. — Gabou-se e o mais alto riu à vontade e deu um gole no vinho. 

— Não, ainda não. — Lambeu os lábios sujos e indicou Taehyung que prestava atenção, toda a atenção do mundo, em algo que Jinyoung contava empolgado. Abraçou os ombros do irmão e apontou a taça na direção dele. — Seu dever só acaba quando você puder ser feliz e fazê-lo feliz. — Disse bem baixo pela proximidade com a família. Yoongi desviou o olhar. — Esse é seu fim, aproveite, é bonito, artístico, cheira bem e tem um lindo sorriso. — Deu uns tapinhas no ombro do músico que o encarou fingindo estranheza, mas encontrou uma cara de falsa braveza. 

Começaram a rir e negou. Aquele idiota... Enfiou as mãos nos bolsos e observou os garçons bem arrumados passeando com taças de bebidas e comidas. Era realmente um evento surpreendente. Teve uma ideia. Afastou-se um pouco dos outros e foi até a um garçom que servia Yugyeom com uma taça de champanhe. 

— Com licença. — Pediu ao homem que sorriu solicito. — Por acaso teria um guardanapo e uma caneta pra mim? 

Yugyeom riu. 

— Conseguiu o nome de alguém mais interessante que as modelos que dão em cima de você o tempo todo não importa onde vamos juntos? — Debochou do primo que o encarou seriamente, a cara de puro tédio. Abriu um sorrisão. — Adoro sair com você, pri-irmão. 

— Falso. — Fingiu um sorriso para o Choi que se fingiu de ofendido. 

— Grosseiro! — Acusou e voltou a beber, ignorando o rapaz de blazer vinho. 

O garçom esperou aquilo acabar para oferecer um dos guardanapos da bandeja e tirou uma caneta de seu bolso frontal do fraque branco. Agradeceu e puxou Yugyeom pela lapela da jaqueta de couro que ele usava por cima da camisa social, virando-o a contragosto. 

— Ei, ei, ei. — Gritou assustado com o gesto bruto. — Você sabia que meu pai é comandante das forças especiais? 

— Costas de Corcunda de Notre Dame, Yugyeom. — Ignorou e, muito injuriado, ele obedeceu. 

Sempre era tão explorado por aqueles sujeitinhos abusados. Os filhos de Kim Seokjin e Kim Namjoon eram seu karma, sinceramente. Buda não tinha mesmo amor por sua pessoa... Não mesmo. Mandar aquilo de família era sacanagem. 

E era tão bonzinho... 

Yoongi encostou o papel nas costas do mais novo e escreveu algumas coisas rápidas antes de devolver a caneta para o garçom e ele sair. 

— Au. — Grunhiu, o mais alto, fingindo estar com muita dor. — Sinto que jamais poderei ser o mesmo novamente. 

— Tá, tanto faz, — Fez pouco caso e dobrou o papel, dando na mão livre do garoto de pintinha perto do olho. — Dê isso ao Taehyung quando ele procurar por mim, tudo bem? 

— Não. — Negou por birra e arqueou o cenho ao ver a expressão do menor. — O que ganho com isso? 

— O que você quer, irritante? — Colocou as mãos na cintura e ficou encarando o rosto adorável daquele ser humano que mais parecia um demônio. 

Ele sorriu sugestivo e lambeu os lábios... Ah, não. Não... Rolou os olhos e sentiu vontade, muita vontade mesmo, de dar um peteleco na testa daquele moleque chato. 

— Não. — Respondeu de antemão. 

— Hyung, por favor. — Pediu fazendo uma carinha triste. — Por favor. — Insistiu e o músico fez uma expressão séria que já significava tudo. Yugyeom abaixou o tom de voz. — Eu te ajudo e você me ajuda, que mal tem? 

— O mal chamado seu pai, Im Jaebum. 

— Por isso tô pedindo pra você! — Insistiu mais uma vez e sorriu forçado, querendo parecer triste. — Por favor. 

— Tá. — Disse entredentes e viu ele sorrir bem grande, todo feliz. — Depois eu te digo como vai ser. 

Foi abraçado repentinamente e sentiu vontade de tacá-lo no chão. Garoto mais abusado. Esperou ser largado e ter o papel puxado para negar. Aquele Choi era realmente esquisito... Não que os pais não fossem, mas, né. Ele era demais. Excedia os padrões. 

Além do esquisito e estranho estava Choi Yugyeom. 

Despediram-se rapidamente e foi rápido na hora de sair, não avisando ninguém que ia embora. Quer dizer, avisou, mandou uma mensagem no grupo da família avisando que teve que ir embora por estar cansado. E estava. Passou quase a noite inteira em claro, havia bebido... Precisava da cama. Apenas cama. Queria dormir o quanto pudesse. 

Mas alguém não concordava com isso... Aliás, discordava veementemente. 

Às sete e meia, quando o evento acabou oficialmente e a galeria estava parcialmente vazia, com exceção da família festeira, Taehyung correu pelos corredores vazios e foi até a parte exclusiva, vendo se ele estava ali. Não estava. Deu um tapa na parede e saiu furioso. Até quando ele fugiria? Passou feito um furacão pelos corredores, irritado, magoado... dali iam todos comemorar. Já haviam comentado. Yoongi mais uma vez fugia; 

Dele, da família... Isso era tão injusto. Sentia-se um baita egoísta. Ele também tinha que estar ali, era da família. Era tão filho quanto si. Não era justo! 

Será que ele não entendia? 

Trombou com Yugyeom que saía do banheiro e seu ombro doeu na hora. Aquele garoto tinha mesmo que malhar? Droga. 

— Ai, né? — O moreno debochou do melhor amigo que massageou o ombro e estava pronto para sair em seus passos desenfreados e pesados, mas foi segurado pelo pulso. — Espera aí, calma. — Pediu e o azulado o encarou sem paciência. — Desfaz esse bico. — Mandou e ele revirou os olhos. Enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou o papel dobrado de lá. — Toma, seu namoradinho mandou entregar. 

De repente, o que era braveza, iluminou-se na mais pura e genuína felicidade. Os olhos abriram, brilharam e um sorriso pequeno abriu nos lábios vermelhos. Pegou delicadamente o papel e o estudou por um momento. Era um guardanapo comum, nada de diferente. Abriu devagar e estudou cada palavra. Cada uma. 

“Você gostaria de dormir na minha casa hoje? – K. Yoongi” 

Mordeu o lábio por dentro, tentando conter a felicidade, o sorriso... Olhou para o amigo que o encarava sem entender aquela felicidade, mas acabou rindo pela cara de idiota que Taehyung estava fazendo. Era engraçado. 

— Quer uma carona? — Ofereceu erguendo a sobrancelha, sugestivo. 

— Quero. 

Dormiria com Yoongi... Qualquer comemoração podia esperar, fala sério. Aquela sim seria sua comemoração. 

Yoongi, o loft de que tanto gostava, e a privacidade deles. Apenas eles sendo eles, amando-se como queriam. 

Oh, grande dia...


Notas Finais


Eu tô postando pelo celular correndo na aula, então mais tarde eu posto o capítulo formatado bonitinho pra vocês, belezinha????? Espero que tenham gostado, me contem aqui embaixo o que acharam, eu amo o feedback de vocês. Beijãozão.

Meu twitter pra quem quiser: @sarcasmoflet


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