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História Our way of loving - Ele é meu filho


Escrita por: michelledias

Notas do Autor


Finalmente voltei !!! A espera acabou gente, reta final da fic, daqui pra frente capítulos decisivos. Enfim gente espero que gostem e olhem as notas finais tem novidades chegando !!!

Capítulo 42 - Ele é meu filho


Piper POV 

Perdi a noção de quanto tempo passei naquela sala com Alex ao meu lado. Nas poucas vezes que arriscava mirar em seu rosto conseguia ver com nitidez o quanto havia se abalado com tudo aquilo, a expressão em sua face era quase nula. 

Já faziam cerca de quinze minutos que um dos enfermeiros que estavam na sala levasse o corpo sem vida de Sylvia embora do quarto porém Alex continuava a encarar a cama vazia. Estava doendo em mim ver o seu estado mas eu sabia que não havia muito que eu poderia fazer naquele momento, ela precisava de espaço, precisava digerir tudo desse dia turbolento e cheio de estranhas coincidências. 

- Alex ? Meu amor ? - Ela vegarosamente levou seu olhar até o encontro do meu. - Acho que já deu nossa hora. 

Para minha surpresa ela mais uma vez encarou aquela cama de hospital completamente vazia e voltou a olhar pra mim. 

- Não posso ir pra casa antes de fazer uma coisa 

- Que coisa séria essa ? 

- Eu preciso - Por alguns instantes senti que ela estava insegura com sua próprias palavras.- Preciso ver aquela criança 

- O Chris ? 

Seu rosto pareceu se contorcer em um quase sorriso ao me ouvir falar o nome do Chris, consegui até ouvi-la saborear pronunciar seu nome o que me deixou totalmente confusa. 

- Onde ele está ? 

- A essa hora a assistente social já deve ter vindo buscá-lo. Mas afinal o que você quer com ele ? 

- Eu quero ver ele... 

- Alex, meu amor, eu sei que você está abalada com isso tudo, acredite eu também estou, agora eu vou te levar pra casa e nós vamos cuidar uma da outra ok ? 

- Piper eu ...

- Por favor meu amor, me deixa te levar pra casa 

Apesar dela ter abaixado a cabeça pude perceber que acenou com a cabeça e eu suspirei aliviada. Tudo que eu mais queria e precisava agora era sair daquele hospital, pelo menos por hoje. 

                     XXXX

O caminho até o apartamento foi silencioso o que fez parecer uma eternidade até chegarmos ao nosso lar doce lá. A noite já caia lá fora e o frio já começava a ameaçar, nenhuma palavra foi trocada durante o percurso do elevador até entrarmos em casa. Alex parecia distante, inerte em seus próprios pensamentos, como se estivesse presa em um mundo só seu sem direitos a acompanhantes. Eu tinha medo de tentar falar algo de estar sendo inconveniente de alguma forma, tinha medo que as minhas palavras não fossem algo que ela desejasse agora. 

Estávamos na sala e ela ainda estava parada no mesmo lugar que parou quando chegou, ela parecia impaciente ou ansiosa pra algo. 

- Se precisar de algo eu estou no quarto. 

Falou baixinho e saiu pelo estreito corredor. 

- Preciso de você aqui comigo - Falei quase que num sussurro. 

Me aconcheguei mais na poltrona que estava sentada e levei as mãos ao rosto passando elas pelo cabelo logo depois o deixando mais bagunçado do que o normal. 

Minha cabeça estava cheia de tudo aquilo, eu odiava ver Alex daquele jeito e odiava também não poder fazer nada a respeito, minha mente estava a mil e por mais que eu fizesse esforço pra pensar em algo que não fosse toda aquela confusão era tudo  vão, eu me encontrava em um labirinto e para qualquer lugar que eu tentasse ir nunca saia de fato do lugar.

Fechei os olhos um pouco e a imagem de Chris me invadiu a mente, desde o momento no parque até a textura dos seus cabelos sobre a minha mão enquanto ele dormia no meu colo. Pensei em como ele havia recebido a notícia, e me apertou o coração só de pensar na dor que ele deve estar sentindo agora, tão pequeno e já passou por tanta coisa, lembrei de sua voz doce me chamando de "Tia Piper" sem que percebesse consegui esboçar um breve sorriso, mais breve do que eu prévia já que agora seus olhinhos cheios de lágrimas fizeram meu peito apertar novamente. Eu mal o conhecia mas já sentia um apreço muito grande por ele, não sei explicar é como uma conexão ou algo do tipo, talvez seja apenas empatia mesmo que eu sentisse que era algo a mais.

Me lembro que Alex queria vê-lo, o que foi uma grande surpresa já que ela não o conhece, pelo menos pelo o que eu sei. Mas pensando bem o que eu sei ? Depois de hoje isso se tornou bem a controvérsia já eu nunca soube que essa Sylvia existia muito menos que foi noiva da minha noiva e o mais engraçado que eu já conhecia o folheto dela, que me levou até ela é eu a levei até Alex. 

Mais uma vez levei minha mãos ao meu rosto balançando a cabeça tentando inutilmente resolver essa confusão alojada em minha cabeça. As coisas pareciam não fazer sentido algum e ao mesmo tempo todo o sentido do mundo. Passei meus olhos pela sala a procura de algo para me distrair.

Claro....A televisão 

Estiquei meu braço até o controle da mesma e com o controle em mãos fiquei encarando os botões e suas respectivas funções e de repente minha mente pareceu se esvaziar me fazendo esquecer até o que estava para fazer com o controle, encontrei detalhes naquele objeto que nunca notaria se não tivesse tão desnorteada com tudo a minha volta. "oh céus eu só posso estar enlouquecendo" recupero o resto de consciência que ainda me resta e ligo a tevê. 

Depois de quase dez minutos apenas transitando de um canal para o outro sem se quer prestar a atenção a nenhum daqueles era como se nenhum deles fosse interessante suficiente para ganhar dos inúmeros pensamentos que me atormentavam a consciência. 

Desisti por fim e acabei me conformando de que não tinha jeito. Desliguei a televisão e voltei ao meu estado deplorável que fui rapidamente resgatada pelo som do celular de Alex que ela mesma tinha esquecido por ali. Levantei e fui rapidamente atraída pelo som do aparelho, o segurei e olhei fixamente pra sua tela que mostrava uma foto de Daya no visor. Pensei em atender e dizer que Alex não estava muito bem mas resolvi esperar que ela tomasse essa conclusão por si só. Pensei também em chamar Alex e avisar da ligação porém achei melhor privar ela de qualquer que seja o assunto de Daya no momento, eu sabia o quanto ela também estava abalada mas não tanto como Alex, acho que ninguém mesa história está mais abalada que Alex. 

O telefone parou de tocar me dando um certo alívio, resolvi ir até a cozinha e preparar algo para Alex comer já que em todo esse tempo a última coisa que ela pensou foi comer. Enquanto colocava meus "dotes culinários " em prática me lembrava das palavras de Daya, do passado revelado de Alex. Penso em como deve ter sido doloroso pra mesma ter sido abandonada por alguém que jurava amar, pensei em como me sentiria se Alex fizesse algo assim comigo. 

Precisei saber de tudo isso vir a tona para enfim entender o porquê de toda aquela recusa em Alex, o quanto foi difícil para ela quando nos conhecemos admitir que poderia amar alguém novamente. Depos de tudo isso ela ainda se deu uma chance, deu uma chance ao amor. 

Coloquei tudo que tinha preparado numa bandeja e fui até o quarto a depositando sobre a cama. Me sentei na cama e fiquei encarando meus pés que estavam inquietos e não paravam de balançar. Resolvi ir até o banheiro por fim. 

Bati de leva porta e entrei, Alex estava na banheira e tinha o olhar distraído e seus olhos que antes de perdiam em um ponto qualquer agora me fitavam. Eu conhecia aquele olhar, foi o mesmo olhar de quando a encontrei naquela sala vazia, ela precisava de mim. 

Não falei uma palavra se quer apenas terei os sapatos que ainda estavam nos pes tirando também toda a roupa ficando apenas de roupas íntimas. 

Entrei naquela banheira e dei um pequeno gemido de satisfação pela temperatura da água, meus olhos se deram ao luxo de se fechar por alguns instantes mas logo voltaram a fitar Alex. Ela tinha os olhos cansados, sem brilho mas ainda eram aqueles no qual me apaixono toda manjar ao acordar, ela tinha os cabelos presos em um coque mal feitos deixando alguns fios a solta que devido a água voltavam em seu corpo. 

Estiquei meu braço esquerdo e peguei uma esposa que havia ali já faz um tempo passei uma boa quantidade de sabente líquido de sua preferência e lê aproximei da minha noiva que me olhava atentamente, sentia o peso do seu olha sobre cada mínimo movimento. Sem muitas cerimônia coloquei a esponja em contato em sua pele e a esfreguei devagar deixando que ela aproveitasse o toque como uma espécie de terapia. Não havia nada de erótico naquele toque, não haviam segundas intenções algumas ali, eu só queria fazer com que ela me sentisse ali, soubesse que não estava sozinha pois eu estava ali com ela. Fiz menção para que ela virasse de costas para que pudesse passar a esponja e sem muito protesto ela o fez. Depois de ensaiar toda suas costas passei Aqua por cima desfazendo as bolhas de sabão feitas pela esponja, minha mão escorria junto a água pela sua pele alva, comei a fazer um trilha de beijos do seu ombro até seu pescoço. Ela ainda estava de costas pra mim, me aproximei ainda mais colando minha boca a sua orelha. 

- Eu te amo minha Vause. 

Ela se virou pra mim e me encarou com aqueles olhos verdes que eu tanto amava 

- Eu também minha Chapman 

Meu sorriso foi instantâneo. Quatro palavrinhas mágicas que fizeram do meu dia bem melhor, pude ver seu esforço para conseguir esboçar um sorriso e resolvi acabar com sua aflição. Levei meu dedo indicador até seus lábios e os poupei de qualquer movimento, minha mão agora exolorava seus rosto apreciando cada detalhe, seus olhos ainda grudados em mim, resolvi enfim acabar com a vontade que estava me matando e sem pressa me aproximei meus lábios dos seus mas antes de os toca-los com o meu por completo levantei meu olhar até o dela como se esperasse alguma reação mas ela apenas fechou os olhos como uma súplica e sem esperar mais colei meus lábios aos seus. Seu suspiro pareceu ser algo como alívio, o beijo não era carregado de tesão nem desejo era amor, era carinho, era cuidado era um momento só nosso que estávamos registado sem pressa. Quando o beijo foi interrompido mais uma vez nossos olhares se encontraram e sorri novamente perdendo que consegui arrancar um pouco de brilho pra eles, ficamos assim juntas, abraçadas, por mais algum tempo até que Alex finalmente resolve sair dali. 

Ajudei ela com a toalha e ela fez o mesmo comigo. Ela vestiu uma roupa confortável sendo seguida por mim e fomos direto pra cama, Alex foi vencida pela fome e comeu tudo sem reclamar, o quarto ainda estava num silêncio torturante até que por incrível que pareça Alex o quebra 

- Eu não esperava por nada disso levantei dessa cama hoje mais cedo 

- Eu sei que não 

- Piper...por que você chegou naquela ambulância junto com a Sylvia ? 

Sua pergunta tinha me pegado desprevinida então demorei um tempo para poder de fato cair em mim 

- O Chris...Eu já conhecia o garotinho de outro dia no parque, foi tudo tão rápido...Ele tinha sido posto pra fora de casa então achei aquilo um absurdo com uma garoto tão pequeno então fui até lá com ele mas quando eu cheguei no local 

- Ela já tinha tomado- Ela falou como se estivesse constatando pra si mesma 

- Só haviam frascos não chão, olha eu sei o quanto deve ser difícil pra você ter visto alguém que você já 

- Amou ? 

- É 

- Piper... Eu...Merda...Eu não consigo se quer pensar no que falar sobre tudo isso, acho que nem pensei o bastante eu só estou tentando esse tempo todo processar tudo que eu ouvi naquele sala, tudo que passei, eu...Eu não sei como falar isso sem ser dessa forma entende ? - Pousei minha mão sobre a dela é fiz um breve carinho sobre a mesma. 

- Pode confiar em mim Alex, nós estamos juntas lembra ? 

- Piper... O garoto, o Chris - Mais uma vez o sorriso ao pronunciar o nome dele - O Chris é meu filho 

- Seu filho ? - Não consegui esconder o meu misto de surpresa e confusão um turbilhão de pensamentos invadir minha mente agora, tudo era tão sem noção, parecia um daqueles sonhos loucos que temos em noites turbulentas 

- Na época eu e a Slyvia, nós estávamos tentando quer ela engravidasse, até então não havia dado certo, pelo menos foi o que ela me disse. 

- E somente hoje prestes a morrer ela resolveu que deu certo e o filho é seu ? - Disparei as palavras antes mesmo de se quer pensar no que iria falar. 

- Eu sei que isso parece loucura mas eu sinto que não Piper, na época eu tinha certeza que ela estava grávida, que havia uma parte minha ali dentro da barriga dela, quando decidimos que ela iria gerar e eu doaria o óvulo fizermos tudo como o indicado depois de escolher o doador dos espermas...Tudo tinha sido perfeito demais para não dar certo...Eu sentia que havia dado 

- Isso é muito...Muito doido mas se o Chris for realmente o seu filho... Oh céus isso é tão...Ele precisa de você Alex... Ele não tem mais ninguém agora, você sabe disso não sabe ? 

- Ele vai precisar de nós... não sei se vou conseguir fazer isso sozinha, não quero fazer isso sozinha.

Sorri no canto dos lábios 

- Estamos juntas nessa lembra ? 

Pela primeira vez naquele dia vi um sorriso sincero vindo dela, vi um brilho de verdade em seus olhos. Ela me encarou alguns segundo sem falar nada e se afastou indo até o armário e pegando algo que coube pé uma de suas mãos. 

- Piper eu tinha plenjado fazer isso em um outro momento, ou um que não fosse esse mas não me vejo fazendo isso em outro momento sem ser esse. 

Ela sorriu do seu próprio nervosismo

- Você já é minha noiva e eu já te fiz esse pedido porém quando eu te pedi faltou algo. Algo que fiz questão de comprar o melhor para a melhor e sim meu amor você é a melhor, eu não poderia ter encontrado alguém melhor, eu já sabia disso, mas hoje, hoje eu tive a nítida prova que se não for com você não vai ser com ninguém em todo o universo. Sendo assim Piper Elizabeth Chapman ... Você aceita ter uma família ao meu lado ? 

Os olhos dela já estavam marejados novamente assim como os meus, sua mão tremia enquanto ela abria a caixinha cor de vinho em suas mãos e quando finalmente conseguiu revelando um anel meus olhos se encheram de lágrimas novamente 

- Sim...eu quero, sim eu quero uma família ao teu lado  

Ainda meio atrapalhanda conseguiu colocar o anel no meu dedo, selamos o segundo pedido em um beijo no qual eu não desejava encerrar nunca e nem Alex pelo o que  parecia. Mas o som do meu aparelho celular vibrando atrapalhou nosso momento.

- Acho melhor atender 

- Um momento 

- Alô ? Daya ? 

Fiquei por cerca de dois minutos numa ligação mas que parecia uma eternidade. Assim que desliguei ainda tentando assimilar olhei pra Alex que me olhava despreocupada

- O que ? 

- Alex é o Chris, ele...




Notas Finais


Gente eu sei que eu demorei de novo porém foi por um bom motivo "VEM FIC NOVA POR AI" Falta pouco.
Vou tentar postar a sinopse dela nas notas do próximo cap e quem ficar interessado se liga que logo ela vai ser postada ;'D.
Mas iai oq acharam do Chris ser filho da Alex ? E o que será que aconteceu com o nosso pequeno ?
Vejo vcs no próximo bjs ❤️❤️


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