História Outro lado - Corajosa

               Me afasto de seus  lábios, porém ainda sentia seu gosto em minha boca, me lembro da realidade do que eu devia fazer, não podia perde mais tempo, o garoto me encarava com um olhar derretido, ela segurava minha mão esquerda, e com a outra empurrava meu cabelo para trás da orelha.

-Vamos sair daqui ?- pergunto sussurando em seu ouvido

-Para onde ?- pergunta curioso

-Se você for comigo sabera - desafio ele

-Demorou... Só deixa eu pegar mais uma cerveja- disse indo em direção a mesa.

        Olho ao redor para ver se encontrava uma das minhas amigas, por sorte não encontro elas, não queria que elas me vissem sair com ele, na verdade não queria que ninguém me visse, então decido esperar o garoto lá fora, a lua estava cheia, e as estrelas brilhavam no céu, mais uma vez a paissagem bela zombava de mim, estava  frio e húmido o ambiente.

- Já está aqui? - diz o garoto se  aproximando de mim- Fiquei lhe procurando lá

-Descidir adianta as coisas- disse encarando seu semblante.

- Ok... Então vamos- em seguida deu um longo cole na cerveja

            A rua estava deserta, todas as pessoas estavam dentro da casa de Bruna, caminhamos tarciturnos um ao lado do outro, Fred proseguia bebendo sua cerveja sem questiona e nem pergunta para eu levava ele, após termina sua bebida larga ela garrafa no chão, e me abraça, eu retribuo o seu ato, e penso se ele soubesse o que eu estava fazendo com ele, não me abrasaria, me senti cruel, me senti um nada, tive nojo de mim mesma, porém a imagem de desespero de meus pais fazia eu  proseguir em frente mesmo com toda essa sensação, entramos na rua de terra silenciosa, a rua que me dava calafrios, Fred cambaleava, parecia bêbado.

- Que lugar sinistro... Gostei- dizia rindo me acompanhando.

         Não disse nada, apenas prossegui segurando as lágrimas, estava querendo desistir, estava querendo deixar isso para lá, eu não queria fazer aquilo, minha mente brigava comigo, mas queria meus pais de volta.

- Está tudo bem ?

- Esta sim - digo abrindo um sorriso.

       Descemos a descida de pedra, Fred escorrega e sai  bolando, ao chegar ao fim da descida se levanta dando risada, me permito rir da cena.

- Você está bem ?- pergunto ajudando ele a se levantar

- Fiz você rir... Então estou ótimo- diz sorrindente.

       Ele me rouba um sorriso com essas palavras, ele era diferente do seu irmão, passamos pelo prédio ele não questionou nada, entramos na mata ele também não questionou nada, estava realmente bêbado.

- Adoro a natureza- disse alisando as árvores enormes

        Aquela floresta a noite era mais bela, mais linda, Fred segurava a mão admirado com a beleza daquele lugar, vagalumes flutuavam iluminando o caminho para nós.

-Esse lugar é incrível- diz ele

            Então ao longe encontro a casa e corro diante dela, Fred corre atrás de mim. Tiro a chave que estava em meu sutiã e abro a porta, deixo Fred entrar e em seguida entro trancando o lugar.

- Nossa... de quem é essa casa ?- pergunta ele se sentando na cama do mesmo modo que eu havia feito no prédio.

- Eu encontrei faz tempo, é o meu cantinho agora... - digo a ele.

- Queria encontrar um cantinho assim - diz ele analisando o local e em seguida tira as cervejas dos bolso e joga uma para mim.

- Fica a vontade... Eu duvido com você- digo a ele.

                 Me sento  na cama ao lado dele, ela bebia a cerveja tranquilamente, enquanto ele estava de costas para mim, pego a droga em baixo da cama, me levanto de gosta para ele e depósito o conteúdo na cerveja que ele me dera, em seguida escondo  de volta de baixo da cama, sua bebida ele coloca no chão, então eu troco a minha pela sua, ela estava ainda admirado com aquele lugar, já estava bêbado, pois estava todo  bodo, parecendo uma criança.

- Fred- chamo sua atenção

-Descupa... Estava admirando esse lugar... Me perguntando como alguém poderia ter abandonado assim- diz ele se virando para mim.

- Tranquilo- digo a ele forçando um sorriso.- Por que você não se da bem com seu irmão- pergunto sem rodeios.

- Porque ele não se importa, a não ser com ele mesmo, se envolve em cada  borrada...- diz ele mudando seu semblante para desdém.

- Ele já colocou sua família em perigo ? - Pergunto  tentando descobrir se eles fizeram a mesma coisa que fizeram com meus pais.

- Por pouco... Mas não...- em seguida pega a garrafa e da várias coladas.

            Porque eles não sequestaram os Pais de Beto ? E os meus sim ? Então antes que eu chegasse a uma conclusão, a garrafa que Fred segurava cai no chão, e ela já estava inconsciente em cima da cama. O que faço agora ? Me lembro vagamente de eles diserem para tirar aquela chip do meu braço que a mangado meu vestido cobria e colocar na vítima, eu sabia o que fazer, mas não conseguia me mover, não conseguia me mexer, não conseguia fazer nada, só ver o corpo e Fred em cima da cama inconciente, ele não merecia isso, me lembro e nossa dança, do beijo que me dera da sua gentileza, lágrimas brotam dos meus olhos, eu não podia fazer aquilo, e meus pais?  Penso comigo, o que será deles? Colocando uma outra vida no lugar deles não deixava de ser assassinato, aquilo foi um erro meu da qual teria que aceitar as dolorosas consequências, me jogo no chão chorando.

-Não... não- dizia com as mãos na cabeça.

       As lágrimas saiam queimando dos meus olhos esquentando minha face, depois de um longo tempo fiquei encarando Fred que havia um rosto tão Angelical, parecia um anjo de tão belo, eu podia fazer aquilo, olhei para o chip em meu braço que parecia uma chama, tanto arrancalo,  mais tranquei os dentes de dor, e minha pele pálida fica avermelhada, não consigo bem tirar o chip, e como eria colocar em fred?  Eu não podia fazer aquilo, eu não queria aquilo. Então sentei na cama ao lado do garoto, fiquei em seus cachos.

- Me perdoei por isso...- enxugo as lágrimas- Como Descupas... Não vou prosseguir com isso.

      Então um estrondo sai da porta levando ela ao chão, levo um susto e me levanto da cama, Fred continua do mesmo jeito, em um sono profundo, enquanto eu imagino o pior quando vejo os homens de preto entrarem,  cada um com uma faxa da sua com sobre a face,  o cara de azul vinha em minha frente, e agarrou meu pescoço sem apertar, apenas me assustando, eu segurava seu braço para ele soltar, eu sabia que em baixo e faixa ele sorria.

- Acabe com ela- dizia a garota que havia me apagado com um murro na noite anterior.

-Calma- disse ele encarando ela- Ela é muito corajosa... Nunca ninguém deixou de procurar uma outra vítima para colocar em seu lugar- disse ele com a voz abafada por trás do pano- Ela até encontrou alguém...- disse se afastando e indo até o corpo de Fred- Porém não foi até o fim- disse olhando o garoto com interesse.

- Deixe ele em paz... Deixa que eu assumo as consequência... O chip está em mim!- digo ofegante entre lágrimas.

-Ela é uma covarde... não conseguiu ir até o fim!- diz o moreno com ódio no olhar.

-Vou mata-la- diz a garota tirando uma arma da cintura, a mesma que me ameaçou.

      Ela se aproxima de mim com a arma em direção na minha cabeça, seria agora, onde o meu  sangue explodiria sobre o cômodo, meu corpo cairia sem vida no chão, onde minha alma sairia do meu corpo que eria se encontrar com os dos meus pais em algum lugar, porque uma parte de mim tinha certeza que eles haviam morridos, aquele lugar havia câmeras, eles perceberam que eu não prosseguir, imaginei os olhos brilhantes de minha mãe sem vida, um verde apagado, como uma folha seca, então desejei a morte.

-Atira!- disse me aproximando do cano da arma.

-Pode deixar- disse a garota.

-Não! Ela tem coragem- afirma ele tirando o pano azul da sua boca.

       A garota vira a face para encarar o homem atrás dela que contrariou, era agora ou nunca,  bato em seu braço fazendo a arma cair, porém ela me joga no chão me dando uma rasteira e pula em cima de mim não deixando sair do chão, ela tenta pegar a arma, porém não deixo chutando ela para a parede, me levanto para correr, porém o cara sem pano com um sorriso maroto me agarra.

-como disse corajosa- dizia me encarando.