Maria Madalena Armand
— Eu. Você. Moonlight. Hoje. — Maria Isabel, vulgo minha irmã, adentra meu quarto e se joga em cima de mim distribuindo beijos por todo meu rosto.
Mesmo tendo 24 anos, Maria Isabel é a caçula da família e mamãe só deixa ela sair se for comigo ou com Mathias, nosso irmão mais velho. Sexta-feira é nosso dia sagrado que nosso grupinho sai de rolê pra alguma balada de São Paulo. Jéssica e Pietra com certeza já bombardearam nosso grupo do whatsapp com figurinhas animando para mais tarde.
— Moonlight? A inauguração não ia ser só mês que vem? — Sentei na cama enquanto desbloqueava meu macbook para começar a responder alguns e-mails que minha assessoria havia deixado marcados como urgente.
— Sim, mas Antonella resolveu que iria ser hoje a inauguração. Ela te mandou pelo whatsapp a lista VIP, não esqueça de confirmar nossos nomes.
— Shopping? — Indaguei mesmo já sabendo a resposta de Maria Isabel.
— Sempre! Te encontro lá embaixo.
Assim que terminei de responder os e-mails, fui para a box tomar banho e desci para encontrar Maria Isabel, que já estava com uma cara de cú pela minha demora.
Depois de algumas horas e mais de 20 mil reais gastos com sapatos, roupas e lingeries, resolvemos que iriamos voltar para casa descansar um pouco e fazer um esquenta antes da ir pra balada.
— Esses Valentinos não são nada confortáveis — Exclamei enquanto jogava meus saltos em algum canto da sala assim que chegamos em casa. — Mas são tão lindos.
— Que bonito, gastando meus milhões — Papai sentou na ponta do sofá massageando meus pés como ele sempre fazia quando eu usava meus saltos.
João Ricardo Armand é o melhor pai que eu poderia ter, ele sempre me tratou como sua princesinha até mesmo depois que completei a maioridade, ouso dizer até que sou sua filha preferida. Seu sonho era que nossa empresa, a Armand’s Construction Company ficasse sobre minha responsabilidade, mas nunca me interessei pelo ramo da engenharia, prefiro mil vezes ficar com meus luxuosos saltos enquanto gravo meus conteúdo para meu Instagram.
Sempre fui muito ligada a moda e redes sociais, então quando tive oportunidade de trabalhar com a internet não pensei duas vezes e mergulhei de cabeça. Comecei quando ainda estava no meu primeiro semestre da faculdade de jornalismo, compartilhava minha rotina de estudo, materiais, gravava vlogs quando eu fazia trabalhos externos no campus e comecei a acompanhar Maria Isabel em seus trabalhos e gravava todo o casting das modelos.
— Achei que você trabalhava pra isso, paizinho! — Debochei me esticando ainda mais no sofá enquanto um de nossos funcionários trazia mais de uma dúzia de sacolas que trouxemos.
— Parece até que não sabe que gastamos pouco papai — Maria Isabel completou beijando ao têmpora de nosso velhinho o abraçando de lado.
— As mulheres Armand ainda vão me enlouquecer! — Papai abraçou os braços de minha irmão e depositou um beijo em sua testa, que já estava suada depois de termos andado o dia inteiro.
Já passava das 22 horas quando resolvi que iria começar a me arrumar. Sempre fui vaidosa então estava sempre impecável mesmo que fosse para ir à padaria da esquina. Assim que terminei meu banho analisei as opções de roupa que eu havia separado para hoje e resolvi usar o vestido de couro da marca Off-White que haviam deixado meus seios pulando.
Quando estava terminando meu babyliss, Mathias foi até meu quarto e ficou me encarando do batente da porta, ele estava vestido com um de seus ternos da Armani na cor azul marinho e o cheiro do seu perfume invadiu o quarto.
— Perdeu alguma coisa maninho? — Fitei seus olhos azuis enquanto eu soltava a mecha que faltava para finalizar meu cabelo.
— Jéssica vai? — Mathias sentou na cama enquanto me ajudava a calçar minhas botas de bico fino, coloquei minha mão sobre seu ombro para ajudar no equilibro.
Jéssica era minha melhor amiga desde que me entendo por gente mas esse lance com meu irmão já estava indo longe demais, os dois não se assumiam e não viviam uma vida de solteiro, tenho certeza que se ela não fosse ir ele iria ficar em casa vendo algum filme esperando ela vir pra ficarem juntos.
— Ainda pergunta? Santo seja o dia que eu vou conseguir fazer ela voltar a ser uma solteira normal de novo — Provoquei meu irmão mais velho que propositalmente pegou uma pelezinha da minha perna enquanto terminava de fechar o zíper da minha bota. — Ai!
— Eu mato vocês duas. Pode ter certeza.
Mathias era um dos homens mais protetores quando se tratava das mulheres que ele amava, com certeza herdou isso do nosso pai, que não ficava pra trás quando o assunto era proteção. Dificilmente ele deixava que eu e Maria Isabel saíssemos sozinha pra alguma balada ou bar, ele sempre ia conosco mesmo que nossos seguranças particular ficassem em cima da gente o tempo todo, Mathias tinha pavor só de pensar que poderíamos estar correndo algum perigo enquanto estivéssemos bêbadas por ai.
— Vamos! — Olhei na tela do celular o horário e as mais de 10 ligações perdidas de Jéssica e suas mensagens querendo saber se já estávamos a caminho, afinal, já passava da 01h da manhã.
Antonella Veiga era uma das mulheres mais lindas e inteligentes que eu conhecia, no ensino médio eu consegui convencê-la a matar aula 1 vez e a garota chorou o dia inteiro enquanto estávamos no SPA fazendo unha. Contando com a inauguração da Moonlight, essa seria a 5ª balada que ela inaugurava em menos de 6 meses e todas eram famosas por seus amplos espaços luxuosos e com suítes privativas para os convidados curtirem melhor sua … noite.
Alguns drinks e muitos funks depois, a vontade de fumar meu baseado veio. Olhei em volta tentando procurar meu irmão para avisar que eu estava indo ao terraço mas provavelmente ele estava em alguma suíte com Jéssica, já que os dois haviam sumido de vista.
Deixei meus seguranças avisados de onde eu estava indo e adentrei o elevador apertando o botão do último andar, assim que abri a enorme porta dupla de vidro fumê e fui surpreendida por uma figura masculina que aparentemente também estava fumando. Seus ombros eram largos e a camisa social agarrada no corpo mostrava que ali haviam muitos músculos.
Já gostei.
— Parece que alguém descobriu um dos meus lugares favoritos para fumar — Me sentei em um dos puffs ao seu lado e ele levou um pequeno susto, já que aparentemente ele não havia notado minha presença. — Aceita? — seu olhar recaiu sobre o meu quando estendi o baseado ainda apagado.
Seus olhos eram um tom de azul escuro que fazia o contraste perfeito com seu cabelo loiro escuro. Desci um pouco o olhar fitando sua boca rosada e pude notar sua barba rala. Ele tinha um semblante sério e soltou uma risadinha ao ver que ofereci um beck pra ele.
— Pode entrar com isso aqui? — Depositou as cinzas do cigarro no cinzeiro que havia na pequena mesa de centro que separava minimamente nossas pernas de se tocarem.
— Eu posso tudo — Acendi meu baseado e dei alguns tragos antes de se virar para aquele deus grego que estava ao meu lado. — Aliás, sou Maria Madalena. Amiga da proprietária.
— Carlos Eduardo — O gostosão se levantou e pude observar melhor seu corpo. Sua camisa estava um pouco molhada pelo que presumi ser de algum drink e em poucos passo ele já estava na porta do elevador de serviço. Mordi o lábio inferior imaginando alguma putaria com ele dentro daquele elevador.
Que homem era esse? Definitivamente é um dos homens mais lindos que eu já havia visto.
Acordei totalmente atordoada com uma dor de cabeça terrível e olhei ao redor, Henrique Ferrara, melhor amigo do meu irmão e irmão gêmeo da minha melhor amiga, dormia tranquilamente ao meu lado, me levantei lentamente para que ele não percebesse que eu estava indo embora mas falhei, como sempre.
Já fazia mais de 3 anos que eu tinha encontros casuais com Henrique e todos sabiam, mas eu não conseguia gostar dele amorosamente, não que ele fosse uma pessoa ruim, pelo contrário, Henrique era uma das melhores pessoas que eu conhecia, sempre topava tudo que envolvia adrenalina, fazendo jus em ser piloto de fórmula 1.
— Buongiorno, gostosa — Sua voz grave e rouca em italiano fazia com que ele ficasse mais gostoso — Já indo embora?
— Bom dia gato — Depositei um selinho em seus lábios — Estava apenas indo ao banheiro.
Rapidamente Henrique se levantou me puxando pela cintura e me encaixando no seu colo, segurando minha bunda com suas mãos enormes depositando um tapa na mesma enquanto caminhava para o banheiro.
Não deu dois segundos e os dois estavam transando loucamente no box, eu tentava conter meus gemidos por ser 7 horas da manhã mas conforme eu gemia, Henrique aumentava a velocidade das estocadas e o ritmo do seu dedão em meu clitóris.
— Henrique … — Quase seu nome não saiu quando ele me colocou de frente sem tirar seu pau de dentro de mim e começou a chupar meus mamilos que já estavam duros, sua língua os percorria em movimentos circulares enquanto sua mão esquerda os acariciava em leves apertões.
Durante o banho ele estava mais carinhoso que o normal, lavou todo meu cabelo enquanto eu me ensaboava e fui interrompida por ele, que continuou o trabalho por mim mas suas mão assumiram o lugar da bucha e devagar foi descendo pelas minhas costas fazendo carinho na minha bunda e descendo em direção da minha boceta.
— Assim não vou aguentar — Sussurrei no seu ouvindo empinando ainda mais para provocá-lo que mordeu os lábios e começou acariciar novamente meu clitóris me pedindo passagem para enfiar dois dedos em mim e como a safada que sou, abri um pouco as pernas e liberei, apertando seus dedos com movimentos de pompoarismo.
— Cachorra — Henrique gemeu em meu ouvido enquanto aumentava o ritmo dos movimentos e colocou os dedos na boca para sentir o gosto da minha boceta e arfou novamente colocando os dedos de volta, dessa vez massageando meu cu com o dedão.
Gemi de prazer e puxei seu rosto para perto de mim e iniciei um beijo cheio de desejo e tesão, resultando em mais 40 minutos de sexo no box, alterando as posições. Depois que nosso sexo acabou, Henrique fez questão de secar meu cabelo e pedir para um de seus funcionários preparar um café da manhã reforçado para nós.
Eu tinha minhas desconfianças que ele era apaixonado por mim mas sempre deixei claro que queria apenas sexo, uma vez ouvi ele conversando com meu irmão que ele estava apaixonado por uma garota e que tinha comprado um colar pra ela, dois dias depois ele me deu de presente um colar da gravado com meu nome.
Depois desse dia passei a me culpar um pouco por sempre querer estar presente em sua vida e me afastei um pouco, evitando até de transar com ele, mas isso perdurou até ele apresentar uma menina como sua “namorada” e terminar com ela nem duas semanas depois e me pediu para ir até lá consolá-lo .
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