História Outsider - 8

Anteriormente em Outsider

Assim a água caiu sobre o fogo sagrado e eu pude escapar, dois bruxos vinham em minha direção, com um aceno de mão eu os joguei longe. Marcus estava prestes a atacar Dean, quando levou um tiro de Sam, a porta foi aberta, eu corri até os irmãos, segurei as mãos deles e nos teletransportei para o motel em que Dean e eu estávamos hospedados.

Porém senti uma dor horrível, vinha do meu lado direito do corpo, olhei para lá e havia uma faca ali, como aquela faca foi parar ali? Eles devem ter me atingido quando estava correndo até os meninos. Assim acabei caindo no chão.

-Elena. -Dean gritou se colocando ao meu lado. -Vai doer.

Dean fez careta e tirou a faca das minhas costelas, eu gritei de dor, puta que pariu, segurei meu ferimento o mais forte que pude e vi tudo ficando preto, ótimo, agora irei desmaiar. Assim, eu apaguei. 

Agora - Pov Terceira Pessoa

Elena se encontrava deitada em uma cama de hospital, Dean havia levado ela até lá o mais rápido possível, porém quando o médico foi examinar a garota, não viram qualquer sinal de que ela havia sido esfaqueada, só a deixaram em observação por ela ter desmaiado e não ter retornado quando o médico tentou acorda-la. Castiel assim que recebeu a ligação de Sam, apareceu no quarto onde eles estavam com Elena.

-O que aconteceu? -Castiel perguntou olhando para a garota.

-Um bando de bruxas sequestraram o Sam, fomos ao resgate e quando Elena nos teletransportou para o motel, ela caiu no chão com uma faca nas costelas. -Dean disse. 

-Quando o médico foi examina-la, não tinha nenhum sinal de que ela havia uma faca nas costelas. -Sam completou.

-Ela é parte anjo, isso significa que ela tem o nosso poder de cura. -Castiel disse. -Ela deveria estar acordada, por que não acordou ainda?

-O médico fez a mesma pergunta. -Dean respondeu.

-Onde está a faca que a acertou? -Castiel perguntou olhando para os meninos, ele estava começando a suspeitar de que alguma coisa estava errada com Elena.

Sam se levantou, pegou a bolsa verde, onde ele guardavam as armas e etc, e tirou de lá a faca que um dos bruxos conseguiu acertar em Elena, antes que eles pudessem sumir. Sam estendeu a faca até Castiel, que a pegou e a examinou.

-Eu não entendo, se precisam dela para abrir a jaula, porque a atacaram assim? -Castiel perguntou.

Os meninos se encararam e deram de ombros, na verdade eles não faziam ideia porque jogaram a faca nela, a menos que a faca fosse destinada a um deles.

-Só se a faca tivesse sido para acertar um de nós. -Sam disse apontando ele e o irmão. -Eles só não contaram com a rapidez dos movimentos.

-Então como Elena se colocou em nossa frente, acabou acertando ela. -Dean completou o raciocínio de Sam.

-Agora que ela está assim, totalmente vulnerável, vocês precisam leva-lá para o bunker, demônios e mais bruxos podem estar atrás dela.

Os irmãos assentiram, Castiel retirou os fios que estavam em Elena, tocou sua testa e desapareceu, os irmãos se entreolharam e foram até a janela, lá embaixo puderam ver Castiel aparecer com Elena dentro do impala. Dean pegou a bolsa verde e foi em direção ao elevador com Sam. Entraram e logo estavam lá embaixo, caminharam para fora do hospital e correram até o impala, entraram no mesmo e seguiram em direção a Lebanon, Kansas.

[ ... ] - Pov Elena Jones

Minha cabeça doía, parecia ter sido atropelada por um caminhão. Abri meus olhos e olhei ao redor, eu estava deitada no banco de trás de um carro, mas precisamente o impala, já estava escuro lá fora e os irmãos estavam em silêncio, me sentei e nenhum deles pareceu notar que eu havia acordado.

-Oi. -Eu disse. Dean meio que se assustou e freou o carro, nos fazendo ir para frente e voltar.

-Elena, nós já conversamos sobre esse tipo de coisa. -Dean disse voltando a dirigir, eu ri, porém minhas costelas doeram.

-Como se sente? -Sam perguntou se virando para mim.

-Bem. -Eu disse levantando um pouco minha blusa e vendo que antes onde estava a faca, só estava um rasgo na blusa e sem cicatrizes. -Antes de desmaiar, eu estava com uma faca nas costelas direita, e agora não tem nada, nem ao menos uma cicatriz. 

-Você é parte anjo, tem suas vantagens de cura. -Dean disse parando o carro,  havíamos chegado ao bunker.

-E aparentemente tem a vantagem do teletransporte também. -Sam disse me olhando.

-Ah, eu descobri sobre isso hoje, estava tentando saber mais sobre os meus poderes e acabei indo parar no Colorado. -Eu disse rindo.

Descemos as escadas, Dean jogou a bolsa em cima da mesa, eu me joguei em uma cadeira.

-E você Sam, como se sente? -Perguntei olhando para Sam.

-Bem, obrigado. -Sam disse se sentando na cadeira em minha frente. 

Ficamos um tempo em silêncio, e logo depois todos foram dormir. Eu demorei um pouco, mas logo apaguei.

[ ... ]

Acordei no dia seguinte, me levantei, fiz minha higiene matinal, troquei de roupa, e sai do quarto, caminhei até o salão principal, encontrei Sam e seu fiel notebook.

-Bom dia. -Eu disse caminhando até a cadeira em frente a Sam, me sentei.

-Bom dia. -Sam disse erguendo o olhar para mim. -Como se sente?

-Bem, nada doí mais. -Respondi sorrindo, ele sorriu. -Procurando um caso?

-Sim, temos que voltar a ativa. -Sam respondeu retornando para sua procura.

Dean logo apareceu no salão principal carregando três pratos. Continha um hambúrguer em cada um deles, entregou um a mim e outro a Sam.

-Você fez isso? -Sam perguntou olhando para o sanduíche.

-Nós temos uma cozinha, alguém precisa cozinhar. -Dean disse esfregando as mãos. -Só experimentem, ok?

Olhei suspeita para o sanduíche e depois para Dean, que alternava seu olhar entre mim e Sam, peguei o hambúrguer e dei uma mordida. Olha, eu devo dizer que estava maravilhoso, Dean realmente me superou.

-Está uma delicia. -Eu disse dando mais uma mordida, Dean sorriu feliz.

Sam deu uma mordida no sanduíche e pareceu gostar, comentando assim como estava bom. Comemos, eles arrumaram um caso e estavam se preparando para sair.

-Você não vem? -Dean perguntou me olhando, eu ainda estava sentada na cadeira.

-Ah não, eu pretendo fazer outra coisa hoje. -Eu disse. -Não se preocupe, eu ficarei fora de confusões.

-No nosso mundo, nunca conseguimos ficar fora de confusões. -Sam disse, eu ri.

-Não se preocupem, eu telefono se alguma coisa acontecer. -Eu disse, eles assentiram.

Ganhei um beijo na testa de cada e assim eles saíram para o caso, eu olhei ao redor, respirei fundo e memorizei o lugar onde eu queria estar. E logo apareci, apareci em frente o prédio onde eu morava, quer dizer, o prédio onde eu morava na outra realidade, alguém totalmente diferente deve morar lá. Eu sabia que já estava na hora de vir aqui, meio que estive adiando por medo, por não saber o que me esperava ou por não resistir a vontade de voltar para casa.

Me concentrei e logo apareci no 17° andar, caminhei até a porta e me teletransportei para dentro, seja o que Deus quiser, tomara que não tenha ninguém aqui, abri os olhos e me encontrei na sala. A sala tinha a mesma decoração que eu costumava ter, caminhei até o porta retrato que estava na mesinha ao lado do sofá e para minha surpresa era uma foto minha, eu estava na foto.

Fui atrás dos outros porta retratos e em todos estavam as minhas fotos, eu sozinha, eu com as meninas, eu com meu maravilhoso cachorro Sherlock, ok, eu não vou chorar. Caminhei em direção ao meu quarto, entrei, abri as portas do guarda-roupa e lá estavam minhas roupas, meus sapatos, tudo. Aparentemente quem me trouxe para cá, trouxe também o meu apartamento.

Fui em direção a porta da varanda e abri, o vento de Seattle, com uma leve brisa do mar atingiu meu rosto, me senti em casa pela primeira vez desde que cheguei nessa realidade.

-Eu sabia que eventualmente você viria até aqui. -Uma voz masculina disse me assustando.

Saí na varanda e para a minha surpresa encontrei um homem sentado em uma das cadeiras que havia ali, junto dele estava uma garrafa de bourbon. Não pode ser, eu não acredito que ele esteja aqui. Essa realidade ainda vai acabar comigo.