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História Over Again - You're not gonna hurt me


Escrita por: manystuff

Capítulo 14 - You're not gonna hurt me


You're not gonna hurt me

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"Lights will guide you home

And ignite your bones

And I wil try

To fix you"

(Fix You - Coldplay)

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Faziam mais de quatro longos meses que Barry não via Caitlin. Ele sentia que precisava ouvir a voz dela novamente, só para lembrar do som melodioso e doce que tropeçava por seus lábios; sentia que necessitava tocar sua pele macia mais uma vez, apenas para sentir ela se arrepiando com seu toque; desejava sentir o calor que o corpo dela o proporciona e sentir as batidas do coração dela quando a abraça, e também esperava sentir os lábios dela contra os seus novamente, porque já fazia muito tempo que ele sentia saudades dessa sensação.

E pela primeira vez, nesses quatro meses, dois dias e sete horas, Barry conseguiu achar uma pista que talvez o leve até Caitlin. Esperança encheu todo o seu ser, e agora, enquanto ele corria para a localização em que ela provavelmente estaria, seu coração batia tão rápido que ele sentia que seu peito iria explodir.

O local era um armazém, porém não era uma armazém qualquer. Ele nunca irá esquecer dessas paredes enormes pintadas de tinta cinza, que devido à infiltração já estão descascadas; nunca irá esquecer da luz fraca que piscava com intervalos de tempo quase uniformes e nunca irá esquecer da última vez que esteve neste mesmo armazém. O armazém em que Eobard Thawne deu fim em sua última vítima, que coincidentemente foi Caitlin.

Ao chegar no armazém ele olhou para um lugar específico no chão e flashes de memórias piscaram em sua mente: Ele gritando tão alto que seus pulmões ardiam, ele segurando o corpo sem vida de Caitlin em seus braços, o sangue dela escorrendo pelo chão desgastado e empoeirado...Eram muitas memórias ruins para um lugar só, muitas memórias ruins da semana que foi a pior de sua vida inteira.

Barry olhou em volta, tentando encontar qualquer sinal que indicasse que Caitlin está ou esteve ali.

— Caitlin! — Ele gritou, logo ouvindo o som de sua voz ecoar por todo o armazém.

Se concentrando, ele pôde ouvir algum tipo de movimentação em algum lugar daquele armazém. Resolveu não correr para não chamar atenção, foi andando lentamente com cuidado para que seus passos não fizessem barulhos. Ouviu um barulho atrás dele, se virou rapidamente e bruscamente, se preparando para qualquer coisa que viesse em sua direção, porém nada aconteceu. Passou a andar naquela direção agora. Continuou andando furtivamente e com cuidado, se preparando internamente e implorando para não tomar um susto. Barry odeia sustos.

Ele conseguiu ouvir a porta dos fundos do armazém sendo aberta e o barulho de passos apressados veio logo depois. Sem aguentar mais apenas caminhar, ele correu até o barulho, e foi quando ele a viu. Barry escutou a porta se fechar atrás dele, mas ele não iria tirar os olhos dela tão cedo.

O céu que os cobria já estava cinza devido aos raios que ameaçavam uma tempestade e também por causa da escuridão da noite que estava rapidamente se aproximando.

Como se estivesse sentindo o olhar dele queimar nas costas dela, ela parou de andar e se virou lentamente para encará-lo.

O cabelo dela tinha uma mexa loira platinada, como o cabelo de Killer Frost, mas fora aquela mexa, seu cabelo continuava brilhando com o castanho claro que ele tanto ama. O rosto dela estava claramente abatido, como se ela ainda não tivesse dormido por uns três dias.

— Não era para você estar aqui, Barry. — E ali estava a voz que ele tanto desejou ouvir nos últimos quatro meses. Ela não falou algo muito acolhedor, mas não importava para ele.

Ele ouviu a voz dela, e não a de Killer Frost. Isso importava.

Barry pensou e, embora ele só queresse abraçá-la, falar que tudo ficaria bem e cuidar dela, ele resolveu que ele não poderia pegar leve. Ela precisava entender que a decisão dela de ir embora causa mais dor do que se ela ficasse.

— Já faz quatro meses, Caitlin. — Barry começou a dar passos pra frente. — Quatro meses! Você tem noção de como foi horrível para nós, como foi horrível para mim ficar quatro meses inteiros sem saber onde diabos você estava? — Sua voz intensa e rouca apenas confirmavam o quanto ele estava sendo sincero, e isso doía nela, mais do que ele pode imaginar. Ela foi embora com um objetivo: Não machucar as pessoas com quem se importa.

Mas ela acabou fazendo o contrário.

— Você não entende, Barry. — Ela começa e é impedida de continuar, porque ele logo ri sem humor, como se fosse a coisa mais absurda que ela já tivesse falado.

— Eu não entendo? Sim, eu entendo! Eu entendo coisas que eu não queria entender, eu entendo coisas demais. — Ele exclamou. — Eu entendo que você quis nos proteger e acabou nos machucando mais ainda e entendo que a culpa não é sua, porque fui eu o causador disso.

— Do que você está falando?

Silêncio tomou conta e foi apenas quebrado por trovoadas e o início de uma tempestade. Os dois logo estavam completamente molhados, mas nenhum deles fez questão de se mover.

— Eu fiz algo alguns meses atrás. — Barry começou, falando um pouco mais alto do que o normal para que ela o ouvisse no meio da tempestade. — Eu nem sempre vivi nesta vida.

— O que?! — Caitlin perguntou confusa. — O que diabos isso quer dizer, Barry?

Barry respirou fundo, se preparando para contar o que contou para seus amigos um mês atrás.

— Eu tinha uma vida diferente, e nela, minha mãe foi assassinada quando eu tinha onze anos de idade, e por não acharem o verdadeiro assassino, eles prenderam o meu pai. — Ele pausou sob o olhar confuso dela. — Eu cresci com Joe e Iris, mas prometi a mim mesmo que tiraria meu pai da cadeia um dia. Eu descobri quem era o verdadeiro assassino da minha mãe, e também descobri que ele estava me enganando todo esse tempo. O nome dele era Eobard Thawne.

— Thawne? Como em Eddie Thawne?

— É uma outra longa história. — Ele comentou, não querendo entrar em detalhes e perder o foco. — Resumindo, Eobard Thawne revelou ter os mesmos poderes que eu, porém ser mais rápido, mais forte, mais esperto. Mais tudo. Ele matou...— Barry sentiu seu coração acelerar, seu peito doer, seus olhos se fecharam, sua mandíbula travou e as memórias chegaram sem aviso em sua mente. As memórias das pessoas que ele ama sendo assassinadas a sangue frio por Thawne os fizeram perder o foco por alguns sengundos, mas ele precisava continuar...

"Cabeça erguida, Allen", ele sussurrava para si mesmo. "Todos eles estão vivos agora."

— Ele matou algumas pessoas importantes para mim. Muito importantes. Eu não suportei a dor, eu precisava daquelas pessoas tanto quanto eu precisava respirar.

— Você viajou no tempo. — Caitlin concluiu, já imaginando que ele faria isso. A impulsividade de Barry sempre foi um de seus poucos defeitos. O fato de que, quando se trata das pessoas que ele ama, o cérebro dele desce para o coração é um assunto a se discutir.

— Sim, eu fiz. Eu fiz exatamente o que ele queria, mas eu não me importo, eu só queria ter todas as pessoas que foram tiradas de mim de volta. — Barry ressaltou e abaixou a cabeça. A água da chuva caía por todo o corpo dele, e ele, internamente, pedia que aquela água lavasse toda a dor e trauma que ele sofreu naquele fatídico dia no qual ele perdeu as pessoas que mais amava, mas, no fundo, ele sabia que chuva só servia para se molhar.

Ele sabia que aquelas imagens nunca sairiam de sua memória.

— Quando eu mudei a linha do tempo, muitas coisas também mudaram. Nessa linha do tempo eu sou o dono do STAR Labs, Harrison Wells é meu falecido padrinho, o acelerador de partículas explodiu mais tarde, você ganhou seus poderes...

— Como você descobriu que eu tinha poderes? — Caitlin perguntou curiosa.

— Na outra linha do tempo, teve uma vez que eu visitei a Terra-2, porque embora seja difícil de acreditar, existem mais de uma Terra, mas nós não vemos as outras porque elas vibram em uma frequência diferente. — Barry percebeu que só estava a confundindo mais ainda, então ele resolveu pular direto para o ponto. — Enfim, nessa Terra-2, você tinha poderes que eram...complicados de serem controlados.

— É por isso que eu não posso ficar perto de vocês, Barry. Eu posso machucar alguém, eu posso machucar você. E eu nunca me perdoaria se algo assim acontecesse.

Barry caminhou até ela e tentou pegar a mão dela, mas ela, assustada com a possibilidade de poder machucá-lo, desviou do toque dele. Entretanto Barry não tinha ido até lá, contado tudo para ela, tentado fazer com que ela entendesse cada decisão dele para desistir dela agora...

Cait, você não vai me machucar.— E essa frase foi tudo o que foi preciso para quebrar absolutamente todas as barreiras que ela lutou incansavelmente para construir nos últimos quatro meses.

Vendo que ela parecia ter acreditado nele, Barry pegou uma das mãos dela e entrelaçou na sua, fazendo-a perceber que nem super poderes supostamente incontroláveis fariam ele se afastar dela.

Nada faria ele se afastar dela.


Notas Finais


HELLOOOOOU.
Galeróviski, queria pedir desculpinhas pela demora, até comentei no capítulo anterior falando que esse capítulo estava chegando, e prometido e feito, aqui está.

Sei que está pequeno (Não em palavras, mas em conteúdo), mas é o que tinha para hoje, people.

Eu não pretendia enrolar com a Caitlin longe do Barry, porque estamos aqui para ver interações entre eles, então é isso que vamos ter. A partir de agora, nós vamos ter momentos divertidos e fofos, mas alguns momentos dramáticos também, porque eu sou uma drama queen, darling.

okay, só isso mesmo.

bye ;)


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