História Over Again - Donnel's front page

"Donnel's front page"

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"I was left to my own devices

Many days fell away with nothing to show

And the walls kept tumbling down

Im the city that we love"

(Bastille — Pompeii)

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2 SEMANAS DEPOIS

A campainha do apartamento de Caitlin toca às três horas da manhã e ela decide que quando abrir a porta, ela irá assassinar a pessoa que estiver do outro lado de modos dolorosos e traumatizantes.

Porém, assim que ela abriu a porta essa vontade evaporou por completo, pois o que ela viu foi algo que ela não via tão regularmente: Felicity Smoak aos prantos.

— Felicity? Meu Deus, o que houve com você? — Caitlin perguntou, ajudando a loira a entrar e fechando a porta de entrada em seguida. Caitlin levou Felicity até o sofá e a colocou sentada ali enquanto pegava um copo de água.

— E-eu bri-bri — E antes que terminasse a frase, um soluço escapou pela boca dela, e como se lembrasse de tudo novamente, ela voltou a chorar desesperadamente.

— Tome isso, se acalme e depois tente falar o que aconteceu. — Caitlin pediu, entregando o copo d'água para a loira.

Felicity fez o que foi pedido, e depois de alguns momentos ela já estava respirando regularmente e as lágrimas tinham parado de cair por seu rosto, porém ainda era visível em seus olhos o quanto ela estava afetada.

— Eu briguei com o Oliver, e não acho que desta vez temos alternativas. Eu acho que acabou. — Felicity começou, Caitlin prendeu a respiração na garganta como se estivesse chocada. De todos os casais desse mundo, Felicity e Oliver era o último que ela imaginaria acabando tão cedo. — Tudo depende de mim, se eu vou terminar com ele ou não, mas eu não posso deixar as coisas assim.

— O que aconteceu, exatamente?

— Não era para eu descobrir isso, e eu tenho quase certeza que ele não sabe que eu sei disso, mas prometa que não vai contar para ninguém. Nem para o Barry.

— Tudo bem, eu prometo. — Caitlin prometeu, intrigada com o que estava acontecendo.

— Desde que o acelerador de partículas explodiu e surgiram um monte de malucos com poderes tentando machucar pessoas, Oliver meio que começou a se sentir inútil. Barry estava salvando pessoas com os poderes dele e Oliver não estava fazendo nada, então eu sentia que ele não estava em bons termos. Era visível que ele queria mudar aquela situação. Desde que Oliver voltou daquela ilha, ele diz que voltou mudado, mas nunca realmente mostrou para ninguém que tipo de mudanças ele sofreu. Resumindo a história, sabe o tal vigilante que anda por aí? Que está aparecendo ma TV e nos jornais?

— Não, nunca ouvi falar dele. — Caitlin respondeu confusa. Um vigilante? Como assim um vigilante?

— Como assim você não ouviu falar dele? Você vive em uma caverna, por acaso? — Felicity perguntou surpresa. Todos sabiam sobre o novo vigilante, era o assunto da semana.

— E-eu estou com outras coisas em mente, não tenho prestado atenção no mundo ultimamente. E antes disso eu estava em Seattle, então não tive tempo de muitas coisas.

— Que tipo de coisas em mente?

— Esse não é o ponto, Felicity. Apenas continue contando a história.

— Tudo bem. O tal vigilante que anda fazendo salvamentos aleatórios por Central City é, ninguém mais, ninguém menos do que Oliver Queen.

Caitlin arregalou os olhos, surpresa com a recente informação. Como assim Oliver salvava pessoas? Ela nunca notou esse lado dele.

— Eu sei, é chocante. — Felicity comentou. — Eu não me importo de Oliver ter uma identidade secreta, Caitlin, o problema é que ele não é como o Barry, ele não tem super velocidade para escapar de balas de fogo nem para correr para casa quando o perigo for algo que ele não possa lidar. Como eu posso viver sem preocupações enquanto o homem que eu amo pode estar morrendo em um beco qualquer?

Caitlin suspirou, entendendo Felicity mais do que ela gostaria de entender.

— Boa pergunta.

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Barry estava fazendo uma ronda pela cidade, correndo por aí para ter certeza que ninguém estava em perigo, mas sua cabeça estava longe, ele gostava de acreditar que estava em outro planeta, mas ele sabia que não estava em outro planeta, estava há duas semanas atrás, em Seattle, naquela rua escura e vazia durante a noite, com ela.

Bons tempos eram aqueles em que a vida não era complicada, quando ele apenas saía de casa, ia para a escola, estudava e depois voltava para casa. Não é que ele não sabia o que queria, ele sabe o quer desde antes de viajar no tempo e ir para uma linha do tempo alternativa, mas ele não sabia o que ela queria.

Ele acreditava que Ronnie já estava fora da vida dela, mas estaria ele fora da mente dela? E mesmo se ele estivesse fora da mente dela, mesmo que ela nem lembrasse direito quem Ronnie Raymond é, não significava que ela queria outro relacionamento, muito menos com um dos melhores amigos dela, correndo risco de estragar uma amizade.

De repente Barry escutou barulhos de carros freiando e correu até a rua de onde estavam vindo os barulhos.

Lá, em câmera lenta, ele viu uma mulher atravessando a rua sem olhar para nenhum dos lados, talvez estivesse com pressa. Um carro estava na direção dela e atropelaria ela, o motorista estava tentando parar, mas era visível que não iria conseguir. Barry correu e tirou a mulher do caminho, colocando-a na calçada, segura. Ele olhou para trás para ver se alguém precisava de ajuda ainda, mas parece que o problema era apenas a mulher no caminho.

— Você é o Flash! — Ele ouviu a mulher falar e se virou para ela.

— Sou eu, e na próxima vez, olhe para os dois lados antes de atravessar. — Barry saiu correndo antes mesmo de deixar a mulher responder.

A mulher sorriu para o vento, agradecendo mentalmente pelo herói de Central City ter passado por aquela rua naquele momento, ou ela não seria mais do que um cadáver jogado no chão.

Ela assobiou para um táxi e o veículo amarelo logo encostou na calçada para ela entrar.

— CCPN, por favor. — Ela pede ao motorista, que logo começa a dirigir até Central City Picture News, ela precisava achar o Flash, ao menos para agradecê-lo.

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— Ela pediu para eu não contar, não estou aqui para ficar espalhando o segredo dos outros. — Caitlin disse, se divertindo com a curiosidade Cisco e o olhar confuso de Barry. Cisco não para de perguntar o porquê de Felicity ter saído da mansão de Oliver, porque aparentemente o próprio Oliver tinha pedido à ele e Barry que investigassem, já que ele não sabia a razão de ela ter o deixado lá sozinho.

— Só uma dica, por favor. O pobre coitado está miserável, tentando descobrir o que ele fez de errado. Sério, eu nunca pensei que algum dia veria Oliver Queen chorar, mas quando nós falamos com ele, dava para perceber que ele estava se segurando para não deixar lágrimas escaparem por seus olhos cor de oceano que agora espelham um coração partido, não é verdade, Barry? — Cisco falou em um tom dramático.

— Me deixe fora disso, cara. — Barry pediu, levantando as mãos aclamando inocência.

— Oliver vai ficar sabendo que você não está nenhum esforço para ajudá-lo, Allen. Que tipo de amigo é você? — Cisco perguntou, continuando usando seu tom dramático.

— O tipo que respeita a privacidade dos outros. Cisco, não esquenta com isso, daqui a pouco Felicity volta para ele. Nada separa aqueles dois. Ele provavelmente esqueceu alguma data importante ou algo do tipo. — Barry disse dando de ombros. Cisco iria concordar, mas Caitlin não conseguiu segurar um "Hmmm" que dizia "Com certeza não foi isso".

Cisco e Barry trocaram olhares preocupados. Parece que a situação é pior do que eles imaginaram.

— Quem terminou com quem? Eu sou um ótimo cupido, só para deixar claro. — Os três ouviram uma voz ecoar pelo laboratório e se viraram para a entrada.

— Alex! — Os três chamaram ao mesmo tempo.

Caitlin foi abraçar o irmão, que por ser mais alto do que ela, tirou os pés dela do chão durante o abraço. Quando se soltaram, Alex cumprimentou Cisco, já se comheciam bem devido aos longos anos que Caitlin e Cisco se conhecem.

Barry se pôs a se mover, já que estava um pouvo chocado. Era uma sensação estranha ver alguém que há alguns meses atrás você viu morrendo, mas era aliviador, com certeza, como se mais uma das mãos que estavam apertando seu coração fosse arrancada de dentro de seu peito.

— É bom te ver de novo, Alex. — Barry comentou e observou o rapaz franzir a testa, confuso.

— Me ver de novo? Você já tinha me visto antes?

Barry perdeu o sorriso quando percebeu o que disse, porque obviamente, Alex não o conhecia nessa linha do tempo.

— É uma longa história. — Barry disse, sem saber exatamente o que dizer para ele.

— Eu tenho tempo. — Alex respondeu, curiosidade tomando conta dele, tentando entender da onde o desconhecido o conhecia. A única explicação racional que ele conseguia encontrar é que Caitlin talvez tenha falado sobre ele para esse cara.

Agora Barry estava com problemas. O que ele falaria para ele? "Ah, eu assisti você sendo assassinado em uma oitra linha do tempo, mas não se preocupe, eu te salvei quando decidi viajar no tempo." É, isso com certeza não seria uma boa ideia.

— Te ver pessoalmente, ele quis dizer. — Caitlin começou. — Ele já te viu em fotos e tudo mais, porque, você sabe, eu gosto que todos conheçam meu irmãozinho. — Caitlin sorriu para ele, sabendo que ele não estava acreditando, mas era um código para ele deixar para lá.

Barry sussurrou um "Obrigado" para ela.

— E então, o que o traz aqui? — Cisco perguntou, tentando mudar de assunto.

— Quando eu voltei para os Estados Unidos eu tive que procurar um emprego, e depois de um tempo eu encontrei um. Eu queria encontrar um em Seattle, porque eu ficaria perto de casa, mas eu encontrei um aqui em Central City, o que foi bom de qualquer jeito, porque você está aqui. — Alex explicou, se sentando em uma das cadeiras do córtex em seguida.

— Isso é ótimo, Alex, mas eu tenho um pequeno probleminha. — Caitlin começou. — Eu deduzo que você veio com intenções de ficar no meu apartamento, até arranjar um para si próprio, correto?

— Talvez. — Alex respondeu olhando para os lados.

— Seu "talvez" é a mesma coisa que um "sim, é exatamente isso". — Caitlin afirmou rindo, e continuou a história. — O problema é que Felicity está lá, porque ela teve uns problemas e pegou o meu sofá para si própria. — Caitlin explicou.

— Felicity aquela que namora com o aquele cara rico que trabalha aqui no STAR Labs?

— Sim, ela mesma.

— Entendi. — Alex disse pensativo. — Não se preocupe, eu arranjo um lugar para ficar, eu posso ficar em algum hotel por aí até eu encontrar um apartamento.

— Eu até te convidaria para ficar no meu, mas o meu só cabe eu e minha comida. Literalmente. — Cisco comentou, dramático como sempre. — Eu preciso me mudar...

— Fique no meu. — Barry ofereceu. — Tem um quarto de hóspedes que eu nunca uso mesmo, e além do mais, seria bom uma companhia. Lá é bem solitário.

— Tem certeza? Eu não quero atrapalhar nada. — Alex comenta.

— Não se preocupe, não tem nada que você possa atrapalhar. — Barry respondeu.

— Tudo bem então. — Alex concordou. — Obrigado, cara. — Ele agradeceu, estendeu a mão para Barry, que apertou a mão dele.

— Toma aqui, vai se ajeitando lá, eu te mando o endereço por mensagem. — Barry entrega as chaves para Alex, que se despede de todos e faz o que foi sugerido por Barry.

Quando Alex não mais estava no córtex, Caitlin, que estava calada até agora, resolveu falar.

— Barry, tem certeza que isso é uma boa ideia? Não seria perigoso para ele acidentalmente descobrir sua identidade como o Flash?

— Não se preocupe, tudo vai dar certo. E como ele mesmo disse, é só por alguns dias, até ele conseguir um lugar. — Barry respondeu calmamente. Nada iria dar errado, eram apenas alguns dias.

— Com licença. — Uma voz feminina desconhecida soou pelo laboratório. Os três se viraram e Barry reconheceu que era a mulher que ele havia salvado mais cedo, a mulher que iria ser atropelada.

— Quem é você? — Cisco foi o primeiro a perguntar. A mulher loira se aproximou dos trio.

— Sou Emily Donnel, do CCPN, e estou fazendo uma matéria sobre o Flash. Minhas pistas me levaram até aqui, e já que o STAR Labs é o lugar onde o acelerador de partículas explodiu, o que foi provavelmente a razão do Flash ganhar os poderes dele, eu diria que minhas pistas estão certas. Então, a não ser que um de vocês sejam o Flash, poderiam me falar se já viram ou já falaram com ele? — Ela perguntou normalmente, como se fosse apenas mais uma mísera pergunta.

— Nós nunca falamos com ele, Srta. Donnel, e estamos ocupados agora, então se você puder voltar outra hora, nós agradeceríamos. — Barry pediu.

— E você é...? — Emily perguntou, tentando decifrar quem era o homem a sua frente.

— Barry Allen, eu cuido do STAR Labs. Mas nós realmente estamos...

— Ocupados. Ok, já entendi, vejo você depois, Barry. — Ela sorri para ele depois vai embora.