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História Over and out - Trente-huit


Escrita por: NutelladoIrwin

Notas do Autor


Depois de mil anos, saí debaixo da bigorna onde estava presa, e cá estou eu, atualizando a fic.
Espero que goste, até as notas finais <3

Capítulo 38 - Trente-huit


*Point of View*: Jasmine

Já estávamos de volta à Nova York,  e em estúdio novamente para pôr em prática os trabalhos para o segundo álbum. Com a primeira turnê da banda sendo planejada, e clipe pronto para ser lançado, nosso álbum de estréia tornou -se o mais vendido em Nova York, no primeiro semestre. As vendas dos singles haviam subido com uma velocidade assustadora de uns tempos para cá. As semanas eram cheias de compromissos para divulgação do álbum,  ensaios e reuniões sobre a futura  When we found the Road Tour, e algumas escapadas para o One Road. 

Em uma terça feira de julho, fomos a um set de gravação  recomendado pela Brittany ( que às vezes parecia administrar nossa carreira melhor que os agentes da RTTR), para gravarmos os interludes dos shows. Era meio difícil para toda a banda , exercitar as expressões faciais, no entanto, o diretor Alex Bill nos instruiu bem e conseguiu extrair nossa melhor interpretação. Para o background, foram filmados takes de cada membro da banda vestido de forma formal num cenário repleto de folhas secas e fumaça artificial que deixou o visual mais sombrio. Eu usava um longo e cheio vestido marrom, meus cabelos longos e soltos realçavam mais ainda meu look princesinha indie. 

Demoramos boa parte do dia gravando o interlude. Ao voltar para casa, já tarde, vi Niall jogado em cima de dezenas de cadernos espalhados pelo sofá da  sala. Sorrateiramente,  desliguei a televisão que exibia uma reprise do Masterchef Colômbia e puxei de forma delicada o caderno que servia de apoio para sua cabeça, e o substituí por uma almofada fofinha. Ao que parecia, os cadernos eram composições do Niall, mas eu não me atreveria a ler, sabendo que era algo íntimo pra ele e seria uma traição fazer isso. Acho que não preciso dizer que meu bebê dormia como anjo não é mesmo? Há tempos que tomei minha decisão amorosa, mas ela só se confirmava ainda mais ao ver o ser especial que morava comigo e dormia naquele sofá. Depois de um raro banho, requentei uma marmita de macarrão com queijo que havia na geladeira, e após a janta, adormeci no outro sofá, sem ter tempo de ir para minha cama. 

(...)

Era noite de quarta feira, quando depois de algumas horas gravando as faixas para o segundo álbum, nos reunimos no pequeno apartamento ocupado por Harry e seus amigos, ( e também agora por seu namorado Louis), para o jantar de aniversário do Nick,  que naquele dia, completava vinte anos. 

-Imaginei que fosse passar seu grande dia isolado numa caverna. - Brittany comentou ao se sentar à mesa.

-Bem que eu queria, mas fui forçado por Harry a recebê-los aqui. -respondeu sarcástico.

-Digamos que eu seja bem persuasivo...- O menino de cabelos mais lisos, porém ainda compridos, deu uma piscadela enquanto servia cada copo ali na mesa, com vinho. 

-Não comigo.  -Louis fez uma cara desafiadora.

-É o que veremos mais tarde...- o mais alto então deu um estalado tapa na bunda do namorado baixinho, arrancando gritos e risadas de todos ali.

-Brincadeiras à parte, nesses quase dez anos de amizade com meu grande amigo Nick, realmente foram raras as vezes em que esse emo hipster abriu mão de suas garrafas de Heineken para receber amigos numa confraternização sóbria. - Remery falou, em seguida mordendo de forma feroz a coxa de galinha em seu prato.

-Que lindas palavras Eminem, mas esse é o mínimo que ele poderia ter feito, afinal estamos o aturando na banda,  pelo menos comida devemos ganhar.

-Concordo,  pensadora contemporânea Jas. 

-Mas vocês são folgados hein,  eu que tenho  os créditos,  fiz o jantar todo sozinho! Nem pra esse reclamão idoso me ajudar!- Harry protestou, contendo um sorriso. 

-Era o mínimo que poderia ter feito,  afinal aturo todo esse seu amor barulhento todos os dias...

-Concordo com o Nick, tô quase pensando em me mudar daqui, vocês sabem do meu trauma com gemidos.- Acrescentou Remery. 

-Parem de ser ridículos,  eu e Harry somos virgens!

-Aham Louis, e eu sou contra tatuagens. -provoquei.

-Eu entendo vocês, também sofria com os dois pombinhos se encontrando às escondidas no apartamento. - foi a vez de Niall dar o bedelho. (Bedelho????, que merda hein)

-Você não tem argumentos loiro, você e Jasmine também não sabem o significado da palavra silêncio.  - e com a alfinetada sem intenção,  Brittany deixou a mesa tensa sem dizer uma palavra. Eu não me encomendava,  entretanto, Niall estava bastante vermelho e não conseguia me encarar.  

-A solução para todas as reclamações, seria darmos um beijo coletivo.- tentei quebrar o gelo. 

-Me recuso a beijar mulheres.- Louis protestou. 

-Na verdade você se recusa a beijar qualquer boca que não seja a minha né??? - Harry o fitou de cara fechada.

-Ah... s-sim... -Tomlinson fingiu infidelidade.

-Eu amaria beijar essa boquinha carnuda da Jas.- Brittany alisou minha mão,  dando uma piscadela e sorrindo.

-Tudo que eu mais queria era sentir esse seu bafo de molho picante...- retruquei entrando na pilha. 

-Picante?  Isso porque ainda não beijou meus grandes lábios...- todos os garotos (com exceção dos Larry), nos encaravam com as pupilas dilatadas e provavelmente o pênis ereto. 

-Acho que vão ter que aturar mais um casal gemendo a noite toda. - completei.  

Depois de algumas garfadas e muitos palavrões, jogamos "eu nunca" valendo o gole de vinho, uma forma mais legal de esvaziar a garrafa. Ao terminarmos o jogo, eu e Brittany tivemos que aturar uma hora e meia de pornô lésbico feito para homens,  o que só nos fazia rir, os garotos segurarem uma ereção,  e os Larry incomodados irem para o quarto se pegar. Foi um ótimo programa entre amigos, mas ainda quero o beijo coletivo.

(...)

Minhas mãos suavam com a ideia de que em quinze minutos daria minha primeira solo. A revista teen magazine, me escolheu para o quadro "papo de mocinhas" da edição,  no qual fui a única integrante da banda apta para participar. A  repórter havia conversado comigo por telefone, assim que o convite foi feito, para resolver onde preferia que fosse feita a entrevista, melhor horário e etc. Mesmo sendo algo casual e mais calmo,  ainda estava nervosa, afinal não sou muito boa de diálogos com desconhecidos... 

Pontualmente às 15 e 30, cheguei na cafeteria onde marcamos, esperei  por dois minutos até Cindy chegar, uma simpática ruiva de cabelos cacheados e olhos cor de mel. Quando ainda conversávamos sobre outros assuntos, dois fãs vieram me pedir autógrafos e fotos, me senti um pouco tímida e orgulhosa de ter sido reconhecida na rua sem a banda ao meu lado. 

-Como é o processo de composição pra você? 

-É  algo íntimo e feito com naturalidade,  pra mim, as músicas surgem, e não podem ser cobradas como se fossem um trabalho de casa. 

-Muitas pessoas comentam nas suas redes sociais,  o jeito como você se veste, mais despojado e até definido como um pouco masculino, o que tem a dizer sobre isso?

-Não gosto de ver limites no jeito de ambos os sexos se comportarem, é o jeito que me sinto bem,  me acho mais sensual vestida numa calça jeans e numa jaqueta vista por muitos como masculina, do que num mini vestido vermelho. E não acho inferior quem usa vestido curto vermelho, assim como não sou inferior por me vestir mais assim,  isso não muda minha opção sexual,e mesmo se influenciasse, eu não seria pior do que ninguém.

-O que tem a dizer a respeito dos boatos que apontam você e seu amigo de banda,  Nick, como um casal?

-Tenho a dizer que não tenho nada a esconder, e se estivesse mesmo em um relacionamento com ele, teria falado isso para o mundo todo, sem medo do que pensassem. Quanto aos shippers? Nisso não posso mandar, se  nos acham fofos e legais, respeito, contanto que respeitem meu espaço e não me mencionem em coisas do tipo ou digam que estou mentindo, que eu não desrespeitarei vocês,  isso não é algo que me incomode, só o fato de acharem que escondo um relacionamento.  

-Já sofreu preconceito por ser a única mulher da Running to The Road?

-Inúmeras vezes, inclusive por acharem que preciso estar necessariamente namorando com um dos integrantes para me manter na banda,ou julgada lésbica por andar só com garotos,  o que se fosse o caso, não seria problema de ninguém.

-Quais são suas maiores inspirações no mundo musical? 

-Amy Winehouse,  Lana del Rey, Lily Allen e Halsey.

-Qual dica você daria para uma garota que também está tentando um espaço no cenário musical?

-Seja você mesma, e sempre faça o que você ama, se dedique e não deixe que modifiquem seu jeito, você nasceu original, e não deve morrer uma cópia. 

-Muito obrigada pelas respostas concedidas Jasmine Campbell.

-Eu que agradeço! 


Notas Finais


Uau, depois de um mês sem escrever, aqui estou eu de volta! Vocês acharam que eu não fosse postar hoje né? Tô há um mês tentando postar esse capítulo, mas tenho passado por uns problemas meio pesados, e não tive tempo/cabeça para postar, por isso o capítulo foi curtinho e meio sem graça, vou tentar escrever com mais frequência e de forma melhor, até porque Over and Out tá quase no fim <3
Obrigada pela preferência
Pela paciência e compreensão
Volte sempre
Até o próximo <3


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