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História Pacto de Gangues - TK é um ladrãozinho


Escrita por: LordeUnderworld

Notas do Autor


Olha só quem postou um novo capítulo hoje ^^
Kisusss - e>.< Coitadinho do Júnior.

Capítulo 14 - TK é um ladrãozinho


Fanfic / Fanfiction Pacto de Gangues - TK é um ladrãozinho

Jessie trabalhou até mais tarde naquele dia, voltei do shopping com as minhas roupas novas e durante a noite ele acabou querendo usar alguns “brinquedos” comigo. Aguentei o máximo que pude, mas eu nunca fui muito adepto à sadomasoquismo e acabamos voltando para o básico papai-e-papai que fez ele ficar um pouco com raiva.

Nos dias seguintes passei a sempre esconder minhas marcas, treinava com Jessie e depois de uma semana já estava pronto para ir à campo e ajudar todos.

Posso dizer que existe certo glamour em ser de uma gangue. Gastávamos dinheiro com coisas bobas, carregávamos quilos de drogas bem próximos a postos policiais e a melhor parte era a noite, quando ficávamos bêbados e íamos para o meio do mato, fazer fogueira e testar nossas armas.

Já passava das duas da manhã e Jessie conversava com uma amiga perto da fogueira. Estava bonito, usava um suéter azul que combinava com a cor dos olhos, o cabelo precisava ser aparado assim como a barba e estranhei ele estar descalço tendo que pisar na terra. Cheguei perto deles e me sentei em frente à Jessie. Ele me abraçou e deixou que eu pousasse a cabeça no seu ombro para que eu descansasse.

— Como vai o casamento? – perguntou Stella, uma menina de tatuagem de dragão no pescoço e alargador gigante na orelha. – Pelo visto a fase da lua de mel ainda não acabou.

— Não mesmo – disse Jessie, rindo. – Tem que ver a gente na cama.

— Jessie! – eu bati na perna dele, contendo a risada.

— Quê foi? Só estou sendo sincero.

Ele me deu um beijo na bochecha e pegou a garrafa para beber mais um pouco.

O amigo dele, ruivo de camisa listrada, tirou uma arma da cintura e foi treinar tiros. Todos foram acompanhar e disseram que iriam para o lago.

— Você vem? – ele me perguntou, querendo me puxar com ele.

— Não, tá frio demais, sei que você vão querer entrar na água.

— Vamos lá, seja sociável.

— Ninguém me tira daqui.

— Você que sabe. Qualquer coisa só gritar, vou estar perto.

Fiquei ali observando a fogueira enquanto os outros foram embora aos poucos, se aprofundando na escuridão da mata. Fiquei quieto pensando em como tudo tinha acontecido rápido. Minha vida havia mudado de ponta cabeça e ainda não sabia o que esperar do futuro.

Jessie queria que eu visse a casa nova antes de nos mudarmos, mas sentia um frio na espinha que me fazia relutar.

Nosso futuro ainda era incerto demais.

Fiquei tão entretido na fogueira que mal ouvi quando dois faróis de carro se aproximaram e um Mercedes preto entrou na nossa área de acampamento. Peguei a minha arma e fui até lá, esperando que o estranho saísse de dentro do carro.

— Desculpem, mas isso aqui é uma festa privada! – falei com o carro que ainda estava de farol alto fazendo a minha visão do lugar quase sumir. – Deem o fora antes que eu atire!

Meu aviso devia ser o suficiente para que eles fossem embora, estava melhorando nas minhas ameaças, mas então a porta do motorista abriu.

— Pai? – estranhei ao ver Rey ali.

Ele veio até mim e sorriu.

— Falando grosso, filho? Gostei de ver.

Baixei a arma e bufei, cansado daqueles comentários homofóbicos dele.

— O que faz aqui? Veio me procurar?

— Claro. Afinal você é o filho que eu amo e adoro, né? – e olhou sério para mim. Olhei para os lados, constrangido e então ele caiu numa gargalhada. Me senti um perfeito idiota por ter acredito naquilo. – Você é tão inocente, filho! Não sei a quem puxou.

— Você e minha mãe é que não foram.

— De qualquer forma, vim aqui ver se encontrava o Killian.

— Jessie está no lago com os amigos.

— Não, não é Jessie quem eu quero.

Estranhei aquilo. Se não era com o meu marido que Rey queria falar então quem era?

— Parece que o seu ex vem tramando algo contra a nossa gangue. Ele desviou alguns carregamentos e quero tomar satisfações.

— Espera. Ex? De quem você está falando?

— Do TK, é claro – falou, com um sorriso sombrio – Quando eu pegar aquele ladrãozinho, vou esfolar ele vivo.

 

O clima de volta até a mansão foi de completa tensão.

Quando cheguei em casa bati a porta com raiva e segui o meu pai junto de Jessie.

— Não pode ameaçar os Killians desse jeito! – esbravejei, irritado. – Não sem provas de que foi ele mesmo, a gente ainda está construindo uma aliança, esqueceu???

— Exatamente – disse Jessie, calmo. – Ainda mais se tratando do meu irmão, é melhor deixar meu pai resolver isso.

— Não pode simplesmente dizer que vai matar alguém e pronto! – falei.

Meu pai riu, sarcástico.

— Eu resolvo os meus negócios do jeito que eu bem entender – falou. E depois apontou o dedo para a minha cara. – Não é a primeira vez que você desafia minhas ordens, quer ser castigado, é isso?

— E você tem feito outra coisa comigo desde que cheguei aqui?

— Não me teste, garoto!

— OU ENTÃO O QUÊ?

— Chega, Júnior – falou Jessie, se colocando entre nós dois. – Respeite o seu pai. Ele está certo. Se o TK errou, ele tem que pagar.

— O TK é da nossa família!

— Família não rouba família – revidou Jessie. – Deixe que o seu pai cuide disso, vamos subir.

Ele tentou me puxar pelo braço, mas o empurrei para longe. O que Jessie tinha na cabeça para arriscar a vida do próprio irmão daquele jeito?

— Nem pensar! – gritei. – Eu vou deixar as coisas bem claras, pai. Mate o TK e eu não vou mais me importar, ouviu? Destruo o casamento, a aliança das famílias, te deduro até para a polícia se for necessário! Mas se matar ele, não vai ficar por isso mesmo!

Saí dali com fogo no olhar e subi as escadas quase correndo.

Fui para o meu quarto e fiquei lá.

Acho que foi uma burrada gigantesca ameaçar o meu pai, mas não poderia deixar que ele matasse o TK. Foi quando estava penando nisso que a porta se abriu com um bate e me levantei com o susto.

— Levanta – mandou Rey.

Sabia que ele ia me bater, mas imaginei antes uma bronca e ele me dizendo para eu não fazer mais aquelas coisas. Mas não foi o que aconteceu. Ao invés disso, quando me levantei, levei um tapa dele que me fez cair na cama.

Em seguida meu pai tirou o cinto da calça e prendeu a fivela para poder me atingir com a ponta de ferro.

Tentei escapar, mas a primeira chibatada me fez gritar de dor e não consegui me mover para escapar da outra. E outra. E mais outra. Senti cheiro de sangue nas minhas costas e então ele parou e se afastou com o olhar tenso e vidrado em mim.

— Tira a blusa! – falou, ainda me observando.

— Pai…

— Mandei tirar!

— NÃO!

E o encarei com ódio, mesmo que sentisse uma dor excruciante.

— TIRA!

— EU DISSE NÃOOO!

Ele se irritou e levantou o cinto para me bater de novo. Mas parou na metade do caminho, me olhou de novo, e então riu como se estivesse se divertindo. Enquanto voltava a colocar o cinto deixou pingos de sangue caírem na calça nova.

— Quem diria – falou, quase numa gargalhada. – Está começando a aguentar bem, não é tão fracote quanto imaginei.

— Não vou deixar que mate o TK. Pode fazer o que quiser comigo, mas eu não vou deixar!

Ele bufou, se afastou e então abriu a porta revelando um Jessie que aguardava tudo pacientemente do lado de fora.

— Ele é um teimoso, mas eu acabei aqui. Já pode entrar se quiser.

— Ótimo, senhor, até mais.

Jessie entrou e viu os meus machucados.

Tentou se aproximar, mas eu me encolhi em um canto e não quis olhar para ele.

Me sentia traído por saber que ele esteve ali o tempo inteiro enquanto eu apanhava e não fez nada para me ajudar. Tentei me mexer e sair do quarto para não ter que olhar na cara dele, mas a dor não deixou e ao invés disso apenas fechei os olhos e tentei não chorar.

 


Notas Finais


Sei que muitos estão com sdds do TK, depois desse capítulo deve que muito mais, mas só posso dizer que o reencontro desses dois está bem próximo ;)
#Kisusss e até o próximo episódio.


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