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História Páginas Criminais Galácticas - 2 (Reylo-Policial) - Trinta


Escrita por: VanVet

Notas do Autor


Oi, leitores queridos! Cá estamos nós para o fim de mais uma temporada!

Essa temporada foi mais intensa e cheia de significados do que a anterior e esta é a ideia ao longo das próximas sequências. Nas postagens sei que fui bem inconstante e deixei vocês esperando um monte entre alguns capítulos, o que tende a desanimar, mas realmente estou sentindo falta de algumas pessoas por aqui. Espero que vocês consigam deixar suas impressões nesse final. Seria muito importante pra mim!

Sobre este fim só acho, SÓ ACHO, que vocês vão gostar bastante kkkk

Enfim, ótima leitura! 🙂

Capítulo 30 - Trinta


Fanfic / Fanfiction Páginas Criminais Galácticas - 2 (Reylo-Policial) - Trinta

Embora cansada de um exaustivo dia, responsável por sugar seu físico e intelecto quase por completo, Rey estava tendo os dias mais felizes de sua vida. A garota, um membro em formação do oficialato da Nova República, andava pelos corredores extensos do septuagésimo oitavo andar do prédio de apartamentos populares, num bairro perto do centro de treinamento, onde ficava sua nova casa.

Os músculos das costas formigando não eram capazes de fazê-la abandonar as lembranças saborosas do seu quarto dia de estudos e preparação. O centro de treinamento para novos agentes era tão grande e cheio de coisas para se aprender! Tantos manuais novos para decorar, técnicas para treinar, métodos para pôr em prática, que às vezes ela ficava eufórica somente de pensar quando conseguiria dominar todo aquele conhecimento. Porque sim, Rey estudaria muito durante as aulas e mais ainda fora delas, ansiando absorver todas as oportunidades que estavam sendo confiadas a uma simples órfã de Jakku.

Ela chegou em frente a porta do seu apartamento e apoiou as compras que fizera numa mercearia no caminho de casa, no chão. Os novos oficiais ganhavam uma ajuda de custo para se manterem durante aqueles primeiros três meses de ensino e os créditos contabilizavam muito mais do que um mês inteiro como policial no outro planeta. Dava para morar num lugar decente e ter a barriga sempre cheia, concluiu com orgulho.

Aproximando-se do painel digital na parede, deu um comando de voz a fim de que a porta abrisse:

― Rey chegando ― comunicou ao sistema, prontamente destravando as trancas magnéticas. Pegou as compras e entrou.

As luzes automáticas do local se acenderam e um apartamento pequeno, mas bastante funcional, entrou em foco. Era composto de três ambientes: o hall debruçava-se num cômodo amplo de quarto-sala; a parede direita, próximo da entrada, abria-se na cozinha toda automatizada e planejada para espaços fechados e diminutos; na porta ao lado da cozinha, havia um banheiro com água quente e encanada. Olhando para esta última porta, lembrou de que precisava fazer xixi e deixou as travas magnéticas do apartamento baterem as suas costas, apoiando as compras amontoadas no chão da cozinha pelo caminho e correndo para o banheiro. Lá dentro, aliviou a bexiga, suspirando, de porta aberta.

Isto era algo que nunca conseguiria fazer na sua antiga casa, ter um banheiro decente as suas necessidades imediatas, sem ter toda a preparação antes e depois do ato. Ter uma vida um pouco mais fácil, pensou, lembrando do AT-AT enferrujado no deserto, o abrigo gentil na barriga de um gigante de aço, mas que ficaria muito bem guardado numa história que já havia superado.

Depois do xixi e da descarga - era maravilhoso ter uma descarga em casa! -, lavou as mãos na torneira automática, outra preciosidade ali, e retornou para a cozinha onde começou a guardar as compras. A maioria era comida congelada e de fácil preparo, porém bem nutritiva. Tão nutritiva que, se não tomasse cuidado bem poderia acabar engordando um bocado.... Estava enfiando as enguias rolum no congelador, vigiada pelo seu bonequinho piloto rebelde, confortavelmente acompanhando tudo do alto do refrigerador, quando a campainha soou na entrada principal.

― Quem será? ― Indagou-se, curiosa, fechando o congelador rapidamente e caminhando de volta para o hall.

Apertou o botão acessando a câmera filmadora externa e prendeu a respiração de expectativa por um instante ao ver Ben Solo no corredor, a esperando. O que ele estava fazendo ali tão subitamente? Pensou, engolindo em seco. E porque ela, de repente, ficou tão nervosa e com o coração tão galopante sendo que era apenas o investigador marrento do qual havia se acostumado por duas missões, fazendo uma visita?

Atrapalhando-se no tom de voz, Rey limpou a garganta e pediu para a tranca se abrir. Ben entrou em seu foco de visão, o braço apoiado no batente, o corpo já meio inclinado para dentro do hall. Um homem realmente enorme, com os bíceps colados numa camiseta de manga comprida e um colete cinza passado por cima do peito. Uma das pernas apoiadas na soleira e a outra esticada, davam-lhe a impressão de que estava prestes a entrar no apartamento, apenas esperando um convite dela. Ele trouxe um sorriso charmoso nos lábios ao dizer:

― Ficou surpresa?

― Na verdade, sim ― ela piscou rapidamente e então engoliu em seco ― Quer dizer, você é meio inconveniente, daí já não sei ― o provocou para tentar descontrair. Afinal era só Ben, Ben que a havia ajudado a se mudar para a capital, Ben que tinha um bom contato no senado e conseguiu entregar a carta dela a Chanceler, Ben que a beijou uma vez.

― Boa noite para você também ― ele riu, um pouco sem graça.

O investigador lutou para não deixar transparecer no rosto, mas estava começando a ficar inseguro por ter ido ali sem avisar. Tratava-se da terceira vez que a visitava depois da mudança e continuava incomodado pelo clima estranho entre eles, após a missão, não ter se dissipado. Começava do mesmo jeito, ambos se olhando com ressalvas, procurando palavras certas como quem pisa em ovos, e, paulatinamente, conforme iam entrando nos assuntos do dia-dia, voltavam a ser eles mesmos.

― Eu acabei de chegar, desculpe. Estava meio aérea ― Rey foi dizendo, retornando para dentro do apartamento. Como o rapaz não foi efetivamente convidado, encostou-se no batente e ficou conversando dali.

O corpo e os gestos poderiam estar presos a uma tensão invisível, mas os olhos dele permaneciam bem livres para observá-la se movimentando lá dentro. O uniforme de novata caia-lhe gloriosamente bem nas suas curvas delgadas e instigantes. A calça preta marcando quadris e coxas, a camisa branca de botões realçando o busto e modelando a cintura delicada e o coque no alto da cabeça permitindo a visão estonteante da nuca feminina que a jovem possuía. Ele aproveitou todos os momentos que ela não o olhava diretamente para estudar esses interessantes detalhes. Os detalhezinhos que a transformavam numa mulher que nunca, jamais, lhe passou despercebido.

― Estão pegando pesado com você lá na Academia?

― Que nada! ― Exclamou, retornando para cozinha e saindo do seu foco de visão um instante. ― Eu é que ando muito mole com o treinamento tosco que nos forneciam no departamento de Jakku. ― A cabeça dela surgiu de novo, por detrás da parede os separando ― Veio só para conversar?

― Basicamente. Estou atrapalhando?

― Não. Vou estudar em breve, mas tenho um tempinho. Está a serviço? Quer cerveja?

― Estou mais ou menos de serviço, mas uma cerveja não seria uma má ideia. ― Ele aceitou, ficando estranhamente animado com a hospitalidade da ex-policial certinha e encaminhou-se para o corredor lá fora, aguardando-a no parapeito que corria entre os apartamentos.

Rey, por sua vez, ficou intrigada por uma parte dela negligenciar o estudo imediato dos códigos criminais que o seu professor cereano pediu, para ter um momento social com Ben Solo. Por outro lado, sem o incrível contato dele com as pessoas certas, ela nem estaria ali, portanto, estava devendo esse gesto amigo ao rapaz. Mais do que isto, ele era seu único amigo real naquela metrópole colossal. Pegando duas garrafas de cerveja, foi ao encontro dele no corredor.

Ben, costas largas e bumbum firme - por que fico reparando nessas coisas?! - estava debruçado sobre o parapeito encarando uma capital de tirar o fôlego àquela hora da noite. Rey lhe passou as duas garrafas para que ele abrisse com as mãos, e pegou de volta a sua, também olhando maravilhada o show de luzes e movimentação de arranha céus e veículos aéreos espocando por todos os lados, um cenário que demoraria muito tempo para se acostumar ainda. E nenhum grão de areia à vista, concluiu satisfeita.

― Trabalhou muito hoje?  ― A garota perguntou ao seu convidado.

― Sim… E um trabalho que vai me render muita dor de cabeça nas próximas semanas. 

― Ah, qual é? É tão ruim assim fazer parte de uma força-tarefa?

― Eu não gosto muito de trabalhar em equipe, você se lembra.

― Oh, se lembro! ― Ela assobiou, arrancando um olhar atravessado dele que a fez rir ― Ben, você precisa se empenhar nisso. Tar-Cheaki precisa ser encontrado para dar maiores explicações sobre o sumiço daquele Choripe. A Nova República confia em você, por isso lhe colocou nisto.

Ele anuiu passivamente, pensando em como e quando conseguiria encontrar coragem para dizer sobre a sua importância naquele jogo político, a quem ele respondia, que tipo de sangue corria em suas veias. A cada dia que passava tinha mais e mais certeza de que o momento para isto havia, há muito, passado.

Enquanto se torturava nestes dilemas, um pod da HoloNet passou arrastando sua grande holotela de notícias frescas. Em um flash, ele viu a cobertura daquela tarde, as imagens de sua mãe entregando a insígnia à Grenz Foster, no evento do qual participou.

― Ah, Foster! E a Chanceler! ― Rey disse apontando e maravilhada ― Quase tive um surto quando vi essa matéria mais cedo na cantina da Academia. Tive a impressão de te ver lá também…

― Sim, eu estava ― ele disse, girando a garrafa nas mãos, ansioso. ― Queria prestigiar Foster e tinha umas perguntas para ele também, sobre o caso. Foi um evento bem interessante de acompanhar.

― Ele mereceu, foi corajoso e leal como a Chanceler pronunciou. ― Ela completou, a voz num tom justo e idealista. ― Mas como é ver a senadora Leia Organa Solo de perto? Deve ter sido uma emoção muito forte ― perguntou com expectativa, olhos brilhando.

― Foi muito legal, só que agora você também vai poder vê-la mais vezes. A Chanceler não sai da HoloNet... ― avisou tentando demonstrar como se aquilo não fosse nada demais.

― Não desdenhe disso. Ela é uma lenda viva, pois sem sua garra estaríamos todos subjugados pelo Império cada vez mais opressor.

― Tô sabendo ― ele respondeu trazendo na atitude da frase mais deboche do que gostaria. Isso lhe rendeu um tapa no braço dado pela garota ― Aí, porque fez isso?!

― É para você aprender a nunca debochar da Chanceler perto de mim.

― Eu não debochei! ― Ela é minha mãe.

― Debochou sim! Argh.... Você não muda ― Rey revirou os olhos e suspirou.

― Por que está tão brava?

― Porque essa mulher é uma mulher muito especial. Ela teve a bondade de ler minha carta de pedido de transferência para Hosnian Prime e usou seu nome, se arriscou, para me colocar na Academia de oficiais daqui que, já me falaram, é difícil de entrar.

― Puff, ela faz isso num piscar de olhos!

― Como sabe?!

― E-eu… quer dizer, aquele meu contato no senado, o que foi intermediário na entrega da carta a Chanceler, ele diz que ela está sempre ajudando jovens empenhados na causa de ajudar o governo.

― Hum…. Mesmo assim...

― E, aliás, você deveria me agradecer melhor, sabia disso? Foi esse cara aqui que sugeriu que você escreve essa carta. ― Apontou para si de peito estufado ― Esse cara aqui também que tinha um contato quente dentro do prédio governamental.

― Mas eu já te agradeci! ― Ela exclamou, irritada ― Vai ficar jogando isso na minha cara, como uma dívida eterna entre nós? ― Deixou a cerveja no parapeito e inclinou o corpo frente, o desafiando ao colocar as mãos na cintura.

― Pois eu não estou me sentindo quitado ― ele apoiou a garrafa ao lado da dela e também se agigantou desafiadoramente diante da mulher.

― O que devo fazer? Pedir um horário na HoloNet, nessas holotelas ambulantes, para dizer em alto e b-

A frase petulante dela não se completou. A raiva repentina entre eles, que nunca foi raiva em si, dissipou-se num instante no momento que ele a puxou para si, rápido e um tanto brusco, e enfiou sua língua dentro da boca atrevida da garota. Sua mente demorou três segundos para entender que estava provando dos lábios de Ben, mas o corpo não se contraiu nem por um segundo, pois há muito ansiava por aquilo: um beijo completo daquele homem. Lábios roçando deliciosamente um no outro, línguas se conhecendo num choque viscoso e quente, enquanto ele a trazia para mais perto de si, numa ânsia jamais experimentada com mulher alguma. 

Quando recuaram, atordoados e com as bocas inchadas após um minuto inteiro se provando, Rey havia acabado de dar o seu primeiro beijo, o verdadeiro, em toda a sua vida, enquanto a Ben cabia a inédita sensação de que aquele foi o melhor de que já provou.

― Pronto! Estamos, definitivamente, quitados. ― Ele respondeu, um arzinho convencido.

― Eu não te dei permissão para me beijar, Solo.

― Está certo, fui precipitado ― concordou, enquanto voltava a aproximar-se dela, colocando delicadamente a mão no seu queixo ― Posso beijar você de novo, policial?

Ela soltou o ar pelo nariz e moveu os ombros, com a ansiedade de uma implacável emoção. Erguendo a mão na direção do rosto dele, retirou uma mecha de cabelo que estava em seu rosto e acomodou-a atrás da orelha para que pudesse enxergar seus olhos melhor. Sorriram mutuamente, um pouco constrangidos e muito adoráveis. A felicidade finalmente a alcançou e nada mais faltava para Rey de Jakku tornar-se completa…. Nada mais, além de… quem sabe... mais um beijo de Ben.

Desta vez com sua expressa permissão...  


Notas Finais


Esse final foi melhor para reylo do que o anterior, não?! 🤣

Essa temporada foi pontuada por muitos mistérios e o início de uma ideia que vou cozinhar pelas próximas sequências, mas que acredito que alguns já podem estar teorizando sobre. Novamente chamo vocês para a próxima colocando um link aqui dela e pedindo para favoritarem só pra eu sentir o engajamento da continuação. Claro que ela ainda está praticamente crua no meu computador e vou precisar de algum tempo para começar as postagens novamente, mas já temos o capítulo um de aquecimento.

Season 3 https://www.spiritfanfiction.com/historia/paginas-criminais-galacticas--3-reylo-policial-21719058

Então vão lá pessoal!
Por aqui, muito obrigada por acompanharem e foi uma honra tê-los como leitores 😘😎


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