História Páginas de um diário - Noart - "Um para frente, dois para trás" K. B.

Kally Beauchamp

(Sonharrrr, nunca desistirrrrr)

Antes de continuar essa história deixar eu te explicar uma coisa. Talvez você não saiba o que seja esse 'apagão', principalmente pois fui eu que inventei o nome para ser mais fácil se referir ao acontecimento.

Basicamente, é um momento na festa onde todas as luzes se apagam e, dependendo de quem estiver perto, você beija alguém que não conhece. Você pode ficar lá até elas se acenderem novamente ou apenas se perder no meio da multidão para nenhum dos dois se reconhecer. Dito isto, vamos para os fatos que realmente aconteceram naquela noite. Não do modo que eu pretendia iludir vocês, do jeito certo agora.

- Você está sozinho? - Sina disse se aproximando de um garoto, um pouco mais alto que a mesma. Com tudo apagado ninguém podia ver nada.

- Sim, e você Tinker Bell? - Na verdade, quase nada. As silhuetas das fantasias ainda eram perceptíveis.

- Também. Então Peter Pan, posso? - Ela pergunta.

Noah nem teve tempo para concordar, logo colou seu lábios nos da mesma. Ela envolveu os braços em sua nuca e aprofundou o beijo. Sina pode sentir uma sensação familiar naqueles lábios, mas não sabia porque então só aproveitou o momento. Ele pensava o mesmo, mas quem realmente precisa pensar com as explosões de emoções que ambos estavam tendo?

Em pouco tempo eles se separam do beijo, ofegantes, e permaneceram com as testas coladas. Ambos queriam descobrir quem era o parceiro misterioso, mas o destino resolveu brincar com essa história mais uma vez. Afinal, não sei se já ficou perceptível, mas aqui as coisas funcionam assim, um passo para frente, dois para trás.

- Desculpa - Falou um garoto. Havia esbarrado no nosso casal em meio a multidão.

- Tudo bem - Falou Sina se abaixando para pegar sua pulseira que havia caído. Noah fez o mesmo, também havia deixado cair o acessório que refletia o símbolo da amizade dos dois. (Se eu não tiver explicado sobre essa pulseira ainda em algum capítulo, vou falar agora, se já disse, ignorem, finge que nunca falamos (: )

Era um pequeno bracelete de couro com uma placa prata pequena na parte da frente. Não havia nada escrito na frente, apenas ao lado que ficava colado com a pele. Na dela, estava escrito Jacob por dentro, e na dele Sininho. (Imaginem que a foto do capítulo são duas, não uma com duas voltas)

Mesmo que não soubessem, eram eles ali e faltavam poucos segundos para descobrir isso. Pegaram as pulseiras no chão mas algumas amigas de Sina apareceram e a levaram para longe. Algo sobre uma delas estar muito mal. Deve ter sido bebida ou coisa assim.

Ficaram chateados, ela não iria descobrir quem era seu Peter Pan e ele sua Tinker Bell, ou, Sininho. Havia apenas um problema, um pequeno detalhe que passou despercebido pelos dois. Haviam trocados as pulseiras e não repararam no único detalhe que as diferenciava.

(Antes de mudar o P.O.V expliquem uma coisa pra amiga de vcs aqui, é possível NÃO reconhecer quem está te beijando pelo beijo? Tipo, se o beijo acontecer mais de uma vez?)

Noah Urrea

Ela foi embora. E eu nem pude descobrir quem era.

|QDT - October, 13 - Orange County - 11:00AM|

- Demorou viu! - Sina fala ao abrir a porta de sua casa e me dá espaço para entrar.

- Desculpa, mas eu tava numa festa ontem e acordei com dor de cabeça madame. - Digo e a vejo fechar a porta.

- Vamos, eles já estão lá em cima. - Sina sobe e vou atrás.

Entramos em seu quarto e lá já estavam Hina e Krystian sentados no chão. Nos juntamos a eles.

- Achamos isso aqui - Falo e entrego o papel para eles verem.

- Código morse? - Hina pergunta e afirmamos - Genial! -

I wanna know, If no one knew my name, would my wildest dreams fell like home? (Para os esquecidos de plantão, essa era a frase)

- Vocês tem alguma ideia do que essa frase significa? - Pergunta Krys.

- Eu estava pensando, Ryan é filho de pessoas que tem muita influência por causa das empresas Fenning. Mesmo que não se liguem de primeira, todo mundo reconhece o sobrenome. - Sina fala se levantando para pegar seu notebook e volta para perto de nós.

- Então, "If no one knew my name" (Se ninguém soubesse o meu nome), ele pode estar se referindo a um lugar que ninguém o conhece? - Continuo o raciocínio da loira.

- Sim, olhem. - Ela vira a tela do computador para nós - O único lugar que as empresas da família do Ryan e da Savannah não existem no mundo é na rússia. - Ela aponta na tela um endereço.

- Lá não é onde aquela amiga de vocês mora? Que se mudou? - Krys pergunta.

- Sim - Concordo.

- E o Ryan conhecia ela também - Sina completa.

- Então Rússia, aqui vamos nós! - Hina se pronuncia.

Capítulo escrito por Kally