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História Painkiller - My universe screams It screams for you.


Escrita por: Chesthecat e shigachan

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 12 - My universe screams It screams for you.


Fanfic / Fanfiction Painkiller - My universe screams It screams for you.

"Oh! Como eu te sinto em cada pequeno detalhe 

Enquanto você espreita em meus sonhos atormentados 

Não há esperanças enquanto caminharmos por essa terra 

Mas você deveria saber que meu universo grita

Ele grita por você" 

 

Os dedos de Tomura batiam impacientes no balcão do bar. Havia retornado antes do que imaginava e preocupava se com a demora do bando em dar notícias se haviam conseguido ou não. Suas unhas iam de encontro a bandagem ao redor de seu pescoço, ele coçava o local freneticamente. Sentia se ansioso, nervoso e uma sensação ruim parecia se instalar em seu peito. 

 

- Kurogiri! Alguma notícia dos inúteis? 

 

- Ainda não Shigaraki San. - Um muxoxo em desagrado saiu dos lábios de Tomura. Por que aqueles merdinhas estavam demorando tanto? - Tente entrar em contato com eles já deveriam estar aqui. - Levantou se impaciente indo para seu quarto, iria jogar para tentar não ficar tão ansioso. 

 

                                (...) 

 

Himiko e Spinner corriam o mais rápido que podiam em meio a caverna lamacenta, não tinham muita escolha além de ter que correr contra o tempo para ajudar Dabi, sabiam que logo policiais e quem sabe até mesmo mais heróis viriam atrás deles. Quanto mais eles corriam, mais pareciam estar longe de chegar a saída. Himiko sabia que só poderia contar com uma única pessoa para ajuda los  e dependia apenas de chegar em uma parte onde seu celular finalmente tivesse cobertura. 

 

 

- Spinner, eu tenho uma ideia. 

 

- Ideias vindas de você só posso contar com o pior. 

 

- É um risco mas nossa única chance de ajudar o Dabi. 

 

- Por que você insiste tanto nisso? Ele próprio nos mandou fugir esqueceu? 

 

- O Stain, o Dabi é exatamente como ele. Enfrentando sozinho uma escória daquela, enfrentando sozinho um indivíduo que nem deveria ser um herói e ainda nos protegendo. Preciso achar um dos guardas. 

 

- O que? Um guarda? Está mesmo louca! - Spinner se quer conseguia processar direito o que estava acontecendo, todas as palavras de Himiko faziam sentido e ele sentia agora uma culpa enorme por ter se desviado do ideal de seu tão admirado Stain. 

 

- Anda logo seu merda! Eu vou atrás de um guarda e você liga pro Kurogiri assim que consegui fazer essa coisa funcionar! 

 

- Vai entrar lá sozinha? 

 

- Vou. O Dabi se trancou lá sozinho por nós. Ele passou a ser a segunda pessoa que mais admiro. Agora vai logo! 

 

                          (....)

 

O telefone só caia na infeliz caixa postal e Kurogiri sentia se nervoso. O que iria responder a Tomura se este voltasse a perguntar pelo trio? Será que algo havia acontecido ou eles realmente já teriam vindo embora? Tantos questionamentos, tantas preocupações, pois se algo acontecesse ele sabia o quão terrível seria o surto de Shigaraki dessa vez. O jeito era esperar e continuar tentando contato com o bando. 

 

Sentado no chão do quarto, Tomura mal piscava enquanto jogava, mesmo que parecesse imerso em seu mundinho de jogos sentia uma enorme aflição crescer em seu peito. Sentia se tão mal que até as janelas de seu quarto que praticamente nunca eram abertas estavam agora escancaradas, o vento gélido da madrugada entrava arejando o ambiente e tremulando as pesadas cortinas de cor vinho. Traço esse que era de Dabi, ele havia insistido tanto nessas cortinas, nessa cor, nesse detalhe. Tudo no quarto de Tomura lembrava Dabi, desde a nova arrumação até os enormes e fofos travesseiros, além do seu cheiro misturado ao de Tomura que impregnavam os lençóis. A cama tantas coisas haviam acontecido ali, tantos momentos, tantas sensações novas. 

Lembrar se daquilo trazia ao jovem Tomura uma nostalgia intensa. Dabi era o único que não lhe causava repulsa, o único que lhe tocava carinhosa e intimamente. Não que eles já tivessem certo envolvimento sexual profundo, pois Tomura apenas experimentava singelas carícias e ainda tentava aprender a controlar seu corpo, afinal quando era tocado por Dabi dessa maneira, perdia se em um mar de sensações tão prazerosas que se quer conseguia retribuir. No fundo ainda sentia uma enorme vergonha e ao mesmo tempo uma vontade tentadora de tocar Dabi da mesma maneira que ele o tocava. Shigaraki era praticamente um virgem já que a única experiência que possuía fora algo violentamente forçado, então nada sabia direito, nem a forma como retribuir ou proporcionar ao outro igual sensação ao que este dava a si. Lembrou se dos lábios partidos a beijar lhe o pescoço, descendo carinhosamente, sem pressa ou agitação passando por seu peito, depois por sua barriga, lenta e calmamente alcançando sua virilha e além, aquela noite Tomura realmente achou que sua alma havia saído de seu corpo dada a sensação de quase ecstase que havia experimentado. A forma como havia ofegado, a forma como apertou suas mãos contra sua própria boca para abafar seu gemidos intensos, o calor que sentiu e o sorriso que viu nos lábios queimados logo após Dabi passar seus dedos sobre eles retirando o que não havia conseguido engolir. Naquele momento Tomura sentiu uma vergonha absurda, achou aquilo totalmente obsceno, entretanto ao dizer tais palavras a resposta que recebeu deixou lhe sem palavras. 

 

"Não vejo nada de errado se for seu, além do mais está se tornando a minha parte favorita." 

 

Ele sabia que Dabi não tinha jeito com palavras, que ele falava o que pensava de maneira livre, então acostumou se com seu jeito. Às vezes passavam a noite inteira jogando ou só juntos, não estavam dormindo, mas Tomura aprendeu a gostar dos leves afagos que recebia no topo de sua cabeça até que o sono finalmente o derrubava. Aos poucos Dabi fazia toda diferença na vida do acinzentado, ele estava até mesmo se alimentando melhor. Claro que ainda tinha seus surtos, seus medos seus momentos de pânico nos quais fatiava a si mesmo, mas Dabi sempre estava lá cuidando de seus cortes, fazendo curativos e dando a ele mais afeto, ele parecia uma fonte inesgotável de algo como amor. 

 

                         (...) 

 

Os olhos dourados pareciam assumir um brilho quando sua dona estava prestes a atacar, um sorriso psicotico surgia em seus lábios e todo o seu corpo era tomado por uma brutal ansiedade. A jovem assassina havia dado sorte, ao invés de um guarda encontrou um herói, fraco que nem deu pro começo, mas seu sangue serviu para o propósito da garota sorridente. Usando sua individualidade Toga transformou se no herói abatido, entrando sem problemas no laboratório. 

 

- Veio buscar o vilão neutralizado? - Perguntou um dos guardas. 

 

"Neutralizado." 

 

Aquela palavra fez seu interior revirar e apenas torcer para que Dabi não estivesse morto, teria que correr muito contra o tempo. 

 

- Sim. Onde ele está? 

 

- Nível 3 ala oeste. Sorte nossa o herói número um estar aqui, ele acabou com o imbecil. 

 

- Endeavor. Ele é o melhor. - Limitou se. Logo deu as costas ao guarda e se dirigiu para o local em questão, correndo de forma desesperada aproveitando e ao mesmo tempo liquidando alguns dos guardas pelo caminho, assim seria mais fácil caso tivesse que voltar pelo mesmo lugar. Nível após nível Himiko descia com pressa, matando o que havia pelo caminho, pouco antes de entrar no corredor indicado, sentiu o forte cheiro de coisas queimadas inclusive carne humana e sangue. O local estava revirado, com marcas de luta por todos os cantos, de frente para o corpo extirado de Dabi no chão estava Endeavor, haviam marcas de queimadura em seu uniforme e nele próprio. Ele encarava o corpo inerte e ferido como se buscasse ali alguma resposta. Himiko respirou fundo antes de entrar na sala, apenas torcia para que Dabi ainda estivesse vivo. 

 

Já do lado de fora da caverna o ansioso Spinner escutava o som da chamada, nervoso e preocupado, ele transpirava como se estivesse em uma fornalha. A voz grave de Kurogiri soou do outro lado da linha. 

 

- Fomos atacados e o Dabi está lutando sozinho, precisamos de ajuda! 

 

                     (...) 

 

- Senhor. - Chamou timidamente tirando Endeavor de seus pensamentos. - Eu vim para levar o vilão neutralizado. 

 

- Até que vieram rápido. Esse era um idiota da liga eu queria te lo pego vivo, mas ele não me deu escolha tive que abate lo. - Mesmo que tentasse não esboçar reações, por dentro Himiko borbulhava em fúria. 

 

- O senhor fez um ótimo trabalho. Deixe me fazer o meu. - Passou levemente pelo homem robusto, agachou ao lado do corpo de Dabi, pegando este de forma rápida. 

 

- Onde estão os outros? 

 

- Não há outros senhor estou sozinho. 

 

- Eu nunca vi uma equipe de recolhimento de um homem só. - O silêncio pairou. Endeavor era um pro hero, o atual número um e já havia sentido o cheiro de sangue que exalava daquele a sua frente que se quer havia se apresentado com um nome de herói. Seus punhos ficaram firmes. - Quem é você maldito? 

 

- Eu vim para buscar o vilão abatido. É isso que irei fazer. - Seus olhos já não eram mais os mesmos, transbordavam sentimentos, seus movimentos foram rápidos e Himiko saltou com o corpo de Dabi em suas costas, sua metamorfose foi se desfazendo revelando o corpo nu da adolescente, pois ainda assim Endeavor era mais rápido e havia lhe acertado em golpe. 

 

- Então mais imbecis vieram ao seu resgate, eu não pensava que eram tão estúpidos assim! 

 

- Cala essa boca! Você não passa de um verme narcisista! Você é o tipo de escória que o Stain tentava eliminar desse mundo!

 

- Eu? Escória? Não me faça rir vadia. Estou com sorte irei matar dois de uma só vez! - Mais golpes eram desferidos e Himiko apenas desviou com muito esforço, Dabi era alto e pesado e mesmo que estivesse morto ela iria levar o seu corpo para casa. Ao conseguir uma brecha correu o mais rápido que pode já que havia "limpado" o caminho seria mais fácil. Um insano Endeavor os perseguia, queimando tudo por onde passava. 

As pernas da jovem garota queriam fraquejar entretanto sua determinação a mantinha de pé e correndo. 

 

- E- Eu falei pra fugir idiota... 

 

- Dabi! - Seus olhos se arregalaram ao escutar a fraca voz do moreno. Ela queria desabar em lágrimas. - Shigaraki San... Ainda está te esperando. 

 

- Hell Spider! - A rajada de chamas veio rápida e Himiko não podia fazer nada para evitar aquele ataque, precisava continuar correndo, seu coração, a vida de Dabi e a mínima sanidade de Tomura dependiam de seu esforço. Uma espiral de chamas azuis saiu do braço esquerdo de Dabi, estranhamente pareciam frias, neutralizando o golpe de Endeavor. Ao se chocarem apenas um vapor era visível e naquele momento o homem parou de persegui-los, tendo em sua face uma expressão de surpresa. Himiko correu por mais um corredor e próximo a saída um portal escuro de Kurogiri foi aberto, Toga não demorou em se atirar ali dentro com Dabi. 

 

                         (...) 

 

Seu celular finalmente estava vibrando sobre o balcão do bar, Kurogiri apressou se em atender, porém o que a voz ofegante e trêmula de Spinner lhe disse fez seu coração vir na garganta. Ele precisava sair para ajuda los, mas não poderia dar a notícia de forma abrupta para Tomura. Respirou e seguiu até o quarto do jovem Shigaraki. 

 

- Shigaraki San. - Chamou sua atenção. 

 

- Hum... 

 

- Preciso aju... Preciso sair para auxilia los. 

 

- Aconteceu alguma coisa fora do plano?  - Suas unhas começavam a coçar o pescoço cicatrizado com força. 

 

- Shigaraki San... Preciso que esteja pronto, preciso que me espere. - Saiu porta a fora antes que o outro pudesse retrucar. Ele sabia que daquele jeito seria melhor do que dizer o que realmente havia acontecido. 

 

Tomura levantou se tentando seguir Kurogiri, mas este já havia desaparecido. Ficou andando de um lado para o outro no bar. Ele podia sentir que alguma merda havia acontecido. Mais uns bons minutos de espera angustiante e logo o portal de Kurogiri se abriu, Spinner foi o primeiro a sair com a caixa de documentos em mãos, seguido por Toga completamente nua, seu tornozelo direito e a sola de seus pés estavam feridos, assim como suas costas. Logo os olhos carmim pareciam querer sair de sua face, semi envolto na caligem dos braços de Kurogiri estava Dabi. Ensanguentado, queimado, ambas as mãos feridas, assim como sua face e perna direita, não haviam roupas apenas farrapos que cobriam certas partes de seu corpo. O surto foi inevitável. 

 

- O que diabos aconteceu com ele?! Como assim seus inúteis? O que houve com ele? - Gritava histericamente, as unhas iam de encontro a carne de seu pescoço, iam de encontro a pele de seus braços. 

 

- Shigaraki San! Acalme se por favor! 

 

- Cala a boca Kurogiri! Todos vocês são uns merdas inúteis, imbecis, amadores! - A mão de Himiko acertou lhe a face esquerda sem dó, apenas o som do tapa ecoou pelo ambiente. Todos ficaram surpresos com a ousada reação da garota. 

 

- Cale se Tomura. Recomponha se! O Dabi precisa de cuidados e de você! Não faça o sacrifício que ele fez se tornar nada! Ele apenas salvou a todos nós, ele é o mais forte e ninguém avisou que o idiota do herói número um estaria lá. Fomos pegos de surpresa, todas as missões envolvem riscos. Deveria ter considerado um imprevisto quando formulou seu plano idiota! Então pare de nos culpar e vá ajuda lo! 

 

- Eu preciso que a banheira seja preenchida com água e gelo. - Disse Kurogiri timidamente. No mesmo instante Twice e um atordoado Tomura moveram se em direção ao banheiro. 

 

- Isso não vai passar despercebido Himiko. - A fala gélida de Tomura dirigida a Toga, como um pai que lhe castigaria pelo ato impensado. 

 

- Que seja. Apenas ajude o. 

 

Compress apressou se em providênciar remédios, atadura e o que mais Kurogiri solicitou. Twice encarregou se de cuidar dos ferimentos de Himiko, enquanto Spinner permanecia tão perplexo quanto o próprio Tomura, que ansioso sentou se na porta do banheiro. 

 

Ele sentia se dormente como se seu corpo estivesse flutuando em águas calmas, seus membros haviam retomado a livides anterior às queimaduras. O céu estava nublado como se fosse chover, mas havia uma brisa morna acariciando sua face e agitados seus cabelos ruivos. 

 

"Touya." 

 

Uma voz feminina e doce o chamava, ao fundo ele podia escutar as risadas infantis de seu amado irmão. O cheiro adocicado dos lírios preenchia suas narinas. Era um odor agradável e conhecido, pois quando Dabi era criança costumava fazer uma coroa de lírios para a sua mãe, e assim ele fingia que ela era um ser celestial. Ele vislumbrou o sorriso nos lábios rosados. 

 

"O que aconteceu Touya chan? Onde conseguiu todos esses ferimentos?" 

 

"Mãe, às vezes acho que não posso mais suportar toda essa dor, toda esse peso do nome Todoroki." 

 

"Ora ora Touya chan você é forte deixará a todos orgulhosos, agora venha vou cuidar de você."

 

Mais uma vez pode ver o caloroso sorriso e o olhar gentil, mais uma vez seus braços estavam queimados, mas a mulher era hábil em acalmar aquela sensação de ardência com suas palmas geladas. Por que ele havia retornado aquela época? A época em que sentia se feliz? Amado? Talvez. 

 

Dabi abriu seus olhos e suas turmalinas fitaram o teto de cor verde água do banheiro tão conhecido. Embora seu corpo estivesse dormente, sua cabeça doía como se tivesse acabado de despertar com uma ressaca brutal. Seus olhos passearam lentamente, tendo a sua frente a fumaça Kurogiri. 

 

- Ah! Kurogiri? - Um grito veio junto ao chamado, sentia uma terrível dor em suas costas. Mas agradecia internamente por ver a face esfumada do homem ao seu lado e não mais as lembranças de seu passado. 

 

- Você está a salvo agora Dabi. Deixe me cuidar de você. - Ele tentou inutilmente levantar se, mas seu corpo parecia pesar toneladas. 

 

- Sho- Shoto... Não posso deixar que ele o machuque tanto assim... - Sua voz ia tornando se cada vez mais baixa a medida que a frase era dita. Seus olhos se fecharam e mais uma vez Dabi perdera a consciência. Kurogiri logo entendeu que ele estava delirando devido a dor. Precisava terminar seus curativos o quanto antes. 

 

Estava na sala onde treinava com seu pai, seu corpo estava dolorido e haviam algumas queimaduras em seus carpos.

 

"Você é fraco! Herdou a maldita fraqueza da sua mãe!" 

 

"Eu não sou fraco."

 

Ofegava em meio a fala, estava exausto e realmente não conseguia concentrar calor naquelas chamas, por mais que tentasse as chamas que saiam de suas palmas não eram fortes o suficiente. Eram quentes mas tornavam se gélidas a medida que Touya aumentava seu poder. 

 

"Você é um fracasso, Shoto é diferente se tornará aquele que levará o nome dessa família a glória."

 

"Não pode exigir tanto de uma criança!" 

 

"Cale se Touya! Você não tem o direito de falar sendo esse fiasco que é! Ele é meu filho, então apenas observe ele te superar. Já está decidido ele receberá um um treinamento especial. Agora saia da minha frente inútil."

 

A noite finalmente havia chegado e nos braços do irmão mais velho, estava o seu irmãozinho, ele não iria permitir que aquele monstro o machucasse. Não mais. 

 

                                   (...) 

 

Deitado na espaçosa cama de Tomura estava o homem queimado, coberto com bandagens especiais. Seu estado não era nada bom e agora só iria depender dele o grau de sucesso de sua recuperação. 

 

- Eu fiz o melhor que pude Shigaraki San. Ele precisa mesmo de cuidados intensivos em um bom hospital. 

 

- Isso está fora de questão. Somos vilões. 

 

- Foi só um comentário, perdoe me. 

 

- Cala a boca. Eu estou pensando. Quero ficar sozinho, pode ir cuidar dos outros. 

 

- Se precisar de ajuda sabe o que fazer Shigaraki San. 

 

Kurogiri desapereceu em um de seus portais, deixando ali apenas um atordoado Tomura e o homem ferido em sua cama. Os olhos carmins percorriam toda parte que podiam, encarando entristecidos todas aquelas bandagens pelo corpo alheio. Seus dedos magros e compridos acariciaram a face de Dabi, Tomura queria abraça lo, mas limitou se a suave carícia. Seus lábios tremeram assim como seu corpo e não demorou para que Shigaraki desabasse em lágrimas pesadas, ele mordia a parte interna de sua boca tentando abafar os soluços. Dabi precisava se recuperar, ele não podia partir. Tomura não estava pronto para enfrentar duas perdas. Primeiro o mestre e agora a única pessoa por quem sentia algo próximo de amor. Não era justo que após todo esse tempo juntos ele simplesmente se entregasse. 

Os lábios trêmulos e banhados pelas lágrimas tocaram os lábios queimados, um selar singelo com uma enorme carga de sentimentos. Algumas de suas lágrimas caíram na face alheia, deixando um rastro translúcido de sua sutil presença. 

 

- Por favor se recupere, eu estou aqui e irei cuidar de você Dabi. 

 

- Para de chorar Tomura eu não morri ainda. 

 

Os rubis surpresos depararam se com as turmalinas exaustas. Um sorriso genuíno se desenhou na face até então entristecida. Aquilo bastou para que o dono dos lábios queimados lhe retribuísse o gesto com um sorriso fraco devido a dor em seu corpo. Dabi não consegue mover um dedo sem que um choque de dor percorresse todo o seu corpo. 

 

- Venha... Deite se ao meu lado. Eu durmo melhor com você perto. - O delicado pedido de Dabi foi prontamente atendido, Tomura deitou se ao seu lado tomando o maior cuidado para não causar lhe mais dor. No fundo Dabi só queria ter a certeza de que realmente havia conseguido voltar para Tomura, pois ele era a sua casa e o seu novo mundo. 

 

"O cheiro dele é tão... Doce." 

 

Continua... 


Notas Finais


Agradecendo a quem leu, favoritou, comentou ou só lê anonimamente.
Desde já peço desculpas caso algum erro tenha escapado.
Não matei o Dabi como puderam notar.
Entretanto a reviravolta deles só está começando. Obrigada por acompanhar a fic e até o próximo capítulo 😘


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