1. Spirit Fanfics >
  2. Pais por Acaso >
  3. Sete.

História Pais por Acaso - Sete.


Escrita por: yoongizzz

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 7 - Sete.


O dia amanheceu normalmente, e como sempre fui acordar os diabinhos. Digo, as crianças. Quase gritei de fofura quando fui acordar o Hyungwon, porque estava estranhando ele não ter acordado antes de mim e ido até a cama pra me fazer perder o ar sentando na minha barriga para me acordar. Ele estava deitado com o gatinho ao lado dele, e os dois dormiam como anjos. Deus criou o Hyungwon com uma dose de fofura maior que o normal. 

Depois de todos os meninos estarem com os uniformes, menos Changkyun para variar, que fazia uma birra enorme, o café foi servido, os meninos comeram como esfomeados, menos Hyungwon, ele só queria saber do gatinho e eu estava me sentindo trocado.  

Ciúmes de um gato? Tenho sim. Está roubando a atenção da minha criança pra ele. 

Quando as crianças finalmente foram para a escola, e Hyunwoo foi para a faculdade, Hyungwon desgrudou um pouco do gato e me pediu colo. 

—  Vamos levar o gatinho ao veterano? —  ele perguntou e eu ri e chorei ao mesmo tempo. 

—  Veterinário, Hyungwon. — Corrigi-o.   — E sim, vamos. 

Hyungwon desceu do meu colo e correu escada acima, subindo degrau por degrau por causa de sua altura. Fiquei observando o animalzinho todo pequenininho se lambendo e me abaixei. 

—  Para de roubar o Hyungwon de mim. — Fiz carinho em sua cabeça. —  Ou então você não vai morar aqui. 

—  Minuki? —  Hyungwon me olhava confuso. 

—  Oi, Hyungwon. — Sorri todo desconsertado para ele percebendo só então que eu estava falando com um gato. 

—  O gato não fala nossa língua, Minuki appa. —  Hyungwon tem a capacidade de ser mais adulto do que eu. 

—  Ah, eu sei... — Eu respondi envergonhado. —  Vamos leva-lo ao veterinário, sim? 

—  SIM! — Ele gritou e só então eu percebi que ele estava com nada mais nada menos do que pantufas de pato. 

Isso mesmo, pantufas de pato. Dois lindos patinhos amarelos nos pezinhos de Hyungwon. Não tenho coragem de mandar ele trocar isso, alguém me ajuda. O pouca sombra pegou o gatinho dentro da caixa e o acomodou em seus braços, e o gato na hora sossegou e ficou quietinho. Queria que o Changkyun fosse assim. 

Saímos de casa e eu logo percebi que teríamos de andar muito, pelo menos uma meia hora, para chegarmos ao veterano, como Hyungwon diz. Enquanto andávamos, os olhares das pessoas se direcionavam totalmente para os pés do Hyungwon, e sorriam, e eu não sabia se ria ou se chorava. 

Como toda criança cansa de segurar algo, Hyungwon cansou de levar o gatinho e eu tive que domar o animalzinho pra ele ficar no meu colo. Coisa que não deu certo. Minha blusa já estava em fiapos por ele não parar de arranhar o pano, meus braços estavam mais vermelhos do que pimentões e cheios de cortezinhos, e Hyungwon andava pulando todo feliz. Tem como piorar? Talvez. 

—  Minuki, por que você estava gritando ontem à noite? —  Hyungwon me perguntou enquanto caminhava. 

E detalhe, ele perguntou alto, como se fosse pra todo mundo ouvir. 

—  Eu não estava gritando Hyungwon. — Respondi querendo me enterrar. 

—  Estava sim, estava gritando com o Souiu appa. — Ele disse. —  Ele fez algo errado? 

—  Hyungwon você devia estar sonhando. — Tentei explicar. 

—  Mas o Hoseok disse que também ouviu. — Ele disse e eu quis me tacar da ponte aproveitando que passávamos por uma. 

—  O que o Hoseok disse? — Perguntei com o fiofó na mão. 

—  Ele disse que vocês estavam fazendo filhos. — Ele me olhou sério. —  Você tá grávido, Minuki? 

Minha única reação foi apertar o gatinho na minha mão — sem querer — e o animalzinho se mexeu todo na minha mão, pulando no Hyungwon, fazendo-o cair e correu pra longe. E eu só queria estar morto. 

Hyungwon começou a chorar por ter se assustado e pelo gatinho ter ido embora. O peguei no colo e corri, corri tanto atrás do pontinho preto no chão rezando pra que ele não tivesse pulado da ponte ou ido pra rua. Hyungwon chorava, mas não era um choro alto, agradeço a Deus por isso. Quando eu vi que não encontrava o gatinho, sentei Hyungwon em um banco aleatório e me abaixei, limpando as lágrimas do rostinho inchado pelo choro. 

—  Minuki, o Bolinha foi embora. — Ele fungou. 

—  Desculpa, Hyungwon, a culpa é minha... — E aí eu não me aguentei, chorei também. —  Me perdoa, Hyungwon, me perdoa meu pequenininho... 

Eu sou manteiga derretida, mas só chorei porque o Hyungwon chorou. Se tem uma coisa que eu odeio é ver criança chorando, e Hyungwon me deixou aos prantos mesmo. Olhei pra todos os lados procurando um pontinho preto desesperadamente. Hoje é realmente o pior dia da minha vida, vou anotar no calendário. 

—  Minuki, temos que encontrar o Bolinha. — Hyungwon disse todo choroso. 

—  Sim, temos. — Limpei minhas lágrimas tomando a pose de macho que eu nunca tive. 

—  Com licença. — Uma senhora nos parou. —  Vocês estão procurando um gatinho preto? 

—  Sim. — Respondi. 

—  Ele atravessou a rua, está ali no gramado. — Apontou enquanto os carros passavam. 

O gatinho estava miando, e tinham mil carros passando numa velocidade muito rápida. Não tem nenhum tipo de sinalização aqui. O que fazer? Deus, me socorre. 

—  Ok... — Respondi. —  Hyungwon, fique aqui, não se mova, vou buscar o Bolinha. 

Andei até o meio fio da calçada e observei os carros. Uma corridinha e eu chego lá, pego o gato e volto. Beleza. Na minha mente iria ser fácil, eu daria pulos e saltos enormes no estilo ninja e salvaria o gatinho das modernidades rápidas, me tornando um super herói, mas tudo o que eu fiz foi correr me cagando todo e tendo que parar no meio da rua porque um caminhão vinha em alta velocidade. Passei correndo quase sendo atropelado por uma moto, mas cheguei vivo — porém, quase morto — ao outro lado. Tive que correr atrás do gatinho que corria de mim feito um louco e quando eu finalmente o peguei fui atacado com mordidas, arranhões, uma maravilha. 

Voltei ao outro lado quase sendo atropelado também e me joguei na calçada achando que tudo havia terminado. Me enganei. Cadê o Hyungwon? Fodeu. Fodeu mesmo. Fodeu gostoso, mais gostoso do que Hyunwoo me fodeu. 

O desespero bateu forte e eu comecei a gritar o nome dele, subindo no banco e dando uma olhada em volta. Deus do céu como eu sou irresponsável. Um cara com um gato miando mais alto que um alto falante de bingo, procurando uma criança com pantufinhas de pato. Que dia lindo, que cena maravilhosa. 

Meu coração só voltou ao normal quando eu vi um pontinho preto correndo em meio ao mato, avistando um parquinho ali perto. Sai correndo que nem louco, quem é Usain Bolt perto de mim? Quando cheguei ao lugar, olhei em volta procurando patinhos.  

Estava quase saindo perguntando “Moço você viu uma criança com pantufas de patinho?”, mas não foi preciso. Hyungwon estava no escorregador, e eu fui até ele, o vendo sorrir pra mim. Um anjinho, sim, claro, só parece mesmo. 

—  Bolinha! — Ele pegou o gatinho no colo. 

 E Lee Minhyuk nada, né? Eu não existo, né? Eu não salvei a vida dessa bola de pelos, não é? Eu não fiz nada né? LEE MINHYUK NÃO FEZ MAIS DO QUE SUA OBRIGAÇÃO. 

—  Minuki. — Ele abraçou minhas pernas. 

—  Hyungwon, mandei ficar no banco. — Suspirei fundo. 

—  Eu vi um patinho e vim trazer ele pra mamãe dele. — Apontou a mamãe pato com os filhotes. 

—  Não faça isso de novo, ok? — Ofeguei. Estou ficando velho. —  Vamos, temos que chegar ao veterinário antes que ele feche. 

Hyungwon levou o gato o resto do caminho, esquecendo do assunto gritos do Minhyuk. Quando chegamos a clínica, o veterinário logo nos atendeu. Examinou o gato, se encantou com o Hyungwon, se assustou com o estado dos meus braços e até passou uma pomada para cicatrizar mais rápido. Um amor. Hyungwon conversava com ele o tempo todo, querendo ajudar e contando sobre o gatinho. 

Depois de alguns minutos, ele voltou dizendo que precisava apenas dar algumas vacinas no bichinho e que ele estava bem, mas fraco, precisava comer. Hyungwon chorou junto com o gatinho quando ele recebeu as medicações e quando o bichinho dormiu, Hyungwon chorou mais achando que ele estava morto. 

O doutor olhava pra mim sorrindo, vendo Hyungwon ninar o Bolinha, que eu particularmente ainda tenho um pequeno ódio, e eu não sabia como reagir aos olhares e ao Hyungwon. 

—  Ele é seu filho? — Ele perguntou. 

—  Estou cuidando dele. — Cheguei mais perto do doutor para sussurrar. —  Sou tipo pai adotivo dele, os pais biológicos morreram recentemente num acidente. 

—  Ah sim. — Ele entristeceu. —  Ele ainda não sabe, não é? 

—  Não... — Suspirei. 

—  Meus pêsames. — Ele disse sentido. 

Depois de ter pago a quantia de dinheiro para a secretária, a mesma ofereceu uma caixinha para levarmos o gatinho para a casa com mais conforto. Aceitei de bom grado, porque eu quem vou ter que levar esse bichinho. A clínica também nos ofereceu um pouco de ração para o filhote. 

Na volta, Hyungwon pediu para tomar sorvete, e eu como adoro mimar e não resisto aos pedidos dele, apenas deixei. Paramos na sorveteria e ele pediu uma pequena bola de morango, colocando confeitos coloridos e muita calda de chocolate. Nunca vi uma criança tão feliz. 

Como Hyungwon não queria ir andando e tomando o sorvete, nos sentamos numa mesinha do lado de fora da sorveteria e eu calmamente esperei que ele tomasse — e se lambuzasse todo — o sorvete. Hyungwon sorria e fazia uma dancinha a cada colherada, cantarolando a música do desenho animado favorito dele. Jurei ali mesmo que morreria de amores. 

—  Quer? — Ele estendeu a colherzinha cheia de sorvete pra mim. 

—  Não, Hyungwon, muito obrigado. — Agradeci. 

—  Mas está gostoso. — Ele disse fazendo um biquinho, e eu não resisti. 

—  Tudo bem. — Abri e boca e ele me estendeu a colher, sorrindo. —  Está muito bom mesmo. 

—  Minuki, o Bolinha pode tomar sorvete? — Hyungwon perguntou todo inocente. 

—  Não, Hyungwon, ele não pode. — Respondi rindo baixinho. 

— Ah, tudo bem então. — Ele respondeu. 

Quando Hyungwon acabou o sorvete, nós voltamos para a casa. Durante o caminho ele perguntou porque todas as pessoas olhavam para nós na sorveteria, coisa que eu não havia percebido. Hyungwon me deixa totalmente fora do ar. Eu não soube o que responder, então disse que era por causa das pantufas de patinho. Ele sorriu e disse que usaria mais as pantufinhas. 

Quando chegamos em casa limpei Hyungwon que estava cheio de sorvete e o deixei assistindo desenho animado. Fiz leite com chocolate para ele e quando menos esperei ele dormiu no sofá, e eu com preguiça apenas o deitei melhor ali e o cobri, deixando-o dormir. E foi só ele dormir que o gatinho acordou. Peguei um pequeno potinho com água e um com a ração e coloquei dentro da caixinha, esperando ele comer. 

E eu, assim como Hyungwon, acabei dormindo no sofá enquanto lia algumas coisas da faculdade. Acordei com Hyunwoo me chacoalhando, sorria pra mim feito bobo. Me levantei e procurei um rumo pra minha vida. Queria tomar o rumo de um caixão. Mentira. 

—  E aí, como foi seu dia? — Perguntou me abraçando. —  Minhyuk, o que aconteceu com seus braços? — Ele perguntou ao ver o estado dos meus braços. 

—  Pior dia. — Respondi. —  Odeio aquela bola de pelos. 

Ele riu e eu soquei a cara dele. Mentira, não soquei, mas ameacei. 

—  Você parece exausto. — Ele comentou. 

—  E eu estou, mas tudo bem, tudo por Hyungwon. — Sorri. 

Hyunwoo apenas sorriu e retribui. Peguei meus materiais e fui direto pra faculdade, sem comer ou deixar o jantar dos meninos pronto. Durante a aula eu só pensava em comida, não conseguia resolver nada e quase babei lembrando do Hyungwon. É um peste, mas eu o amo muito. 

Meu celular começou a vibrar feito louco e eu desejei mentalmente que a pessoa que estivesse me chamando naquele momento levasse um choque. Abri as mensagens escondido. Hyunwoo. 

 

Shownu: Minhyuk. 

Shownu: Vem pra casa agora. 

Minhyuk: Por quê? 

Shownu: Kihyun desmaiou e os meninos disseram que antes disso ele tinha vomitado. 

Minhyuk: PUTA MERDA, ME ESPERA NO PORTÃO. 

 

Minhyuk ator entrando em ação. Peguei todas as minhas coisas e corri com a mão na barriga até a mesa do professor. Disse que estava com diarreia e que precisava ir ao banheiro, e ele me olhando assustado apenas disse “vá”. Sai correndo mesmo, corri muito mesmo até o banheiro e fui até o fim do banheiro, onde havia uma janela que eu sabia que era fácil de abrir. Subi na pia — completamente nem aí para os bons modos, desculpa mamãe — e abri a mesma, jogando tudo lá pra fora. Passei metade do corpo pela janela e o desespero bateu. Entalei. Tentei abrir mais o vidro e não funcionava, murchei a barriga como pude e me mexi, me mexi machucando-me inteiro e desentalando. Cai de cara na grama, comi terra, mato, flores e me arranhei inteiro no arbusto cheio de espinhos. Fiquei deitado achando que tinha morrido e me levantei sentindo tudo doer. 

Virei Usain Bolt novamente e corri até o carro, jogando tudo no banco de trás e saindo da faculdade, dirigindo a toda velocidade até em casa. Quando cheguei, a única coisa que vi foi Hyunwoo abrir a porta e colocar Kihyun sentado no banco, saindo para colocar as outras no bando de trás. Hyungwon veio no meu colo porque não iriamos conseguir colocá-lo na cadeirinha e então partimos para o hospital. 

Eu nunca na minha vida achei que me desesperaria tanto por uma criança. Buzinei, gritei com motoristas que entravam na minha frente, ultrapassei algumas vezes o limite de velocidade e não me importei. Tudo o que eu pensava era em Kihyun. 

Depois de minutos quase chorando, chegamos ao hospital. Hyunwoo saiu correndo com Kihyun nos braços e eu estacionei o carro, levando as outras quatro crianças comigo. Eu nunca me desesperei tanto. Quando chegamos a recepção, fomos barrados, crianças não entravam junto e eu tive que implorar para a moça, suplicando que precisava levar as crianças comigo e que precisava entrar. Hyungwon salvador da pátria fez uma carinha toda pidona e nós pudemos passar. 

Hyunwoo nos avistou e correu para me abraçar. E só então eu senti que todas as dores reais. 

Eu estava machucado para caramba. Desci Hyungwon no chão e fui até o banheiro para os pacientes e então eu quis chorar. Percebi o quanto uma mãe ao seu lado faz falta, percebi o quanto eu me sentia um bebê. Minha barriga estava toda ralada por conta da janela, meu pescoço todo machucado e meu rosto com alguns cortes. Minha roupa não tinha nem o que falar. 

Passei um pouco de água sentindo tudo arder e respirei fundo, me segurando pra não chorar. Quando me recompus voltei a sala de espera, encontrando os outros cinco preocupados. Changkyun observava tudo assustado e Jooheon estava grudado ao pequeno. Hoseok segurava Hyungwon sentado em seu colo e Hyunwoo estava na porta da sala de consulta, olhando pelo vidro. 

—  Kihun vai ficar bem? —  Hyungwon perguntou. 

—  Vai sim, meu amor. — Tranquilizei-o. 

—  O que ele tem? —  Changkyun perguntou. 

—  Eu não sei. — Suspirei. 

Hyunwoo foi chamado para dentro da sala e assim que entrou fechou a porta. Depois de alguns minutos que mais pareciam séculos para mim, ele saiu da sala todo triste. Fui até ele e entrei na sala, encontrando Kihyun acordando. 

—  Senhor Minhyuk? — A enfermeira me chamou. —  Nós já temos o diagnóstico. 

Ali eu realmente quis chorar. Depressão, como eu tanto pensava. Kihyun mal comia, vomitava e isso ocasionou o desmaio. Ela perguntou o que ele tinha passado e eu expliquei toda a situação. Quando terminei, ela apenas disse que ele precisaria de acompanhamento psicológico e que ficaria em observação a noite toda. 

Sai da sala destruído, chegando ao corredor e encontrando duas pessoas desconhecidas. Uma senhora e um senhor muito bem vestidos estavam loucos na porta da sala onde Kihyun estava, e eu comecei a me perguntar quem eram. 

—  O que vocês fizeram com o pequeno Kihyun? — A mulher gritou comigo. 

—  Calma, querida. — O homem disse. —  O que aconteceu? 

—  Ele desmaiou, apenas. — Fui simplista. 

—  E POR QUE DESMAIOU? VOCÊ NÃO ESTÁ ALIMENTANDO ELE DIREITO? COMO MINHA FILHA TEVE CORAGEM DE DEIXAR ESSAS CRIANÇAS COM VOCÊS? — A mulher gritou alto, para todo mundo ouvir. 

Eu nunca senti tanta vontade de socar alguém na vida.  

—  Minhyuk, venha. —  Hyunwoo me puxou e eu quase desabei. 

—  Quem são eles? — Perguntei. 

—  Nossos avós. —  Hoseok disse. 

—  Quem avisou eles que estávamos aqui? — Perguntei de novo. 

—  Eu. —  Hyunwoo confessou. —  Estava no papel que assinamos, Minhyuk, se as crianças vêm para o hospital temos que avisá-los. 

—  Kihun tá bem? —  Hyungwon perguntou brincando com as pantufas de patinho. 

—  Está sim. — Respirei fundo. —  Ele vai ficar aqui essa noite em observação e eu vou ficar com ele. Então, vocês se comportem com o Hyunwoo, ok? 

Todos concordaram, e Hyungwon me abraçou, sussurrou um “eu te amo, Minhyuk appa” e depois foi para o colo de Hyunwoo. Abracei cada um e dei um beijo de boa noite, dando um abraço em Hyunwoo e os vi sumindo no corredor. Hyungwon acenou pra mim até eles virarem o corredor e eu só sorria.  

Observei as pessoas olhando para mim sorrindo feito bobas e me senti até envergonhado. Mas ai eu dei de cara com os avós das minhas crianças. 

—  Queremos a guarda deles. — A senhora ditou séria. 

—  Mas eu e Hyunwoo fomos designados a ficarmos com as crianças, estava na carta que eles deixavam para vocês para se caso algo acontecesse. — Respondi. 

—  Olha a que ponto você deixou o Kihyun chegar! Você não tem capacidade alguma para ser pai, é um adolescente bobo e irresponsável. — Ela disse brava. 

—  Escute, o que o Kihyun tem é uma depressão, ele não sabe lidar com a morte dos pais, ele não escolheu ter depressão, ele não escolheu perder os pais, eu não o induzi a isso tudo. — Soltei os leões. — São vários fatores e eu não sou um deles. 

—  Morte? — Ouvi uma voz que eu conhecia muito bem. 

Hyungwon me olhava assustado. Tinha um pacotinho em mãos cheio de salgadinhos. 

—  Sim, Hyungwon, seus pais estão mortos! — A avó gritou. 

—  Appa e omma? —  Hyungwon marejou os olhos. 

—  Sim, e você tem que lidar com isso. — A senhora ditou séria. 

Hyungwon chorou quieto. Derrubou o pacote de salgadinhos no chão e saiu correndo para lá se sabe onde. E quando eu percebi, Hoseok, Changkyun e Jooheon estavam ali também, e com certeza tinham ouvido tudo. 

Hoje é realmente o pior dia da minha vida. 

 

.


Notas Finais


Tudo começa fofo e termina ruim, me batam eu deixo.
Agora vem a parte delicada da fanfic, não desistam dela, mas vai ser meio tenso lidar com os avós dessas crianças.

Usain Bolt: Usain St. Leo Bolt OJ, OD é um velocista jamaicano, multicampeão olímpico e mundial, recordista mundial dos 100 e 200 metros rasos e o homem mais rápido do mundo. (Wikipédia) [Vai que tem algum alienado que não sabe quem é ele e fica tipo ???]

OBRIGADA PELOS 160 (e três) FAVORITOS <3 Eu amo vocês demais, obrigada por todo o apoio, por cada comentário, cada um de vocês é importante pra caramba, sério, vocês não tem noção de como está sendo difícil pra mim até mesmo levantar da cama, e escrever se torna uma forma de aguentar mais um dia. Obrigada por cada sorriso que vocês arrancam de mim, eu amo muito vocês, obrigada mesmo. De verdade. ❤

Falem comigo aqui no twitter: https://twitter.com/foolmonstax
Amo muito vocês, qualquer coisa é só comentar ou me chamar no twitter, eu não mordo e respondo todo mundo, juro. Até ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...