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História Paixão Doentia - Ciclo


Escrita por: kerley

Notas do Autor


Eu aqui outra vez!!!
Demorei mais do que previ, mas é que estão acontecendo algumas coisas em minha vida (boas na verdade), tive que deixar a fic de lado por um instante, mas enfim consegui concluí-la. Espero que vocês gostem desse capítulo.
Eu ainda não tive tempo para responder os comentários ( coisa que farei agora) mas sempre leio a todos, e amo do fundo do meu coração o carinho de vocês, e todas coisas boas que falam, e também agardeço por estarem acompanhando a estória e não terem desistido de mim, por mais que eu demore tanto.

Boa Leitura.

Capítulo 10 - Ciclo


Ofego mais uma vez entre o beijo, meu corpo empresando o seu contra parede, ela arfa em minha boca quando suspendo seu corpo e suas pernas em um meio automático se cruzam em minha cintura.

Eu estava mais uma vez fodendo as coisas, passando até por cima do pouco bom senso que ainda me restava, mas ele foi se esvaindo, e antes mesmo que eu me desse conta, estou aqui subindo mais uma vez as escadas que dava para o quarto de Sakura, com ela é claro, em meus braços.

Eu ainda lembro bem do que senti quando a deixei no ginásio chorando. Foi alivio, um puro e extremo alivio. Não tinha que me preocupar mais com os três patetas me enchendo toda hora e nem fingir ser outra pessoa para Sakura. No intervalo daquele mesmo dia eu ainda fiquei receoso dela se levantar e vim correndo em minha direção pedindo para eu lhe dar outra chance, mas nada sequer aconteceu, e eu estava completamente enganado.

Na verdade era como se nada tivesse nunca acontecido, as únicas coisas que me faziam lembrar era os olhares e comentários desagradáveis de Neji, Shikamaru e Naruto. Às vezes quando Karin se aproximava ainda mais eu olhava na direção de Sakura para ver se ela tinha algum sentimento de ciúmes ou raiva na face, mas ela nem sequer me olhava, na verdade estava mais preocupada em dar atenção ao cabeça de fósforo ambulante. O fato era que ela tinha esquecido. Mas não era isso que eu queria desde o principio? Então porque me dava raiva ser tão ignorado dessa forma? E pelo visto até mesmo substituível.

Orgulho ferido? Talvez.

Era até irônico o jeito que ela dizia me amar tanto e não fazer um mínimo esforço para que eu mudasse de idéia, e pior foi ver que ela sempre mudava o percurso do caminho na hora dos términos das aulas, indo para trás da escola, onde nós costumávamos a ficar, durante duas semanas ela foi, e durante duas semanas ela abriu mão de ir sentada e confortável no ônibus escolar, para andar alguns quilômetros até sua casa, tudo para ir naquele lugar inútil, chegava a ser irritante. Mas pelas ações dela e o modo como tratava a situação era, no mínimo, confuso. A gota d’água fora ver eles dois flertando abertamente, e ainda por cima ela indo cinicamente para o nosso lugar de encontro, então eu me fiz presente, precisava confrontá-la. Ela era a mesma de sempre, com medo de me olhar nos olhos, tão confusa quanto transparecia, e com medo do que sentia. Porém o seu cheiro também era o mesmo, e minha mão se travou em sua cintura em um encaixe que forças maiores me impediam de soltar.

Eu ainda a desejava e muito, isso eu não podia negar, até mesmo meu corpo deixava evidente a vontade que eu tinha de lhe tocar de todas as formas. Eu sabia que estava mentindo descaradamente pra mim esse tempo todo, quem eu queria enganar afinal? E odiava toda vez que Gaara chegava perto dela, tocava nela! Fui eu o único a lhe beijar, dos seus lábios só eu provei, sua pele só sentiram as minhas mãos, e ver que outro se aproveitava de forma tão lavada quanto ele me deixava louco! Era doentio? Sim, afinal eu podia ter quantas eu quisesse, mas era ela quem eu de fato queria.

Foi constrangedor quando Karin se ajoelhou em frente a mim para me pagar um boquete. Nesse dia ela tinha pintado os lábios de um vermelho vivo do jeito que eu gostava, ainda me dava mais tesão estarmos no banheiro da escola em uma das cabines apertadas, era excitante correr o risco de alguma hora ser pego. Tínhamos que ser rápido e forte. Ela me massageou como sempre fazia, e eu joguei a cabeça pra trás tentando esquecer o estresse que o time adversário estava causando, ou como os idiotas da natação não perdia tempo em nos irritar, ou como aquele idiota sem querer esbarrou na perna dela. Suspirei fundo lembrando da ultima parte, e mais irritante era que ela nem sequer percebeu, e o idiota ainda corou se desculpando.

- Sasuke? – olhei pra baixo, Karin me olhando com um misto de raiva e surpresa. Meu membro em sua mão mole, ela limpou um dos cantos dos lábios pouco da saliva que escorreu, então ela tinha usado a boca e eu nem sequer notei?

Resmunguei vestindo minha calça e abotoando-a, ela bufou abotoando alguns botões da blusa que ela deixou solto. Sai da cabine sem paciência para dar explicações e muito menos querer ouvir outro de seus choramingo.

- A outra era bastante boa pelo visto, não? – ela ainda disse, mas eu já estava saindo e se pudesse não teria ouvido seu comentário.

Eu sabia que igual a Sakura eu não provaria, o jeito como corpo dela reagia, tão sensível ao meu, como ela se arrepiava com um simples toque, eu sabia que em nenhuma outra eu encontraria, mas ficar impotente?

Mas no final era só meu corpo querendo o dela, desejando por ela, e agora que esta enfim realizado, estava tão flamejante como chamas.  

Fechei a porta encostando Sakura nela, logo em seguida.

- Tira as roupas pra mim. – sussurrei olhando fixamente pra ela, nossos narizes se tocando. Uma das minhas mãos foi até sua bunda a apertando com força, aproximei dos seus lábios puxando eles com os dentes. Eu simplesmente não conseguia ficar perto dela sem tocá-la.

Seu rosto completamente corado e seus olhos verdes me encarando tão atentamente, seus óculos? Deveriam estar pela sala, junto com minha camisa e calça.

Ela começou a tirar a blusa, ainda me olhando nervosamente, eu sei que ela só fazia isso por que era pra mim, o que me fazia ficar ainda mais excitado. Botei a mão dentro na cueca começando a me masturbar enquanto via ela se livrar daquelas roupas que escondiam tão bem o seu corpo. Sakura me olhou arregalando um pouco os olhos, e ficando ainda mais vermelha, com certeza pelo que eu estava fazendo, sorri de canto achando curioso, me perguntando como ela ainda se constrangia depois de tudo que fizemos.

Depois de já ter tirado a saia e a blusa, ela ainda ficou encostada na porta, seus pés roçando um por cima do outro com estrema vergonha. Parei de me masturbar me aproximando dela, distribuindo beijos em seu pescoço.

- Hey, não precisa ter vergonha, você é linda. – falo, beijando seu queijo devagar.

- Você acha mesmo? – seus olhos me encarando em perspectiva.

- Mas é claro! Você é linda, tão gostosa, - peguei sua cintura trazendo pra mais perto, minha boxer me apertando muito.

Eu tentava ser delicado com Sakura, impregnava na minha mente que ela não era como as outras, mas eu simplesmente não conseguia me conter, era como ser gasolina em meio ao fogo. Todo seu corpo eu queria provar dos mais diversos jeitos, me segurar o quanto desse pra aproveitar a sensação de estar dentro dela. Observar seu rosto se contorcendo de prazer, sua testa suando, seus gemidos contidos, era os mais puros e viciantes sentidos que já senti.

Deitei-a na cama puxando sua calcinha, sua pele toda se arrepiando. Olhei para o seu sexo descaradamente e ela ofegou, desencaixei o fecho do sutiã, liberando seus seios róseos. Era o ponto fraco dela e eu sabia, mordi os lábios logo capturando um dos seus seios em minha boca, seu corpo se retesou todo abaixo do meu, uma de minhas mãos desce indo até seu sexo sentindo o quanto molhada ela está, puxo o bico de seu peito entre os dentes e as unhas de Sakura cravam em minhas costas, boto o outro em minha boca o sentindo quente na minha língua, ela choramingou baixinho.

Livro-me de cueca boxer e endireitei-me entre suas pernas depois de pôr é claro o preservativo, segurei seu queixo querendo que ela me encarasse, seus olhos verdes semi cerrados, deslizo pra dentro dela vendo seus olhos se fecharem e seus lábios se separarem um do outro. Arfo, estocando-a cada vez mais. Enquanto olho em sua face e em seus olhos, algumas vezes quando se abrem, quero lhe dizer que ela é minha, que só eu posso sentir seu corpo, tocar em sua pele, e que eu nunca fiz tanta questão de preservar tanto algo assim, que eu sou um sujo por estar fazendo isso, por ter voltado pra ela só pelo sexo, só pelo orgulho ferido de não querer ser passado pra trás. Talvez isso dure só mesmo uma semana, mas toda vez que estamos juntos, que estou a sentindo tão entregue, posso jurar que nunca irei me cansar, tudo isso simplesmente me deixa louco. Passo horas antes de dormir acordado só me lembrando de suas feições nesta cama e de como eu jamais imaginaria sentir algo físico tão forte pela esquisitona da escola.

Ela geme alto ao meu ouvido, e meus movimentos estão cada vez mais forte junto ao ranger da cama, na rouquidão da minha voz eu me despejo na camisinha, sentindo alivio e os melhores efeitos do orgasmo.

Ela esta arfante do meu lado, mas mesmo assim chega perto de mim e deita a cabeça no meu peito como sempre fazia.

Já fazia uma semana e meia que tínhamos nos encontrado nos fundos da escola, Sakura ficou muito confusa, mas parecia que o fato de eu estar novamente do seu lado fazia ela não questionar muitas coisas.

Terminar com ela na primeira vez pareceu muito doloroso naquela hora para ela, estar aqui e prolongar ainda mais as coisas parece bastante ruim, egoísta ainda mais, porem eu só não conseguia me conter, eu não queria me conter.

- Você sabe o quanto estamos nos arriscando. – ela alisava meu peito, uma mania que não largava, tudo era melhor do que me encarar nos olhos quando é pra falar sobre algo assim. Suspiro.

Durante esses dias eu vim quatro vezes em sua casa, estamos sendo mais precavidos, eu, por exemplo, estou indo embora logo, mas Sakura sempre fica apreensiva, me pergunto que tipo de relação ela tem com os pais, alias, com o pai. Mesmo a mãe dela ter pegado ela coberta apenas com um lençol, Sakura me permite entrar em sua casa, em seu quarto ... Mas sinto que se fosse o pai, além da mãe, essa historia seria muito diferente.

- Eu já estou indo. – me levanto, mas ela segura forte meu braço.

- É disso que falo Sasuke, não quero que sempre tenha que ir as pressas, ou que tenhamos que sempre temer algo. – ela me encarava agora.

- Sakura as coisas não podem ser assim, você sabe. – me soltei do seu braço, não de um jeito rude, também falava normalmente, só que tinha que me vestir logo. – Você por acaso acha que seus pais vão me deixar entrar no seu quarto sempre quando eu quiser? – peguei a cueca que estava jogada no chão.

- Mas eles vão te conhecer, confiarão em você, irão permitir que você sempre venha me ver, não vamos ter que nos esconder das pessoas. E sobre isso... – ela olhou ao redor para cama, e suas roupas jogadas ao pé da porta. – Isso pode esperar o momento certo.

Paro de lhe encarar de esgoela e mirei a porta, ela estava mesmo levando essa conversa ao casamento? Ela pensava sobre nós tão longe assim?

- Eu não sei Sakura, talvez devêssemos falar sobre isso, outro dia. 

Abro a porta, tinha que juntar minhas roupas que estavam desde a escada até em alguns cantos da sala, me vesti e mesmo sabendo que ela estava atrás de mim, fingi não perceber. Dei meus passos em direção a porta, mas meu braço é segurado, sorrio de canto, é claro que ela não ia me deixar ir embora assim.

- Sasuke er... – olho para trás, vendo o lençol envolta de seu corpo. – Vamos nos ver amanhã? – seus olhos encararam uma parte da escada, talvez com medo que eu a respondesse rudemente.

E vendo-a assim tão pequena em meio aos lençóis, com aquele olhar temido, tudo para não me perder, me deu uma vontade enorme de lhe abraçar, as vezes ela parecia ser tirada de um mundo totalmente paralelo e foi posto nesse por um tremendo engano. Aproximei-me mais dela, subindo um degrau da escada, e mesmo ela estando um degrau acima, eu fiquei do seu tamanho. Segurei sua cintura e encostei meus lábios levemente nos seus, ela sorriu seu rosto corando.

- Mas é claro que vamos nos ver. – falo para lhe passar segurança, ela acenou ainda sorrindo, seu dedo medinho se encaixou no meu até o caminho da porta, dei um beijo em sua testa.

E mais uma vez dentre esses dois meses, vejo Sakura na porta, seu corpo coberto por um lençol me vendo partir.

Sentia-me um pouco idiota por demonstrar tanto afeto, mas era quase impossível ser tão frio ou ignorante com uma pessoa que parecia poder mover o mundo por você. Queria ser sincero, verdadeiro, mas eu não era essa pessoa, eu deveria da um basta de uma vez por todas, até porque a mesma ladainha de consciência sempre me abatia quando estava indo embora. Olha só Sasuke, você já fez a merda, não dá pra voltar atrás agora.

O negocio é, até quando, irei continuar com isso? Mas eu simplesmente não sei, era como um ciclo, eu me sentava na minha cadeira na aula tudo tão entediante como sempre, mas então eu via o jeito como ela olhava atenta para professora, suas mãos em um gesto nervoso de mexer nas próprias mãos quando estava nervosa, ou quando botava uma mecha de cabelo atrás da orelha eu sempre observava um pouco da pele de seu pescoço que sempre aparecia nessa hora, lembrava de beijá-lo e deixar marcas ali, e logo em seguida como automático me lembrava de mais cedo enquanto estava tomando banho, para vim nesse lugar tedioso chamado escola, os pingos de água quente arderam minhas costas por causa dos arranhões de Sakura. Do pescoço meus olhos desciam pelo seu corpo em meio daquelas roupas folgadas, mas eu conhecia cada pedacinho do que tinha por baixo dela, sabia do seu sinal perto do umbigo, do seu ponto fraco, da sua voz rouca. Quando o sinal tocava, me segurava na cadeira para não avançar e agarrá-la em frente a todos, mas meu olhar de relance que lhe lançava já dizia tudo, minutos depois Sakura sempre estava me esperando em uma rua pouco movimentada aos arredores da escola. Se eu pensava se alguém nos veria? Não. A única coisa que me vinha na cabeça era entrar em seu quarto com ela em meu colo.

E lá estava eu novamente em cima de seu corpo, lhe beijando e concretizando tudo que passei as quatro horas pensando, imaginando... Então eu ia pra casa, o peso na consciência a tira colo, eu estirado na cama olhando pro teto, mas um novo dia se dava inicio, e meu ciclo começava outra vez.

...                                                                   

 

Duas semanas atrás fora como contar agulhas em um palheiro, era como esperar gotas fazer furos em uma grande rocha, simplesmente tortuoso, não tinha gosto de vida, era entediante, não havia o que esperar, apenas o que acontecia, e Sakura se perguntava como conseguiu sobreviver antes de Sasuke. Não era uma dependência de alguém e sim a sensação maravilhosa que esse alguém transmitia, era uma mistura de frio na barriga, medo, alegria, felicidade, liberdade. Era como se ela pudesse tocar o infinito, errado do jeito e certo no que sentia, era assim que ela via seu relacionamento com Sasuke.

Sua mente lhe acusava de mentirosa, traiçoeira, como uma menina que fora educada tão bem deixa um garoto entrar em seu quarto tão fácil assim? Não só no seu quarto... Era errado, ela sabia, pior ainda era olhar pro pai e pra mãe, esta ultima, sempre com um olhar vigiador e acusador, enquanto o pai por mais neutralidade que transmitia, Sakura percebia, que seu ar de desconfiança.

Ela sempre tentava chegar com jeito, a última coisa que queria era aborrecer, perder, Sasuke, ele parecia gostar tanto de estar com ela, olhava para seu corpo de uma forma que fazia sua barriga gelar. Mas eles continuariam assim pra sempre? Escondidos? Nada na mentira dura, ela bem sabia disso. Mas ele sempre fugia do assunto, ficava explicito que não era algo que lhe agradava. Da ultima vez isso lhe custou o relacionamento, então ela logo parava de pesar nisso, pra que ter medo do futuro enquanto tem Sasuke do seu lado?

- Os povos astecas, eram povos que... – a voz do professor Asuma ao longe.

- Que coluna tensa, não? – seu corpo tremeu pelo susto, quando as mãos de Gaara foram as suas costas, começando a massagear seus ombros.

- G-gaara. – ela sabia que ele não ligava em atrapalhar aulas, mas ela só não queria chamar a atenção do professor e muito menos dos alunos ao seu redor.

- O que quê foi, fala, desabafe comigo, talvez assim essa sua cara de aflição acabe. – ele chegou mais perto, seu nariz afilado quase tocando sua bochecha.

- Não é nada, só não quero que os professores chamem nossa atenção mais uma vez. – ela afastou as costas das mãos dele, o encarou de lado, olhos verdes água lhe encaram risonhos, mas Sakura apenas se fixava em onixes que, ao longe, lhe fitavam atentamente.

Uma lembrança invadindo sua mente.

- Sabe? Eu não gosto daquele cabeç- ruivo que senta atrás de você, - Sasuke estava deitado em sua cama, ela ao seu lado, ambos nus, virados de frente pro outro, e Sakura estava amando o jeito como ele olhava para seus cabelos e pegava uma mecha entre seus dedos, mas ao mencionar Gaara, logo o carinho cessara.

- Mas o que tem o Gaara? – Sakura sabia que poderia ser sobre como o ruivo ficou tão próximo dela de uma forma ligeira, mas será que Sasuke não se dava conta que não existia ninguém além dele, que lhe possuísse corpo e alma?

- Você ainda pergunta? – agora nem mais lhe olhando ele estava, virou-se, mirando o teto. – Ele simplesmente de come com os olhos, e fica dando em cima de você a cada cinco minutos.

Ela não pode conter o sorriso que lhe cobriu os lábios, ele estava tendo ciúmes de si? Logo dela? Oh, se ele soubesse, quantas vezes ela via as meninas comentando dele, algumas dizendo intimidades que já tivera com ele, outras de encontros que estavam marcados. Ela sentia seu ser se contorcer por dentro, mas então respirava profundamente, e dizia para si mesma que como alguém como ela poderia se imaginar junto a ele? Era quase cômico. Mas em seu interior sabia que a noite em sua cama, era só fechar os olhos que sua mente flutuava em imagens de seus lábios se encaixando nos dele.

Mas agora ele estava aqui, deixando um ciúme tão nítido, que ela nunca nem em mil anos poderia passar por sua mente, tal cena.

- Sasuke, até quando você vai duvidar do meu amor? – as palavras saiam fácil de sua boca, até porque eram sinceras. Ele parou de franzir as sobrancelhas negras, e desfez a carranca, que tinha se formado em seu rosto sem nem mesmo perceber, Sakura o viu lhe encarar seriamente, como se estivesse perdido em sua própria mente.

Ou talvez, nas palavras que ela dissera.

Ela voltou a encarar sua frente, ignorando algo que Gaara falava em suas costas. Um sentimento de aflição e alegria lhe atingindo, suas bochechas coravam, ok, podem julgá-la porque seu coração batia forte de prazer por ele ter ciúmes. Sem se conter ela se virou mais uma vez encarando sua direção, ele ainda lhe olhava, mas logo suspirou desviando os olhos, as sobrancelhas franzidas, formando uma carranca, que Sakura tinha certeza que ele nem sequer percebia, como sempre.

...

Sabaku no Gaara pode ser uma pessoa legal quando quer, ele até mesmo ignorava certos comentários sobre sua pessoa, e ainda era bem legal por não socar a cara de muitos. Isso era o máximo de tolerância que ele tinha, até porque ele poderia ser arrogante, insensível e egocêntrico, mas se tinha uma coisa que não se encaixa no seu perfil, era paciente. Isso era algo que nem de perto ele seria, e sua cota de paciência tinha se esgotado com Sasame.

Seu pai lhe trazia e buscava todos os dias não é mesmo? Porque diabos ela der repente decidiu voltar todo santo dia de ônibus escolar, e ainda por cima do seu lado? Ela lhe tinha enchido tanto o saco, que então ele decidiu ficar com ela, dá uns amassos pelos muros da escola, mas não era só isso que ela queria, e foi no dia seguinte que ele descobriu, quando foi puxado repentinamente para dentro do banheiro feminino, que pra sua sorte, ou nem tanta assim, estava vazio. Ela lhe empurrou em uma das cabines e antes que ele percebesse já estava sem camisa e com ela sentada em seu colo, bem ele não era de ferro, era?

Foi bom, ele não podia negar, mas se antes ela corria atrás dele, agora estava totalmente grudada, como um chiclete. Todos os dias eram conversas e mais conversas, na verdade só ela falava, e ele quase se matava quando esquecia seus fones de ouvido. Mas a gota d’água foi quando ela lhe perguntara como ele imagina que seria a cor do cabelo de seus filhos, se em um tom mais escuro feito dele, ou mais claro feito o dela, Gaara teve vontade de sair correndo no mesmo instante, porem se agüentou e aumentou mais o volume da música. Então decidiu que pelo menos hoje deveria ter paz, e por mais que andasse bastante, preferiu ir á pé.

Seus pensamentos vagueando, e fora quase impossível não chegar a uma pessoa, Sakura. Um sorriso se formou no canto de seus lábios, ele ainda lembrava a primeira vez que a viu. E se perguntou, se fora só ele que a tinha visto desse jeito. Seus olhos miraram as pessoas ao redor do ônibus, todas preocupadas demais com suas vidas, e então Sakura era apenas um molde. Um molde escuro na opinião dele, uma sombra. Ela parecia tão perdida... Tão angustiada, ele só enxergava conflitos internos por trás dos olhos verdes dela, era como ver uma pessoa em uma cela com grades invisíveis, uma pessoa sem liberdade. Era só uma sombra que parecia querer se transfigurar a qualquer hora. E isso lhe instigou, atiçou sua curiosidade, Haruno era tão exótica, em tudo na verdade. Entrar na sala e ver que desastradamente ela derrubou os materias e em seguida foi humilhada, era como ver algo se quebrando, ela quebrou-se na verdade por um instante, mas logo se recompôs, catando os cacos e vivendo em seu próprio conformismo de inexistência e inferioridade. Ele queria tanto chegar perto dela e dizer que ela não era inferior, que na verdade parecia valer mais que metade de que as pessoas naquela sala. Era surpreende e bizarro, como ela despertava um sentimento de proteção, ainda mais em uma pessoa como ele.

Ouvir a risada dela, foi uma das melhores coisas que já lhe ocorreu, era um som alto e verdadeiro e ele adorava. O cheiro dela também era bom, doce, e não muito forte como a da metade das garotas. E em um dos momentos que ela se virou para lhe falar algo, ele se pegou imaginando, como deveria ser um beijo dela. Mas logo afastou tal coisa, ela não era uma pessoa para ele, não para alguém como ele.  

 Perguntava-se se ela trabalhava depois das aulas, até porque nunca usufruiu de sua presença na volta para casa, mas pelo menos podia conversar com ela enquanto iam para a escola, e agradecia aos céus por Sasame ir com o pai todos os dias, assim podia lhe poupar horas de estresse agudo.

Estava mais afastado dos arredores da escola, mas ainda faltava um pedaço para chegar em sua casa. Antes que virasse totalmente a esquina, seus pés travaram. Ele voltou um passo, se escondendo por uma parte do muro, mas seus olhos conseguiam ver a cena nitidamente.

Quando o patético do Uchiha desceu da moto e agarrou Sakura que estava na esquina oposta, Gaara se segurou para não se revelar e fazer ele tirar as mãos dela, até porque ele poderia estar se aproveitando por ela esta sozinha por aí, mas logo automaticamente, os braços dela envolveram o pescoço dele, as mãos se enterrando no cabelo escuro daquele Uchiha estúpido. A mão dele segurou ainda mais forte a cintura dela, prensando ainda mais os corpos, ele parecia no mínimo, excitado. Estava mais para angustiado.

Gaara apertou forte a palma da própria mão, confusão e explosão de vários sentimentos passando por sua mente, enquanto seus olhos viam algo que nunca em sua vida ele poderia imaginar. O Uchiha entregou o capacete para Sakura, que nem hesitou em aceitar, ela parecia tão feliz, radiante na verdade, os olhos dela nunca brilharam tanto quando direcionados em direção dele. Ela subiu na moto depois dele, e os dois seguiram pela pista em alta velocidade.

O ruivo encostou-se à parede, sua respiração um pouco irregular, não por estar aflito, e sim por raiva. Mas de que, e de quem ele não sabia, tudo em seu cérebro em uma grande mistura.

Mas foi quase impossível não sentir, seu coração... Encolher.

...

- Do jeito que eu te ensinei, lembra? - Sakura sentiu seu corpo todo estremecer, a voz de Sasuke estava tão rouca.

Seu membro já ereto se pressionando em sua coxa, a única coisa que impedia a junção dos corpos, era o fino tecido da calcinha. Os olhos negros de Sasuke lhe encararam enquanto ele começava a arriar sua calcinha. Ela sabia que devia estar bem vermelha, e também quente, seu corpo todo parecia estar em maior estado febril. Depois de passar por suas coxas e sair fácil pelos seus tornozelos, Sasuke jogou a peça longe, saindo de cima de seu corpo e acomodando a cabeça no travesseiro.

Ainda temerosa, e com as pernas um pouco bambas, a rosada ficou de joelhos, e então ergueu um botando do outro lado do corpo de Sasuke, que lhe observava com os olhos semi cerrados, negros totalmente brilhantes. Ele segurou em sua coxa, a apertando com força, enquanto Sakura descia o corpo devagar, sentindo o membro dele entrar em si. Fechou os olhos, por mais que a situação fosse constrangedora, ela admitia que a sensação era maravilhosa. Agindo por instinto seu corpo desceu de uma vez e ela escutou o alto gemido escapando pela boca do Uchiha, o que só fez deixar seu corpo ainda mais quente.

Sentiu as mãos dele em seus quadris, segurando de uma forma firme, ela abriu os olhos e se equilibrou pondo as mãos nos ombros dele. Mordeu os lábios diante do olhar em que ele lhe lançava, olhando desde seus sexos que se encaixavam até sua barriga, seios, pescoço, boca. Ele parecia simplesmente estar louco. As mãos dele subiram ásperas até seus seios, onde os apertou com vontade, ela gemeu.

- Você está tão gostosa. Olha só pra você. – corou ainda mais com as palavras dele, mas de certa forma, a fazia ficar ainda mais quente.

- Agora se move em cima de mim. – as mãos dele voltaram para seus quadris, e lhe ajudaram com os movimentos, que começaram um pouco desajeitados, mas logo estavam em sincronia.

Sasuke gemia baixinho, e soltava palavrões, já Sakura tentava se controlar, mas seus movimentos estavam cada vez mais rápido, seu corpo subindo e descendo, seus cabelos caindo sobre as costas e ombros. Seu corpo já formando uma leve camada de suor, Sasuke tão quente embaixo dela, seus gemidos tão roucos, ela sabia que logo chegaria ao seu limite.

Assim como todas as outras vezes em que faziam amor, ela simplesmente desligava-se do mundo exterior, era apenas ela e Sasuke, os carinhos trocados, a junção dos corpos, as declarações que ela tentava manter só para si, mas acabava falando claramente entre gemidos angustiados, o jeito de como ele tentava fazer durar o momento até não agüentar mais, era o memento deles, e só isso importava.

E foi por isso que quando uma chave destrancou a porta, e uma maçaneta foi virada, Sakura nem sequer notou, mas foi impossível não ouvir o grito injuriado da mãe.

Os olhos negros de Sasuke se arregalaram, já Sakura sentiu o corpo ganhar vida própria quando ele saiu de cima de Sasuke, puxou o lençol para cobrir o que desse do seu corpo, as mãos tremendo, ela só queria explicar algo convincente para sua mãe, mas ao se virar sua respiração parou, até porque não era só ela que estava ali, seu pai lhe olhava, ainda com a mão na maçaneta, e sua expressão de choque se transformou em pura raiva.

- Você, saia da minha casa já! Antes que eu te mate. – a voz do Haruno tremia, tamanha a raiva que sentia. Sakura continuava parada, em um canto na cama, segurando firme o lençol branco em seu corpo, parecia que se ela fizesse qualquer movimento pioraria ainda mais a situação.

Sasuke se levantou, e antes assustado, agora esta impassível, ele poderia ter pegado algumas das almofadas para cobrir-se, mas ele se levantou nu, e pegou sua cueca que estava perto da cama, a mãe de Sakura desviou os olhos, raiva acima de qualquer vergonha. Sakura viu seu pai estremecer, ela bem sabia que todo controle que ele estava tentando manter explodiria, e ela queria ter estado errada.

- Você se sente bem sendo uma vadia. Deixando esse muleque vim aqui fazer o que quiser com você Sakura?! – sua voz estava alta e forte, Sakura tremia ainda mais, porem esse era só o começo.

- Pai-

- Calada Sakura! Você não sabe nem metade do que eu quero fazer com você. – e as mãos que estavam cerradas antes, se soltaram, ela sabia que ele já estava em seu limite. – Como pode? – então seu pai já estava em sua frente, o tapa em sua face foi forte e pesado, sangue quente desceu pelos seus lábios.

Mas esse não era o primeiro, ela podia sentir que a raiva dele só aumentava com o seu choro. Quando o terceiro tapa veio ela cobriu o rosto com as mãos por puro reflexo, mas não fora isso que impediu seu pai, e sim Sasuke, que segurou a mão dele fortemente, este parecia nervoso com toda cena, e sua mãe estava na porta virando o rosto para o que acontecia.

 

Tentar parecer sem emoção quando um cara te olha por cima é uma coisa, agora quando ele está cometendo tamanha covardia? Eu ouvi bem o grito de dor que ela soltou com primeiro tapa, e eu petrifiquei, olhei com horror para mãe dela que apenas olhou para o outro lado, por mais que estivesse com lágrimas nos olhos. Quando eu vi o sangue, outro tapa já tinha sido desferido, não, eu não conseguia apenas assistir aquilo.

- Você não vai bater mais nela, a culpa é minha! - disse segurando a mão dele, que soltou com muita facilidade.

- É claro que eu sei que é sua! O que foi? Você quis experimentar algo diferente e foi atrás dela? Foi bom vim aqui e se aproveitar da minha filha o quanto quisesse? – ele falava entre os dentes, mas o ódio em seus olhos era grande, o tanto que não hesitou em me bater, eu cambaleei com o soco, o lado esquerdo do meu rosto latejando. Sakura se levantou.

- Pai pare com isso!

- Eu ainda não acabei com você Sakura! Fique calada, - ele me deu mais um soco, sua raiva ultrapassando meus reflexos em defender. Senti o lado esquerdo de minha sobrancelha se molhar com sangue quente.

- Sasuke vai embora! – ela falou bem alto, e o choro já era visível.

- Como você diz isso, você pode vim comigo, estará tu-

- Ela não vai a lugar nenhum, vai pra casa antes que eu chame a policia ou te mate, talvez assim meu desprezo e ódio por você passe. - sua raiva cada vez maior, parecia que só de me olhar ela piorava.

- Sasuke vai embora, - ela pedia agora sua voz fraca, aos prantos.

- Talvez assim será menos doloroso pra ela, a cada hora que perco meu tempo com você, minha raiva aumenta.

- Como você pó-

- Vai embora! – ela gritou agora, eu lhe encarei. – Só vai embora, por favor...

Eu olhei ao redor, roupas espalhadas pelo chão, uma mulher impotente, Sakura encolhida nos lençóis, e seu pai, os olhos dele não davam limite ao que poderia fazer ou não, mas parece que só pelo fato de eu respirar, só piorava ainda mais as coisas, porque na verdade eu causei tudo isso. Olhei para Sakura, mas seus olhos verdes e avermelhados estavam perdidos no chão. Eu queria lhe abraçar, assim como fiz no dia anterior, dizer que tudo iria ficar bem, mas não, não iria, de jeito nenhum. Minhas mãos estavam atadas, na verdade meu corpo inteiro.

- Vai logo embora daqui! – ele começou a me empurrar em direção a porta do quarto. – Como um nada como você faz isso com a minha filha?! Você já estava se cansando dela não? Quando contaria pra ela que era só isso que você queria, - as mãos dele ainda me empurrando, o choro de Sakura ao longe, eu não estava mais no quarto, e sim no vão da escada. Segurei-me no corrimão, agüentando mais um empurrão.

- Garoto vá embora! – a mãe de Sakura disse, sua voz um misto de raiva e tristeza.

Olhando mais uma vez pra porta do quarto dela, eu fui, desci as escadas sabendo que ele voltara para o quarto, peguei minha blusa do chão da sala, escutando a porta sendo totalmente fechada, e quando abri a porta de entrada eu escutei      barulho de algo se quebrando, e mais barulhos... Cerro minhas mãos, e fecho a porta atrás de mim.

Meu corpo da partida na moto, e o que me faz ter certeza que estou ainda são, é o vento no meu rosto. Eu ainda não estava acreditando em tudo que está acontecendo.

Nem mesmo no fato de ter a deixado, como um tremendo covarde.

...

Mebuki Haruno estava em uma situação que não gostava nenhum pouco, de jeito algum queria estar agora limpando os vergões nas costas da filha, Sakura estava deitada de bruços completamente imóvel, a Haruno mais velha só conseguia escutar os soluços baixos, ou se assustava quando sua filha apertava o travesseiro quando sem querer esbarrara na ferida vermelha.

Ela se sentia deplorável, não queria que nada disso tivesse acontecido a filha, entretanto não podia tirar a razão do marido, Sakura conhecia bastante o pai, afinal ele quanto ela criara a filha, alguns podiam dizer que era de uma forma rígida, mas na verdade era só do jeito certo. Mebuki até mesmo achava às vezes exagero do marido preservar tanto a menina que estava cada vez mais crescendo, mas era sua única filha, e ele tinha bastante credibilidade em Sakura, admirava ela demasiadamente, então foi obvia a tragédia e desgosto que ele sentiu ao ver a filha naquela cena.

Viu o marido bater na filha até se cansar, o cinto só cessou quando sua respiração estava cansada demais, e Sakura nem sequer tinha mais voz para gemer de dor. Ele saiu como um furacão do quarto, e logo se trancou no qual eles dividiam, ela lhe imploraria para que ele não expulsasse sua filha de casa. De uma coisa ela tinha certeza, as coisas nunca mais voltariam a ser como já fora um dia naquela casa, naquela família...

Pegou pomada e lenços para limpar as costas de Sakura, ela já havia chorado também, mas tinha que se recompor e pensar em um jeito de segurar as estruturas de sua pequena família.

- Sakura, eu lhe avisei. Disse para terminar tudo o que tinha com esse garoto, mas então você o trás outra vez pra nossa casa? – ela já tinha limpado os machucados, agora só faltava passar a pomada.

- Ele me ama... – a voz dela era um sussurro.      

- O que? – ela se aproximou mais do rosto da filha, para lhe escutar melhor.

- Papai disse que Sasuke só queria me usar, mas ele me ama. – a voz ainda baixa e fraca. Lágrimas ainda desciam do canto do olho e terminavam na ponta do nariz rosado.

Mebuki a olhou tristemente.

- Talvez minha filha, talvez sim. – queria que sua voz saísse mais confiante, mas como dizem coração de mãe não se engana certo? Mebuki olhou bem para aquele garoto... E ele não amava sua filha.

...

Fraco. Eu sabia que mesmo dizendo varias coisas, ou mostrando o contrario em campo, eu sabia que no final era só um fraco. E foi por isso que me apeguei a uma coisa que me faria esquecer tão rápido tudo que aconteceu, e apagaria todas as imagens torturantes que vinham na minha mente.

Depois de bons goles de uísque minha mente já rodeava, e uma proposta de festa surgiu como um encaixe perfeito pra situação. Eu ainda precisava de mais álcool não?

Peguei minha moto, foi meio engraçado quando por um fio eu não dou de cara em um caminhão. Como em toda outra porra de festa, essa tem uma pista de dança e aquelas luzes que só faltam cegar, e tudo o que eu queria era beber mais.

E bebi. Pessoas vieram e foram, mas eu continuei sentado em frente a bar improvisado. Já não sabia distinguir mais rotos, eram apenas borrões.

- O que aconteceu com seu rosto cara? – mesmo zonzo, eu sabia que era voz escandalosa do Naruto.

- Você está um tremendo caco. – Neji, sempre motivador. Eu nem sequer fazia questão de me virar para olhar em seus rotos.

- Isso tudo é por causa do jogo que está por vim? – antes fosse.

- Talvez uma mulher ajude. – tinha que vim do pervertido Hyuuga. – Sempre ajuda a acalmar os nervos.

Levanto-me rápido e quase caio no processo, meu estomago se revirando, eu precisava de um banheiro.

- Aconteceu alguma coisa? – Naruto ainda tentou segurar meu pulso, mas eu soltei, e continuo seguindo dentre a multidão, que aos meus olhos pareciam embaçadas e inclinadas.

Tateio as paredes, eu só quero um banheiro. Encontro uma porta e sem nem bater a abro, aliviado por não ter ninguém, a fecho com o pé e levanto a tampa da privada vomitando tudo o que posso. Depois de alguns minutos, sento escorado na parede, meu estomago não estava reclamando mais, porem minhas mãos tremiam. Bato minha cabeça de leve na parede, engulo em seco, depois de tudo os pensamentos ainda não me abandonaram, ainda bem que a tonteira continua, e isso os faz ficarem embaralhados em minha mente, mas algo se formava em minha garganta, como um nó.

- Sasuke, - eu conhecia aquela voz, era Karin - Neji disse que você queria me ver, você está aí. – ela continuava batendo.

Olho em direção a porta, mas continuo parado e não digo nada. Tudo o que menos quero agora era ver alguém, só quero ficar só com minha própria embriaguez. Ela bate mais algumas vezes e em fim desiste, ainda me passa como um relâmpago que talvez o sexo pudesse me ajudar afinal, mas não, eu não o queria. Lembraria-me um corpo, uma pessoa...

Suspiro mais uma vez forte, fechando os olhos. O nó não queria se desatar.

...

- Não, ele não tem condições de dirigir aquela moto assim. – uma voz fala ao longe, talvez de Shikamaru, mas não a reconheço.

- Teremos que levá-lo.

Sinto meu corpo ser carregado, e jogado em algum banco, abro meus olhos pesados e vejo que eu estava dentro de um carro. Luzes ao poste passam rápidas enquanto o carro manobrava pelo asfalto, fecho meus olhos sem nem saber onde estava, ou ter forças para perguntar.

- Isso é verdade mesmo Sasuke? – a voz estava longe, mas dava-se pra ver que bastante empolgada. Meu corpo ainda mole inclinar-se para o lado. – Eu sabia que você não iria decepcionar.

Minha mente perdendo totalmente a consciência. E eu me perguntava, de que porra ele estava falando.

 


Notas Finais


E aí pessoal, o que acharam?
Se acharam tenso, posso lhes dizer que devem se preparar para o próximo.
Farei de tudo para não demorar para atualizar, beijos e até o próximo capítulo.


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