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História Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - Angústia


Escrita por: ItsTalitaEstrab

Capítulo 11 - Angústia


Fanfic / Fanfiction Paixão e Poder - Universos opostos (Camren - G!P) - Angústia

Na manhã seguinte...

Pov. Sinuhe

Camila saiu às seis da tarde pra vender rosas e não voltou,fiquei desesperada em ver as horas passando e nada da minha filha entrar pela porta da nossa casa.
Não tinha como ligar,não tinha como tentar me comunicar com ela porque o único celular que temos fica comigo.
Liguei pra polícia às dez da noite e eles disseram que esse tipo de caso acontece com frequência e que eu precisaria esperar no máximo 24 horas pra que seja considerado desaparecimento e só assim eles poderiam fazer alguma coisa.
As horas passaram com lentidão,parecia que cada segundo se tornava minuto.
Quando dei por mim,o dia estava nascendo e Sofi dormia tranquilamente com a cabeça apoiada no meu colo,pegou no sono depois de perguntar insistentemente pela irmã.
Eu já não aguentava mais ficar sem notícias,meu coração apertado me alertava de que algo tinha acontecido com ela.
Me arrumei e depois de dar o que comer a Sofia,saímos de casa. Caminhamos por 1hora até a delegacia que ficava no centro da cidade.
A pequena foi forte em caminhar tanto comigo,eu não podia carregá-la no colo por causa do meu joelho machucado que latejava depois de um tempo,só não chorei de dor pra não mostrar fraqueza perto dela.
Quando enfim chegamos na delegacia,fui procurar ajuda,conversei com uma mulher e depois de contar o que aconteceu ela me levou pra conversar com o delegado.
E foi assim que fiquei sabendo da pior notícia do mundo,minha filha tinha sofrido um acidente na noite passada.
Parece que Camila atravessava uma avenida quando um carro em alta velocidade não conseguiu parar a tempo.
Confesso que senti uma faca cravar em meu peito tamanha dor que senti,perguntei em prantos como a minha filha estava mas eles disseram que não tinham notícias e que também não sabiam se essa "Camila" que estava internada em estado grave era a minha filha,não sabiam o sobrenome dela mas atribuindo as características que dei,havia grandes chances de ser ela.
Agora estou aqui,em uma sala de espera do Hospital Central Jauregui,acompanhada de um policial que nos trouxe.
Na recepção ninguém quis me falar nada,uma moça ficava conversando no telefone o tempo todo,parecia falar com várias pessoas,até que finalmente desligou e me mandou subir.

- Calma senhora,já vão vir dar notícias. Talvez não seja a sua filha. _ O policial tenta me acalmar,mas eu só sabia chorar,agarrada a Sofi sentada em meu colo no sofá.

- Mamãe,o que a Kaki veio fazer aqui? _ Sofi pergunta inocente. Apenas nego com a cabeça e volto a abraçá-la.

- Sr.ª . Sinuhe Cabello? _ Uma mulher chama por mim,levanto a cabeça pra encará-la,tiro Sofi do meu colo deixando-a do meu lado e me levanto de imediato.

- Sou eu!

- Dr.ª Lauren Jauregui. _ Ela me estende a mão e eu aperto meio receosa,o jeito que ela me olha não é bom. Sua aparência é cansada,parece abatida e seus olhos... estão totalmente apagados.

- Por favor doutora,o que aconteceu com a minha filha? _ Mesmo sem uma confirmação,eu tinha certeza que era ela,meu coração e intuição de mãe me dizia que era.

- Senhora,nós não sabemos se é a sua filha.
Mas agora eu preciso que seja forte e venha comigo. _ Suas mãos vão para os bolsos do jaleco branco,eu não sabia se conseguiria me segurar por muito tempo.

- O q-que,aconteceu? _ Pergunto apavorada.

- Por favor,eu só posso dar informações depois que confirmar se aquela garota é Camila Cabello. _ Assinto frenéticamente,as lágrimas desciam pelo meu rosto,eu quase não conseguia sentir minhas pernas,eu estava tremendo de medo,de algo pior ter acontecido.
- Me acompanhe por favor!

- Mamãe eu quero ir também. _ Sofi diz chamando minha atenção.

- Não pode meu amor... _ Quase não tinha voz.

- Fica aqui com o tio minha linda,logo a sua mamãe volta. _ O policial senta ao lado dela e assente pra mim,como se dissesse que eu poderia ir. E assim eu fiz,seguindo a médica pelos corredores do hospital.
Entramos em um corredor mais frio que o normal,depois de uns passos ela para de frente pra uma parede de vidro transparente.

- É ela? _ Me encara séria,eu não consegui encará-la,minha atenção ficou na garota deitada em uma cama,entubada,cheia de fios ligados ao seu corpo. Às lágrimas desciam compulsivamente dos meus olhos,minha respiração era falha,mas era mais forte que eu,não conseguia parar.
Sua cabeça estava coberta com uma faixa branca,mas mesmo assim era impossível não reconhecer. Era ela... a minha Camila.


Pov. Lauren

Até agora não sei como explicar o que aconteceu,ela estava morta. Não havia mais nada que eu pudesse fazer pra trazê-la de volta.
Os instabilizadores injetáveis pareciam não surtir efeito,pareciam não reagir ao organismo dela. Não podia mais aumentar a dose ou poderia provocar um infarto nela.
O desfibrilador foi usado a quase potência máxima,e mesmo assim não foi suficiente.
Quer dizer... pareceu não ser suficiente...

FLASHBACK ON

Eu ainda tinha meus lábios em sua testa quando de repente o som do monitor voltou a indicar a presença de batimentos.
Eu me assustei na hora,aquilo era quase impossível na medicina. Já houveram relatos de casos assim antes,mas nunca dessa maneira.
Camila já estava a quase 8 minutos sem respirar,ou melhor dizendo...estava morta durante esse tempo.

- Meu Deus! _ Me afasto ao ouvir a voz impressionada de Vero.

- Ela voltou. _ Falo em êxtase,encarando o monitor.

- Isso é impossível. _ Uma das enfermeiras assistente fala.

- Tenho que agir rápido. _ Olho pra Vero e depois pra enfermeira. - Algodão. _ Ela me entrega e começo tirar o excesso de sangue do ferimento.

- Lauren me desculpe por me intrometer mas  é arriscado continuar,o fluxo de sangue está fazendo com que ela sofra essas paradas,se continuar pode provocar convulsões,ela não vai resistir a outra parada cardíaca.

- Eu sei disso,mas tenho que continuar,não posso parar agora. _ Digo segura. Ela me lança um olhar de reprovação,eu entendia,mas se parasse iria dar chances de um coágulo se formar e acabar se tornando algo muito mais sério depois.

- Tem certeza?

- Tenho! _ A encaro demonstrando confiança,olho mais uma vez o monitor,o ritmo das batidas estavam normalizados. Volto a encarar a enfermeira. - Bisturi.

FLASHBACK OFF

- Acredito que seja a sua filha... _ A mulher me olha com as mãos na boca,ela chorava de modo desesperado. - Eu sinto muito,senhora Cabello.

- E-eu posso en-trar? _ Pede soluçando.

- Infelizmente não. _ Viro pra ela. - Mas venha comigo até a minha sala,vou deixá-la a par da situação. _ Ela assente um pouco resistente,olha Camila pela última vez antes de sair comigo.

***

- Sente-se,por favor! _ Mostro o sofá e ela vai até ele,espero que ela se sente pra fazer o mesmo ficando do seu lado. Ela já não chorava como antes,mas ainda assim seus olhos deixavam escapar algumas lágrimas.

- Por favor,o que aconteceu com a minha filha? Como ela está? _ Respiro fundo antes de começar a falar.

- Senhora Cabello,eu não sei se já está sabendo mas a Camila foi atropelada ontem a noite.

- Sim,eu já sei.
O delegado me disse que um carro em alta velocidade atingiu ela. _ Diz e eu assinto.

- E ele também disse quem estava dirigindo aquele carro?

- Não. Eu não quis saber,assim que me disseram do acidente quis vir correndo pra cá.
A saúde da minha filha é o que mais importa agora.

- É claro. _ Dou um breve sorriso. - Bom, Camila sofreu ferimentos graves.
Ela teve a mão esquerda quebrada,e fraturou duas costelas. _ Falo e ela começa a lacrimejar os olhos mais ainda. - Mas isso não foi nada perto do que realmente quase tirou a vida dela.
Por causa da pancada que recebeu na cabeça,ela sofreu um traumatismo craniano de segundo grau. A cirurgia foi muito delicada e ela sobreviveu por um milagre,ela passou por três paradas cardíacas,a chance de sobrevivência era quase nula. Mas Camila foi forte. _ A mulher já chorava descontroladamente outra vez. Me levanto e vou até a minha mesa,pego a caixinha de lenços de papel e entrego pra ela.

- P-por fav-or doutora,m-e deix-e ver a m-minha filha. _ Já passei por isso antes com parentes de pacientes mas dessa vez meu coração estava se apertando por ver tamanho sofrimento.

- Claro senhora.
Mas não vai ser possível fazer isso nesse momento. _ Ela me olha desolada.
- Apesar dos imprevistos a cirurgia foi realizada com sucesso,mas Infelizmente... Camila entrou em estado de coma.
Ela está na UTI,as próximas 24 horas serão decisivas pra sabermos como reage a cirurgia porque ela ainda corre risco de vida. _ Ao dizer isso a mulher ficou se possível ainda mais desesperada,seu peito subia e descia com violência enquanto ela soluçava entre as lágrimas.
- Eu sinto muito senhora Cabello! _ Me aproximo dela tomando a liberdade de passar a mão em seu ombro. Ela parece ser tão boa pessoa,igual a filha... Nem uma delas mereciam estar passando por isso,sofrendo por um ato de imprudência minha. Ela me olha por um segundo,eu vi tanta dor em seus olhos que a única reação que tive foi abraçá-la. Queria poder confortá-la de alguma forma,por mais mínima que seja. Ficamos assim por um tempo,sem dizer nada,eu apenas oferecia o meu ombro pra que ela pudesse despejar um pouco da sua angústia,até que ouvi seu choro diminuindo pouco a pouco.
- Vai ficar tudo bem. _ Passo a mão em suas costas. - A sua filha é a garota mais forte que já conheci na vida. _ Nos separo pra olhar em seus olhos. - Eu prometo que farei tudo o que estiver ao meu alcance pra ver a Camila totalmente recuperada.

- Mas doutora,esse é um hospital privado,eu não tenho como pagar pelos gastos.
Por favor,eu só peço que me ajude à transferí-la pra um hospital público.

- Não,de jeito nenhum. _ Nego com a cabeça e seguro suas mãos. - Camila vai receber todos cuidados necessários sem absolutamente nenhum custo.

- Como? Mas por que? _ Me encara surpresa.

- Por que ela merece,por ser tão guerreira,por ter lutado até o último segundo pra poder viver. Mas acima de tudo faço porque eu devo isso à ela,eu devo isso à vocês duas. _ Respondo deixando-a  confusa.
- Senhora...
Fui eu quem atropelei a sua filha. _ Dessa vez ela me olha espantada,sua reação é de puxar as suas mãos das minhas.

- Você?

- Sim! E me arrependo muito pelo que fiz.
A sua filha não merecia passar por nada disso... Quero que saiba que estou disposta a pagar pelo meu erro.

- A Camila quase morreu,por sua causa?
Ela ainda pode morrer por sua causa? _ Não respondo nada,apenas abaixo a cabeça. Sua voz não me transmite raiva,muito menos ódio,é apenas... decepção,angústia e principalmente,medo de perder alguém que ama. Eu a entendia perfeitamente.
- Por que... Por que fez isso? _ Levanto a cabeça pra encará-la encontrando suas lágrimas rolando pelos seus olhos outra vez.

- Eu posso explicar senhora,por favor,me deixe explicar como as coisas aconteceram?
Eu garanto que nunca quis machucar a Camila,eu juro. _ Agora era eu quem implorava,tentava conseguir controlar a vontade imensa de chorar. Sentia um nó se formar na minha garganta.
- Por favor...



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