O Sapateiro
O senhor Seok limpou o testa, o sol estava quente demais e dentro de seu estabelecimento estava abafado, foi um azar seu ar-condicionado ter quebrador naquela manhã, lhe custaria muito dinheiro para concertar, dinheiro que ele não tinha. Sua sapataria estava em decadência, se seus sapatos estivesse quebrados ou rasgados era só comprar novos, as pessoas pararam de associar calçados a lembranças e passou a substitui-los, frustrante.
Seok bateu os sapatos italianos contra a calçada para que a poeira fosse afastada, seu olhos escuros como a noite tinham a última visão do homem de terno que dobrava a próxima esquina.
– Mas que diabos, por acaso eu tenho cara de quem sabe o mapa da cidade? – Varreu os pés no tapete. – Patife! – Grunhi-o.
Do bolso tirou rolinhos de papel, do outro o saco de fumo, os ingredientes perfeitos para o seu recente vício, o cigarro. Depois de tê-lo feito, lambeu as bordas do papel para finalizar colando-o. Quando finalmente levou o papel aos lábios um corpo miúdo trombou com o seu derrubando o cigarro.
– Deus! Um furacão está acontecendo? Onde? – Virou os quadris de um lado para o outro e nada encontrou. O pequeno atento ao exagero do velho senhor cutucou sua perna. – Mas que diabos? – Seok olhou para baixo raivoso.
– Diabos não camalada' Taekwon! – Seok olhou para o menino por algum tempo, era tão miúdo parecia muito esperto. Sério Seok sustentou o olhar, o menino sentiu-se envergonho e corou.
– Mas o que é isso, um pirralho! – Gargalhou. Kwon não gostou de estar sendo levado na brincadeira, ele não estava brincando e por isso Kwon inflou as bochechas e cruzou os bracinho.
– Você falou palavras proibidas! Vovó disse que são feias e não podemos usar! – O velho sapateiro parou de rir, avaliou tudo que lhe fora dito. Enfiando o cigarro no bolso da calça ele abaixou desengonçadamente.
– Quem lhe disse que ‘”pirralho” é um palavrão? – Seok cruzou os braços, estava estupefato com a falta de senso infantil, naquela altura da vida não tinha mais paciência para lidar com crianças. Os filhos, bem, eles foram todos embora.
Do outro lado da rua um Taehyung entusiasmado tentava atravessar a rua, já que naquela horário os carros estavam em um nível exorbitante pelas ruas, o festival já havia acabado.
Quando a oportunidade lhe surgiu, Taehyung apertou a maleta contra o peito é atravessou aos tropeços a rua. Quando chegou ao outro lado sentiu seus pulmões arderem pela quantidade de ar que entrava nele de maneira forçada. O Kim pousou a mão sobre o joelho ofegante.
– Papai ele disse palavras proibidas pala' mim! – O menino apontou para si transtornado, as bochechas e os olhinhos estavam rosados.
– Mas que diabos estão ensinando a essas crianças de hoje? – Seok protestou elevando os braços – Eu não disse nenhuma para proibida a você seu moleque! – Apontou o dedo para Kwon. Os olhares penetrantes faiscavam.
Taehyung mal consegui respirar direito. Ele ergueu o braços em direção aos outro como quem pede para ‘parar', mas de sua boca nada saiu apenas ofegos.
– É sim! Vovó disse que é! – Seok estava disposto a mostrar a velha que ensinará ao menor o que eram bons palavrões, quando Taehyung se manifestou:
– Taehyung não gosta de palavras proibidas – Se tinha um pouco de paciência de Seok, está já não existia mais. O velho jogou o fumo no chão, pisando duro ele empurrou as costinhas de Kwon até que ele alcance seu progenitor.
– Estou farto de fedelho! Sumam daqui! – Grunhiu.
– Fedelho? – Taehyung questionou confuso
“Quando alguém lhe insultar, insulte de volta”
– Isso mesmo! – A criança foi em tese, quase joga sobre Taehyung. O homem de maleta estava atento a procurar adjetivos que coubessem ao velho.
Taehyung olhou o homem de cima para baixo, procurou um defeito em suas pernas, mas elas pareciam perfeitamente bem, bem até de mais para chutar qualquer atrevido. A barriga, Seok era o tipo de senhor ‘saudável’, sua barriga estava em perfeitas condições pra o velho. Então o rosto, a esse era cheio de defeitos, entradas capilares nos cabelos grisalhos, um nariz enorme curvo, orelhas grandes, e uma verruga em cima da sobrancelha esquerda.
– Senhor verruguento. – Taehyung comentou para si mesmo, mas Seok tinha Boa audição.
– Como é? – Seok levantou as duas sobrancelhas espessas. Taehyung muito envergonhado com seu comentário corou até o último fio de cabelo.
– Isso que o senho escutou. – Kwon apontou para o pai. – Ele disse: senhor verruguento. – disse de forma comum como se não fosse uma ofensa. Seok estava incrédulo, ninguém em tanto tempo lhe insultava assim, era até cômico, porque apesar de tudo não era um xingamento e sua uma característica sua.
Seok bateu as mãos na calça e Gargalhou, gargalhou tanto que lhe rendeu boas lágrimas. Sim, ele era como um masoquista, adorava insultar e ser insultado, assim sua vida não se tornava tão tediosa.
– Vocês realmente são uns fedelhos!
– Ele xingou de novo!! – Kwon apontou indignado para Seok. Taehyung segurou o bracinho, aquilo fez com que a atenção voltasse para si.
– Kwon não pode apontar, é feio. – Advertiu.
– Vocês querem entrar? Mia vai adorar vocês. – Comentou a personalidade saudosa de Seok.
– Espera Senho!! – Kwon apontou para a maleta – Pode concesta a maleta do meu papai?
Seok olhou atentamente para o objeto que Taehyung segurava, tinha um belo rasgo próximo ao meio, logo um bandeide da liga da justiça. Ele quis rir, mas manteve a postura descontraída, logo negando com a cabeça.
– Sinto muito criança, mas eu conserto sapatos e não maletas. – Kwon tinha um semblante decepcionado. Taehyung estava da mesma forma.
Em um atitude de conforto O Kim colocou a mão sobre o ombro do filho, que automaticamente olhou para ele.
– Papai não está triste. – ergueu a maleta e apontou para o bandeide. – Taekwon concertou a maleta! – Passou a mãos nos cabelos negros de Kwon, odiava deixá-lo tristes.
Seok soltou um longo suspiro convencido de que Sim, poderia ajudá-lo um pouco.
– Posso ver se consigo dar um jeito. – gesticulou com as mãos uma costura. – Afinal, o matéria é parecido com o dos sapatos. – Deu os ombros. Os gritos agudos soaram. Um Kwon animado pulava ao redor do velho homem.
Seok riu e esticou as costas, logo os braços e movimento e exercícios.
– Mas digo logo, não vai custar barato. – Apontou para Taehyung.
...
O inspetor Lee ainda se encontrava perdido no enorme mercado, apesar de ter encontrado ______ não lhe fora muito útil, já que ela nada disse.
Ele desligou o celular quando viu mais uma chamada do delegado brilhar no celular, lamuriava a perda de contato os fugitivo e lamentava mais ainda a fuga deles. Ele estava a um triz de perde seu emprego, sua dignidade como homem de família.
O inspetor sentou-se no acostamento ao lado de seu carro, os cabelos começam a ser bagunçados, imaginou que estivesse tudo perdido.
– Droga! Não devia ter liberado a garota! – Bateu na própria perna.
Aos poucos os feirantes iam desmontando suas barracas e levando-as para casa, o estacionamentos estava ficando vazio, isso tornava o cair da noite ainda mais preocupante.
– Não sei o que aconteceu! – Um casal já de idade, sendo o homem portador de necessidades especiais atravessou o estacionamento carregando maçãs.
– Você devia ter trancado o quarto! – O Homem empertigou-se. Ela subiu na caçamba da caminhonete curvando para pegar as caixas no colo dele.
– Eu lá ia saber que ele ia fugir com criança? – Grunhiu. – O jornal fala que ele tinha um tipo de doença... qual o nome? Não consigo me recordar.
– Autismo querida, autismo! – Lee arregalou os olhos, mais que depressa ele correu em direção ao casal.
– Vocês disseram que viram um homem autista com uma criança? – O Homem estranhou o interesse, no entanto não quis ser desagradável é comentou.
– É, aquele do noticiário sabe? – Lee sentiu a esperança voltar. – Desculpe, mas quem é você?
Do bolso da calça Lee tirou o distintivo mostrando-o ao casal, a mulher se agitou.
– Vocês sabem onde eles estão?
– Não fazemos ideia. – O casal compartilharam o olhar. – Sabe estávamos tentando ligar para aquele número que registrava na TV, mas ninguém atendia. – Comentou a mulher
Meio sem jeito o inspetor retirou o celular o bolso, mas não acendeu o a tela. Rejeitou todas as chamadas daquela manhã, menos a de sua esposa.
– Entendo. – Ele suspirou. – Ele por um acaso comentou para onde ia? – Questionou coçando a nuca. O homem se pronunciou primeiro.
– Não lembro de tê-lo ouvido comentar sobre isso.
– Eu escutei minimamente o filho ter comentado em voltar para sua mãe. – Ela deu os Ombros.
“Voltar para a mãe”
de nada entendeu, mas preferiu manter a cara de quem sim havia entendido.
– Entendo. – enfiou a carteira no bolso. – Muito obrigado pela ajuda...
– Hunter.
– Elliote.
...
– Mais que diabos Mia, manchou meu tapete de novo! – Seok ralhou com a gata lameada que se esfregava no tapete.
Seu estabelecimento comportava de um pequeno espaço, com sofá portava ao canto esquerdo, enquanto a máquina portava aos fundos, no meio um tapete e próximo da janela o equipamento de engraxate.
– Sua casa é muito bacana! – Kwon comentou ao sentar no sofá.
– Eu sei garoto. – Seok passou por detrás da máquina procurando linhas para couro. – Mas onde eu as deixei? Você não vai entrar?
Taehyung estava na porta do estabelecimento desconfiado.
– Taehyung não gostou da sua casa. – Comentou adentrando. O velho olhou de rabo de olho.
– Problema é seu! Se preferir fique do outro lado da rua. – Abriu algumas gavetas. – Cara enxerido! – murmurou.
– Ouviu papai? Ele te chamou de enxerido! – Apontou para Seok, O Kim balançou a cabeça afirmando.
– Garoto você é um papagaio?
– Não!
– Pois parece, fica repetindo tudo! – Taehyung aí comentar algo quando o velho gritou. – Achei! – Ergueu a linha.
Ele depositou a linha na máquina.
– Agora passa a maleta pra cá. – Esticou a mão sentando-se atrás das máquina.
Taehyung levantou-se meio contra gosto, foi próximo ao homem apertando a maleta contra o peito.
– A maleta. – Moveu os dedos. Taehyung deu uma passo para trás. – Ande, como vou concerta-la se você não me dá ela?
– Taehyung não quer mais fazer isso.
– Vai deixá-la feia? – Comentou. O olhar do Kim entristeceu-se, ele olhou a maleta rasgada, pensou um bocadinho é entrou ela ao sapateiro.
– Certo! – Ele avaliou o rasgo. – Parece que atravessou, vou ter que abri.
“O que tem dentro da maleta?”
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