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História Paparazzi - Não me procure quando as coisas ficarem ruins


Escrita por: Dassa_C0

Notas do Autor


Estão preparadas para ver uma conversa entre o Justin e a Lucy? Espero que sim! E não odeiem o Justin.

Capítulo 25 - Não me procure quando as coisas ficarem ruins


Fanfic / Fanfiction Paparazzi - Não me procure quando as coisas ficarem ruins

“Se nos amassemos de novo, eu juro que te amaria direito. Eu voltaria no tempo e mudaria tudo, mas não posso fazer isso.”

P.O.V Justin Bieber.

Avenida Principal - 00h00 P.M.

Estava fazendo meu caminho de volta até a minha casa. A minha janta com a Emily tinha sido boa, na medida do possível. Depois de todas as descobertas que tive, confesso que o meu humor ficou meio azedo, se é que posso dizer assim. O que foi bem decepcionante para a morena, que esperava que eu passasse a noite com ela, não sei se Emily entendeu qual é a nossa situação, mas eu realmente não pretendia ter algo mais sério agora, e passar a noite no apartamento dela me parece algo sério, pelo menos é mais do que eu espero. Acho que o melhor para mim agora é me manter o mais longe possível de relacionamentos e evitar me apaixonar novamente. Não quero mais ter o meu coração quebrado.

Paro em um semáforo, estou parado em uma das avenidas principais da cidade, o movimento é nulo. Sem carros, sem pedestres, ninguém a vista. As pessoas costumam parar cedo por aqui, penso que eu deveria estar na minha casa há bastante tempo, seria melhor se nem tivesse saído, tivesse ficado jogado da minha cama, comendo pizza enquanto assistia qualquer coisa que me fizesse rir.

Tenho três opções de caminhos diante de meus olhos, parado no semáforo eu olho para a minha esquerda, que seria minha primeira opção, e a mais óbvia, que é a rua que me levaria até a minha casa. Minha segunda opção é continuar indo reto e me deixar ir para o outro lado da cidade, apenas para colocar os meus pensamentos no lugar, mas a quem estou tentando enganar? Essa hipótese nem pode ser cogitada. Algo me faz olhar para a direita, que é a minha terceira opção, é o caminho que eu faria se estivesse indo até o apartamento da Lucy, que sinceramente, é a rua que eu sequer cogitaria há algumas horas atrás. Não sei porque penso nisso agora, mas a ideia me parece tentadora. Principalmente quando percebo que existem coisas que precisam ser esclarecidas, coisas que eu preciso ouvir dela, sinto que preciso colocar um ponto final em toda essa história e só a Lucy pode me ajudar nisso.

Confrontar ela é algo que havia passado bem longe de ser uma ideia plausível, mas agora, diante dessa opção, de ir até ela, penso por alguns segundos se eu não deveria ir até lá. Não que eu queira ouvir o seu lado, ou sequer acredite que ela teve motivos para fazer o que fez.

Só quero que ela saiba que agora eu já sei toda a verdade. Eu preciso olhar nos olhos dela e dizer que agora eu sei que foi ela quem escreveu todas aquelas mentiras, preciso ver qual vai ser sua reação diante disso.

O sinal abre, a luz verde chama a minha atenção, seguro o volante firmemente e olho para os dois lados, a decisão é tomada em poucos segundos. Eu já sabia pra onde queria ir.

Dou seta para a direita e viro na rua que me levará até a Lucy, não sei se essa é a minha melhor escolha mas é tudo o que tenho.

Passo o caminho inteiro me questionando se estou mesmo certo do que quero fazer, percebo que é tarde demais pra pensar nisso quando o meu carro para em frente ao prédio da loira. Fazia tanto tempo que eu não vinha até aqui, era estranho estar de volta. Uma pena que as circunstâncias que me trouxeram não sejam lá tão boas.

Saio do carro e o travo, caminhando em passos lentos até a entrada, o mesmo porteiro está sentado ali, ele me olha de cenho franzido, talvez não esperasse me ver aqui agora, a uma hora dessa. Tinha até me esquecido que já estávamos beirando em uma madrugada, o que estou fazendo? E se ela já estiver dormindo? E se estiver acompanhada? Quer saber? É tarde demais para me preocupar com qualquer uma das circunstâncias, eu já estou aqui e existe algo que precisa ser resolvido, se não eu não dormirei em paz essa noite.

Dou um breve aceno a ele e vou até o elevador, quando as portas de aço se fecham diante de meus olhos, sinto um alívio repentino me apossar, alívio por ele não ter me impedido de subir, ou querer avisar a Lucy que estou aqui. Eu não sei mas sinto como se não quisesse que ela soubesse da minha visita antes do previsto, por alguma razão desconhecida eu quero que ela tenha a surpresa de me ver aparecer do nada. Acho que eu não quero que ela tenha tempo de inventar algo.

Quando as portas se abrem, sinto um peso tomar conta de todo o meu corpo, será que eu pensei bem no que estou prestes a fazer? Obviamente que não, se eu tivesse pensado por mais alguns segundos estaria a uma hora dessa chegando na minha casa.

Saio do elevador e ando por aquele corredor tão conhecido por mim, evito o sentimento de nostalgia que quer vir ao me deparar com a porta do apartamento dela. Preciso focar apenas no que vim fazer aqui, sem sentimentalismo, não temos tempo pra isso.

Aperto a campainha e abaixo um pouco a minha cabeça, eu sei que ela vai ver que sou eu na hora que bater os olhos no olho mágico, penso que talvez ela não abra a porta pra mim. E tudo bem se isso ocorrer. Quer dizer, não está tudo bem. Mas ela tem direitos, certo?

Tá bom, o que eu estou pensando? Esse assunto está me deixando confuso.

Ouço alguém destrancar a porta e prendo a minha respiração, não consigo erguer o meu rosto para encará-la quando a porta se abre. Ouço um estalo, que é feito com a boca, para chamar a minha atenção. Subo meu olhar devagar pelo corpo dela notando que não é ela ali, e sim a Jen. Ela não parece ter acabado de acordar, o que me deixa contente por alguns segundos. Não tinha a intenção de acordar ninguém. Seus olhos me encaram com curiosidade e seu cenho está bem franzido.

Ela deve estar se perguntando o que raios eu estou fazendo aqui, e tudo bem querer saber isso, Jen. Eu também não faço a menor ideia.

- Justin? – é o que ela diz.

Tento olhar o que tem atrás dela, e ver se encontro a Lucy por ali, mas não consigo. Jeniffer tampa praticamente toda a minha visão.

Ouço alguns passos, Jen olha para o lado e vejo ela ficar um pouco tensa.

- Quem está aí? – ouço a Lucy perguntar de algum lugar, mas não a vejo.

Jen permanece olhando para o lado, acredito que ela olha para a amiga. Ela não responde nada, parece pensar no que vai dizer. Lucy não demora a surgir diante de meus olhos, ela para ao lado da Jeniffer e me olha séria, parece surpresa em me ver ali, mas percebo que existe uma tensão também. Como se ela tivesse receio do que me trouxe até ela, e bom, de acordo com o que me trouxe até aqui, é bom que ela tenha receio mesmo.

- O que está fazendo aqui? – de repente ela parece brava em me ver. E isso me incomoda, Lucy não tem motivo nenhum para estar brava comigo. Ou tem?

- Precisamos conversar. – é o que me limito a dizer. Não conseguiria bolar algo mais profundo nem se quisesse. Me sinto ainda em um transe.

Permanecemos por um tempo nos olhando seriamente, era como se ela tentasse descobrir o que teria me trazido até aqui apenas me olhando, mas as coisas não seriam tão fáceis assim. Jen pigarreou, chamando nossa atenção a ela.

- Bom, eu falaria para conversarem aqui no corredor mesmo, mas acho melhor você entrar. – ela diz me olhando.

Vejo Lucy olhar feio para a amiga, era impressão minha ou ela não me queria aqui?

As duas abrem espaço para que eu possa entrar, eu entro. Lucy vai para o canto mais distante de mim, mesmo a sua sala sendo um cubículo.

- Bom, vou deixar vocês conversarem. – Jen diz e dá um sorriso leve. – Qualquer coisa estarei no quarto! – ela diz, mas isso é direcionado a Lucy.

Vejo a garota se afastar e logo sumir no corredor. Volto os meus olhos para a Lucy, que não me olha.

- O que te trouxe até aqui? – ela questiona, ainda sem me olhar.

- Por que você não me disse que não tinha só tirado as fotos como também escreveu toda a matéria que me detonou? – perguntei de uma vez. Talvez tivesse uma outra forma de fazer essa pergunta, talvez fosse melhor perguntar como ela está antes. Mas não conseguiria agir como se tudo estivesse bem quando na verdade não está! Quanto mais rápido for essa conversa, mais rápido eu poderei ficar distante de todas essas mentiras. Sem contar que me sinto entalado com esse assunto desde o momento em que a Emily despejou isso em mim e eu precisava vomitar isso rápido.

Meus olhos fuzilavam ela.

Seus olhos azuis rapidamente vieram de encontro a mim, Lucy engoliu seco repetidas vezes e pareceu ficar aflita. Sua reação já estava bem clara para mim, ela nem precisava responder mais nada. Uma parte de mim gostaria de acreditar que ela não tinha nada a ver com tudo isso, mas agora, com ela agindo assim, tudo ficou muito claro.

- Como você soube? – ela pergunta baixo, quase como um sussurro.

- Então é verdade? – minha voz sai carregada de amargura.

- Você já sabe a resposta. – ela diz séria e cruza os braços. – Eu teria te dito se você tivesse me ouvido.

Nego com a cabeça e solto uma risada seca.

- Agora a culpa é minha? Você devia ter me dito isso há tempos atrás. Mas não, deixou que eu descobrisse sozinho.

- O que você teria feito se eu tivesse te dito, Justin? – ela me fita.

- Eu teria tentando entender o seu lado, mesmo achando que você errou. – ela suspirou e negou algumas vezes com a cabeça.

- Foi a Emily que te disse, não foi? – sinto uma tristeza imensa no tom de sua voz.

- Sim, foi ela. Ela me disse quem você verdadeiramente é. – digo irritado, me lembrando de todos os documentos que a Emily havia me mostrado. – Como você pode escrever aquelas coisas sobre mim, Lucy? Como pode fazer aquilo sabendo da verdade? Você sabia que aquela garota não era nada minha, sabia que eu sequer a conhecia.

Vejo que seus olhos começam a marejar, ela abraça o próprio corpo.

- Eu não escrevi aquilo porque eu quis. A Emily te contou que ela me contratou? – Lucy soltou uma risada pelo nariz. – Tudo que eu escrevi, cada palavra. Foi ela que mandou que eu escrevesse. Se dependesse de mim aquela matéria nem teria ido para o ar, mas a sua amada Emily tinha ideias bem piores.

- É isso que você disse pro Alfredo? – pausa. – Ele foi falar comigo, e disse exatamente isso. Por um momento eu até acreditei nele, sabe? Sabia que a história não seria tão sem pé e sem cabeça já que ele tinha ido até mim pra falar, eu questionei ela, Lucy!

- Deixa eu adivinhar – ela ri. – Emily disse que tudo isso era mentira e que eu inventei tudo? - ela cruza os braços.

- Você realmente não gosta dela.

Ela passa as mãos pelo rosto nervosamente e começa a andar pela sala, de um lado para o outro. Permaneço intacto no mesmo lugar, perto da porta, queria ficar o mais próximo possível da saída. Não quero prolongar muito essa conversa, esse assunto.

- Eu disse pro Alfredo que você faria isso! – ela tenta controlar o tom de voz, mas é muito nítido que Lucy está nervosa. – Eu sabia que você ia virar isso contra mim, que ia dizer que eu só disse isso a ele porque estou com ciúmes da relação de vocês. – ela pronúncia as últimas palavras com desgosto, e chega até a fazer uma cara de nojo.

- Mas é o que você está fazendo.

Ela ri, ri alto. A risada está longe de ser uma das boas, ela parece como algo forçado, como se Lucy estivesse se segurando para não cair. – Desde o dia do baile que você não engole a Emily.

- Você acha mesmo que é isso que estou fazendo, Justin? Acha mesmo que eu odiaria alguém por sua causa? – Eu sei que não. Ela me olha nos olhos, sinto um arrepio por todo o corpo quando vejo as suas lágrimas caírem pelo o seu rosto. Sinto vontade de ir até ela e abraça-la, mas sei que não é assim que as coisas funcionam. Não é assim! Prendo os meus pés no chão e desvio meus olhos dela.

- Eu odeio aquela mulher, sim. Mas é por tudo que ela me fez passar, é por todas as coisas que ela me obrigou a fazer. Emily está longe de ser quem você pensa. Aquela mulher é baixa, suja, falsa e muito manipuladora. Eu a odeio muito antes de ter a visto naquele maldito evento. A odeio porque sei bem do que ela é capaz! – ela completa.

- E como ela te obrigou? Te pagando um bom salário? – minhas perguntas saem carregadas de sarcasmo.

- Por causa do contrato! – ela diz alto. – Eu assinei um maldito contrato que me obrigava a fazer todas as coisas que ela mandasse, e caso eu não fizesse, teria que pagar uma maldita multa. – pausa. – Uma multa que custa mais de $200.000 mil dólares.

- Ela me mostrou esse contrato, Lucy. E ele não tinha nada disso, nem a Emily esse contrato mencionava. – olho sério pra ela.

- Ela está mentindo, Justin! Será que você não vê isso? Emily está te enganando direitinho. Esse era o jogo dela desde o início, ela me queria longe de você, e conseguiu! E agora, ela tem você pra ela. – ela vem até mim em passos rápidos, para a poucos centímetros de distância. - Ouça bem o que eu vou te dizer, o plano da Emily desde o início era acabar com a sua imagem, ela queria ferrar você!

Lucy coloca suas duas mãos no meu peito, e aperta a minha camisa. Me olhando nos olhos.

Fico olhando para ela, sem reação. Por um lado era bom tê-la tão perto, mas por outro, eu sentia que era errado.

- Eu sei que eu errei com você, que fiz várias coisas que merecem o seu desprezo. Mas eu preciso que você acredite em mim quando eu digo que a Emily não presta, você tem que entender isso! Ela vai te destruir assim que tiver a chance, como fez comigo. E eu não quero que isso aconteça, não quero que você seja decepcionado por outra pessoa desta maneira novamente. Não estou pedindo para me perdoar e voltar a ser próximo de mim, só estou pedindo para me ouvir. Eu não tenho motivo nenhum para inventar alguma mentira sobre a Emily, eu jamais faria isso!

Pisco várias vezes, caindo em mim. Seguro no pulso dela e tiro suas mãos de mim a força.

- Como você espera que eu acredite em você depois de tudo? – permaneço segurando o pulso dela, garantindo que ela mantenha suas mãos longe de mim.

- Porque eu não mentiria sobre algo assim. Eu não inventaria uma história dessa sobre alguém só por não ter ido com a cara dela.

Sinto que há verdade no que ela diz, mas algo me impede de acreditar. Fecho os meus olhos com força e me seguro para não perder a cabeça aqui. Me sinto confuso e ao mesmo tempo com raiva por não saber no que acreditar. 

- Por que você assinou o contrato se ele era tão ruim assim? – resolvo perguntar.

- Eu estava passando dificuldades, apareceu esse emprego, parecia uma boa saída. Acabei não lendo direito o contrato, não notei as letras miúdas. – ela solta uma risada seca e se afasta de mim. – Me aproximar de você não era um plano, eu só tinha que ir até o Starbucks e tirar fotos suas, mas quando te vi lá perdi a coragem. – ela bufa e passa as mãos pelo o cabelo. – Emily não gostou, e pra não piorar minha situação eu disse que não tinha tirado as fotos porque pretendia me aproximar, mas isso nunca foi uma verdade. – olho atento pra ela, percebendo o quanto ela estava inquieta com esse assunto. – No dia seguinte eu fui até a pista de skate, novamente era para ter tirado fotos suas, mas eu não queria te irritar. Então, não fiz.

- E no bar? – pergunto. Eu realmente estava curioso sobre o que ela diria.

- O bar foi uma coincidência, eu não esperava te encontrar por lá, só fui porque Jen queria muito conhecer o lugar e eu não queria deixá-la ir sozinha. Por algum motivo, você foi com a minha cara, tudo que eu queria naquele dia é que você se afastasse de mim, eu sabia que as coisas ficariam ruins se a gente ficasse próximo, mas você quis ficar. E parecia convicto disso. Naquela noite eu me diverti, e ao ir embora fiquei feliz por você ter esquecido de pegar o meu número, porque seria melhor assim. Seria melhor se não saíssemos pra almoçar.

- E no dia seguinte?

- Também foi coincidência. Eu não queria que estivesse lá. – ela bufa. - Todos os encontros que vieram depois me fizeram gostar de você, eu demorei um pouco pra entender isso e até tentei lutar contra, mas não adiantou. – ela suspirou e olhou para a janela. – No dia do parque de diversões que eu entendi o que eu poderia te causar.

- Por isso você agiu estranho na hora que eu te deixei aqui?

- Sim. Eu saí do seu carro decidida a me afastar de vez. Depois disso eu fui falar com a Emily, falei que não faria fotos suas, que eu não podia te prejudicar e que ela poderia me pedir qualquer famoso que eu faria, mas você não. – Lucy passou as mãos pelo o rosto, ouvi um soluço escapar de sua boca. – Ela riu, disse que eu não tinha escolhas e que já estava decidido. E aí, me mostrou o maldito contrato, deixou claro que eu deveria fazer tudo o que fosse mandado, se não, pagaria a multa. Que não poderia ser paga com o meu salário. Ela me tinha nas mãos.

- Se tudo isso é verdade, por que você não me contou? Eu teria pago essa multa.

- E depois? – ela me olhou. – Como eu ia me sustentar? Eu não tinha escolhas.

- Você sempre teve escolhas, Lucy! Mas ainda assim escolheu mentir. – digo alto. – Por favor, pare com essa história. Emily me mostrou todos os papéis, o contrato não mencionava uma multa sequer e deixava claro que você não tinha sido contratada por ela.

- Óbvio. Ela não queria o nome dela nisso, Justin. Porque sabia que se os famosos soubessem do envolvimento dela, ela perderia as exclusivas que também eram importantes. Foi tudo calculado. – Fazia sentido.

- Você tem algo que possa provar o que está dizendo? – me sentia um policial interrogando um criminoso.

- Não, eu só tenho a minha palavra. – ela diz triste, é como se já soubesse que isso não ia bastar. E realmente, não basta. Depois de tudo que ela fez é difícil acreditar em algo do que ela diz, principalmente quando tenho consciência que a Emily me mostrou provas. Eu quero acreditar, juro que quero. Mas depois de toda a merda que tive que passar nesses anos de carreira eu duvido muito de qualquer coisa.

- Isso não é o suficiente. – digo baixo. Por incrível que pareça dói em mim dizer isso.

Lucy parece pensativa.

- Espera, tenho algo pra te mostrar. – ela corre até o seu notebook, o abre e digita algumas coisas. – Vem aqui! – ela chama sem me olhar.

Caminho até ela, parando atrás de seu pequeno corpo, olhando para o computador, percebendo que sua pasta de e-mail está aberta ali.

- Esses foram os e-mails que ela me mandou. – Lucy clicou em um contato de e-mail que ela tinha, permitindo que eu visse várias conversas que ela teve com esse contato.

Realmente, todos os e-mails enviados para a Lucy com esse contato falavam das minhas localizações, todos eles diziam onde eu estaria, e os que não falavam disso, estavam cobrando as fotos. Uma parte da história que ela havia contado estava certa, mas nada ali provava que Emily estava envolvida na história.

- Tá, mas nada aí me prova que foi a Emily que esteve por trás disso. – comento e cruzo os meus braços.

Ouço a Lucy bufar. Ela tira o celular do bolso e abre suas mensagens, me entregando o aparelho. Uma conversa está aberta, novamente aparece uma pessoa cobrando as fotos da Lucy. O número não está salvo em seus contatos.

- Essas mensagens são todas dela. – ela diz enquanto me olha séria.

Pego o meu celular e rapidamente vou até os meus contatos, entro no da Emily e comparo os números, não batem.

- Não é o mesmo número, não é? – Lucy questiona triste.

- Não. – entrego o celular dela.

- Nada surpreendente. – ela suspira. – Emily é mais esperta do que eu imaginei.

- Nada do que você me mostrou prova alguma coisa, Lucy. Ao contrário do que a Emily me mostrou.

- Eu sei. – ela assente e permite que algumas lágrimas caíam. Soltando uma risada triste. – Eu sabia que ela iria usar algo contra mim, algo que eu não conseguiria rebater. E tudo bem, eu entendo o seu lado. Afinal, eu sou a mentirosa aqui. – sua fala é amarga. – Mas fico feliz que você tenha ao menos me ouvido.

- Lucy, eu...- as palavras me faltam. Tento dizer algo mas nada vem em mente.

Ela passa por mim de cabeça baixa e abre a porta, me viro para ver o que ela faz. Ela está apoiada na porta, enxugando suas lágrimas.

- Acho melhor você ir. – ela diz passando a mão no rosto mais uma vez.

- Eu também acho. – passo por ela e saio do apartamento, me virando para olhá-la.

- Eu espero que vocês sejam felizes! Que ela não seja nada do que eu penso. – ela me olha nos olhos, sinto algo apertar o meu coração. – No fim eu nunca quis o seu mal, Justin. Espero que se lembre disso quando as coisas ficarem ruins.

- Elas não vão. – digo convicto. Nem sei da onde sai essa convicção toda.

- Queria acreditar nisso tanto quanto você, mas sim, elas vão! – ela suspira. – Algo me diz que você vai se arrepender por não ter me ouvido.

- Lucy, você mentiu pra mim! Não aja como se estivesse certa.

- Não estou agindo como se estivesse certa, só estou te alertando.

- Obrigado pelo alerta, mas eu não preciso da sua preocupação.

- Tudo bem. – ela assente e desvia o olhar. – Só por favor, não me procure quando descobrir que eu estava certa!

- Não precisa se preocupar com isso, não vai acontecer.

- Como pode acreditar tanto nela? – sua pergunta sai baixa.

- Eu a conheço há muito tempo, Emily sempre esteve por perto. Não consigo acreditar que ela faria algo desse tipo comigo, eu preciso acreditar que ela não faria isso. – vejo Lucy concordar com a cabeça e morder o lábio inferior, percebo que ela coloca mais força do que o necessário ali.

- Você quer acreditar nessa mentira. – ela solta uma risada triste. – Mas não deveria.

- Espero que você entenda. Eu...- penso no que dizer. – Sinto muito!

- Eu também, Justin. Eu também! – ela enxuga uma última lágrima que cai. – Boa noite!

- Boa noite, Lucy. – vejo a porta se fechar diante dos meus olhos, solto um longo suspiro quando ouço ela trancar.

A sensação que sinto é estranha, é como se eu tivesse perdendo algo. Mas o quê?



Notas Finais


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