Terça-feira, 23 de agosto de 2015.
-Jeon Jungkook on-
Eu me ajeitei, peguei minha mochila e fui para frente de casa. Taehyung já estava a minha espera
-Pronto para mergulhar neste belo mar chamado matemática?
-Eu odeio matemática. -Respondi seco
-A matemática é uma ciência de muita paciência. Então é por isso que queria que eu fizesse seu dever para você?
-E o que mais seria?
-Preguiçoso. Sabe, a preguiça não leva a lugar nenhum.
-Nossa, você parece meu pai em uma segunda-feira
Chegamos na casa de Taehyung, devo admitir que era bem aconchegante, mas não luxuosa. Ela era simples, mas ao mesmo tempo confortável
-Bem, este é meu humilde quarto. Entre
Entrei no quarto, ele me parecia um quarto normal de um adolescente de 17 anos. Uma cama, uma escrivaninha, um computador, uma estante de livros, tv e um rádio. Espera, um rádio?
-Só velhos solitários escutam rádio -Falei, olhando para o objeto
-Eu gosto das músicas melancólicas que tocam de manhã, me faz acordar
Taehyung também tinha um caderno e um estojo em sua escrivaninha. Ele foi ao banheiro, e essa era a minha oportunidade de ver o conteúdo do caderno. Desde que não seja um Death Note, eu estaria no lucro
O caderno tinha uma capa preta, com um adesivo escrito “Fique longe”. Eu já estava com medo do que iria encontrar, até que abro e vejo o conteúdo
Haviam vários poemas, desenhos e anotações. Em uma das páginas estava escrito “Boca do corredor”. De todas as esquisitices, essa era a mais esquisita
Havia também um verso, que chamou muito minha atenção
Rosas são como amores de verão
Achamos que irão durar para sempre, quando na verdade não. -kth;17
Eu estava começando a ler um poema da página seguinte, até que Taehyung entra no quarto
-O que está fazendo com esse caderno? Não deveria estar estudando?
Escondi o caderno atrás de mim, logo depois Taehyung começou a caminhar em minha direção, enquanto eu só dava passos para trás
-Q-que caderno? Eu estava olhando a sua mesa... Eu gostei da madeira! -Tentei disfarçar, mas Taehyung estava cada vez mais perto, até que cheguei na frente de sua estante de livros
Taehyung ficou parado na minha frente, sem fazer nada, apenas me encarando
-Eu sei que você está com o meu caderno, agora devolve.
-Caderno? Que caderno? Não estou vendo nenhum caderno aqui
-Vamos, cara, me devolve
-Aff, você me pegou -Entrego o caderno para ele
-Da próxima vez seja mais convincente -Taehyung pega o caderno e pisca para mim
Ele larga o caderno em sua escrivaninha, e logo senta em sua cadeira, que fica na frente da mesma, e eu sento em sua cama
Fico observando o teto, onde haviam várias estrelas de plástico que brilhavam no escuro. Elas já estavam bem sujas, o que indicava que elas já estavam a bastante tempo ali
-Há quanto tempo essas coisas estão no seu teto?
-Veio aqui para estudar ou ficar perguntando quanto tempo minhas estrelas estão no meu teto? Mas respondendo sua pergunta, elas estão aí há sete anos.
-Bem, vamos começar a estudar?
-“Vamos”? Você vai. Eu apenas irei te ajudar
-Eu vou pegar outra cadeira para você
Ele foi até a cozinha, pegou uma cadeira e voltou para o quarto. Sentei-me ao lado dele, e ele abriu o livro de matemática na página quarenta e dois
-Então, a raiz quadrada de blá blá blá blá blá blá
-Comecei a não escuta-lo mais, pois estava com muito sono, até que decidi dormir
-Kim Taehyung on-
Vi que Jeon estava dormindo, então decidi pegar um cobertor para ele. Coloquei o cobertor sobre seu corpo, ele estava dormindo como um bebê. Ele queria pagar de adolescente durão, mas no fundo era apenas uma criança
Decidi fazer todos os exercícios para ele, mas da próxima não teria escapatória. Depois que terminei o acordei
-Hey Bela adormecida, acorde. Não vai querer ganhar um beijo, vai? -Sussurrei ao pé de seu ouvido
Jeon rapidamente se levantou, coçando os olhos
-O que aconteceu?
-Calma, você só acabou dormindo e eu fiz o dever para você. Está feliz?
-Muito
-Agora você me deve meio sanduíche é uma ajudinha em matemática
-Sou bom em história, serve?
-Hm... Serve sim
-Que tal eu te levar para comer algo, para você parar de encher meu saco com essa tal de meio sanduíche?
-Topo.
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